segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): SEIO DE MINAS - PAULA FERNANDES - COM GABARITO

Música(Atividades): Seio de Minas

                                       Paula Fernandes
Eu nasci no celeiro da arte
No berço mineiro
Sou do campo, da serra
Onde impera o minério de ferro

Eu carrego comigo no sangue
Um dom verdadeiro
De cantar melodias de Minas
No Brasil inteiro

Sou das Minas de ouro
Das montanhas Gerais
Eu sou filha dos montes
Das estradas reais

Meu caminho primeiro
Vi brotar dessa fonte
Sou do seio de Minas
Nesse estado, um diamante

Eu nasci no celeiro da arte
No berço mineiro
Sou do campo, da serra
Onde impera o minério de ferro

Eu carrego comigo no sangue
Um dom verdadeiro
De cantar melodias de Minas
No Brasil inteiro

Sou das Minas de ouro
Das montanhas Gerais
Eu sou filha dos montes
Das estradas reais

Meu caminho primeiro
Vi brotar dessa fonte
Sou do seio de Minas
Nesse estado, um diamante.

Entendendo a canção:
Após realizar a leitura da letra da música, faça o que se pede:
01 – Grife as rimas presentes na letra da música.
      Gerais, reais, fonte, diamante, Mineiro, verdadeiro, inteiro, primeiro.

02 – Observe o mapa do Brasil abaixo:



        O estado representado no mapa pela cor verde é o mesmo mencionado na música. Qual o nome dele?
      Minas Gerais.

03 – Quais são as riquezas naturais e minerais que esse estado possui, de acordo com a música?
      Serra, ferro, ouro, campo, monte, fonte, diamante.

04 – A pessoa que fala na música compara o seu estado com uma joia. Que joia é essa?
      Ela compara o estado com o ouro.

05 – Qual é o local em que a personagem reside, de acordo com a música? Copie o verso que comprova isso.
      Ela reside no campo: “... sou do campo da serra...”.

06 – Qual é o significado do título da música? Explique.
      Seio – centro de Minas.

07 – Qual é o tema da música? Justifique.
      Uma pessoa que sente orgulho do seu estado e canta sobre as riquezas que ele possui.

08 – Faça um poema sobre seu estado contando sobre suas riquezas e seus sentimentos por morar nele. Não esqueça de dar um título interessante ao seu texto.
      Resposta pessoal do aluno.


