domingo, 3 de dezembro de 2017

TEXTO: FIGURAS DE LINGUAGEM - MIA COUTO - COM GABARITO

Texto: Figuras de linguagem
           Mia Couto

        Observe a imagem e leia o trecho que a acompanha.
         Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. Mia Couto.

  [...] Até há pouco a vila tinha apenas uma rua. Chamavam-lhe, por ironia, a Rua do Meio. Agora, outros caminhos de areia solta se abriram num emaranhado. Mas a vila é ainda demasiado rural, falta-lhe a geometria dos espaços arrumados.

Lá estão os coqueiros, os corvos, as lentas fogueiras que começam a despontar. As casas de cimento estão em ruína, exaustas de tanto abandono. Não são apenas casas destroçadas: é o próprio tempo desmoronado [...]
        Dói-me a ilha como está, a decadência das casas, a miséria derramada pelas ruas. Mesmo a natureza parece sofrer de mau-olhado. Os capinzais se estendem secos, parece que empalharam o horizonte. À primeira vista, tudo definha. No entanto, mais além, à mão de um olhar, a vida reverbera, cheirosa como um fruto em verão: enxames de crianças atravessam os caminhos, mulheres dançam e cantam, homens falam alto, donos do tempo.

         Couto, Mia. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra.
      São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 27-28. (Fragmento).

Interpretação do texto:
01 – Mariano (o narrador em 1ª pessoa) volta à ilha onde nasceu, Luar-do-chão, para acompanhar o funeral do avô. Para Mariano, Rua do Meio é um nome irônico. Explique essa ironia.
      Como durante muito tempo, só existiu uma rua em Luar-do-Chão, é irônico que ela se chamasse “Rua do Meio”, porque esse nome parece sugerir que haveria pelo menos outras duas ruas.

02 – Releia:
        “As casas de cimento estão em ruína, exaustas de tanto abandono. Não são apenas casas destroçadas: é o próprio tempo desmoronado.”
a)   O narrador usa duas imagens no trecho acima. Quais são elas?
As imagens são: “as casas de cimento estão [...] exaustas de tanto abandono” e “é o próprio tempo desmoronado.”

b)   Que tipo de impressão sobre a vila descrita essas imagens provocam no leitor?
Resposta pessoal do aluno. Espera-se que os alunos percebam que a ideia das casas “exaustas” e do tempo “desmoronado” sugere decadência, abandono.

03 – Os termos exaustas e desmoronado são adjetivos. A que termos eles se referem, no texto?
      O adjetivo exaustas refere-se ao substantivo casas; o adjetivo desmoronado refere-se ao substantivo tempo.

a)   Os dois adjetivos aparecem, no trecho, em um contexto inesperado. Explique por quê.
Nos dois casos, observamos um uso inesperado dos adjetivos porque explicitam atributos estranhos aos termos a que se referem. Exaustas é um adjetivo normalmente aplicado a seres animados. O mesmo raciocínio é válido para o uso do adjetivo desmoronado associado ao substantivo tempo.

b)   De que modo esse uso dos adjetivos ajuda o narrador a tornar mais subjetiva a sua descrição de Luar-do-Chão?
O emprego desses adjetivos revela o sentimento provocado em Mariano pela visão das casas em ruína e pela miséria geral ao seu redor. A decadência de Luar-do-Chão produz forte impacto sobre a percepção do narrador, que acaba por associar um atributo não físico a algo material como as casas, e um atributo físico a algo imaterial como o tempo.

