segunda-feira, 29 de março de 2021

POEMA: GATO QUE BRINCAS NA RUA - FERNANDO PESSOA - COM GABARITO

 POEMA: GATO QUE BRINCAS NA RUA


        Fernando Pessoa

 Gato que brincas na rua

como se fosse na cama

invejo a sorte que é tua

porque nem sorte se chama.

 

Bom servo das leis fatais

que regem pedras e gentes,

que tens instintos gerais

e sentes só o que sentes.

 

És feliz porque és assim,

Todo o nada que és é teu.

Eu vejo-me e estou sem mim,

Conheço-me e não sou eu.


 Entendendo o poema

1.   Que sensação uma primeira leitura desse poema provoca em você: alegria, melancolia, inquietação, serenidade? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal.

2.   Como você imagina a cena observada pelo eu lírico? Copie o verso que justifica sua resposta.

Resposta pessoal.

3.   Releia a primeira estrofe e responda às questões a seguir:

a)   Segundo o eu lírico, qual é a sorte do gato? Que sentimento o eu lírico confessa diante disso?

É o fato de o gato mostra-se feliz, confortável, mesmo sem ter consciência disso.

O eu lírico inveja essa condição.

b)   O significa saber o nome das coisas?

Significa conhece-las, reconhece-las e ter consciência de sua existência.

c)   O que você acha que significa dizer que a sorte do gato não tem nome?

Resposta pessoal. Sugestão: O eu lírico sugere ser sorte viver sem ter consciência do que se vive, livre de autojulgamentos, “sentido só o que sente”.

   4- Releia a segunda estrofe e responda às questões a seguir.

a)   Discuta com um colega: O que são leis fatais?

Resposta pessoal. Sugestão: São as leis da natureza, que se impõem sobre todos os seres, como o desgaste das rochas, a passagem do tempo e a morte dos seres vivos.

b)   A que se refere a oração adjetivaque tens instintos gerais e sentes só o que sentes”?

Refere-se ao gato.

c)   O que essa oração esclarece sobre o elemento a que se refere?

Significa que o gato age como qualquer outro gato; suas ações são instintivas; ele não pensa no que é.

5 – Releia a última estrofe do poema e, abaixo as acepções para o termo “nada”, retiradas de um dicionário.

nada – pr.indef.

1.Coisa nenhuma [...] adv.

2.De modo nenhum [...] sm.

3.O não existente, a não existência, o vazio [...]

4.Ser ou coisa insignificante [...]

a) Em sua opinião, a palavra “nada” empregada no poema corresponde a algo mencionado em outros versos? Justifique sua resposta.

O “nada” citado na última estrofe recupera a ideia de viver sem pensar que se vive, presente nos versos “porque nem sorte se chama” e “sentes só o que sentes”, e não corresponde às acepções apresentadas.

b) Podemos afirmar que o eu lírico é feliz como o gato? Justifique.

Não. O eu lírico se observa, reflete sobre si mesmo (“Eu vejo-me”), não se encontra e não se reconhece.

 6. Assinale a alternativa mais adequada ao sentido do poema.


a) O eu lírico inveja a sorte do gato, porque este tem a felicidade de uma vida segura, ao passo que ele, eu lírico, está solitário e desamparado.
B) Entre o eu lírico e o gato há a distância devida a que este se situa do lado de uma generalidade despreocupada, enquanto aquele vive uma individualidade consciente e problemática.
c) O gato é feliz porque brinca despreocupado de sua própria sorte; o eu lírico é infeliz porque não se adapta a sua situação.
d) O gato tem a felicidade instintiva; o eu lírico, a angústia das sensações e das ideias incertas, em razão de excessivo intelectualismo.
e) O gato não é nada, mas é feliz porque se conforma às “leis fatais”; o eu lírico (o homem), que se revolta contra essas leis, vive torturado pela solidão e pela incerteza.

domingo, 28 de março de 2021

CHARGE: JOGADA CERTA - LIXO / GILMAR - COM GABARITO

 CHARGE: JOGADA CERTA - LIXO

1 – Leia a charge a seguir:

GILMAR. Jogada certa. Disponível em: https://bit.ly/2xEw2ta. Acesso em: 26 set.2018.

