quarta-feira, 9 de abril de 2025

NOTÍCIA: COMO REAGIR DIANTE DA TV - (FRAGMENTO) - CIRO MARCONDES FILHO - COM GABARITO

 Notícia: COMO REAGIR DIANTE DA TV – Fragmento

              Ciro Marcondes Filho

        O título acima e, sem dúvida, enganoso. A questão não é "reagir" à TV como se ela fosse uma força estranha que invade nossas casas e lá se instala para não mais sair. Sabemos que a TV é um instrumento eletrônico, produto da história do homem e de sua evolução; é a marca desta era. Não tem sentido destruir a televisão, porque não é ela a culpada dos crimes que Ihe são imputados. É certo que não é de todo inocente no processo de desumanização da vida social moderna, e por isso mesmo é necessário medir quem na verdade provoca o que.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNldPoxN1GUfzLLdb44T5jdNeV_05zko2XAMPipZMuFWkhm_SXnN1l5WdZYFrm2ObIGS4hlajsERMRM6r4DV6EF18OwlDb3-Q9qkEI57-sII49v83VXXqIe6nqzXknvEQH9dFOZRhSRONSBagpbQKldrOuiAaxyAPWBWyjtFdmGKzFFZKmh6qaPqqW7a0/s320/tv.jpg 


        [...]

        Vez por outra, instituições sociais (geralmente a Igreja) criam campanhas de desligamento coletivo da TV em benefício do diálogo ou "para as pessoas pensarem mais no ser humano e no seu mundo outra vez". A supressão ou o desligamento em massa da TV, porém, é uma falsa solução porque ataca o problema em sua manifestação externa e não na causa dele.

        O isolamento familiar, a falta de diálogo, o desinteresse dos membros da família, a solidão no trabalho, as relações superficiais com amigos, o desconhecimento em profundidade nos casais estão na estrutura da vida moderna, de que a TV é apenas um dos componentes.

        [...] A TV não se impõe simplesmente aos homens, exercendo sobre eles um poder ditatorial. Essa questão deve ser vista do lado inverso: a que necessidades reais e legítimas a TV está atendendo quando alcança níveis fantásticos de audiência?

        [...]

Ciro Marcondes Filho. Televisão – A vida pelo vídeo. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1988. p. 109-110.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 142.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a principal crítica do autor em relação à forma como as pessoas veem a televisão?

      O autor critica a visão de que a televisão é uma força externa e invasiva, culpada por problemas sociais. Ele argumenta que a TV é um produto da evolução humana e que o problema está no uso e nas necessidades que ela atende, não no aparelho em si.

02 – Por que o autor considera que campanhas de desligamento coletivo da TV são uma "falsa solução"?

      Porque essas campanhas atacam apenas a manifestação externa do problema, ou seja, o aparelho de televisão, e não as causas subjacentes, como o isolamento familiar e a falta de diálogo.

03 – Quais são as causas apontadas pelo autor para o "processo de desumanização da vida social moderna"?

      O autor aponta o isolamento familiar, a falta de diálogo, o desinteresse entre os membros da família, a solidão no trabalho, as relações superficiais com amigos e o desconhecimento profundo nos casais como parte da estrutura da vida moderna, da qual a TV é apenas um componente.

04 – Qual é a visão do autor sobre o poder da televisão sobre as pessoas?

      O autor acredita que a TV não exerce um poder ditatorial sobre as pessoas. Ele sugere que é preciso analisar quais necessidades reais e legítimas a televisão atende quando alcança altos níveis de audiência.

05 – Qual a solução que o autor aponta para o problema da influência da TV na sociedade?

      A solução não é destruir ou desligar a televisão, mas sim medir quem realmente provoca os problemas imputados a ela e entender as necessidades que ela satisfaz.

 

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