04 – O trecho abaixo confirma a visão do narrador de que Luar-do-Chão passa por um processo de decadência generalizada. Observe:
        “Dói-me a ilha como está, a decadência das casas, a miséria derramada pelas ruas. Mesmo a natureza parece sofrer de mau-olhado. Os capinzais se estendem secos, parece que empalharam o horizonte. À primeira vista, tudo definha.”
a)   Que outro adjetivo, no trecho, é utilizado com função semelhante à do adjetivo desmoronado (“... é o próprio tempo desmoronado”)?
Derramada. Em “a miséria derramada pelas ruas”, observa-se o mesmo deslocamento de um adjetivo. Miséria é uma condição mais geral, um estado provocado por um conjunto de fatores. Normalmente, o adjetivo derramado refere-se a uma substância em estado líquido, o que não é o caso.

b)   Também podemos identificar um uso pouco comum de um verbo. Que verbo é esse? Explique por que ele ajuda o narrador a construir a imagem de uma natureza “amaldiçoada”.
O verbo é empalharam. Nessa passagem, a miséria, a decadência, o “mau-olhado” criam uma imagem de morte. O verbo empalhar, com o sentido que aparece no texto, é usado para fazer referência a um processo de preservação de animais mortos: as vísceras do animal são retiradas e substituídas por palha seca.

05 – Dói-me a ilha como está. A escolha do verbo, nessa passagem, sugere, mais uma vez, o desejo do narrador de expressar emoções claramente particulares. O que ele pode ter pretendido dizer com essa afirmação?
      A visão de uma ilha não dói fisicamente. Portanto, a dor a que faz alusão o narrador é uma dos psicológica. Podemos imaginar que ele sofra por ver o estado atual de Luar-do-Chão, mas também por constatar que o tempo passou e a ilha que ele conheceu na infância não existe mais.

06 – Uma expressão, no último parágrafo, dá a entender ao leitor que a imagem de decadência pode ser algo percebido somente pelo narrador. Que expressão é essa?
      A expressão é: No entanto.

a)   A qual outra expressão do texto ela se vincula, para quebrar a expectativa criada? Justifique.
No entanto sinaliza, para o leitor, que o narrador vai mudar de “rumo” na sua fala. Essa expressão se vincula, por meio de uma relação de oposição, à expressão À primeira vista. Até aquele momento, Mariano descreve um lugar decadente, que parece caminhar para a “morte”. A partir do uso da expressão no entanto, o que Mariano narra sugere exatamente o contrário: a presença da vida em Luar-do-Chão.

b)   Qual passagem do texto comprova a presença de uma vida exuberante em Luar-do-Chão?
“A vida reverbera, cheirosa como um fruto em verão: enxames de crianças atravessam os caminhos, mulheres dançam e cantam, homens falam alto, donos do tempo.”

07 – Considerando o que você analisou até agora, que sentido pode ser atribuído ao título Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra?
        Espera-se que o aluno perceba o uso da metafórico dos substantivos tempo e terra. A ideia da passagem do tempo é associada ao fluxo do rio; a casa, assim como a terra, é o permanece, o que não se desloca. Essas duas interpretações podem ser associadas também ao olhar de Mariano para Luar-do-Chão. Ele saiu da ilha onde nasceu e, após muito tempo, volta a ela para acompanhar o funeral do avô. Como as águas de um rio que flui, o tempo levou-o para longe de sua terra, de sua casa.