TEXTO: DO LUGAR ONDE A VIDA É DE MENTIRA E DOS MUITOS PAPÉIS - COM GABARITO


Texto: Do lugar onde a vida é de Mentira e dos muitos papéis

 Amados irmãos do vasto mar, muito teria o vosso humilde servo a vos contar para conhecerdes a verdade sobre a Europa. Para tanto, minha fala precisaria ser tal qual a cachoeira que corre da manhã à noite e, mesmo assim, não seria possível contar tudo pois a vida do Papalagui assemelha-se à vida do mar cujo princípio e fim jamais se pode ver com exatidão. A vida do Papalagui tem tantas ondas quanto o mar, a grande água, e pode ser tempestuosa, movimentada, sorridente, sonhadora. Tal qual homem algum conseguiria retirar a água do mar com o oco da mão, também não me é possível trazer-vos o grande mar que é a Europa com a pequenez do meu espírito.
        Mas não quero deixar de vos contar, pelo menos, que assim como o mar não existe sem água, assim não pode haver vida na Europa sem a vida de mentira [...].
        O lugar da vida de mentira! Não é fácil explicar-vos como é esse lugar que o Branco chama cinema; explicar-vos tão claramente que vos seja fácil compreender. Em todas as aldeias da Europa, existe est lugar misterioso, mais procurado do que a casa do missionário; que faz sonhar até as crianças e ocupa o seu espírito.
        O cinema é uma cabana maior do que a maior cabana de chefe de Upolu; muito maior até. Escura, mesmo durante o dia, e tão escura que ninguém conhece quem está perto; tão escura que se fica cego quando se entra e mais cego ainda quando de novo se sai. Por esta cabana as pessoas arrastam-se ao longo das paredes, às apalpadelas, até vir uma moça com um fogo na mão a fim de leva-los até onde há lugar. Os Papalaguis ficam sentados uns junto dos outros, na escuridão, sem se enxergarem; e a sala escura fica cheia de gente, todos calados; cada um sentado numa tábua estreita; e todas as tábuas estão dispostas na direção de uma mesma parede.
        Desta parede, embaixo, digamos assim, de uma garganta profunda, vem um zumbido, um barulho; e assim que os olhos se acostumam à escuridão, vê-se um Papalagui que, sentado, luta com um baú, batendo nele com os dedos abertos, batendo numas linguetas brancas e pretas, muitas linguetas, que o grande baú vai apresentando; e cada lingueta range alto, com vozes diferentes cada vez que é tocada, de tal forma que produz guinchos selvagens desordenados, tal qual uma briga na aldeia.
        Este barulho todo é para desviar nossos sentidos, para enfraquece-los, a fim de acreditarmos no que estamos vendo e não duvidamos de que é verdade. Na parede brilha um raio de luz, dando a impressão de uma lua cheia, onde se veem pessoas, de verdade, que parecem Papalaguis de verdade, vestidos como eles, movendo-se, andando para cá e para lá, correndo, rindo, saltando, tal qual existem em todos os lugares da Europa. É como se fosse a imagem da lua na lagoa, é a lua e não é; é apenas cópia. [...]
        Mas é certo que estes homens na parede são homens de mentira, não são homens de verdade. Se eu pudesse agarrá-los, ver-se-ia que são feitos apenas de luz, que não é possível pegar neles. Servem somente para mostrar ao Papalagui todos os seus prazeres e pesares, suas tolices e fraquezas. [...]
        Estas imagens sem vida, que não respiram, dão ao Papalagui muito contentamento. Nesta sala escura, ele pode se iludir com uma vida de mentira, sem sentir vergonha, sem ser visto pelos outros. O pobre faz-se de rico, o rico faz-se de pobre; o enfermo julga-se sadio, o fraco julga-se forte. Na escuridão, cada um vive uma vida de mentira, que jamais viveu, nem viverá na realidade.
        Entregar-se a esta vida de mentira tornou-se uma verdadeira paixão para o Papalagui. Tão grande, às vezes, que o faz esquecer de sua vida de verdade. É doentia esta paixão porque o homem saudável não vive a vida de mentira numa sala escura; vive a vida real, com calor, ao sol claro.

                 Scheurmann, Erich. O Papalagui: comentários de Tuiávii,
               Chefe da tribo Tiavéa, nos mares do sul. 7. ed. São Paulo:
                                             Marco Zero, s/d. p. 79-81. (gragmento).
Interpretação do texto:
01 – O texto apresenta a fala de um chefe samoano, Tuiávii. A quem ele se dirige?
      Tuiávii dirige-se a ‘seus irmãos”, ou seja, a outros nativos da ilha de Samoa.

a)   No caderno, copie do texto as passagens em que se pode identificar a quem se dirige Tuiávii.
Há diferentes passagens em que a presença dos ouvintes de Tuiávii é marcada: “Amados irmãos do vasto mar, muito teria o vosso humilde servo a vos contar para conhecerdes a verdade sobre a Europa”; “não me é possível trazer-vos o grande mar que é a Europa”; “não quero deixar de vos contar”; “Não é fácil explicar-vos como é esse lugar que o Branco chama cinema; explicar-vos tão claramente que vos seja fácil compreender”.

b)   Que termos, nessas passagens, marcam a presença dos ouvintes de Tuiávii no texto?
Além de um vocativo, observamos que a presença dos ouvintes de Tuiávii é marcada pelo uso de pronomes de 2ª pessoa do plural e de um verbo flexionado na mesma pessoa.

02 – Tuiávii procura descrever, de modo minucioso, algo que viu na Europa. O que está sendo descrito por ele?
      Tuiávii descreve o cinema. Considerando o momento em que Tuiávii teria passado pela Europa, trata-se de uma sessão de cinema mudo.

a)   Tuiávii utiliza uma expressão criada por ele para fazer referência àquilo que descreve. Que expressão é essa?
Segundo Tuiávii, o cinema é “o lugar da vida de mentira”.

b)   Essa expressão traduz algum juízo de valor? Por quê?
Sim. Quando define o cinema como “lugar da vida de mentira” o chefe samoano deixa clara a sua reprovação em relação à ilusão de realidade criada pelo cinema.

