Música(Atividades):
Cotidiano
Chico Buarque
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café
Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão
Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Interpretação da letra:
1 – Como é a rotina diária do personagem da música?
A
rotina de um trabalhador na década de 70, contexto da ditadura militar, onde a
mulher era associada ao espaço privada.
2 – Como a mulher e retratada pelo compositor na canção?
Retire do texto uma frase que mostre essa imagem da mulher.
Como uma mulher dedicada e apaixonada.
“Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar” / “E me beija com a boca de
hortelã.”
3 – Qual seria o papel do
homem na sociedade, de acordo com a canção? Retire do texto uma frase da canção
que mostre o papel masculino.
O papel do homem
nesta época era ser o único provedor de uma família.
“Me sacode as seis horas da manhã.”
4 – Os papéis do homem e da
mulher mudaram em nossa sociedade, da data de lançamento da canção até hoje?
Explique sua resposta e dê exemplos.
Sim, a música foi composta na década 70,
período da ditadura militar, nesta época era impossível para o autor pensar em
uma música em que a mulher tivesse papel “ativo” ou “independente”. Já nos dias
atuais cresce o número de mulheres chefes de família no país, segundo IBGE em
2014, 27,7 milhões de lares eram chefiados por mulheres.
5 – Em sua opinião, os
papéis feminino e masculino são iguais na sociedade? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal
do aluno.
6 – Como o personagem da
música viveria a rotina?
Como natural,
pois não conhece uma outra forma.
7 – Em um texto literário,
geralmente apresenta-se uma reflexão sobre a realidade. O autor recaia, através
da linguagem, determinados fatos reais. Qual foi a realidade recriada pelo
autor do texto?
Recriou a rotina de um casal em que a
mulher fica em casa, acorda o marido e o espera no portão no final do dia.
8 – Observe a forma como o
texto como o texto se organiza. A primeira estrofe se repete no final, ou seja,
o texto termina onde começou, como um círculo se fechando. Qual a relação
entre essa estrutura circular, o título e o tema do poema?
A relação com a vida que o casal tem, a
rotina fazendo tudo igual na primeira estrofe e termina tudo se repetindo, por
isso o título cotidiano.
9 – Quem é o “eu” do poema?
E o “ela”?
Um homem simples, levando uma vida de
trabalhador. E “ela”, uma mulher dona de casa e apaixonada pelo seu marido.
10 – Comente a rotina do
casal, apresentada na 1ª estrofe.
Todo dia ela
fazia tudo igual, acordava o marido as seis horas da manhã, sorri e o beija.
11 – A rotina do casal vai
além da casa deles, isto é, é comum a outros casais. Transcreva um verso do
poema que comprove esta afirmação.
" Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão "
12 – O “eu” do poema se
rebela diante a situação rotina. Em que momento isso acontece? Por quê?
Ele se rebela
todos os dias ele pensa em poder parar. “Todo dia eu só penso em poder parar” /
“Meio dia eu só penso em dizer não.”
13 – Identifique no poema
expressões ou palavras que expressam a ideia de rotina. Transcreva-as.
“Acordar as seis horas da manhã” / “Diz
que está me esperando pro jantar” / “Ela pega e me espera no portão”.
14 – O autor aproveita de
outros dados, como o feijão que é um hábito alimentar comum no Brasil, para
reforçar a ideia de rotineiro. Comente.
Além de citar o feijão, também fala do
café que faz parte da cultura do brasileiro.
15 – A linguagem coloquial
escolhida pelo autor reforça a imagem de pessoa do povo. Comprove essa
afirmação com exemplos do texto.
Exemplos: pra/(para) e inicia vários
versos com os pronomes (o, as, lhe, nos, te, me...) segundo as normas
gramaticais não se inicia frases com os pronomes oblíquos.
Ela não tem um nome no poema oque pode significar isso?
ResponderExcluirEla não tem um nome no poema O que pode significar isso
ExcluirUm fantasma
ExcluirIndica que a música refere-se ao trabalhador comum. Pode ser qualquer brasileiro. Poderia ser José, João etc.
ExcluirO que significa," ela me sorri com um sorriso pontual"?
ResponderExcluirQuer dizer sobre a certeza de que ela vai sempre sorrir
ExcluirIsso é uma figura de linguagem (pleonasmo). Serve para reforçar a intensidade de um termo
Excluirsignifica que ela sempre sorri pra ele naquele horário, depois de acordá-lo ! Se tu analisar bem, a mulher desse cara era adorável. Quem não gostaria de ser acordado todo dia com um beijo e um sorriso?
ExcluirQual a tipologia do herói quanto aos personagens e sua constituição e contribuição para a construção
ResponderExcluirsocial do momento histórico a que pertence.
vc tambem recebeu tal atividade no zap na quarentena, caro amigo? eu lhe entendo se for
Excluirdele deseja para com o quer e porque ?
ResponderExcluiracho que é o tempo
ExcluirQual verso a rotina é mais enfatizada?
ResponderExcluirUm riquíssimo trabalho o Armazém do Texto constrói. Essa canção Cotidiano é muito impostante para trabalhos escolares. Temos a canção com 6 quartetos, e fazendo rimas de verso para verso. Estamos precisando ver essa canção classificada como um poema, porque tem tudo pra ser.
ResponderExcluirQue mensagem a musica trasmite?
ResponderExcluirNo caso da canção COTIDIANO, de Chico Buarque, nota-se que ele procurou as diversas metáforas para deixar claro como viviam os homens no período da ditadura, e como se portava a mulher, ou mulheres conforme sua estirpe: mulher de classe alta- burguesa daquela época, classe média(a mulher do enredo narrativo),ou a mulher desfavorecida. Nesse enredo, só a mulher classe média fez o papel na narração.
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