TEXTO: CAMISA 1 - JOSÉ ROBERTO TORERO - COM GABARITO

Texto: CAMISA 1


   Já faz cinco minutos que ninguém chuta uma bola. Melhor assim. Ou vai ver é pior: se ninguém chuta, eu não defendo e não apareço.
   Tomara que chutem, mas chutem fraco, porque aí eu faço uma ponte e a torcida vai achar que eu sou bom.
     Mas tem uns chutes fracos que vão bem no canto e aí parece um frango. O melhor mesmo é que não chutem. Ainda mais se o chute vier daquele número 8. Ele chuta bem pra caramba.
        Eu também chuto forte. Por que não fui ser atacante? Acho que foi porque meu pai me deu umas luvas quando eu era pequeno. Lá vem o 8!
        -- Trava, trava!
        Boa, o central travou. Esse cara ainda vai para a seleção. Ou pelo menos para um clube de cidade grande.
        Eu também vou, eu sei que um dia eu vou. Não, não vou, eu sei que não vou.
        É melhor estudar para aquele concurso do Banco do Brasil. Lá deve ter um time de futebol. Aposto que eu ia ser o titular.
        A não ser que o Aristides também passasse no concurso. Mas ele é uma besta, nunca que ia passar. Coitado, não posso falar assim. O cara tá com o dedo quebrado. Mas também, quem mandou se atirar no pé do Tonelada? Ainda mais num treino.
        Xi, lá vem o 7. Mas esse chuta muito mal. Ele vai chutar ou cruzar? chutar ou cruzar? Se ele cruzar, eu saio ou fico? Fico ou saio?
        Cruzou! Meu, que soco que eu dei! A bola foi parar quase no meio de campo! Eu sou bom à beça. Acho que até escutei uma palmas na torcida. Ou vai ver foi impressão. Quem é que aplaude goleiro? Só guando defende um pênalti. Bem que podiam apitar um pênalti contra a gente. Se eu não defender, não faz mal, e, se eu pegar, posso até ganhar a posição do Aristides.
        Xi, lá vem o 8.
        -- Trava, trava!
        Ufa, desta vez foi por cima... Só levantei o braço para acompanhar a bola, mas levantei com classe, parecia profissional. Pena que a minha camisa tá furada no sovaco. Preciso comprar uma nova. Uma vermelha! Aposto que eu ia jogar bem melhor com uma vermelha.
        Agora tenho que caprichar no tiro de meta. Adoro cobrar tiro de meta. Posso dar a maior bomba! E quando a bola cai num atacante parece que foi de propósito. Um, dois, três... Droga, foi pela lateral. Deve ter sido o vento. Ou essa chuteira. Também preciso de uma chuteira nova. E vermelha, para combinar com a camisa. Hoje em dia tem uns goleiros que colocam uns desenhos na camisa. Aí já acho demais. Mas vermelha é bacana. Com uma listra amarela. Ou sem listra? Com listra ou sem listra? Lá vem o 7 de novo. Vai chutar ou vai cruzar? chutar ou cruzar?
        Chutou! E eu peguei! Encaixei! Eu sou bom à beça! Que Banco do Brasil, que nada! Eu vou ser goleiro. E agora vou mandar outro bolão. Um, dois e ... Essa foi mais alta ainda. Quase chegou no outro goleiro. Quem será que é o outro goleiro? Parece meio velho. Aposto que tem mais de 30 anos. E ainda joga nesse timinho? Não deve ganhar nem 700 reais por mês. Será que quando eu tiver 30 ...
        Xi, lá vem o 8.
        -- Trava, trava!
        Não travou! Esse central é uma besta. Agora é só eu e o 8! Eu e o 8! Pode chutar que eu sou bom à beça! Eu vou pra seleção!
        Não ... Por baixo das pernas não ...

   Torero, José Roberto. In: Zé Cabala e outros filósofos do futebol.
                                                São Paulo: Objetiva, 2005. p. 87-89.
Interpretação do texto:
01 – A estratégia utilizada pelo autor do texto, ao reproduzir o monólogo interior de um goleiro, contribui para a construção do humor? Explique.
      Porque o autor, ao reproduzir o monólogo interior do goleiro durante um jogo de futebol, permite que o leitor “acompanhe” os pensamentos desse jogador enquanto ele espera defender o seu time, impedindo que o adversário faça um gol. Além disso, ficam claros os conflitos vividos por esse personagem que, ao mesmo tempo em que espera jogar bem e “aparecer” no jogo, também tem medo de não conseguir defender uma bola e acabar, por isso, sendo ridicularizado pela torcida e pelos demais jogadores.

02 – Antes de cada ataque do jogador de número 7, o personagem faz questionamentos interiores. Que questionamentos são esses e como são apresentados no texto?
      Antes de cada ataque do jogador 7, o goleiro fica na dúvida sobre como isso ocorrerá, isto é, se o adversário vai chutar a bola ou se vai cruzar, o goleiro se pergunta se deve ficar na sua posição ou sair para defender a bola. Esses questionamentos são apresentados em formas de perguntas que o goleiro faz a si próprio enquanto o jogador adversário se aproxima.

a)   Nos dois momentos em que esse ataque ocorre, o personagem consegue fazer a defesa e se vangloria disso. De que maneira essa atitude do personagem contribui para a construção do humor nesse trecho?
Na primeira jogada, o goleiro consegue dar um soco na bola e afirma que ela foi parar “quase no meio do campo”.
Na segunda jogada, o goleiro consegue pegar a bola de forma “encaixada”. Nos dois casos, ele se define como um goleiro “bom à beça”.