03 – Um mesmo recurso é utilizado por Tuiávii em várias descrições. Leia:
        [...] Minha fala precisaria ser tal qual a cachoeira que corre da manhã à noite e, mesmo assim, não seria possível contar tudo pois a vida do Papalagui assemelha-se à vida do mar cujo princípio e fim jamais se pode ver com exatidão.
a)   Que recurso é esse? Transcreva no caderno os trechos em que o recurso é empregado.
O recurso presente no trecho citado é a comparação: “minha fala precisaria ser tal qual a cachoeira que corre da manhã à noite”; “a vida do Papalagui assemelha-se à vida do mar”.

04 – Além do recurso identificado na questão anterior, um outro também está muito presente na fala do chefe samoano. Observe e trecho destacado.
        [...] não me é possível trazer-vos o grande mar que é a Europa [...].
a)   Que recurso foi usado?
No caso da passagem contada, Tuiávii recorre a uma metáfora e apresenta a Europa como um “grande mar”.

05 – Os dois recursos linguísticos utilizados por Tuiávii são figuras de linguagem. Por que ele recorre com tanta frequência a essas figuras, em seu texto?
      Logo no início do terceiro parágrafo Tuiávii afirma: “Não é fácil explicar-vos como é este lugar que o Branco chama cinema; explicar-vos tão claramente que vos seja fácil compreender”. A razão de ele recorrer a metáforas e comparações é justamente esta: criar referências visuais conhecidas dos samoanos para que eles tenham alguma base para elaborar representações visuais para aquilo que desconhecem.

06 – A leitura do texto permite concluir que Tuiávii tem um objetivo claro ao descrever, para seus irmãos samoanos, o “lugar onde a vida é de mentira”. Que objetivo é esse?
      A intenção de Tuiávii é criticar o comportamento do Papalagui. Como ele diz, logo no início, pretende que seus “amados irmãos” conheçam “a verdade sobre a Europa”. O chefe samoano constata que o Papalagui extrai grande prazer em viver uma vida de mentira, criada pela ilusão do cinema. Mas, para Tuiávii, “É doentia esta paixão porque o homem saudável não vive a vida de mentira numa sala escura; vive a vida real, com calor, ao sol claro.”

a)   Podemos afirmar que a opinião de Tuiávii explicita um conflito de valores. Explique.  
Ao longo da descrição que faz, por meio das comparações e metáforas que utiliza, Tuiávii parece exaltar tudo o que diz respeito à natureza e condenar os artefatos tecnológicos do Papalagui, que fazem com que ele mergulhe na fantasia, permitindo-se viver uma vida de ficção. Na perspectiva do chefe samoano, nada pode substituir a vida real, a natureza, e valorizar artefatos que sirvam somente para criar essa ilusão é uma grande tolice.



REPORTAGEM : SEM EMBURRECER - REVISTA VEJA - COM GABARITO

Texto: Sem Emburrecer    

  
  Não são todos os desenhos que desrespeitam a inteligência das crianças.
    Já se escreveu muita besteira sobre como os desenhos animados e as séries de televisão fazem mal para as crianças. Se isso fosse verdade, toda geração hoje na faixa dos 30 anos, que cresceu diante de aparelhos de TV, seria formada por seres limítrofes. [...] No Cartoon Network, da TV por assinatura, há vários desenhos novos, produzidos pelo próprio canal, cujo principal objetivo é entreter crianças e adolescentes, sem no entanto subestimar a inteligência deles. O melhor, e o que faz mais sucesso, chama-se O Laboratório de Dexter. Mas A Vaca e o Frango e As Meninas Superpoderosas também são ótimas surpresas.
        Criado por Gendy Tartakovsky, [...] O Laboratório de Dexter tem como principal triunfo a caracterização dos personagens centrais, o casal de irmãos Dee Dee e Dexter. Ela gosta de dançar. Ele adora ciências, e esconde nos subterrâneos de seu quarto um laboratório cheio de engenhocas avançadas. Mas nenhum deles se define apenas por esses traços. Eles são como crianças de verdade, e crianças de verdade, como se sabe, não são só cândidas e inocentes. Dexter, por exemplo: sua irritação com Dee Dee, que não para de invadir seu espaço, rende momentos engraçadíssimos. [...]
        Todos esses desenhos têm em comum o fato de brincar com o universo cultural das crianças dos dias de hoje. Há referências constantes, por exemplo, aos seriados japoneses, com seus monstrengos, guerreiros-robôs e super-heróis. Em outras palavras, um personagem como Dexter ajuda o espectador mirim a digerir de maneira mais esperta e bem-humorada a dieta de assuntos que a internet, a televisão e a publicidade lhe proporciona. Não se trata exatamente de fazer sátira de costumes, como no caso dos Simpsons. Mas aquilo que os professores chamam de “espirito crítico” não está ausente desses programas. “Fico louco da vida quando alguém que nunca assistiu a desenhos animados diz que eles emburrecem as crianças”, afirma Tartakovsky. Ele tem toda razão.

