Tatiane
Batista Macedo
Acorda, João,
Já passa das cinco.
O relógio não pára, a vida não pára.
É hora de ir para a vinte e cinco,
Vender as mercadorias
Que, com os únicos centavos e tantos esforços, acabou de comprar.
No corre-corre, no grita-grita:
— Três por um real!
João nem se dá conta
Que, às suas costas,
O policial durante a ronda
Leva as mercadorias.
João, e agora?
E agora, João?
Como comprará o leite da Gabriela,
O pão do Pedro,
A saia da Maria?
E agora, João?
Como pagará o aluguel ao seu Manuel?
João, e agora?
Os policiais ainda amarram os sacos.
João volta.
Não pode.
João pega.
Não dá!
João é impedido.
Não pode! Não pega! Não dá!
Corre, corre agora?
E o leite e o aluguel e a saia e o pão?
Não posso, não dá.
No corre-corre, no grita-grita,
O único som: uma lágrima caindo...
E o leite e o aluguel e a saia e o pão?
Não posso, não dá.
No corre-corre, no grita-grita,
O único som: uma lágrima caindo...
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Interpretação do texto:
1 – Qual o título do texto? E o que quer dizer?
O
Camelô. Pessoas que vendem as mercadorias pelas ruas.
2 – A que horas João acorda?
Para ir onde vender as mercadorias?
Levanta as 5 horas da manhã. Pegam suas
mercadorias e vão para a vinte e cinco.
3 – O que aconteceu com
João, enquanto ele oferecia as mercadorias no grita-grita. “Três por um real!”?
A polícia fazendo ronda, levava suas
mercadorias, sem que ele percebe-se e não conseguiu pegar de volta as
mercadorias.
4 – Qual é a preocupação de
sua mulher?
Como irão conseguir pagar o aluguel,
comprar o pão, o leite a saia da Maria, sem dinheiro.
5 – No corre-corre, no
grita-grita, qual é o som que se ouve, no último verso?
“O único som: uma
lágrima caindo...”
6 – Quem é o autor do texto?
Tatiane Batista
Macedo.
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ResponderExcluirComo tranformar esse texto em prosa?
ResponderExcluirQuantos verbos há no poema?
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