03 – Releia.
        “Ufa, dessa vez foi por cima... Só levantei o braço para acompanhar a bola, mas levantei com classe, parecia profissional. Pena que a minha camisa tá furada no sovaco. Preciso comprar uma nova. Uma vermelha” Aposto que eu ia jogar bem melhor com uma vermelha.”
a)   A descrição que o goleiro faz de sua atuação no trecho transcrito é divertida. Por quê?
A cena é divertida porque, além de o goleiro ficar aliviado com o fato de o chute a gol não ter representado um “perigo” real, o movimento feito pelo personagem é descrito como uma “grande” manobra que o fez parecer um jogador profissional.

b)   De que maneira o humor é explorado mais uma vez quando o goleiro se refere à sua camisa?
O humor é explorado quando o goleiro lamenta que o movimento realizado por ele tenha exposto o furo “no sovaco” que ele tem na camisa.

04 – Como o desfecho da história contribui para o humor da crônica?
      Quando ocorre o último chute a gol, a situação é engraçada por dois motivos: o goleiro fica frente a frente com o jogador 8, definido pelo personagem como muito bom, e o adversário faz o gol chutando entre as pernas do goleiro, o que é uma grande humilhação. O fato de o goleiro, que se caracterizou como “bom à beça” durante o texto, ter tomado um gol dessa forma contribui para o humor da cena.

a)   Que outros elementos, no texto, colaboram para a construção do humor?
Um elemento que colabora com a construção do humor é o fato do goleiro, primeiro, elogiar o zagueiro quando trava o camisa 7, e mais tarde chama-lo de “besta” porque não consegue parar o camisa 8.
Um outro momento engraçado é quando o goleiro cita o Aristides, dizendo que este quebrou o dedo porque se jogou no pé Tonelada.


CARTA DE PERO VAZ - FRAGMENTO - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO

 Carta de Pero Vaz.

  Murilo Mendes faz, neste poema, uma crítica aos interesses envolvidos no processo de colonização do Brasil.

A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nuca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muitos.
De plumagens mui vistosas.
Tem macacos até demais.

Diamantes tem à vontade,
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca.
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora d’aqui.

                     Mendes, Murilo. História do Brasil. In: Poesia completa
                         & prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 145.
                                           By Maria da Saudade Cortesão Mendes.

Interpretação do texto:
01 – Murilo Mendes é um poeta modernista que, no século XX, faz uma releitura do texto que é considerado a “certidão de nascimento” do Brasil. Quem é o eu lírico do poema e a quem se dirige?
      Murilo Mendes faz uma “paródia” da Carta de Pero Vaz de Caminha, como diz o título. Portanto, o eu lírico do poema é o próprio Pero Vaz, que se dirige ao rei de Portugal, a quem informa sobre o que encontrou na terra recém descoberta.

a)   Quais são os elementos da terra descoberta destacados pelo o eu lírico?
O eu lírico ressalta a beleza da terra e suas riquezas: a terra é fértil, há frutas exóticas, os animais são muitos e têm penas vistosa, há ouro e pedras preciosas.

b)   A maneira como o eu lírico apresenta as “riquezas” do Brasil revela uma intenção crítica do autor. Explique como isso é feito.
A intensão crítica do autor se revela no modo irônico como o eu lírico apresenta algumas das riquezas do Brasil. Ele descreve, de modo exagerado e irreal, a enorme fertilidade e a riqueza da terra descoberta: um caniço espetado no chão transforma-se, imediatamente, em bengala com castão de ouro; há tantas pedras preciosas disponíveis, que as esmeraldas podem ser ignoradas, porque “diamantes tem à vontade.”

