quinta-feira, 28 de março de 2019

POEMA: ESPELHO - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

Poema: ESPELHO
          Roseana Murray


Espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?
Se às vezes me estilhaço,
se às vezes viro mil,
se quero mudar o mundo,
se quero mudar o rosto,
se tenho sempre na boca
um gosto de água e de céu,
se às vezes sou tão só
quando me viro do avesso,
se às vezes anoiteço
em plena luz do sol
ou então amanheço
com vontade de voar,
espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?

MURRAY, Roseana. Recados do
Corpo e da Alma, São Paulo: FTD,

Entendendo o poema:
01 – Você percebeu que o primeiro verso do poema dialoga com outro texto? Qual?
      Sim. Conto Branca de Neve.

02 – O poema começa com uma dúvida, expressa em uma pergunta. Que palavra é utilizada repetidamente e ajuda a reforçar essa dúvida do eu lírico?
      Quem sou eu?

03 – Indique um trecho do poema em que se perceba o uso figurado da linguagem:
      “Se às vezes me estilhaço,
      Se às vezes viro mil.” 
    
04 – A HIPÉRBOLE é a figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão, para causar um efeito expressivo. Indique uma hipérbole no texto:
      “Quando me viro no avesso.”

05 – Indique, no texto, o uso de ideias opostas. O que esse uso reforça?
      “Se às vezes anoiteço
      Em plena luz do sol.”     

06 – Qual o tema do texto?
      O tema é tentar descobrir quem é o eu lírico.


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