domingo, 26 de junho de 2022

POEMA: EPÍGRAFE - EUGÉNIO DE CASTRO - COM GABARITO

Poema: Epígrafe

             Eugénio de Castro

 

Murmúrio de água na clepsidra gotejante,

Lentas gotas de som no relógio da torre,

Fio de areia na ampulheta vigilante,

Leve sombra azulando a pedra do quadrante,

Assim se escoa a hora, assim se vive e morre…

 

Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,

Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?

Procuremos somente a Beleza, que a vida

É um punhado infantil de areia ressequida,

Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa…

Eugénio de Castro. Antologia pessoal da poesia portuguesa.

Fonte: Língua portuguesa 2 – Projeto ECO – Ensino médio – Editora Positivo – 1ª edição – Curitiba – 2010. p. 254.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; tema.

·        Pedra do quadrante: parte superior de um relógio de sol.

02 – A imagem contida em “lentas gotas de som” é retomada na segunda estrofe por meio da expressão:

a)   Tanta ameaça.

b)   Som de bronze.

c)   Punhado de areia.

d)   Sombra que passa.

e)   Somente a Beleza.

03 – Neste poema, o que leva o poeta a questionar determinadas ações humanas (versos 6 e 7) é a:

a)   Infantilidade do ser humano.

b)   Destruição da natureza.

c)   Exaltação da violência.

d)   Inutilidade do trabalho.

e)   Brevidade da vida.

 

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