02 – O que significam os versos “Reforçai, senhor, a arca. / Cruzados não faltarão”?
      Os versos indicam as riquezas que poderão ser extraídas do Brasil e enviadas a Portugal. Como muito poderá ser explorado, o eu lírico diz ao rei (“Senhor”) que reforce a “arca” para que possa guardar os “cruzados” que lucrará com a descoberta da nova terra.

a)   Qual é a crítica de Murilo Mendes nesse versos? Explique.

Murilo Mendes está fazendo uma crítica aos interesses portugueses durante o processo de colonização: a extração e exploração das riquezas do Brasil.

sábado, 2 de dezembro de 2017

ATIVIDADES DE SUJEITO E PREDICADO PARA ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO

ATIVIDADES DE SUJEITO E PREDICADO
Sujeito
        Em uma oração (frase e que é obrigatória a presença de um verbo), o sujeito é aquele termo que está presente e nos informa alguma coisa. É aquele que faz a ação.
        Ele atua como uma espécie de suporte para o predicado, que informa o que foi feito pelo sujeito.
Predicado
        O predicado nada mais é do que aquilo que se fala do sujeito. Existem três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.

ATIVIDADES - Sujeito e Predicado

01 – Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª.
(1) Sujeito
(2) Predicado

(1) A Terra gira suavemente.
(2) Godofredo é muito engraçado.
(1) Os testes foram cancelados.
(2) Os atletas ficaram felizes e emocionados

(1O carro bateu no muro.
(2) A maionese estava vencida.
(2) Todo o sorvete derreteu.
(1) Eu recebi uma boa notícia.
(1) A ovelha fugiu do cercado.
(2) A lâmpada caiu no chão da sala.
(1) Os animais fugiram do circo.

02 – Separe os sujeitos e predicado das orações abaixo:

a)  Os jovens gostam de aventuras.

Sujeito: Os jovens
Predicado: gostam de aventuras.

b) O ônibus escolar chegou cedo no ginásio.
Sujeito: O ônibus escolar
Predicado: chegou cedo no ginásio.

c) Ariana e Luana saíram de férias.
Sujeito: Ariana e Luana
Predicado: saíram de férias.

d) Os animais foram bem cuidados no zoológico.
Sujeito: Os animais
Predicado: foram bem cuidados no zoológico.

e) A arara e o papagaio são duas aves brasileiras.
Sujeito: A arara e o papagaio
Predicado: são duas aves brasileiras.

f) O palhaço paçoquinha vive no Circo da Alegria.
Sujeito: O palhaço paçoquinha
Predicado: vive no Circo da Alegria.

03 – Complete as frases com os sujeitos dos quadros abaixo: 
Papai e mamãe – Tistu – Nós – A veterinária –
                     Ziraldo – Os livros
a)   Ziraldo é o autor do livro O menino Maluquinho
b)   Tistu é o Menino do dedo verde.
c)   Nós vamos iniciar o período de avaliações.
d)   Papai e mamãe são minha família.
e)   A veterinária cuidou do meu cachorrinho.
f)    Os livros me levam a lugares incríveis.

04 – Sublinhe o sujeito das frases:
a) Uma fêmea caiu dos galhos de uma árvore e morreu na hora.
b) O jogador está machucado.
c) O macaco comeu todas as bananas.
d) A professora ensinou sujeito e predicado.
e) A Terra gira em torno do Sol.
f) Os lavradores preparam a terra.

05 – Complete as frases com um sujeito adequado:
a) _____________ caiu do coqueiro.
b) ________________latiu a noite inteira!
c) ________________é uma mãe dedicada.
d) __________________foram ao circo.
e) _________________sabe toda a matéria da prova.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Sublinhe o predicado das frases:
a) As crianças estão abandonadas.
b) O cachorro é amigo do homem.
c) Meus primos estão morando longe da cidade.
d) O sol estava muito forte.
e) Raul gosta muito de sorvete.
f) Rafaela, Manuela e Roberta estão esperando a enfermeira.



