Relato: Ser a mudança que quero ver no mundo basta?
A mudança social só acontece se houver mudança pessoal. Mas apenas a mudança pessoal não é suficiente para que haja mudança social.
No cenário atual, em que enfrentamos o
aquecimento global, o consumo desenfreado de recursos naturais não renováveis,
a degradação de solos agricultáveis, o aumento do desmatamento, o ressurgimento
de pensamentos xenófobos nacionalistas e fascistas pelo mundo, a concentração
cada vez maior de riqueza, o aumento da pobreza e a banalização de tudo isso –
torna-se cada vez mais urgente a conscientização sobre a importância de
pensarmos coletivamente transformações estruturais, sociais e com novos padrões
de consumo, partilha justa e cuidado com o planeta.
Mudanças nos padrões estruturais e
socioculturais só acontecem quando há transformações em comportamentos
individuais. Porém, a mudança pessoal isolada não é suficiente para que haja
mudanças sociais ou culturais.
[...]
Sem dúvida, nossas ações pessoais são
importantes para a construção da coletividade. [...] A soma do que cada um faz
individualmente constitui a forma como nos organizamos socialmente, como
interagimos e nos relacionamos, como estabelecemos nossas instituições sociais
e como nossa cultura se forma.
Porém, apenas a mudança de um indivíduo
não é suficiente para que haja mudança social. "Uma andorinha só não faz
verão", como diz o ditado.
Para que haja mudanças significativas e
impactantes é necessário existir uma massa crítica, uma quantidade mínima de
pessoas para que uma nova dinâmica social possa se dar em cadeia de modo
autossustentável.
Por isso considero essencial o
engajamento, a influência ativa e a organização de ações coletivas em relação
às questões públicas, sociais e ambientais que afetam a todos nós. Importante
conhecermos nosso poder pessoal, capacidade e possibilidade de influenciar e
nos engajarmos coletivamente expandindo nosso círculo de influência com ações
estratégicas e planejadas.
Uma
andorinha sozinha pode influenciar muitas outras e juntas fazer um belo
verão!
CASELATO, Sandra. Ser
a mudança que quero ver no mundo basta? ECOA, 4 fev. 2020. Disponível em: https://sandracaselato.blogosfera.uol.com.br/2020/02/04/ser-a-mudanca-que-quero-ver-no-mundo-basta/.
Acesso em: 5 fev. 2020.
Fonte: Vivências –
Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São
Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 189.
Entendendo o relato:
01 – Na opinião de você,
como o trecho se relaciona com o título desta unidade?
Resposta pessoal
do aluno Sugestão: É preciso pensar no coletivo e em como cada um pode
contribuir para esse coletivo, seja neste momento escolar, seja em seus planos
futuros.
02 – Como você responderia à
pergunta feita no título do texto?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: De acordo com o texto, a mudança pessoal pode ser um
primeiro passo, mas não é suficiente para a mudança social. Incentive a
reflexão sobre as diferenças entre o alcance e a efetividade de ações
individuais e coletivas.
03 – Para você, qual é a
importância de atuar de forma consciente e coletiva na comunidade?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: Agir de maneira coletiva é o caminho para promover grandes
transformações sociais e garantir uma sociedade mais justa, democrática e
inclusiva.
04 – Como a atuação na
sociedade está relacionada ao projeto de vida?
Independentemente
do projeto de vida de cada um, todos podem contribuir para uma sociedade
melhor. Para isso, ao planejar o projeto de vida, é importante que cada um
considere necessidades individuais e coletivas e pense em como isso pode se
traduzir em contribuições para a sociedade.
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