terça-feira, 15 de abril de 2025

POEMA: ROLA A CHUVA - CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

Poema: Rola a chuva

              Cecília Meireles

Arre

que arrelia!

O frio arrepia

a moça arredia.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkPUAlijwtAh-TH_N2Ev3y5Cg1PgpAZAvFFzNXPwZdcB3abZxkBFQCdf41OiKrPM-at4XE-0T_tUek4G5pRYzK_Rdy0jlJXqHJ0_ExIsnfWIsAVB25UHkLq746QhJ_uiU2j2g1qmFKdmuEAcDzjHhb3BoPSRsjySLh_L6laPA0OqNIrplvIPRHsYQrfBA/s1600/frio.jpg


 

Na rua rola a roda...

Arreda!

 

A rola arrulha na torre.

A chuva sussurra.

 

Rola a chuva,

rega a terra,

rega o rio,

rega a rua.

 

E na rua a roda rola.

 

(MEIRELES, Cecília.  Ou isto ou aquilo)

Entendendo o texto

01. Qual figura de linguagem predomina na repetição da palavra "rola" ao longo do poema?

a. Metáfora

b. Anáfora

c. Aliteração

d.  Assonância

02. A interjeição "Arre" expressa principalmente qual sentimento no contexto do poema?

a. Alegria intensa

b. Surpresa agradável

c. Impaciência ou irritação

d. Medo repentino

03. Qual das seguintes opções descreve melhor o "eu poético" presente no poema?

a. Um observador distante e objetivo da natureza.

b. Uma voz que expressa seus sentimentos de forma explícita e pessoal.

c. Um observador sensível que registra as sensações e os sons da chuva.

d. Uma entidade que interage diretamente com os elementos da natureza.

04. Na expressão "O frio arrepia / a moça arredia", qual figura de linguagem é mais evidente?

a. Metonímia

b. Personificação

c. Hipérbole

d. Comparação

05. A repetição da consoante "r" em diversas palavras ao longo do poema, como em "rola", "chuva", "arrelia", "frio", "arrepia", "arredia", "rua", "roda", "arrulha", "torre", caracteriza qual figura de linguagem? 

a. Assonância

b. Aliteração

c. Onomatopeia

d. Paranomásia

 


CONTO: O GANSO DE OURO - IRMÃOS GRIMM - COM GABARITO

 Conto: O ganso de ouro

            Irmãos Grimm

        Era uma vez um homem que tinha três filhos. Os dois mais velhos eram tidos como inteligentes e espertos, ao passo que o caçula, todos o consideravam um bobalhão e só o chamavam de João Bocó.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM1FssXPgNWCNwhx-J1oAyf-JWdjzlFsGDQMZBw7TqJ_bgE6s9SKOVsyUpRQZ_IY9swrWxpdQr-7p7cVj9O3A7LIs5sRtSp3HyQs3Zb3g1s_A1W2esUs9Y-w-_6pNTd7CI2pCczh1ZVDu2M3Y-fqPTyzHIukzzFHEcW0LOPNK2l6HkiWCRARVQjgx6fw4/s320/Simpleton_finds_The_Golden_Goose_-_Project_Gutenberg_eText_15661.jpg

        Um dia, o filho mais velho precisou ir buscar lenha na floresta. A mãe lhe preparou um lanche com um delicioso bolo e uma garrafa de vinho, para que ele não sentisse fome nem sede.

        Quando ia entrando na mata, o moço encontrou um velho grisalho que lhe desejou bom-dia e pediu:

        -- Por favor, me dê um pedacinho do seu bolo e um gole de sua garrafa. Estou morrendo de fome e sede.

        -- Era só o que faltava! — respondeu ele com maus modos. — Se eu lhe der, o que é que sobra para mim? – e, dando-lhe as costas, afundou-se na mata. Mais adiante, quando começou a golpear uma árvore, errou o golpe e feriu-se no braço. Então foi obrigado a voltar para casa, sem trazer um cavaquinho que fosse, sem desconfiar que o acontecido foi por artes do velho grisalho, que era mágico.

        No dia seguinte, o segundo filho foi à floresta buscar lenha. Também para ele, a mãe preparou um bom lanche com bolo e vinho e, assim como aconteceu ao irmão, quando entrou na mata, encontrou o velho grisalho que lhe pediu um pedaço de bolo e um gole de vinho.

