Poema: Desencontrários
Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.
Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto.
LEMINSKI,
Paulo. Melhores poemas. São Paulo: Global, 1997.
Entendendo o poema:
01 – Como se sente o eu lírico em relação ao trabalho
poético?
Segundo o texto,
a criação poética exige muita paciência e empenho. O eu lírico se sente
impotente e frustrado, pois não encontra a palavra certa, adequada, na produção
de seus versos. Há um desacordo entre o que ele pensa e o que consegue expor,
poia as palavras não se agrupam de forma harmônica.
02 – Retire do texto um
pronome pessoal oblíquo átono e um tônico.
Me, se (átonos); si
(tônico).
03 – Em que verso o pronome
pessoal foi usado apenas como realce, podendo ser retirado?
“E ela se foi num labirinto”.
“Parecia fora de si,
A sílaba silenciosa.”
Pode-se reforçar
a ação reflexiva, colocando-se a expressão de
si mesma. O sujeito (a sílaba) pratica e sofre a ação de estar fora de.
05 – Corrija as frases em
que houver redundância no emprego do pronome possessivo.
a)
O atleta ergueu seus braços e lançou seu
corpo com grande impulso.
O atleta ergueu os braços e lançou o corpo com grande impulso.
b)
Após a cirurgia, pus colírio em meus olhos
por vários dias, conforme recomendação do meu médico.
Após a cirurgia, pus colírio nos olhos por vários dias, conforme
recomendação do médico.
c)
A moça tinha suas mãos e seus pés feridos,
mas recusava nossa ajuda.
A moça tinha as mãos e os pés feridos, mas recusava nossa ajuda.
d)
Com medo, a criança escondeu sua cabeça por
baixo da coberta, encolheu suas pernas e aquietou-se.
Com medo, a criança escondeu a cabeça por baixo da coberta, encolheu
as pernas e aquietou-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário