sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

SONETO: BRINQUEDOS DE CRIANÇA - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

SONETO: Brinquedos de Criança


Recordo ainda… E nada mais me importa…
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança
Algum brinquedo novo a minha porta…

Mas veio um vento de desesperança
Soprando cinzas da noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança…

Estrada afora após segui… Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iluda o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente
Sou um pobre menino… Acreditai…
Que envelheceu, um dia, de repente!...

                                                       Mário Quintana. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966).
Entendendo o poema:
01 – Por que o poema “Brinquedos de Criança” é considerado um soneto?
      Porque ele é caracterizado exatamente como um poema de 14 versos – com dois quartetos e dois tercetos.

02 – Na sua leitura e entendimento do texto. O que o autor recorda?
      Seu tempo de infância, seus brinquedos.

03 – Como as crianças brincavam antigamente?
      Elas faziam seus próprios brinquedos, bonecas de pano e carrinhos com latas.

04 – Para o autor, o que significa “Eu quero meus brinquedos novamente”?
      Significa que ele quer voltar ao tempo de criança, a inocência, a alegria.

05 – Quem é o eu lírico que fala da infância, no poema? E que sentimentos deixa transparecer quando fala no poema?
      Uma pessoa idosa. Ela sente saudades da infância.


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