Fonte: Livro - Tecendo Linguagens - Língua Portuguesa: 6º ano/Tania Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo - 5.ed. - Barueri(SP): IBEP, 2018 - p.152.

a)   Em que consiste o humor dessa charge?

Resposta pessoal.

b)   Que reflexão crítica é possível fazer pela leitura do texto e da imagem que compõem a charge?

Resposta pessoal.

c)   Quais diferenças podemos notar na expressão facial dos personagens em relação ao fato retratado?

A mulher mostra-se apavorada, suando e espantada ao ver-se cercada de lixo; o homem mostra-se aparentemente tranquilo e curioso, procurando uma saída para o problema.

d)   O verbo mudar, na charge, tem o mesmo significado para ambos os personagens? Explique.

Não. Para a mulher, mudar significa deixar aquele local e transferir-se para outro, ou seja, mudar de casa; para o homem, mudar significa alterar os hábitos, agir de outro modo.

     2 – Releia a fala da mulher, no primeiro balão.

a)   Nessa fala, há uma locução verbal.

Identifique-a.

“Vamos ter”.

 

b)   Entre as alternativas a seguir, transcreva a que apresenta uma forma verbal que poderia substituir a locução verbal presente na fala da personagem sem alterar o sentido expresso:

(  ) tínhamos           (  x ) teremos          (  ) tivemos

 

 Fonte: Livro - Tecendo Linguagens - Língua Portuguesa: 6º ano/Tania Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo - 5.ed. - Barueri(SP): IBEP, 2018 - p.152.

 

CLASSIFICADOS POÉTICOS: QUALQUER COISA - TELMA GUIMARÃES CASTRO ANDRADE - COM GABARITO

 Classificados Poéticos – Qualquer Coisa

22   Quarta               Maio

       Wednesday       May

 A-  Vende-se, Alugar-se, Troca-se

Pai usado, em estado de novo, pouco cabelo branco, sem vícios, movido a gasolina (álcool de jeito nenhum), pega na primeira partida, não para nunca, está sempre de boa vontade, cara legal, nunca te deixa na mão, engata na primeira, segunda, terceira, quarta, quinta e até na sexta se você topar.

Nunca falha aos domingos. Dá marcha à ré sempre que for preciso, deixa bater o maior vento em você, liberdade total. Faço doação no caso de nenhum interessado.

  B-  Vende-se, Alugar-se, Troca-se

Mãe usada, em estado de nova, cabelos pintados recentemente, sem vícios, movida a diesel, pega na subida e na descida, topa tudo sem reclamar, te deixa folgar legal! Se te deixar na mão é porque você esqueceu da água, de dar uma passada no posto, de conferir esses detalhes comuns. Tem um belo estofamento, freios perfeitos, breque em cima, direção de piloto de fórmula um.

Faço doação no caso de nenhum interessado.

 

          ANDRADE, Telma Guimarães Castro. Agência poética. São Paulo: Scipione, 1997.

Fonte: Livro - Tecendo Linguagens - Língua Portuguesa: 6º ano/Tania Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo - 5.ed. - Barueri(SP): IBEP, 2018 - p.114/115.

 Por dentro do texto

1-   A primeira frase nas duas partes do texto “Qualquer coisa” é “Vende-se, Aluga-se, Troca-se”. Indique a alternativa que mostra a intenção com a qual essas expressões costumam ser utilizadas.

a)   Convidar.

b)   Contar uma história.

c)   Anunciar algo.

2-   As partes A e B remetem a que gênero textual?

Essas partes remetem ao anúncio classificado ou classificados.

3-   Aparentemente, qual é o objetivo dos classificados que compõem o texto?

Vender, alugar ou trocar o pai e/ou a mãe do eu poético.

4-   No texto, estão presentes as expressões “em estado de novo”, “movido a gasolina”, “pega na primeira partida”, “Dá marcha à ré”, “freios perfeitos”, “breque em cima” e “direção de piloto de fórmula um”.

a)   A que geralmente essas expressões se referem?

