sexta-feira, 8 de março de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: ESFORÇO INDIVIDUAL - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - TERCEIRA ORDEM - ESPÍRITOS IMPERFEITOS - PARA REFLEXÃO

Mensagem: Esforço individual


   Você já pensou no valor do esforço individual?
        Uma demonstração desse valor foi realizada numa noite escura, sem estrelas, durante um comício patriótico no Coliseu de Los Ângeles.
        Havia cerca de cem mil pessoas reunidas no local, quando o Presidente avisou que todas as luzes seriam apagadas.
        Disse que, embora ficassem na mais completa escuridão, não havia motivo para receio.
        Quando as luzes se apagaram e as trevas tomaram conta do ambiente, ele riscou um fósforo e perguntou à multidão:
        Quem estiver vendo esta pequenina luz queira exclamar: “Sim!”
        Um vozerio ensurdecedor partiu da assistência. Todos percebiam aquela minúscula chama.
        O silêncio se fez novamente e o homem falou:
        Assim também fulgura um ato de bondade num mundo de maldade.
        E insistindo em suas ideias, lançou um desafio: Vejamos agora o que acontece se cada um de nós acender um palito de fósforo.
        Num instante, quase cem mil minúsculas chamas banharam de luz a imensa arena, fruto da colaboração de cem mil indivíduos, cada um fazendo a parte que lhe tocava.
*   *   *
        Essa foi a maneira singela que um homem utilizou para despertar nos indivíduos o valor do esforço pessoal.
        Geralmente, na busca de soluções para os problemas, imaginamos que somente grandes feitos poderão ter um resultado eficiente.
        Quando olhamos uma imensa montanha, por exemplo, concluímos que muito trabalho foi preciso para que ela tomasse as dimensões que possui, mas nos esquecemos de que ela é formada de pequenos grãos.
        Olhando o mundo sob esse ponto de vista e fazendo a parte que nos cabe, em pouco tempo teríamos um mundo melhor.
        Mas se pensarmos que somos incapazes de mudar o mundo, o mundo permanecerá como está por muito tempo.
        Todos temos valores íntimos a explorar. Todos temos condições de contribuir com uma parcela para a melhoria do mundo em que vivemos.
        Como pudemos perceber, um palito de fósforo aceso é capaz de derrotar as trevas.
        Pode ser uma pequena chama, mas a sua claridade é percebida à grande distância.
        Jesus falou das possibilidades individuais de cada um com a recomendação: Brilhe a vossa luz.
        Assim, quando a situação se apresentar nublada em derredor, podemos acender a nossa pequena chama e romper com a escuridão.
        Não importa a situação em que estamos colocados, sempre poderemos fazer algo de bom em benefício de todos.
*   *   *
        Cada indivíduo é uma engrenagem inteligente agindo no contexto da máquina social.
        E a máquina somente funcionará em harmonia e atingirá seus objetivos se todas as peças cumprirem a parte que lhes cabe.

Redação do Momento Espírita, com base em artigo de Seleções
Reader´s Digest, de julho de 1949.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 4, ed. FEP.
Em 18.11.2013.
Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                       Capítulo I
        SOBRE OS ESPÍRITOS
TERCEIRA ORDEM – ESPÍRITOS IMPERFEITOS

101 – Características gerais – Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão ao mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes são consequentes.
        Têm a intuição de Deus, mas não O compreendem.
        Nem todos os Espíritos imperfeitos são essencialmente maus; em alguns, há mais leviandade, inconsequência e malícia do que maldade propriamente dita. Uns não fazem nem o bem nem o mal, mas só por não fazerem o bem denotam sua inferioridade. Outros, ao contrário, comprazem-se com o mal, e ficam satisfeitos quando têm oportunidade de praticá-lo.
        Podem aliar a inteligência à maldade ou à malícia; porém, seja qual for seu desenvolvimento intelectual, suas ideias são pouco elevadas e seus sentimentos mais ou menos vis.
        Seus conhecimentos sobre as coisas do mundo espírita são limitados, e o pouco que sabem se confunde com as ideias e os preconceitos da vida corporal. Só nos podem dar noções falsas e incompletas sobre esse mundo, mas o observador atento quase sempre encontra, mesmo em suas comunicações imperfeitas, a confirmação de grandes verdades ensinadas pelos Espíritos superiores.
        Seu caráter se revela por sua linguagem. Todo Espírito que em suas comunicações deixa escapar um mau pensamento pode ser classificado na terceira ordem; por consequência, todo mau pensamento que nos é sugerido vem de um Espírito dessa ordem.
        Eles veem a felicidade dos bons, e essa visão é um incessante tormento para eles, pois experimentam todas as angústias que a inveja e o ciúme podem causar.
        Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corporal, e muitas vezes essa impressão é mais penosa que a realidade. Portanto, eles realmente sofrem, tanto pelos males que suportaram quanto pelos que causaram aos outros; e como sofrem por um longo tempo, acreditam sofrer para sempre. Para puni-los, Deus quer que pensem dessa forma.