          Veja. São Paulo: Abril, ano 33, n. 1645, 16 abr. 2004. (Fragmento).
Interpretação do texto:

01 – O texto transcrito trata de uma questão polêmica: os supostos malefícios causados às crianças pelos desenhos animados. Qual a opinião apresentada na reportagem a respeito desse assunto?
      Segundo a reportagem, nem todos os desenhos animados fazem mal às crianças e adolescentes ou desrespeitam a inteligência deles.

a)   Que argumentos são utilizados no primeiro parágrafo para sustentar esse ponto de vista?
O primeiro argumento utilizado é o de que “toda geração hoje na faixa dos 30 anos, que cresceu diante de aparelhos de TV, seria formada por seres limítrofes”, se fosse verdade o fato de que os desenhos animados prejudicam as crianças.
O segundo é uma referência aos desenhos novos, produzidos pelo canal Cartoon Network, destinados a crianças e adolescentes. Tais programas entretêm sem subestimar a inteligência do público infantil.

02 – Quais são, segundo o texto, os aspectos que fazem com que os desenhos analisados contribuam para a formação de crianças e adolescentes?
      Segundo o texto, desenhos como os citados brincam com o universo cultural das crianças de hoje, fazendo referências constantes a assuntos que chegam ao conhecimento infantil via internet, televisão ou publicidade. Personagens como Dexter ajudam a criança a “digerir de maneira mais esperta e bem humorada” a quantidade de informações que recebe diariamente, já que o espírito crítico é parte integrante desse tipo de desenho animado. Além disso, em O Laboratório de Dexter, as personagens centrais, os irmãos Dee Dee e Dexter, são caracterizados como crianças de verdade, isto é, não são apenas “cândidas e inocentes”, mas apresentam traços como irritação ou desrespeito ao espaço do outro.

03 – O título já anuncia o ponto de vista que será defendido na reportagem. Explique.
      O título Sem emburrecer já indica que, na reportagem, será contestada a ideia de que os desenhos animados podem ser nocivos às crianças. O uso da preposição sem, que indica negação, associada ao verbo emburrecer, sugere a posição defendida na reportagem: nem todos os desenhos e programas destinados às crianças subestimam a inteligência delas.

a)   A palavra emburrecer, apresentada no título, exemplifica um determinado processo de formação de palavras. Qual é ele? Justifique.
Emburrecer é um verbo formado por derivação parassintética. Ao radical burr-, foram acrescentados, simultaneamente, o prefixo em- e o sufixo –ecer, dando origem ao termo usado no título do texto.


CRÔNICA: FOFOCA, UMA OBRA SEM AUTOR - MARTHA MEDEIROS - COM GABARITO

CRÔNICA: FOFOCA, uma obra sem autor
                      Martha Medeiros

   O próprio som da palavra dá a ela um certo ar de frivolidade. Fofoca, mexerico, coisa sem importância. Difamação é crime, mas fofoca é só uma brincadeira.

