segunda-feira, 13 de novembro de 2017

SONETO - LUÍS VAZ DE CAMÕES - COM GABARITO

Soneto: Busque Amor novas artes, novo engenho
           Luís de Camões


Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.



Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que me mata e não se vê;

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.

Interpretação do texto:

01. Segundo os versos do poema, o eu lírico:
a) está à procura do Amor.
b) está amando e cheio de esperanças.
c) está seguro devido ao Amor.
d) está sem esperança.

02. Ao se dirigir ao Amor, na primeira estrofe, percebe-se por parte do eu lírico um tom de:
a) súplica         b) desafio          c) ameaça        d) euforia

03. Por que o eu lírico não teme as novas artes do Amor?
a) Porque o eu lírico não possui mais esse sentimento.
b) Porque onde falta esperança não há desgosto.
c) Porque a esperança que ele tem o faz sentir mais seguro.
d) Porque ele não teme nada, nem os perigos de um mar bravo.

04. Apresenta uma contradição a justaposição dos termos da expressão:
a) novo engenho                              b) bravo mar     
c) perigosas seguranças                  d) novas artes.

05. “Busque Amor novas artes, novo engenho”, o termo em destaque tem o sentido de:
a) artimanha         b) trabalho                 c) objetivo            
d) solução.

06. De acordo com o eu lírico do texto, o Amor gera:
a) segurança          b) esperança            c) sofrimento 
d) dúvidas.

07. “Amor um mal, que me mata e não se vê;” o verso sugere que o Amor é:
a) indefinido          b) misterioso          c) passageiro           
d) intransigente.

08. A última estrofe revela que:
a) o eu lírico realmente é imune as artes do Amor.
b) o eu lírico busca descobrir as razões do Amor.
c)  o Amor ainda consegue atingir o eu lírico.
d) o Amor abandona o destemido eu lírico.


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