Artigo: E se a Lua não existisse mais?
A Máquina do Tempo (2002), Oblivion
(2013) e Espaço: 1999 (1975) são três filmes de ficção científica que têm algo
em comum: nas histórias, a Lua é destruída ou tirada de órbita. O que mudaria
se isso acontecesse de fato? E se a Lua nunca tivesse existido? Como seriam as
coisas por aqui?
O
diâmetro da Terra é pouco mais que quatro vezes o diâmetro da Lua. Confrontada
com um mapa terrestre, a silhueta da Lua cobre facilmente a Austrália ou a
Europa. Considerando os demais planetas do Sistema Solar, que possuem
satélites, a Lua é muito grande comparada com o planeta que orbita. Já foi
sugerido que o conjunto Terra-Lua seria um planeta duplo, tanto pela relação de
tamanhos quanto à distância entre os astros.
Esta particularidade do sistema
Terra-Lua faz com que a força gravitacional entre os astros seja tremenda. A
influência mais notável pode ser facilmente visualizada pelas marés. A massa
lunar também influencia o eixo de rotação da Terra. Sem a Lua as marés seriam
irregulares e as estações do ano variariam abruptamente. Isso tudo causaria
grandes problemas para os habitantes da Terra.
Outra função que Lua exerce
naturalmente é servir de escudo para nós. Muitos pequenos corpos celestes
colidem com nosso satélite em vez de nos atingirem. Sem a Lua qualquer corpo
que passasse suficientemente perto seguiria direto para o nosso planeta.
Daí concluímos que, se a Lua não
existisse para regular ciclos de marés e estações climáticas, talvez a vida
como conhecemos nem teria se desenvolvido na Terra. Se nosso satélite de repente
sumisse, haveria terremotos, ameaças de meteoritos, tsunamis e perturbações
climáticas enormes. Uma coisa é certa: os observadores de estrelas gostariam de
não ter aquelas noites de Lua cheia no céu ofuscando objetos menos brilhantes,
como nebulosas e galáxias. Por outro lado os românticos teriam menos uma beleza
no céu para cantar:
“Poetas, Poetas,
seresteiros, namorados, correi
É chegada a hora de
escrever e cantar
Talvez as derradeiras
noites de luar” (“Lunik 9” por Gilberto Gil, 1967).
Publicado: em 22 jul.
2014. Disponível em: http://www.planetariodorio.com.br/index.php/component/k2/item/3404-e-se-a-lua-n%C3%A3o-existisse-mais??Itemid=290.
Acesso em: 9 fev. 2015.
Fonte: Livro Língua
Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição.
São Paulo, 2015 – Moderna. p. 255-6.
Entendendo o artigo:
01 – Considerando o título
do artigo, do que você acha que tratará a matéria da revista?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: A matéria explicará o que os cientistas acreditam que
aconteceria se a Lua não existisse mais.
02 – Escreva no caderno uma
frase que poderia responder à pergunta do título.
Resposta pessoal do aluno. Sugestão:
Haveria mais meteoros atingindo a Terra, catástrofes e alterações grandes no
clima.
03 – Que tempo verbal você
utilizou em sua resposta? Por quê?
O futuro do
pretérito, porque ele indica uma ação que ocorreria no futuro caso uma condição
fosse cumprida.
04 – Leia agora esta
pergunta: “E se a Lua não existir
mais?”.
I – O que mudou da pergunta
original para essa, em termos de tempos verbais?
No original, o
verbo existir estava flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo; agora,
está flexionado no futuro do subjuntivo.
II – E o que mudou em termos
de significado?
Antes, o tempo indicava uma hipótese no
presente (em um “universo paralelo” da ficção científica, por exemplo). Agora,
indica uma hipótese no futuro.
III – Escreva no caderno
outra frase para responder a essa nova pergunta.
Resposta pessoal do aluno. Sugestão:
Haverá mais meteoros atingindo a Terra, catástrofes e alterações grandes no
clima.
IV – Qual tempo verbal você
utilizou dessa vez? Por quê?
O futuro do
presente, porque ele acompanha o futuro do subjuntivo.
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