           O que seria da vida sem um bom diz-que-me-diz-que, não?
        Não. Dispenso fofocas e fofoqueiros. Quando alguém se aproxima de mim, segura no meu braço e olha para o lado antes de começar a falar, já sei que vem aí uma lama que não me diz respeito. Se não tiver como fugir, deixo que a indiscrição entre por um ouvido e saia pelo outro, dando assim o pior castigo para o meu interlocutor: não passarei adiante nem uma palavra.
        Não recuso uma olhada na revista Caras, especialista em entregar quem come quem, quem traiu quem faliu, quem casou, quem separou. É a única publicação do gênero que passa alguma credibilidade, porque sei que os envolvidos foram escutados, deram declarações por vontade própria, deixaram-se fotografar. São fofocas profissionais, consentidas e quase sempre assinadas. Fofoca anônima é que é golpe baixo.
        A fofoca nasce da boca de quem? Ninguém sabe. Ouviu-se falar. É uma afirmação sem fonte, uma suspeita sem indício, uma leviandade órfã de pai e mãe. Quem fabrica uma fofoca quer ter a sensação de poder. Poder o quê? Poder divulgar algo seu, ver seu “trabalho” passado adiante, provocando reações, mobilizando pessoas. Quem dera o criador da fofoca pudesse contribuir para a sociedade com um quadro, um projeto de arquitetura, um plano educacional, mas sem talento para tanto, ele gera boatos.
        Quem faz intrigas sobre a vida alheia quer ter algo de sua autoria, uma obra que se alastre e cresça, que se torne pública e que seja muito comentada. Algo que lhe dê continuidade. É por isso que fofocar é uma tentação. Porque nos dá, por poucos minutos, a sensação de ser portador de uma informação valiosa que está sendo gentilmente dividida com os outros. Na verdade, está-se exercitando uma pequena maldade, não prevista no Código Penal. Fofocas podem provocar lesões emocionais. Por mais inocente ou absurda, sempre deixa um rastro de desconfiança. Onde há fumaça há fogo, acreditam todos, o que transforma toda fofoca numa verdade em potencial. Não há fofoca que compense. Se for mesmo verdade, é uma bala perdida. Se for mentira, é um tiro pelas costas.

                          Medeiros, Martha. Almas gêmeas, 20 set. 1999. Disponível em:
                                                                    http://almas.terra.com.br/martha/martha_2D_09.htm/
                                                                                                 Acesse em: 7 dez. 2005. 
Interpretação do texto:
01 – Para tratar da fofoca, a autora do texto cria uma metáfora. Qual é ela?
      Martha Medeiros diz que a fofoca é uma “obra sem autor.”

a)   Que argumentos são utilizados, no texto, para justificar essa metáfora?
Para justificar a ausência de autoria de uma fofoca, o argumento utilizado é o fato de não ser possível identificar a fonte da fofoca. A fofoca seria gerada pelo desejo de quem a criou de ter uma “obra” sua comentada por todos, de ter seu “trabalho” divulgado, “provocando reações, mobilizando pessoas”, assim como ocorre com as obras de arte.

b)   Por que, segundo o texto, a fofoca é tentadora?
Porque daria ao seu autor a sensação de poder, de “ser portador de uma informação valiosa que está sendo gentilmente dividida com os outros.”

c)   No final do terceiro parágrafo, a autora do texto deixa clara a sua opinião sobre aqueles que produzem fofocas. Qual é ela?
A autora considera os fofoqueiros pessoas sem talento que, incapazes de contribuir para a sociedade com obras realmente significativas, acabam produzindo boatos.

02 – Releia:
        “Não há fofoca que compense. Se for mesmo verdade, é uma bala perdida. Se for mentira, é um tiro pelas costas.”
a)   Nesse trecho, há outras duas metáforas para a fofoca. Quais são elas?
“Bala perdida” e “Tiro pelas costas”.

b)   O que significa cada uma delas, considerando o contexto?
No primeiro caso, a metáfora faz referência à inutilidade da fofoca caso o que se conte seja verdade, já que não será uma afirmação fundamentada, mas sim uma exposição “maldosa” de algo ocorrido com outra pessoa.
A segunda metáfora sugere a relação de semelhança entre a fofoca e uma traição, um ato covarde, que impossibilita a defesa da vítima.

c)   Explique de que maneira as metáforas destacadas contribuem para fortalecer a crítica da autora sobre o assunto tratado.
Ao tratar a fofoca como uma “obra sem autor”, uma “bala perdida” e “um tiro pelas costas”, Martha Medeiros enfatiza o caráter inútil, covarde e traiçoeiro de criar ou reproduzir fofocas.




domingo, 3 de dezembro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): PRA VOCÊ - PAULA FERNANDES - COM GABARITO

Música(Atividades): Pra Você

                                    Paula Fernandes
Eu quero ser pra você
A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada
Eu quero ser pra você
A confiança, o que te faz
Te faz sonhar todo dia
Sabendo que pode mais

Eu quero ser ao teu lado
Encontro inesperado
O arrepio de um beijo bom
Eu quero ser sua paz, a melodia capaz
De fazer você dançar
Eu quero ser pra você
A Lua iluminando o Sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você
Eu quero ser pra você
A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada

Eu quero ser pra você
A confiança, o que te faz
Te faz sonhar todo dia
Sabendo que pode mais e mais e mais
Eu quero ser ao teu lado
Encontro inesperado
O arrepio de um beijo bom
Eu quero ser sua paz, a melodia capaz
De fazer você dançar

Eu quero ser pra você
A Lua iluminando o Sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor
Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você

Se eu vivo pra você
Se eu canto pra você
Pra você
Eu quero ser pra você
A Lua iluminando o Sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você
Eu quero ser pra você
Eu quero ser pra você
Pra você.

