sábado, 2 de abril de 2022

RELATO: SER A MUDANÇA QUE QUERO VER NO MUNDO BASTA? - SANDRA CASELATO - COM GABARITO

 Relato: Ser a mudança que quero ver no mundo basta?

         A mudança social só acontece se houver mudança pessoal. Mas apenas a mudança pessoal não é suficiente para que haja mudança social. 

        No cenário atual, em que enfrentamos o aquecimento global, o consumo desenfreado de recursos naturais não renováveis, a degradação de solos agricultáveis, o aumento do desmatamento, o ressurgimento de pensamentos xenófobos nacionalistas e fascistas pelo mundo, a concentração cada vez maior de riqueza, o aumento da pobreza e a banalização de tudo isso – torna-se cada vez mais urgente a conscientização sobre a importância de pensarmos coletivamente transformações estruturais, sociais e com novos padrões de consumo, partilha justa e cuidado com o planeta.

        Mudanças nos padrões estruturais e socioculturais só acontecem quando há transformações em comportamentos individuais. Porém, a mudança pessoal isolada não é suficiente para que haja mudanças sociais ou culturais. 

        [...]

        Sem dúvida, nossas ações pessoais são importantes para a construção da coletividade. [...] A soma do que cada um faz individualmente constitui a forma como nos organizamos socialmente, como interagimos e nos relacionamos, como estabelecemos nossas instituições sociais e como nossa cultura se forma. 

        Porém, apenas a mudança de um indivíduo não é suficiente para que haja mudança social. "Uma andorinha só não faz verão", como diz o ditado.

        Para que haja mudanças significativas e impactantes é necessário existir uma massa crítica, uma quantidade mínima de pessoas para que uma nova dinâmica social possa se dar em cadeia de modo autossustentável.

        Por isso considero essencial o engajamento, a influência ativa e a organização de ações coletivas em relação às questões públicas, sociais e ambientais que afetam a todos nós. Importante conhecermos nosso poder pessoal, capacidade e possibilidade de influenciar e nos engajarmos coletivamente expandindo nosso círculo de influência com ações estratégicas e planejadas. 

        Uma andorinha sozinha pode influenciar muitas outras e juntas fazer um belo verão! 

CASELATO, Sandra. Ser a mudança que quero ver no mundo basta? ECOA, 4 fev. 2020. Disponível em: https://sandracaselato.blogosfera.uol.com.br/2020/02/04/ser-a-mudanca-que-quero-ver-no-mundo-basta/. Acesso em: 5 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 189.

Entendendo o relato:

01 – Na opinião de você, como o trecho se relaciona com o título desta unidade?

      Resposta pessoal do aluno Sugestão: É preciso pensar no coletivo e em como cada um pode contribuir para esse coletivo, seja neste momento escolar, seja em seus planos futuros.

02 – Como você responderia à pergunta feita no título do texto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: De acordo com o texto, a mudança pessoal pode ser um primeiro passo, mas não é suficiente para a mudança social. Incentive a reflexão sobre as diferenças entre o alcance e a efetividade de ações individuais e coletivas.

03 – Para você, qual é a importância de atuar de forma consciente e coletiva na comunidade?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Agir de maneira coletiva é o caminho para promover grandes transformações sociais e garantir uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

04 – Como a atuação na sociedade está relacionada ao projeto de vida?

      Independentemente do projeto de vida de cada um, todos podem contribuir para uma sociedade melhor. Para isso, ao planejar o projeto de vida, é importante que cada um considere necessidades individuais e coletivas e pense em como isso pode se traduzir em contribuições para a sociedade.

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