        -- Essa é boa! Pensa que vou repartir com um velho vagabundo o que posso comer sozinho? – respondeu o rapaz continuando a andar.

        E não teve melhor sorte que o irmão. Mal começou a golpear uma árvore, a lâmina — por alguma magia que o velho fez – resvalou e o feriu no pé. E lá se foi ele de volta para casa, mancando, sem trazer sequer um galhinho seco.

        No outro dia, João Bocó pediu ao pai que o deixasse buscar lenha na mata.

        -- De jeito nenhum! – respondeu ele. – Se seus irmãos se machucaram, o que acontecerá a um bobo e desastrado como você?

        Mas João Bocó tanto amolou, que o pai acabou cedendo.

        -- Está bem, vá! Se lhe acontecer alguma coisa, tanto melhor! Quem sabe se assim você toma jeito!

        E ele partiu para a floresta, levando de lanche apenas um pãozinho e uma garrafa de água. Lá chegando, encontrou o mesmo velho grisalho que lhe disse “bom dia” e pediu um pedacinho de bolo e um gole de vinho.

        -- Só tenho um pãozinho e uma garrafa de água. Mas o que é meu é seu. Vamos comer juntos – e sentando-se num tronco caído, João Bocó abriu a sacola. Então arregalou os olhos surpresos. O que encontrou dentro dela foi um saboroso bolo e uma garrafa de vinho. “Como a mãe foi boazinha!”, pensou, sem se dar conta de que aquilo foi magia do velho. Comeram os dois com grande apetite e o velho disse:

        -- Quem tem um bom coração, como você, e não hesita em dividir com os outros o pouco que tem, bem merece uma sorte melhor. Está vendo aquela árvore ali adiante? Entre suas raízes, encontrará um presente meu que o fará muito feliz – assim falando, desapareceu.

        João Bocó correu para a árvore e encontrou aninhado entre suas altas raízes uma beleza de ganso, cujas penas eram de ouro puro. Com ele debaixo do braço, resolveu sair pelo mundo em busca de aventuras, em vez de voltar para casa onde era tão pouco querido. Andou, andou e, à tardezinha, chegou a uma estalagem, onde resolveu passar a noite.

        Ora, acontecia que a dona da casa tinha três filhas, três mocinhas abelhudas que, mal viram o ganso de ouro, decidiram que, custasse o que custasse, haveriam de ter algumas de suas peninhas tão lindas. A mais velha ficou espionando e, quando viu o rapaz sair, entrou no quarto dele, aproximou-se devagarinho do ganso e agarrou-o. Foi só fazer isso, ficou com uma das mãos presas nele, sem poder se libertar. Logo depois chegou a outra e, vendo a irmã agarrada ao ganso, pensou: “Se ela pensa que as penas são só dela, engana-se!” e puxou-a pelo vestido. Com isso, ficou com uma das mãos grudada na irmã. Finalmente, com passos de lã, chegou a mais moça. As outras pediram aflitas:

        -- Pelo amor de Deus, não chegue perto de nós!

        Isso só serviu para deixar a mocinha desconfiada.

        -- Querem me passar para trás, heim? – assim dizendo, puxou a segunda das irmãs pela mão e ficou presa também. E todas as três tiveram que passar a noite ao lado do ganso.

        No outro dia bem cedo, João Bocó partiu com seu ganso debaixo do braço, sem nem ligar para as moças. As coitadas, uma presa à outra, foram obrigadas a segui-lo de um lado para outro, para cima e para baixo, onde quer que ele fosse, e como andava ligeiro o danado!

        Um padre que vinha vindo, ao ver passar aquela estranha procissão, parou boquiaberto.

        -- Mas que é isso, moças! Não têm vergonha? Onde já se viu correr assim atrás de um rapaz! — e decidido a detê-las, agarrou a última pelo braço. O resultado é que não pôde mais tirar as mãos do braço dela e, bem contrariado, teve que acompanhar o bando.

        Nesse meio tempo, o sacristão passou por ali e ficou admirado ao ver o padre correndo atrás das moças.

        -- Senhor padre! — chamou ele. — Onde vai com tanta pressa? Esqueceu que temos um batizado hoje? – e agarrou-o pela batina, ficando preso também.

        Agora eram cinco em fila atrás de João Bocó, que não dava sinais de querer parar. Mais adiante, cruzaram com dois robustos camponeses que vinham voltando da lavoura. Aos gritos, o padre pediu-lhes, por favor, que libertassem ele e o sacristão com um bom puxão.

