domingo, 29 de outubro de 2017

TEXTO: SUS - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - COM GABARITO


SUS – Sistema Único de Saúde

        O Sistema Único de saúde (SUS) foi criado em 1988, após décadas de pressões e debates de movimentos sociais e profissionais de saúde em favor de um sistema público para todos os brasileiros. Essa foi uma grande conquista porque até essa data o atendimento nos serviços públicos de saúde era restrito a determinados programas – como vacinação, tratamento de doenças transmissíveis – ou a determinadas parcelas da população – como trabalhadores com careira assinada e seus dependentes. São raros os países nos quais a lei estabelece que o sistema público seja responsável pelo atendimento integral da população, desde a prevenção de doenças até o final do tratamento, incluindo o fornecimento gratuito de medicamentos.
        Até 1988 a saúde não era considerada um direito de todos. Quem tinha carteira de trabalho assinada e pagava a Previdência Social tinha direito ao atendimento nos serviços públicos. A população que não podia pagar por atendimento particular e não “tinha INPS” era chamada de indigente ou carente. Parece incrível, mas somente com a promulgação da nova Constituição Federal, chamada de “Constituição Cidadã”, a lei brasileira passou a definir que “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado.”
        De 1988 para cá, pouco a pouco, o Sistema Único de Saúde começou a se transformar em realidade, embora ainda precise avançar muito para funcionar como está definido na lei. Os municípios, por exemplo, também passaram a ser responsáveis pelo sistema. Alguns deles avançaram mais, outros menos, de acordo com o compromisso dos governantes em transformar a lei em medidas práticas.
        Existem, por exemplo, municípios brasileiros que já contam com equipes do Programa de Saúde da Família para atender 100% da população. Outros estão apenas começando. Em muitos deles, a população passou a ter voz ativa nas Conferências de Saúde, realizadas a cada quatro anos, em todo o país, assim como no Conselho Municipal de Saúde, no qual os usuários dos serviços têm direito à metade das vagas. Os conselhos podem controlar, cada vez mais, o uso dos recursos públicos depositados no Fundo Municipal de Saúde.
        Os problemas mais graves ainda acontecem nos lugares onde os governantes não empregam corretamente os recursos depositados no Fundo de Saúde. Ou, pior ainda, tentam voltar às práticas anteriores à criação do SUS, entregando os serviços de saúde para a iniciativa privada. O uso de serviços de saúde privados, com fins lucrativos, também é um direito dos brasileiros. Mas isso não diminui o dever do Estado e dos cidadãos de defender o sistema público. Onde o SUS funciona, seus usuários sabem o que têm a defender. Onde não funciona, é preciso melhorá-lo, pois é um direito de todos os brasileiros.
      A lei do SUS garante o atendimento igualitário e universal (a todos os brasileiros), sem distinção de sexo, cor, etnia, renda ou classe social. Esse atendimento no sistema público é gratuito porque já foi pago pelo cidadão por meio de contribuições sociais e impostos.

Interpretação do texto:

1 – Quando foi criado o SUS?
      Foi criado no ano de 1988.

2 – Antes da criação do SUS, quem tinha direito ao atendimento nos serviços públicos de saúde?
      Somente as pessoas que tinham a carteira de trabalho assinada.

3 – Quem paga pelos serviços públicos de saúde?
      Quem paga a Previdência Social.

4 – O texto indica diversas formas de controle do uso dos recursos para o SUS pela população. Quais são elas?
      Conferências de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e Fundo Municipal de Saúde.

5 – O que a população deve fazer quando o poder público não implanta o SUS?
      Devem cobrar, por ser um direito adquirido por lei.

6 – Você já utilizou os serviços do SUS? Em caso afirmativo, escreva sobre essa experiência.

      Resposta pessoal do aluno.

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