CRÔNICA: O PRESENTE DE NATAL - PARA ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO

CRÔNICA: O presente de Natal

    Certa vez, um menino acordou em uma véspera de Natal, muito contente, pois uma data muito importante estava para chegar.
   Era o dia do aniversário do menino Jesus, e é lógico, o dia em que o Papai Noel vinha visita-lo todos os anos.
     Esperava ansiosamente o cair da noite, para voltar a dormir e olhar o seu pé de meia que estava frente a porta, pois não tinha árvore de Natal.
        Dormiu muito tarde, para ver se conseguia pegar aquele “velhinho”, mas como o sono era maior do que sua vontade, dormiu profundamente.
        Na manhã de Natal, observou que seu pé de meia não estava lá, e que não havia presente algum em toda a sua casa.
        Seu pai desempregado, com os olhos cheios d’água, observava atentamente ao seu filho, e esperava tomar coragem para falar que o seu sonho não existia, e com muita dor no coração o chama.
        -- Meu filho, venha cá?
        -- Papai?
        -- Pois não filho?
        -- Papai Noel se esqueceu de mim?
        O pai abraça seu filho...
        -- Ele também esqueceu do senhor papai?
        -- Não meu filho... o melhor presente que eu poderia ter ganho na vida está em meus braços, e fique tranquilo, pois eu sei que o Papai Noel não esqueceu de você.
        -- Mas... todas as outras crianças vizinhas estão com seus presentes... acho que ele pulou a nossa casa...
        -- Pulou não, meu filho...
        Os dois foram caminhando sem rumo, até chegar num parque e ali passearam, brincaram e se divertiram durante o resto do dia, voltando somente no começo da noite.
        Chegando em casa, já muito cansado, o menino foi para o seu quarto, e escreveu um bilhete para o Papai Noel:
        “Querido Papai Noel,
        Quero agradecer o presente que o senhor me deu. Desejo que todos os Natais que eu passe, faça com que meu pai esqueça de seus problemas, e que ele possa se distrair comigo, passando uma tarde maravilhosa como a de hoje.
        Obrigado pela minha vida, pois descobri que não são os brinquedos que me fazem feliz, e sim, com o verdadeiro sentimento que está dentro de nós, que o senhor desperta nos Natais.
        Obrigado.”
        ... e foi dormir...
        Entrando no quarto para dar boa-noite ao seu filho, o pai viu o bilhete, e a partir desse dia, não deixou que os seus problemas afetassem a felicidade dele, e começou a fazer que todo dia fosse um Natal para ambos.

                            (Texto que circula na internet, desconheço a autoria)
Interpretação do texto:

01 – Por que o menino acordou muito feliz na véspera de Natal?
      Porque era uma data muito importante.

02 – Suas expectativas se confirmam? Justifique.
      Não. Pois teu pai estava desempregado, não pode lhe dar o presente.

03 – Pelo contexto podemos perceber que o menino acreditava em Papai Noel?
      Sim.

04 – Retire do texto um trecho que justifique sua resposta.
      “Papai Noel se esqueceu de mim?”; “Ele também esqueceu do senhor papai?”.

05 – Segundo o pai, qual era o seu presente?
      O abraço que ganhou do filho.

06 – Qual foi a grande descoberta que o menino fez sobre o verdadeiro espírito de Natal?
      O verdadeiro sentimento que está dentro de nós, que o senhor desperta nos Natais.

07 – E para você, o que significa o Natal?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Produza uma mensagem de Natal para uma pessoa que você gosta muito.
      Resposta pessoal do aluno.

09 – No texto: “Acho que ele pulou a nossa casa...”, quem disse esta frase? Justifique.
      O menino. Porque ele viu as crianças vizinhas brincando, só ele não tinha ganhado.

10 – Quem fazia aniversário, no dia em que o Papai Noel chegava?
      O menino Jesus.

11 – Em que lugar, o menino e seu pai, foram passar e brincar o resto do dia?
      Num parque.

12 – A partir de quando o pai resolveu a fazer de todos os dias da vida, como se fosse Natal, para ambos?
      A partir do momento que leu a carta escrita pelo filho, em agradecimento ao Papai Noel.

13 – “Um texto simples, singelo e muito significativo”, o que você entendeu sobre esta frase.
      Resposta pessoal do aluno.