        Pode-se dividi-los em cinco classes principais.

102 – Décima classe. ESPÍRITOS IMPUROS – têm propensão ao mal e fazem dele objeto de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, insuflam a discórdia e a desconfiança, valendo-se de todos os disfarces para melhor enganar. Apegam-se àqueles que possuem caracteres frágeis o bastante para ceder às suas sugestões, a fim de impedi-los à perdição, satisfeitos por poderem retardar seu adiantamento, fazendo-os sucumbir às provações que sofrem.
        Nas manifestações, eles são reconhecidos por sua linguagem. A trivialidade e a grosseria das expressões, tanto entre os Espíritos como entre os homens, é sempre um indício de inferioridade moral, senão intelectual. Suas comunicações evidenciam a baixeza de suas inclinações, e se eles querem enganar falando de uma maneira sensata, não conseguem sustentar por muito tempo esse papel, e acabam sempre por trair a sua origem.
        Alguns povos fazem deles divindades malfeitoras, outros os designam pelos nomes de demônios, gênios maus, Espíritos do mal.
        Quando encarnados, os seres vivos que eles constituem são propensos a todos os vícios que as paixões vis e degradantes produzem: a sensualidade, a crueldade, a trapaça, a hipocrisia, a cobiça, a avareza sórdida. Fazem o mal pelo prazer de fazê-lo, na maioria das vezes sem motivos, e, por odiarem o bem, quase sempre escolhem suas vítimas entre as pessoas honestas. São flagelos para a humanidade, seja qual for a classe a que pertençam na sociedade, e o verniz da civilização não lhes impede o opróbrio e a ignomínia.

103 – Nona classe. ESPÍRITOS LEVIANOS – São ignorantes, malignos, inconsequentes e zombeteiros. Metem-se em tudo e a tudo respondem, sem se preocupar com a verdade. Comprazem-se em causar pequenos sofrimentos e ligeiros contentamentos, em fazer intrigas, induzir maliciosamente ao erro através de mistificações e espertezas. A essa classe pertencem os Espíritos comumente chamados de trasgos, duendes, gnomos, diabretes. Estão sob a dependência dos Espíritos superiores, que, muitas vezes, deles se servem, como fazemos com os criados.
        Em suas comunicações com os homens, sua linguagem às vezes é espiritual e divertida, mas quase sempre sem profundidade. Apreendem as imperfeições e o ridículo dos homens, e expressam isso de forma mordaz e satírica. Se usam nomes falsos, é, na maioria das vezes, mais por malícia que por maldade.

104 – Oitava classe. ESPÍRITOS PSEUDO-SÁBIOS – Seus conhecimentos são bastante amplos, mas eles julgam saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos em diversos pontos de vista, sua linguagem possui um caráter sério que pode enganar quanto às suas capacidades e às suas luzes; mas isso muitas vezes é apenas um reflexo dos preconceitos e ideias sistemáticas da vida terrena. Sua linguagem é uma mistura de algumas verdades com os erros mais absurdos, entre os quais despontam a presunção, o orgulho, a inveja e a teimosia, dos quais não puderam livrar-se.

105 – Sétima Classe. ESPÍRITOS NEUTROS – Não são suficientemente bons para fazer o bem, nem maus o bastante para fazer o mal; perdem tanto para um quanto para outro lado e não se elevam acima da condição vulgar da humanidade, tanto pela moral quanto pela inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, sentindo saudades das suas alegrias grosseiras.

106 – Sexta classe. ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES – Quanto às suas qualidades pessoais, esses Espíritos não formam uma classe distinta, propriamente falando; podem pertencer a qualquer classe da terceira ordem. Muitas vezes manifestam sua presença por efeitos sensíveis e físicos, tais como golpes, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar etc. Em relação aos outros Espíritos, mostram-se mais apegados à matéria; parecem ser os agentes principais das vicissitudes dos elementos do globo, seja por agirem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, ou nas entranhas da Terra. Reconhece-se que esses fenômenos não se devem a uma causa fortuita e física quando têm um caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir tais fenômenos, mas, em geral, os Espíritos elevados deixam isso por conta dos Espíritos subalternos, mais aptos para as coisas materiais do que para as inteligentes. Quando julgam que manifestações desse gênero são úteis, servem-se desses Espíritos como auxiliares.    



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