        -- Lá vai! – disseram eles. E largando a enxada arregaçaram as mangas e agarraram o sacristão. Só o que conseguiram, foi ficarem presos também. E todos os sete, trotando atrás de João Bocó, chegaram enfim a uma cidade onde vivia uma princesa tão séria e carrancuda, que jamais alguém a viu sorrir. Em desespero de causa, o rei mandou proclamar por todo o reino que daria a filha em casamento ao primeiro que a fizesse rir.

        João Bocó soube disso e dirigiu-se ao palácio real. Mas nem precisou entrar. A princesa estava na janela, de queixo na mão, cara sombria olhando a rua. Quando viu o rapaz com toda aquela gente em fila atrás dele, as moças chorando, o padre mancando, o sacristão rezando e os camponeses reclamando, desatou a rir com tanto gosto, que parecia não poder parar mais. Então, acabou-se o encanto. Os prisioneiros de João Bocó de repente se viram livres e só pensaram em uma coisa: voltar para casa deles o mais depressa possível.

        Diante de tal sucesso, João Bocó não titubeou em reclamar a mão da princesa. Mas o rei, que não gostou nada do pretendente, depois de muito discutir concordou em dar-lhe a filha com uma condição: o rapaz tinha que trazer alguém que fosse capaz de comer todo o pão do reino.

        João Bocó pensou logo no velho da floresta e foi procurá-lo ao pé da árvore onde havia achado o ganso. O que encontrou foi um homem enorme, com a cara mais triste deste mundo. E quando perguntou a causa de tamanha tristeza, ele respondeu:

        -- Ai de mim! Estou com tanta fome que acho que vou morrer! Acabei de comer cinco fornadas de pão e fiquei na mesma! Será que vou levar a vida apertando o cinto para enganar a fome?

        “É o homem que eu preciso!”, pensou João Bocó. E convidou-o a ir com ele ao palácio do rei, prometendo que encontraria lá o suficiente para matar a fome por três meses. E, de fato, encontraram diante do palácio uma montanha de pão feita com toda a farinha que puderam encontrar no reino. O homem da floresta subiu em cima dela e pôs-se a comer com tal voracidade que, à tardezinha, a montanha já não existia. Então João Bocó reclamou novamente a noiva prometida.

        Mas o rei, que continuava não querendo saber de um genro que, além de pobre, tinha o apelido de João Bocó, veio com nova exigência: só daria a filha se o moço lhe trouxesse um barco que andasse tanto em terra como na água.

        João Bocó voltou à floresta e, desta vez, encontrando o velho mágico em pessoa, explicou-lhe a situação e disse o que queria.

        -- Quem ajuda os outros merece ser ajudado! – o velho disse isso, piscou o olho e desapareceu, deixando no seu lugar o barco exigido.

        Quando o rei viu o rapaz chegar com o barco navegando em chão enxuto, compreendeu que não havia mais jeito. Concedeu-lhe a mão da filha e o casamento realizou-se. Dizem que nunca houve um casal tão feliz nem alguém tão sorridente como a esposa de João Bocó.

Contos de Grimm. Adaptação de Maria Heloisa Penteado. São Paulo: Ática, 1989. p. 23-30.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 12-14.

Entendendo o conto:

01 – Como os irmãos mais velhos de João Bocó são caracterizados no início da história?

      Os irmãos mais velhos são tidos como inteligentes e espertos, em contraste com João Bocó, que é considerado um bobalhão.

02 – Qual foi a atitude dos dois primeiros irmãos ao encontrarem o velho grisalho na floresta e qual foi a consequência de suas ações?

      Ambos os irmãos mais velhos foram rudes e egoístas, negando comida e bebida ao velho. Como consequência, ambos se machucaram enquanto tentavam cortar lenha e voltaram para casa sem nada.

03 – O que João Bocó levava de lanche para a floresta e o que ele encontrou em vez disso, graças ao velho?

      João Bocó levava apenas um pãozinho e uma garrafa de água. Em vez disso, encontrou um saboroso bolo e uma garrafa de vinho, resultado da magia do velho.

04 – Qual presente mágico João Bocó encontrou na raiz da árvore e o que ele decidiu fazer com ele?