        

CRÔNICA: O GAROTINHO ESPERTO E O PAPAI NOEL - PARA ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO

Crônica: O garotinho esperto e o Papai Noel

      Aquele garotinho de seis anos de idade, naquele Natal, já tinha sentado no colo de mais ou menos uns quatro Papais Noeis e sempre ele fazia o mesmo pedido:
      -- Papai Noel, o senhor vai me dar o boneco do Batman?
   -- Vamos ver filhinho, vamos ver. Durante este ano você se comportou direitinho? Você foi um bom garoto na escola? E em casa, comeu todas as verduras que a sua mãe colocou no prato?
        -- Eu fui sim! Fui um ótimo menino o ano inteirinho!
        O garotinho, observador que só ele, foi logo apertando o Papai Noel com cada pergunta:
        -- Papai Noel, como é que o senhor faz para estar em todos os shoppings ao mesmo tempo?
        Muito surpreso com a inteligência do garoto, Papai Noel teve que usar de muita criatividade para sair do aperto:
        -- Filhinho, eu tenho muitos e muitos ajudantes porque são muitas crianças para atender e, sozinho, eu não consigo atende-las.
        -- Ah! Então é por isso que o senhor tem esse celular aí (apontando para o saco do Papai Noel que estava aberto). O meu amigo Robertinho também tem um desses. É com ele que o senhor conversa com os seus ajudantes, não é?
        -- Sim filhinho, é com ele mesmo. O bom velhinho vendo que aquele garotinho era muito esperto achou melhor dar um jeito para que ele ganhasse logo o presente dele senão o espertinho ia acabar colocando ele em maus lençóis.
        Olhando para os pais do garotinho, e com a voz alta e em bom tom, para que todos pudessem ouvir, ele perguntou para a mamãe do guri?
        -- Ô Mãe! O garotinho aqui vai ganhar o boneco do Batman, não vai? Ele se comportou direitinho? Comeu toda a comida? Tomou banho, não teve medo do bicho papão?
        Agora era a mãe que estava se vendo sem saída e, diante de uma pergunta tão direta, meio encabulada, diante dos outros pais ela teve que responder:
        -- Ele foi um bom garoto sim! Ele vai ganhar o boneco do Batman.
        O garotinho todo feliz da vida disse para o Papai Noel:
        -- O senhor é o melhor Papai Noel do mundo. “Brigado”, tio!

                                                                              Edilson Rodrigues Silva.

Interpretação do texto:
01 – Qual o título do texto?
      O Garotinho esperto e o Papai Noel.

02 – Quantos anos tem o garotinho? E pra quantos Papai Noel, ele fez o mesmo pedido?
      Ele tinha 6 anos de idade. Fez o mesmo pedido para quatro Papai Noel.

03 – E qual é o presente que ele quer?
      O boneco do Batman.

04 – Qual foi a resposta do garoto, quando o Papai Noel lhe perguntou se ele tinha comportado direitinho e obedecido os pais?
      Eu fui sim! Fui um ótimo menino o ano inteirinho.

05 – No trecho: “Papai Noel, como é que o senhor faz para estar em todos os shoppings ao mesmo tempo?”, qual foi a resposta?
      Porque eu tenho muitos ajudantes.

06 – Para o garoto, qual é o meio de comunicação utilizado pelo Papai Noel para se comunicar com seus ajudantes?
      É o celular.

07 – Dê acordo com o texto, quem fez a pergunta: “Ô Mãe! O garotinho vai ganhar o boneco do Batman, não vai?
      Foi o Papai Noel.

08 – Qual a resposta dada pela mãe do garotinho esperto, ao Papai Noel?
      Ele foi um bom garoto sim! Ele vai ganhar o boneco do Batman.

09 – Retire do texto; a frase que mostra o agradecimento do garotinho, pelo presente que ganhou:
      O senhor é o melhor Papai Noel do mundo. “Brigado”, tio!

10 – Quem é o autor do texto?
      Edilson Rodrigues Silva.

11 – Qual é a festa comemorada nesta data?
      Natal, o nascimento do menino Jesus.

12 – Para você, qual o significado do Natal?

      Resposta pessoal do aluno.