Relato: Juventude transformadora
[...] A voz de jovens que transformam suas realidades
Todos os dias, os mais de 48 milhões de
jovens brasileiros entre 14 e 29 anos enfrentam os desafios de viver, estudar e
trabalhar em um país de proporções continentais, desigualdades abismais e
culturas diversas como o Brasil. São jovens como Conceição, que faz
licenciatura teatral; ou Rodrigo, que acorda às 6h40 para pegar ônibus e ir
para a escola; ou ainda Brena, que toca um projeto sobre igualdade de gênero na
sua comunidade. [...]
A construção dessas pessoas enquanto
sujeitos de direito, no entanto, é moderna; nas sociedades greco-romanas,
crianças ou adolescentes eram considerados meros objetos de propriedade ou uma
fase de “imperfeição” provisória; no Brasil colônia, a depender da classe
social, crianças e jovens tinham que trabalhar tanto quanto os adultos, e não
lhes era resguardado nenhum tipo de proteção.
Hoje, longe de ser considerada como uma
fase passageira ou sem direitos, a juventude é compreendida como uma condição
social de intensas transformações, atravessada e moldada por onde esse jovem
nasce, sua classe social, seu gênero e raça, sendo a geração que mais sente na
pele a presença ou ausência de políticas públicas ou do Estado em si, mas
também aquela que é capaz de alterar e transformar o seu entorno.
Segundo o último censo do IBGE de 2010,
a população brasileira é majoritariamente jovem, sendo que 52% tem entre 14 e
29 anos e mais de 80% deles vivem em áreas urbanas. É também uma juventude
multirracial; quase 50% deles se declara negro ou pardo, enquanto 34% branco.
[...]
“O jovem está em constante
transformação. Ele é a transformação”, relata Rodrigo Cardoso, 17, um dos
idealizadores do projeto Xeque Mate, que usa o xadrez para recuperar a
autoestima de uma escola em São Gonçalo (RJ). “Ele é uma transformação
ambulante, pode mudar de opinião e a cada dia trazer uma ideia nova. Tem também
uma boa capacidade de adaptação, consegue absorver conhecimento e botá-lo em
prática. É bom incluir os jovens nesse momento de transformação da sociedade,
porque é aí que ele mostra todo seu potencial”.
O olhar inovador para as questões da
atualidade é, para Conceição Soares, de 20 anos, uma das qualidades inerentes
da juventude. Ela é uma das responsáveis pelo Ecomuseu de Pacoti, museu
comunitário que valoriza os saberes locais da homônima cidade cearense.
“A gente costuma dizer que os jovens
são o futuro, mas isso significa que eles são deixados para depois. Estamos
vivendo o agora, experimentando o presente. Temos que ser agentes do presente”,
afirma a jovem, que hoje cursa licenciatura em teatro.
[...].
Criativos da Escola.
Dia da juventude: a voz de jovens que transformam suas realidades. Porvir, 12
ago. 2019. Disponível em: https://porvir.org/dia-da-juventude-a-voz-de-jovens-que-transformam-suas-realidades/.
Acesso em: 11 fev. 2020.
Fonte: Vivências –
Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São
Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 200.
Entendendo o relato:
01 – De que maneira vocês
acham que o trecho de texto acima se relaciona com o título do capítulo?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É
importante que os alunos discutam que o principal papel do jovem é seu
potencial de transformar a sociedade, seja por meio da escola, seja após o
Ensino Médio, no mercado de trabalho ou por meio de outra atividade.
02 – Vocês concordam que o
jovem é um importante agente transformador da sociedade? Reflitam sobre os
exemplos que vocês viram ao longo deste capítulo, as intervenções que vocês
fizeram e os caminhos de futuro que pretendem percorrer.
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Esse
é o momento para retomar exemplos e ações que foram realizadas no decorrer da
trajetória escolar da turma com o intuito de refletir sobre os impactos dessas
ações na comunidade e reconhecer o poder de transformação da juventude e da
colaboração.
03 – Independentemente dos
pontos centrais de seus projetos de vida, vocês acham que podem contribuir como
agentes transformadores para uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática?
Como?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: Sim, independentemente dos caminhos escolhidos, é possível
trilhá-los com consciência crítica e responsabilidade, trabalhando de maneira
colaborativa para uma sociedade melhor.
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