      João Bocó encontrou um ganso com penas de ouro puro. Em vez de voltar para casa, ele decidiu sair pelo mundo em busca de aventuras.

05 – O que aconteceu com as três filhas da dona da estalagem quando tentaram pegar as penas do ganso de ouro?

      As três filhas ficaram misteriosamente grudadas umas às outras e ao ganso, sendo obrigadas a seguir João Bocó.

06 – Quem mais se juntou à fila de pessoas grudadas seguindo João Bocó e por quê?

      Um padre que tentou repreender as moças, um sacristão que tentou falar com o padre, e dois camponeses que tentaram libertar o padre e o sacristão também ficaram grudados à corrente.

07 – O que fez a princesa, conhecida por nunca sorrir, rir pela primeira vez?

      A princesa riu ao ver a cena de João Bocó com toda aquela gente grudada uns aos outros, em situações engraçadas e desesperadas, seguindo-o pela rua.

08 – Quais foram as duas condições impostas pelo rei para que João Bocó pudesse se casar com a princesa?

      As duas condições foram: primeiro, João Bocó deveria trazer alguém capaz de comer todo o pão do reino; segundo, ele deveria trazer um barco que andasse tanto na terra quanto na água.

09 – Como João Bocó conseguiu cumprir a primeira condição imposta pelo rei?

      João Bocó encontrou o velho da floresta novamente, que havia se transformado em um homem faminto capaz de comer montanhas de pão, e o levou ao palácio para devorar todo o pão do reino.

10 – Quem ajudou João Bocó a cumprir a segunda condição do rei e qual foi o resultado final da história?

      O velho mágico ajudou João Bocó a cumprir a segunda condição, deixando no seu lugar o barco que andava tanto na terra quanto na água. Diante disso, o rei permitiu o casamento de João Bocó com a princesa, e dizem que eles foram um casal muito feliz.

 

POEMA: O CAMINHO NA FLORESTA - RUDARD KIPLING - COM GABARITO

 Poema: O CAMINHO NA FLORESTA

              Rudyard Kipling

Fecharam a estrada através da floresta
Setenta anos atrás.
O mau tempo a desmanchou outra vez
E hoje ninguém mais sabe
Que existia uma estrada através da floresta
Antes de plantarem as árvores.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtCtSHTu8W4XHhJ9z8j_QufylUUxrJUCs8rgQC0NhNYwcNa3D5YEl1QbjJDioEuBirGk-7zFbpGg7Dm47zrbQnxd5bmp6bbszK-VyVERs9RAzlRk28ljw1sMBkZdqftEqRay5GlBVZDXpBgEcPZ8x427XBom70mXppFaDijfFh1e-wW8mp79Lihs-rjiw/s320/8531-CAPA-VERTICAL.jpg


Está sob a charneca o urzal
E as anêmonas esparsas.
Só o caseiro percebe
Que, onde se aninha a pomba-pedrês
E a fuinha corre em paz,
Existia uma estrada através da floresta.

Todavia, ao entrarmos na floresta
Tarde numa noite de verão,
Quando o ar esfria o lago que a truta espirala
E onde a lontra chama o companheiro
(Não teme os homens na floresta
Porque vê poucos deles),
Ouvimos o bater dos cascos de um cavalo
E o frufru de uma saia no sereno
Que passam a meio galope através
Do ermo enevoado,
Como se conhecessem perfeitamente
A perdida estrada através da floresta...
Mas não há estrada através da floresta!

Rudyard Kipling. In: Harold Bloom. Contos e Poemas para Crianças Extremamente Inteligentes de Todas as Idades. Tradução de José Antônio Arantes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 10.

Entendendo o poema:

01 – Há quanto tempo a estrada através da floresta foi fechada, segundo o poema?

      Segundo o poema, a estrada através da floresta foi fechada setenta anos atrás.

02 – O que aconteceu com a estrada ao longo do tempo e quem ainda guarda a memória de sua existência?

      Com o tempo, o mau tempo desmanchou a estrada, e a maioria das pessoas esqueceu sua existência, pois a floresta cresceu sobre ela. Apenas o caseiro ainda percebe, pelos sinais da natureza (onde a pomba-pedrês se aninha e a fuinha corre), que ali existia uma estrada.

03 – Que fenômeno estranho ocorre quando os narradores entram na floresta numa noite de verão?