Interpretação da canção:

01 – Nos versos:
“Eu quero ser pra você
A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada.”

A cantora utiliza que figura de linguagem?
      Podemos perceber a utilização da metáfora, pois o eu lírico se compara com um “Clarão que traz o dia.”

02 – Que temática a canção aborda?
      O desejo do eu poético ser a felicidade da pessoa amada, como podemos confirmar nos versos: “E a cada novo sorriso teu / Serei feliz por amar você.”

03 – O que busca o eu lírico durante toda a música?
      Durante toda a música ela busca fazer o seu amado feliz, pois ela quer ser: alegria, clarão do dia, confiança, a lua iluminando o sol, enfim ser sua paz.

04 – A que gênero literário pertence a música “Pra você”?
a)   Lírico (expressa sentimentos);
b)   Narrativo (narra-se uma história);
c)   Dramático (interpretam-se diálogos).

05 – Com suas palavras explique os versos “Eu quero ser pra você a alegria de uma chegada?”
      Ela quer ser uma emoção sem explicação, uma alegria única de reencontro.

06 – O eu lírico menciona várias palavras que deseja ser para a pessoa amada. Identifique-as.
      Quer ser: a alegria, o clarão do dia, a confiança, o encontro inesperado, o arrepio de um beijo, a Lua iluminando o sol, os braços abertos, enfim ser sua paz.

07 – Ao desejar ser tais palavras, esse eu lírico demonstra ser uma pessoa com quais qualidades?
      Ser bondosa, carinhosa, meiga, sensível, educada e completamente apaixonada.

08 – Explique a diferença entre sentido denotativo e sentido conotativo a partir do verso “Eu quero ser pra você a lua iluminando o sol”.
      O sentido aqui é conotativo, ou seja, metafórico, pois denotativo seria no sentido puro da palavra (dicionário) e aqui é figurativo.

09 – Qual o gênero musical dessa canção? Que indícios te levaram a sua resposta?
      Gênero musical; Sertanejo. Pelo ritmo, padrão estético e sonoro.

10 – A cantora Paula Fernandes, antes de se tornar famosa, participou de uma novela da rede globo de televisão chamada:
a)   Uga, Uga, de Carlos Lombardi.
b)   Vale Tudo, de Gilberto Braga.
c)   As filhas da mãe, de Silvio de Abreu.
d)   América, de Glória Perez.
e)   Desejo Proibido, de Walter Negrão.


MÚSICA(ATIVIDADES): HOMEM PRIMATA - TITÃS - COM GABARITO

Música(Atividades): Homem Primata

                                               Titãs
Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía

Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
A vida é cruel

Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi

I am a cave man
A young man
I fight with my hands
With my hands
I am a jungle man
A monkey man
Concrete jungle
Concrete jungle
Hey

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía

Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
A vida é cruel

Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô! Ô! Ô!

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi.



Entendendo a canção:

01 – Qual é o tema da música? E que entendeu da ideologia da letra da canção?
      Homem Primata. Fala sobre o capitalismo.

02 – O que a música do Titãs, homem primata, quer dizer ao relacionar capitalismo ao período da pré-história?
      Ao dizer que o homem é capitalista e primata, a letra da música está considerando o capitalismo como uma forma primitiva e predatória de sistema econômico. 

03 – Sociologia surge dentro do contexto da sociedade capitalista, no qual temos chamado de mundo moderno. Sendo assim, qual a relação entre a Sociologia e o mundo capitalista?!
      É aquela que nos possibilita pensar justamente o porquê da Sociologia ter surgido dentro desse Mundo Moderno, mundo capitalista. A Sociologia é uma ciência recente e que tem o seu surgimento dentro do mundo burguês, ou seja, uma ciência que surge para tentar entender que relações eram essas que estavam sendo estabelecidas com as transformações capitalistas, como por exemplo, as industrializações, as explorações, as desigualdades, o aparecimento das novas classes sociais (patrões e trabalhadores), os comércios, assim como a internacionalização dessas mesmas relações do capital. A Sociologia é, neste sentido, uma ciência que busca entender o mundo capitalista.
Precisamos levar em conta também que a Sociologia não surge de uma hora para a outra, mas sim como um processo de estudos e debates que estavam sendo feitos por pensadores, intelectuais, homens e mulheres dentro de um contexto histórico determinado. Nosso contexto histórico é o europeu, nos séculos XVII, XVIII e XIX. É a partir desse contexto que estamos nos referindo; é a partir daqui que dizemos que surge a Sociologia.

