Poema: O amor, esse sufoco
Paulo LeminskiO amor, esse sufoco,
agora a pouco era muito,
agora, apenas um sopro.
Ah, troço de louco,
corações trocando rosas,
e socos.
Paulo Leminski. In:
MARINS, Álvaro; GÓES, Fred (Org.). Melhores poemas de Paulo Leminski. 5. ed.
São Paulo: Global, 1996.
Fonte: Livro Língua
Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição.
São Paulo, 2015 – Moderna. p. 178-9.
Entendendo o poema:
01 – O poema se vale de
palavras mais ou menos cotidianas?
Trata de palavras
mais corriqueiras, cotidianas.
Essa escolha de palavras caracteriza uma linguagem mais ou menos formal?
A escolha de palavras cotidianas caracteriza uma linguagem menos
formal.
02 – Releia o poema,
prestando atenção no par de palavras: sufoco/sopro.
·
O uso dessa palavras sugere que o amor é um
sentimento estável ou instável? Por quê?
É um sentimento instável, que muda radicalmente, indo da sensação
intensa de um sufoco à de um sopro, que é quase imperceptível.
03 – Nos versos 2 e 3 são
trabalhadas duas expressões que marcam o tempo. Transcreva-as no caderno.
·
Discuta: o que elas podem sugerir sobre o
tempo em que ocorrem mudanças no amor?
“Agora há pouco” e “Agora”. Essas expressões sugerem o curto
intervalo em que o amor se transforma.
04 – A maior parte dos versos
tem sete sílabas poéticas, a chamada redondilha maior, e há, ainda, versos
menores.
a) Essa quantidade de sílabas estabelece um ritmo mais ou menos acelerado?
Essa quantidade de sílabas dá ao poema um ritmo mais acelerado, com
menor intervalo entre as sílabas tônicas.
b) Esse ritmo combina com o que se diz sobre o tempo nas mudanças do amor?
O ritmo combina com a ideia de passagem rápida do tempo para as
mudanças no amor.
05 – Que outra antítese é
usada nos dois últimos versos?
Rosas e socos.
06 – Quando se refere a
corações, o poema fala mesmo do órgão humano? Por quê?
Não, pois
corações não podem trocar rosas e socos.
07 – Que expressão
idiomática é usada para falar do amor?
Troço de louco.
Ela pode ser tomada como uma síntese do que o eu lírico acha do amor? Por quê?
Sim, pois essa expressão significa aproximadamente algo que não pode
ser compreendido e o amor, na perspectiva do eu lírico, é algo confuso,
contraditório, ora intenso, ora quase inexistente, motivando os amantes a
agirem com ambiguidade.
08 – Como você declamaria
esse poema? Imagine e ensaie bem para depois poder declamar com seus colegas!
Resposta pessoal do aluno.
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