Geralmente, essas expressões se referem a automóveis ou veículos automotores.

b)   A quem as expressões estão se referindo no texto A e no texto B?

No texto A, referem-se ao pai da anunciante e, no texto B, à mãe.

c)   Faça uma lista com as expressões do texto que são comuns em anúncios classificado e outra com as que não são comuns.

Expressões comuns: “em estado de novo” e “movido a gasolina”.

Expressões que não são comuns: “pega na primeira partida”, “Dá marcha à ré”, “freios perfeitos”, “breque em cima”, “direção de piloto de fórmula um”.

 5-   Considerando a descrição realizada no Classificado, podemos dizer que ele retrata os pais com mais defeitos ou mais qualidades?

Mais qualidades.

 6-   Releia a frase a seguir.

Dá marcha à ré sempre que for preciso[...].

·        O que essa frase diz sobre o pai?

Informa que o pai é capaz de voltar atrás quando necessário.

7-   Esta frase se refere à mãe.

Tem [...] freios perfeitos, breque em cima, direção de piloto de fórmula um.

·        Que característica(s) dessa personagem ela ressalta?

A mãe sabe o momento em que deve colocar limites. Ela dirige as coisas de maneira muito precisa e certeira.

        8 – Como você pôde perceber, o texto emprega a linguagem figurada. Esse tipo de linguagem é comum em Classificados? Explique.

         Não. Em Classificados costuma-se encontrar a linguagem literal, que apresenta um produto real como ele é de fato. A linguagem figurada é utilizada principalmente a gêneros literários.

    9 – Observe a descrição dos pais anunciados no texto. Levante uma hipótese: O eu poético teria mesmo a intenção de se desfazer deles?

          Resposta pessoal.

          Resposta possível: Provavelmente não, porque o eu poético quer anunciar, de fato, não a venda dos pais, mas a boa relação que tem com eles.

TEXTO: ROUPA OU UNIFORME: VANTAGENS E DESVANTAGENS - LÍGIA MENEZES - COM GABARITO

 Roupa ou uniforme: vantagens e desvantagens

                              Lígia Menezes

Provavelmente já aconteceu com você: na hora de ir para a escola, o seu filho reclama e não quer colocar o uniforme de jeito nenhum. Ou então uma situação bem diferente: na escola do seu filho, o uniforme não é obrigatório e você gasta muito dinheiro para comprar - e repor - roupas... 

O fato é que algumas escolas exigem o uso do uniforme e são bem rígidas quanto a isso, impondo regras até na cor da meia e do tênis dos alunos. Outras são mais maleáveis, mas, ainda assim, acreditam que o uniforme pode trazer benefícios. Há ainda um terceiro tipo de escola, que não impõe seu uso e ainda acha que ele tira a individualidade e pode até prejudicar o desenvolvimento das crianças. Diante disso, os pais, claro, ficam confusos. Afinal quem está certo?

 

A má notícia é que, para essa pergunta, não há uma única resposta. Existem argumentos contrários e favoráveis ao uso do uniforme. O EDUCAR PARA CRESCER conversou com especialistas sobre o tema para esclarecer algumas das dúvidas que surgem na cabeça dos pais. A seguir, você vai ficar sabendo quais são os prós e os contras do uso do uniforme da escola. Leia, reflita e tome uma posição.

 

Alguns argumentos favoráveis ao uso do uniforme

É prático

Quando a escola oferece uniforme, há menos perda de tempo na hora de a criança se preparar para ir estudar. (...) na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, fase em que as crianças brincam muito, elas sujam e estragam mais as roupas. Isso pode tornar o uniforme vantajoso, pois ele costuma ser mais fácil de lavar.

Preserva a Infância

A partir do Ensino Fundamental II, quando a criança já tem 11 anos, ela acaba ganhando força na escolha da roupa, caso a escola permita. E é aí que mora o perigo. Segundo Edimara de Lima, da Prima Escola Montessori, muitas vezes, nessa idade, ela não tem discernimento para escolher a roupa adequada. Há casos até em que a situação pode preocupar. "Pode acontecer de a criança usar vestimenta inadequada à sua faixa etária, como decote ou salto, e até criar um estilo sensual. Nesses casos, a mãe deve ser chamada para conversar e receber orientações", afirma Edimara.

