Poema: Sobre um mar de rosas que arde
Pedro Kilkerry
Sobre um mar de rosas que arde
Em ondas fulvas, distante,
Erram meus olhos, diamante,
Como as naus dentro da tarde.

Asas no azul, melodias,
E as horas são velas fluidas
Da nau em que, oh! alma, descuidas
Das esperanças tardias.
Pedro Kilkerry. In: Ítalo Moricone. Os cem melhores poemas brasileiros
do século. São Paulo: Objetiva.
Fonte: Livro –
Português: Linguagens, 2. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª Ed.
– Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 325.
Entendendo o poema:
01 – Qual a imagem central que
abre o poema de Pedro Kilkerry?
A imagem central
que abre o poema é a de um "mar de rosas que arde", sugerindo uma
beleza intensa e talvez paradoxalmente dolorosa ou efêmera.
02 – Como o eu lírico descreve
o movimento de seus olhos nesse "mar de rosas"?
O eu lírico
descreve seus olhos como um "diamante" que erra distante sobre esse
mar, comparando seu movimento ao das "naus dentro da tarde", evocando
uma sensação de viagem melancólica e contemplativa.
03 – Quais elementos da
natureza são utilizados na segunda estrofe para evocar sensações e a passagem
do tempo?
A segunda estrofe
utiliza as imagens de "asas no azul" para sugerir liberdade ou
elevação, "melodias" para evocar sons suaves e a passagem do tempo é
metaforizada por "horas" que são como "velas fluidas" de
uma embarcação.
04 – A quem o eu lírico se
dirige com a interjeição "oh!" na segunda estrofe e qual a ação que
ele associa a essa entidade?
O eu lírico se
dirige à sua própria "alma" com a interjeição "oh!". Ele
associa a essa alma o ato de descuidar das "esperanças tardias",
sugerindo talvez um certo abandono ou resignação em relação a desejos que
demoraram a se concretizar.
05 – Qual a sensação geral
transmitida pela comparação da alma a uma nau que descuida das esperanças
tardias?
A comparação da
alma a uma nau que descuida das esperanças tardias transmite uma sensação de
melancolia, de deixar passar oportunidades ou de um certo cansaço diante da
espera. Sugere uma jornada da alma onde as esperanças, como velas fluidas,
podem se esvair sem a devida atenção.
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