      Ao entrarem na floresta numa noite de verão, os narradores ouvem o bater dos cascos de um cavalo e o frufru de uma saia passando a meio galope através do ermo enevoado, como se ainda estivessem usando uma estrada conhecida.

04 – Por que a lontra não teme os homens na floresta, de acordo com o poema?

      De acordo com o poema, a lontra não teme os homens na floresta porque vê poucos deles, o que sugere que a área se tornou isolada e pouco frequentada.

05 – Qual é a ironia ou o mistério presente no final do poema em relação à estrada?

      A ironia ou o mistério reside no fato de que, apesar de o poema afirmar categoricamente na última linha ("Mas não há estrada através da floresta!") que a estrada não existe mais, os narradores vivenciam uma cena sonora que evoca claramente a passagem de pessoas a cavalo por essa mesma estrada perdida. Isso sugere uma persistência da memória da estrada, talvez no tempo ou na imaginação, mesmo após seu desaparecimento físico.

 

POEMA: VIAGEM ESTRELADA - RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

 Poema: VIAGEM ESTRELADA

            Ricardo Azevedo

Vou abrir minha janela,
vou subir pelas paredes,
vou correr no fio elétrico,
pegar carona com as nuvens;
vou pular de galho em galho,
escalar sete montanhas,
atravessar a floresta
no meio da noite escura;
planejar a minha rota,
desenhar o meu caminho,
descobrir o meu destino
no fundo do coração.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuZ3GfnDeld1YVukPCqKfM4xdXPwxvXJVrtDjmx_CjLgjSlnSAMjow38AdQgFapikGk9k7uSvj5J77wa7zZFAfViKbFUMmY86jDIFrEwDbeHlDlJG0lCZfHEOm0YXJimjZxX_u7Gq7zA9XItOgnowceq-3y1nmEI4frk9bHLub1YtnYceiwJewV2lds04/s1600/NUVEM.jpg


Depois vou seguir em frente
na direção do horizonte,
companheiro da alegria,
do prazer e da esperança,
levando, na mão direita,
a força do meu calor,
e na outra, com cuidado,
um bocadinho de amor.
Vou mais depressa que o tempo,
não posso perder um dia
nessa viagem estrelada.

Ricardo Azevedo. Dezenove poemas desengonçados. 3. ed. São Paulo: Ática, 1999. p. 55.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 68.

Entendendo o poema:

01 – Quais são as ações que o eu lírico expressa que fará no início de sua jornada?

      No início de sua jornada, o eu lírico expressa que vai abrir sua janela, subir pelas paredes, correr no fio elétrico e pegar carona com as nuvens.

02 – Que elementos da natureza são mencionados como parte do percurso do eu lírico?

      Os elementos da natureza mencionados no percurso do eu lírico são os galhos, sete montanhas e a floresta no meio da noite escura.

03 – Onde o eu lírico pretende descobrir o seu destino?

      O eu lírico pretende descobrir o seu destino no fundo do coração.

04 – Quais sentimentos ou companhias o eu lírico levará consigo em sua viagem na direção do horizonte?

      O eu lírico levará consigo a alegria, o prazer e a esperança como companheiros em sua viagem na direção do horizonte.

05 – O que o eu lírico levará em cada uma das mãos durante essa viagem e por que ele não pode perder tempo?

      O eu lírico levará na mão direita a força do seu calor e na outra, com cuidado, um bocadinho de amor. Ele não pode perder um dia nessa viagem estrelada porque pretende ir mais depressa que o tempo.

 

NOTÍCIA: O LOBO SEMPRE DIZ QUE A CULPA É DO CORDEIRO - VEJA - COM GABARITO

 Notícia: O lobo sempre diz que a culpa é do cordeiro

        Sempre que tentarem destruir a imagem dos servidores públicos, fique alerta.

        Como na fábula, o lobo sempre acusa o cordeiro para poder dar o bote.

        E o bote é acabar com os serviços públicos.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBdbjIXH2Hc6Xx0hAAzD0Kg-4u4nThphS7TG4Waq-yLuOIXi0He0c6Vx0FYnPkrv4XQ6LABdzLWKeThejPvSkyY2-2KsycUQyirAWsWl997M2gbdHkjHHQp1E_nGq64OL-RWBag8JcZvQEYvJzyLv7ixmsWA6agyOMYHAXlDm84-bThz2IVOcy7r1NWek/s320/movimento-basta.png


        Grandes interesses estão por trás desta campanha, comandada pelos próprios responsáveis pela deterioração dos serviços.