Inibe o consumo

Quando o uso do uniforme não é obrigatório, as crianças podem ser expostas precocemente a valores consumistas e distorcidos, como valorizar apenas quem usa roupas de grife. "Em casos extremos, isso reforça sentimentos de inferioridade e a baixa autoestima", diz a psicóloga Margareth Scherschmidt, de São Paulo. "Mas é claro que a situação acima também pode ocorrer em escolas onde o uso do uniforme é obrigatório, com modelos diferentes de tênis, relógios, aparelhos celulares e iPods", pondera Luciana Fevorini, orientadora educacional do Colégio Equipe, de São Paulo, onde o uso do uniforme é opcional.

Minimiza a vaidade

O desejo consumista, associado à falta de uniforme escolar, pode estimular a vaidade infantil, segundo a psicóloga Vivian Zanfolin. Se essa vaidade é controlada, tudo bem. O problema é quando a criança coloca a vaidade como prioridade na vida dela. "Por exemplo, uma garota com menos de dez anos que vai de salto alto para a escola no dia em que temos recreação no playground. Explico que ela terá de ir descalça brincar ou não ir. Se ela decide não ir apenas por não querer ser vista sem sapato, o caso é preocupante", explica Edimara de Lima, da Prima Escola Montessori.

É econômico

Alguns uniformes oferecem um custo de vestimenta mais em conta do que as roupas comuns. Além disso, eles proporcionam um desgaste menor das roupas das crianças. Porém, as escolas não podem obrigar a compra do uniforme em estabelecimento próprio ou indicar somente uma determinada loja, se o mercado em geral comercializar o produto. A escola deve informar qual o modelo de uniforme utilizado e quais são os locais em que possa ser adquirido.

Diminui o risco de bullying

Oferece pouco risco de comparação com outras crianças. "Ele é ‘programado’ para todos os tipos de corpo e evita comparações entre as crianças. Isso diminui até o risco de bullying", diz Edimara de Lima, da Prima Escola Montessori.

Proporciona segurança na hora de brincar

Por ter um tecido flexível (e, principalmente, as escolas que exigem o uso do tênis), o uniforme dá segurança no exercício das atividades escolares, principalmente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I e nas aulas de Educação Física.

Impõe disciplina

O uniforme ajuda na assimilação de normas e regras, contribuindo com o aprendizado da organização e da disciplina, indispensáveis para o desenvolvimento da criança.

Equilibra as diferenças sociais

O uso do uniforme diminui a ostentação e deixa o aluno com menor poder aquisitivo em pé de igualdade diante do grupo.

Confere responsabilidade

O uso diário do uniforme cria um distanciamento entre o momento de estudo e os momentos de lazer. "Isso, de certa forma, influencia no comportamento e na responsabilidade", diz Débora Vaz, diretora pedagógica da Escola Castanheiras.

 

Alguns argumentos contrários ao uso do uniforme

Tira a individualidade

O uniforme, como o próprio nome sugere, serve para uniformizar, ou seja, criar um padrão. Para Luciana Fevorini, do Colégio Equipe, não há necessidade de fazer isso dentro de uma escola. "Achamos interessante os alunos se mostrarem como são e que sejam reconhecidos como diferentes uns dos outros. E não é porque não tem uniforme que não tem regras", explica ela.

Não passa noções de como se vestir

Se a escola impõe o uso do uniforme, a criança não aprende a se vestir. "Isso pode prejudicar o futuro dela. Quanto mais rígido for o colégio, menos a criança terá essa noção no futuro, quando estiver na faculdade ou no mercado de trabalho", afirma Edimara de Lima, da Prima Escola Montessori.

Dificulta a formação de grupos

O uso diário do uniforme não permite que, dentro do coletivo escolar, os pequenos se organizem por tribos, por estilos, se identifiquem e façam amizades.

Padroniza a diferença

Segundo alguns especialistas, com o uniforme, a criança não é vista como um indivíduo, e sim como apenas mais uma no grupo.