04 –Na letra da música o compositor diz que desde os primórdios até o nosso dia o homem ainda faz o que o macaco fazia. O que é isso que fazemos desde sempre?!
       Nos possibilita pensar o trabalho. Podemos pensar a referência aos “macacos” na letra como uma analogia às espécies humanas que existiram na Pré-História, ou seja, desde aqueles seres o trabalho já era realizado, pois sem ele a existência seria impossível.
       Pensar o trabalho é muito interessante e deve ser feito com atenção, pois se trata de um tema bastante discutido e debatido entre os pensadores e sociólogos.
      O trabalho é, portanto, uma relação que estabelecemos com o mundo e com a natureza, sendo que isso transforma nossa realidade e a nós mesmos.

05 – A sociedade capitalista se cria dentro da transição da sociedade feudal para a sociedade burguesa. Nessa sociedade capitalista, o que o trabalho representa?!
      Nos coloca em debate o que o trabalho representa ou significa para o mundo capitalista. Pensamos então que no mundo capitalista o trabalho transforma homens e mulheres em mercadoria, já que estes são comprados pelos patrões em troca de um dinheiro, chamado por nós de salário.

06 – Qual a diferença entre o trabalho feito pelos “macacos” e o trabalho na sociedade capitalista?!
      Trata da diferença entre o trabalho feito pelos macacos e o trabalho feito pelos seres humanos. Neste caso, os macacos representam o trabalho feito pelos animais irracionais...  E aqui entra nossa diferença. Nós, seres humanos, pensamos para realizar nossas ações, diferente dos outros animais, que não estabelecem pensamentos para transformar o seu meio, ou seja, para “trabalhar”.

07 – Por que o compositor considera o Capitalismo como selvagem?! Justifique.
      Todos nós já sabemos... basta dar um “role” pelas ruas de nossa cidade para perceber o quanto as relações capitalistas produziram de desigualdades.

08 – O que o homem cria e destrói?
      Tudo que o homem cria se destrói pela natureza, o próprio homem é um ser destrutivo, nossa natureza é o resultado das sombras que geramos pela nossa recaída no mundo.

09 – Quais são as justificativas para a destruição?
      Consumir é destruir. Existe aquela velha máxima de que é impossível criar algo sem destruir algo antes. Na nossa, sociedade industrial e consumista essa máxima assume proporções, gigantescas. De uma simples garrafa plástica de água mineral até um veículo ou uma casa, tudo que consumimos hoje em dia tem um impacto muito maior do que em outras épocas de nossa civilização.

10 – Segundo Marx, " O trabalho não é a fonte de toda riqueza. A natureza é fonte de todos os valores de uso (que são de qualquer forma, a riqueza real!) tanto quanto o trabalho, que não é em si nada além da expressão de uma força natural, a força de trabalho do homem". Como podemos vincular esta citação de Marx com o Capitalismo Selvagem?
      Segundo a 1ª preposição, o trabalho era a fonte de toda a riqueza e de toda a cultura, logo, sem trabalho a sociedade é impossível.
      Sendo assim o trabalho produtivo só é possível na sociedade pela sociedade, o seu produto pertence integralmente, por direito igual a todos os membros da sociedade.
      Podemos vincular ao Capitalismo Selvagem, pois na sociedade atual os meios de trabalho são monopólio da classe Capitalista. O estado de dependência que então resulta para a classe operária é a causa da miséria e da servidão em todas as suas formas.

11 – No texto “Homem Primata”, a comparação estabelecida entre o homem e macaco alude:

a)   A uma das teorias sobre a origem da espécie humana.

b)   Ao comportamento irracional do homem na sociedade moderna.

c)   Às semelhanças biológicas entre os dois seres.

d)   Ao bom relacionamento entre homem e macaco.

e)   Ao capitalismo selvagem da sociedade contemporânea.