Poema: Doente
anônimo
Bilhete encontrado na sala de aula pela turma da limpeza
Bilhete encontrado na sala de aula pela turma da limpeza
Sérgio Capparelli
Doutora, meu amor adoeceu,
Anda perrengue, estropiado,
Tem fígado roto
E o coração em descompasso.
--Doutora, não sei o que faço!
Meu amor sofre de artrite,
Stress, falta de viço,
Magro, magérrimo,
Quase morre de cansaço
--Doutora, não sei o que faço!
Meu coração,
Não sai mais a galope,
Nem a trote, como antes.
--Doutora, ele agora, muito triste,
Segue a passo, lento passo.
Doutora, linda doutora,
O que é que faço?
Restos
de arco-íris. 8. ed. Porto Alegre: L&PM, 2005. p. 32
Entendendo o poema:
01 – Abaixo do título do
poema, há a informação: “Bilhete encontrado na sala de aula pela turma da
limpeza.”
a)
Levante hipóteses: Por que há esse tipo de
informação no texto?
Para sugerir que o eu lírico é uma pessoa em idade escolar.
b)
Quem é o “doente anônimo”?
É o eu lírico do poema.
c)
Discuta com os colegas: O texto é um poema ou
um bilhete?
Trata-se de um poema, pois apresenta versos, estrofes, rimas, etc.
Contudo, o conteúdo do poema simula uma situação em que um estudante escreve um
poema par uma “doutora”.
02 – O locutor ou enunciador
se dirige a uma pessoa.
a)
A quem ele se dirige? Que palavra(s) usa para
nomeá-la?
Dirige-se a uma “doutora”, que é chamada assim por quatro vezes e
uma vez como “linda doutora”.
b)
Qual é a função sintática desse termo no
poema?
Vocativo.
c)
Qual é a profissão dessa pessoa? Justifique
sua resposta.
É uma médica, pois há referência, no poema, a várias doenças, como
artrite, stress, magreza, cansaço.
03 – O eu lírico, ao
recorrer a esse tipo de profissional, tem uma finalidade em vista.
a)
Para que ou para quem ele procura ajuda?
Para o seu amor.
b)
Levante hipótese: O que pode ter acontecido a
ponto de o eu lírico procurar ajuda?
Provavelmente, o amor do eu lírico não á mais correspondido; por
isso anda fraco, doente, sem ânimo.
04 – Note que, na última
estrofe, o eu lírico deixa de chamar seu interlocutor de “doutora” e passa a
chama-la de “linda doutora”.
a)
O que essa mudança sugere?
Sugere que ele passou a observá-la melhor e notou que a doutora é
linda.
b)
Você acha que o eu lírico vai conseguir
resolver seu problema? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que a expressão
“linda doutora” seja penas uma gentileza do enunciador. Contudo, pode ser que o
eu lírico esteja começando a se apaixonar pela doutora. Nesse caso, ele
resolveria rapidamente o problema de seu coração, desde que seja correspondido.
05 – O vocativo foi
empregado seis vezes no poema. Levante hipóteses: O que justifica o emprego tão
frequente desse termo no texto?
( ) O eu lírico destaca seus próprios
sentimentos; logo, coloca-se em destaque constantemente por meio do vocativo.
(X) O eu lírico procura persuadir seu
interlocutor a ajuda-lo a resolver seu problema sentimental; daí a ênfase no
interlocutor, expressa pelo vocativo.
( ) O interlocutor do eu lírico, a doutora,
procura enfatizar os sentimentos dele por meio do vocativo; daí a frequência
desse termo no poema.
OBRIGADO,MINHA PROFESSORA KENNIA ME PASSOU ESSAS PERGUNTAS VALEU PELA RESPOSTA!
ResponderExcluirA minha professora Kennia também passou
ResponderExcluirA minha tbm
ResponderExcluirObrigada
ResponderExcluirbom dia
ResponderExcluirMinha professora patricia passou essa atividade mto obrigado pelas respostas!
ResponderExcluirTambém
ResponderExcluirMinha professora também passou uma atividade assim. Muito obrigada pela ajuda!
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