Dificulta a busca de identidade

O uso diário do uniforme limita o aparecimento de marcas pessoais de estilo. "Isso se torna um problema principalmente para os adolescentes, que estão em busca de identidade", reflete Luciana Fevorini. 

http://secretariamunicipalmarilia.blogspot.com/2013/07/roupa-ou-uniforme-vantagens-e.html

https://ligiagmenezes.files.wordpress.com/2011/08/uniforme-educar.jpg

Fonte: Livro - Tecendo Linguagens - Língua Portuguesa: 6º ano/Tania Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo - 5.ed. - Barueri(SP): IBEP, 2018 - p.90/91.

GLOSSÁRIO

Bullying: atitude agressiva causada por um ou mais indivíduos a outra pessoa com a intenção de intimidá-la ou ataca-la com atos ou palavras que a ofendam física ou moralmente.

Entendendo o texto

1 – Qual é o público-alvo desse texto?

      Estudantes de qualquer faixa etária, pais e professores.

2 – Qual características do texto justifica a resposta dada por você na pergunta anterior?

      Mesmo que no texto a autora se dirija aos alunos, o tema (assunto) pode ser útil aos pais e professores se os argumentos forem usados para refletir sobre o uso ou não do uniforme.

3 – Releia os argumentos a seguir, favoráveis ao uso do uniforme.

·        Inibe o consumismo.

·        Minimiza a vaidade.

- Como você entende esses argumentos apresentados pela especialista.

Resposta pessoal.

4 – Dos argumentos apresentados pela especialista em relação às vantagens em usar o uniforme:

a)   com qual(is) você concorda? Por quê?

Resposta pessoal.

 b)   com qual(is) você discorda? Por quê?

Resposta pessoal.

5  – Dos argumentos que o texto traz contrários ao uso do uniforme:

a)   com qual(is) você concorda? Por quê?

Resposta pessoal.

 b)   com qual(is) você discorda? Por quê?

Resposta pessoal.

 

 

 

 

 

 

sábado, 27 de março de 2021

POEMA: SAPATO DE MENINO - NYE RIBEIRO - COM GABARITO

 POEMA: SAPATO DE MENINO

                 Nye Ribeiro


Menino,

amarra esse sapato,

senão...

 

Você vai acabar

pisando

nesse cordão!

 

Leva um tombo,

esfola o joelho,

arma um berreiro

de cara no chão...

 

A mãe vem correndo,

o cachorro late,

a porta bate e amassa o dedão...

 

O pai chega assustado,

o gato mia,

o papagaio fala um nome feio,

o irmão faz birra,

 

o avô desmaia,

o vizinho reclama do barulho...

Pronto!

Está armada a confusão!

 

Menino,

amarra esse sapato,

senão...!

                    Ribeiro, Nye. Roda de letrinhas. São Paulo: Rada & Cia.2004.

Fonte: Livro - Tecendo Linguagens - Língua Portuguesa: 6º ano/Tania Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo - 5.ed. - Barueri(SP): IBEP, 2018 - p.111/112.

Entendendo o poema

 1.   O poema apresenta um ritmo bastante marcado, como nos versos “o cachorro late, a porta bate, e amassa o dedão...”.

a)   Que relação tem o ritmo com os acontecimentos?

O ritmo das ações são sequenciais e consiste na repetição ordenada de sons vocálicos.

b)   Que expressões resume as consequências de não amarrar o sapato?

“...pisando nesse cordão...”,

“...leva um tombo...”

“...esfola o joelho...”

“...arma um berreiro...”

“...de cara no chão...”.

2.   Os pronomes esse e aquele usados no poema são chamados de pronomes demonstrativos.

3.   Ao usar a palavra esse para se referir ao sapato e ao cordão, o eu lírico indica que o sapato está próximo ou longe do menino?

É possível perceber que o eu lírico está se referindo ao sapato que o menino está usando, ou seja, está próximo do menino.

4.   Caso o eu lírico se referisse a um sapato que estivesse distante de si mesmo e do menino, que palavra substituiria o termo esse?

Aquele.

5.   Qual o pronome de tratamento que substitui no texto a palavra menino?

O pronome você.