        Suas armas foram a ausência de investimentos nas instituições públicas; nomeação para cargos de chefia por critérios políticos; falta de treinamento; baixo nível salarial, entre outras.

        Anos a fio, as entidades representativas dos servidores públicos denunciaram e tentaram mudar esta dura realidade, sem serem ouvidas.

        Tudo isso pode ser comprovado por qualquer cidadão. A verdade não pode ser mascarada. Os serviços públicos seriam mais eficientes se aqueles que detêm o poder o quisessem.

        Ainda é tempo de restaurar e melhorar as instituições e seus serviços em defesa da própria sociedade.

        Não se deixe enganar. Você conhece a estratégia do lobo: culpar o cordeiro para justificar o bote.

        Reaja contra a destruição premeditada e criminosa dos serviços públicos.

        MOVIMENTO NACIONAL EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO

Veja, 13/11/96.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 7ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 1ª ed. 15ª reimpressão – São Paulo: Atual Editora, 2003. p. 175.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a principal analogia utilizada no texto para alertar sobre a campanha contra os servidores públicos?

      A principal analogia utilizada é a da fábula do lobo e do cordeiro, onde o lobo acusa o cordeiro injustamente para justificar seu ataque. Na notícia, os responsáveis pela deterioração dos serviços públicos são comparados ao lobo, e os servidores públicos, ao cordeiro.

02 – Segundo o texto, qual é o objetivo final da campanha de difamação contra os servidores públicos?

      Segundo o texto, o objetivo final dessa campanha é "acabar com os serviços públicos".

03 – Quem o texto aponta como os principais responsáveis pela deterioração dos serviços públicos?

      O texto aponta que a campanha de difamação é comandada pelos "próprios responsáveis pela deterioração dos serviços".

04 – Quais são algumas das "armas" mencionadas no texto que foram utilizadas para prejudicar os serviços públicos?

      Algumas das "armas" mencionadas são: a ausência de investimentos nas instituições públicas; nomeação para cargos de chefia por critérios políticos; falta de treinamento; e baixo nível salarial.

05 – Qual foi a reação das entidades representativas dos servidores públicos diante da deterioração dos serviços?

      As entidades representativas dos servidores públicos, segundo o texto, denunciaram e tentaram mudar essa dura realidade por anos, mas não foram ouvidas.

06 – Qual é o apelo final do texto ao leitor em relação à situação dos serviços públicos?

      O apelo final do texto é para que o leitor não se deixe enganar pela estratégia de culpar os servidores, reaja contra a destruição premeditada dos serviços públicos e defenda a restauração e melhoria das instituições.

07 – Qual a mensagem central da notícia em relação à imagem dos servidores públicos e a qualidade dos serviços públicos?

      A mensagem central é que a tentativa de destruir a imagem dos servidores públicos é uma estratégia para enfraquecer e acabar com os serviços públicos. O texto argumenta que os serviços seriam mais eficientes se houvesse vontade política e investimento adequado, e que culpar os servidores é uma tática enganosa para desviar a atenção dos verdadeiros responsáveis pela deterioração.

 

TEXTO: O TESTAMENTO - ADAPTADO DE AMARO VENTURA E ROBERTO A. SOARES - COM GABARITO

 Texto: O Testamento

        Um homem rico, sem filhos, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:

        "Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do mecânico nada aos pobres".

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLKJYvdtFDo6qC5p5OYBcqaEtr0pL-g3idJxGv0qSYQH-Kv_GiMtRoP4__wASTzR8Lu8vlT6PiWoqLrkKHWveq0fOZmXR338dEVSMeCOEiJl4M3SU4xvgVYKCw526q0AJB0V5LSvEhUjalWJIo9Vi00_lRbYbAyShE69CktXia7TDhaMMeGPPERQZkDEA/s320/TESTAMENTO.jpg


        Não teve tempo de pontuar – morreu.

        Eram quatro concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete:

        "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres."

        A irmã do morto chegou em seguida com outra cópia do testamento e pontuou assim:

        "Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres."

        Apareceu o mecânico, pediu uma cópia do original e fez estas pontuações:

        "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres."

        Um juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade. Um deles, mais sabido, tomou outra cópia do testamento e pontuou deste modo:

        "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico? Nada! Aos pobres!”.

