Notícia: Geração Conectada – A Face Oculta da Multitarefa Digital em Crianças e Adolescentes – Fragmento
Apesar da familiaridade com a
tecnologia, o uso excessivo e simultâneo de dispositivos expõe jovens a riscos
de segurança, problemas de desenvolvimento social, psicológico e até
neurológico, como tecnoestresse, depressão e dificuldade de concentração.

Pesquisar
no Google, mandar um torpedo pelo celular, atualizar o Twitter e postar fotos
no Facebook são algumas atividades que crianças e adolescentes são capazes de
executar – todas praticamente ao mesmo tempo.
Até aí, nada de surpreendente, afinal
estamos falando dos nativos da "geração digital" para quem o e-mail
já é uma antiguidade. Mas nem mesmo esses seres multitarefa passam incólumes
por tanta conectividade e tanta informação.
O impacto dessa avalanche se reflete
não apenas em aumento de riscos para a segurança dos jovens, temidos pelos
pais, como também pode afetar seu desenvolvimento social e psicológico.
Ao lado de ameaças que são velhas
conhecidas, como pedofilia e obesidade, surgem outras: ciberbullying,
"sexting", "grooming" e tecnoestresse.
O tal do tecnoestresse é causado pelo
uso excessivo da tecnologia e provoca dificuldade de concentração e ansiedade.
O jovem tecnoestressado também pode tornar-se agressivo ao ficar longe do
computador.
Segundo o neurologista pediátrico
Eduardo Jorge, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisas
já associam overdose de tecnologia com problemas neurológicos e psiquiátricos.
“Estão aumentando os casos de doenças
relacionadas ao isolamento. A depressão é a que mais cresce.”
O neurologista também diz que há uma
incidência maior do transtorno de déficit de atenção entre adolescentes
aficionados por computador.
“Não é fácil de diagnosticar. Os pais
não acham que o filho tem dificuldade de concentração porque ele fica parado no
computador.”
Outro risco é a enxaqueca. "Essas
novas telas de LED são um espetáculo, mas têm um brilho e uma luminosidade que
fazem com que aumentem tanto o número de crises de enxaqueca como a intensidade
delas", alerta.
[...].
Folha de São Paulo, 15/5/2012.
Fonte: Livro –
Português: Linguagens, 2. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª Ed.
– Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 247.
Entendendo a notícia:
01 – Que habilidades
tecnológicas são mencionadas como comuns entre crianças e adolescentes da
"geração digital"?
A notícia
menciona a capacidade de pesquisar no Google, mandar torpedo pelo celular,
atualizar o Twitter e postar fotos no Facebook como atividades que crianças e
adolescentes realizam simultaneamente.
02 – Além dos riscos de
segurança já conhecidos, como pedofilia e obesidade, que novas ameaças surgem
com o uso excessivo da tecnologia entre os jovens?
Surgem novas ameaças
como ciberbullying, "sexting", "grooming" e tecnoestresse.
03 – O que causa o
tecnoestresse e quais são alguns de seus sintomas em jovens?
O tecnoestresse é
causado pelo uso excessivo da tecnologia e provoca dificuldade de concentração
e ansiedade. Jovens tecnoestressados também podem se tornar agressivos ao
ficarem longe do computador.
04 – Segundo o neurologista
pediátrico Eduardo Jorge, que tipo de problemas pesquisas já associam à
"overdose de tecnologia" em jovens?
Pesquisas já
associam a "overdose de tecnologia" a problemas neurológicos e
psiquiátricos, como o aumento de casos de doenças relacionadas ao isolamento,
principalmente a depressão.
05 – Qual transtorno de
déficit de atenção o neurologista Eduardo Jorge observa com maior incidência
entre adolescentes que usam muito o computador?
O neurologista
Eduardo Jorge observa uma maior incidência do transtorno de déficit de atenção
entre adolescentes aficionados por computador.
06 – Por que o diagnóstico de
dificuldade de concentração pode ser desafiador em adolescentes que passam
muito tempo no computador, segundo o neurologista?
O diagnóstico é
desafiador porque os pais podem não perceber a dificuldade de concentração, já
que o filho parece estar parado e focado enquanto usa o computador.
07 – Qual outro risco para a
saúde, além dos neurológicos e psicológicos, é mencionado na notícia devido ao
uso excessivo de telas de LED?
Outro risco
mencionado é o aumento tanto no número de crises de enxaqueca quanto na
intensidade delas, devido ao brilho e à luminosidade das novas telas de LED.
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