Adaptado de: Amaro Ventura e Roberto Augusto Soares Leite. Comunicação/Expressão em língua nacional. 5ª série. São Paulo: Nacional, 1973. p. 84.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 7ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 1ª ed. 15ª reimpressão – São Paulo: Atual Editora, 2003. p. 106.

Entendendo o texto:

01 – Qual é a principal causa da disputa entre os concorrentes no texto?

      A principal causa da disputa é a falta de pontuação no testamento original do homem rico, o que permite diferentes interpretações sobre a destinação de seus bens.

02 – Quantos e quais são os concorrentes que aparecem na história para reivindicar a herança?

      Aparecem quatro concorrentes: a irmã do morto, o sobrinho, o mecânico e os pobres da cidade.

03 – Como o sobrinho interpreta e pontua o testamento para beneficiar a si mesmo?

      O sobrinho pontua o testamento da seguinte forma: "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres." Ele nega a intenção de deixar os bens para a irmã e afirma que ele é o herdeiro.

04 – De que maneira a irmã do morto pontua o testamento para ser a beneficiária?

      A irmã pontua o testamento assim: "Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres." Ela afirma que a intenção do falecido era deixar os bens para ela, excluindo o sobrinho.

05 – Qual é a interpretação e a pontuação que o mecânico faz do testamento?

      O mecânico pontua o testamento da seguinte maneira: "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres." Ele interpreta que a conta dele deveria ser paga antes de qualquer outra destinação dos bens.

06 – Como os pobres da cidade, representados pelo mais sabido, interpretam e pontuam o testamento?

      Os pobres pontuam o testamento da seguinte forma: "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico? Nada! Aos pobres!”. Eles interpretam que, após negar os outros beneficiários, a intenção final era deixar os bens para eles.

07 – Qual a importância da pontuação na interpretação de textos, como demonstrado nessa narrativa?

      A narrativa demonstra de forma clara a importância crucial da pontuação na interpretação de textos. A ausência de sinais de pontuação no testamento original permitiu múltiplas e conflitantes interpretações, cada uma favorecendo um dos interessados. Isso ressalta como a pontuação define o sentido das frases e pode alterar completamente a intenção de um texto.

 

POEMA: O POETA - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

 Poema: O poeta

             Roseana Murray

O poeta vai tirando da vida

os seus poemas

Como pássaros desobedientes

e amestrados.

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA8lk5m6FiRX-5xMPkZ6sZofHncMnfHWgLgtfep9GHgPEwGe_vSFtoIvLqLEsHyyZ-PmWM_KhpAAuuZNsBOxiTKE4DKh9B_44qFrhM7JqjJmihXWvKO5laNtiVCr-8lwqszVd1dYwcYN0LG3_QjB4WOjOgcBHnt6RxFtkUkKnrbyAE4YNhFh5ZRuYS7wg/s1600/PALAVRA.png

A palavra é seu castelo,

sua árvore encantada,

abracadabra construindo o universo.

Roseana Murray. Artes e ofícios. 3ª ed. São Paulo: FTD, 1994. p. 522.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 7ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 1ª ed. 15ª reimpressão – São Paulo: Atual Editora, 2003. p. 105.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a principal comparação que o poema estabelece para descrever a criação poética?

      O poema compara os poemas que o poeta extrai da vida a "pássaros desobedientes e amestrados". Essa comparação sugere que os poemas surgem da experiência, mas também são moldados pela habilidade e intenção do poeta.

02 – No poema, quais são as duas metáforas utilizadas para representar a palavra para o poeta?

      As duas metáforas utilizadas são "castelo" e "árvore encantada". O "castelo" pode simbolizar a solidez, a segurança e o espaço onde o poeta reina sobre sua criação. A "árvore encantada" evoca a ideia de algo vivo, mágico e cheio de possibilidades, de onde brotam novas ideias e significados.

03 – O que a expressão "abracadabra construindo o universo" sugere sobre o poder da palavra poética?

      A expressão "abracadabra construindo o universo" sugere que a palavra poética possui um poder quase mágico e transformador. Assim como um encantamento, a palavra do poeta tem a capacidade de criar mundos, evocar sentimentos e expandir a nossa compreensão da realidade.

04 – Como a característica de serem "desobedientes e amestrados" dos "pássaros-poemas" pode ser interpretada em relação ao processo criativo?

      A característica de serem "desobedientes" pode indicar que as ideias e inspirações para os poemas nem sempre seguem uma lógica previsível, surgindo de forma espontânea e, por vezes, inesperada. Já o termo "amestrados" sugere o trabalho do poeta em dar forma, ritmo e sentido a essas ideias, controlando e direcionando a sua expressão.

05 – Qual é a visão geral do poema sobre o papel e a habilidade do poeta?

      O poema apresenta o poeta como alguém que possui a habilidade de extrair a poesia da própria vida, transformando experiências em palavras com poder evocativo e criativo. Ele é visto como um artesão da linguagem, capaz de construir universos de significado através das palavras, que são ao mesmo tempo matéria-prima e ferramenta de sua arte.

 

 

ARTIGO DE OPINIÃO: POR QUE ALGUMAS MÚSICAS NÃO SAEM DA NOSSA CABEÇA? - MUNDO ESTRANHO - COM GABARITO

 Artigo de Opinião: Por que algumas músicas não saem da nossa cabeça?

        Porque elas usam e abusam de letras repetitivas, melodias simples e positivas – ou seja, poucas notas musicais e sons que inspiram uma sensação de otimismo no ouvinte. Com essa junção, a canção gruda no cérebro que nem chiclete. Quem é que não sabe de cor a melodia e a letra de “Macarena”, de Los Del Rio? Ou a sensação do verão, “Festa no Apê”, do Latino?

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnbosL1oAIIyfK5JNCEJENmqsc78H9XwKmrkSY_25PGtGy9VBCNSrHLkadXUYY5vUC_iyduR8gxiJorLd5-hg44c9cmZT8diBGsGcaN0VtLS4rQ6jiqwvRlPY2AI4wLlbiajQSvJfg3u3jN0dIItCUoH0BOOAld96m-8ivQkxciJ_8vWn05Gev7fWM__A/s320/CANTA.jpg


        Há muito tempo, a publicidade descobriu que a simplicidade e a repetição são o caminho para fazer o público decorar sua mensagem. “Um dos elementos do jingle é justamente a reexecução de melodia e letra dentro da mesma música”, diz o compositor Calique Ludwig, especialista em mensagens publicitárias musicadas. Mesmo assim, os especialistas garantem que não existe uma receita infalível para uma música grudenta – às vezes a tentativa dá certo, às vezes não. Tem algum jeito de se livrar dessas pragas sonoras? Não existe “antídoto” 100% confiável, mas há quem diga que a melhor maneira é repetir até o fim a famigerada canção. Pode funcionar. Então, comece: “Hoje é festa, lá no meu apê…”.

Mundo Estranho, n° 39.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 24.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, quais são os principais elementos que fazem com que uma música "grude" na nossa cabeça?

      Segundo o texto, as músicas que grudam na cabeça geralmente utilizam e abusam de letras repetitivas, melodias simples e positivas, com poucas notas musicais e sons que inspiram otimismo no ouvinte.

02 – Quais exemplos de músicas "chiclete" são citados no texto?

      O texto cita como exemplos de músicas que grudam na cabeça "Macarena", de Los Del Rio, e "Festa no Apê", do Latino.

03 – Qual a relação que o texto estabelece entre músicas "chiclete" e a publicidade?

      O texto aponta que a publicidade descobriu há muito tempo que a simplicidade e a repetição são eficazes para fazer o público decorar uma mensagem, sendo esses elementos também presentes em jingles e músicas que grudam na cabeça.

04 – Segundo o compositor Calique Ludwig, qual é um elemento fundamental dos jingles publicitários?

      De acordo com Calique Ludwig, um dos elementos fundamentais do jingle é a reexecução da melodia e da letra dentro da mesma música.

05 – O texto oferece alguma solução garantida para se livrar de uma música que não sai da cabeça? Qual é a sugestão apresentada?

      O texto afirma que não existe um "antídoto" 100% confiável para se livrar de músicas grudentas. No entanto, a sugestão apresentada por algumas pessoas é repetir a música até o fim, na esperança de que isso funcione.

 

 

NOTÍCIA: CASAS DO MAR - REVISTA RECREIO - COM GABARITO

 NOTÍCIA: CASAS DO MAR

        Você vai passear na praia? Então aproveite para observar as conchinhas. Elas estão em diferentes regiões do litoral e, mesmo onde não se vê nenhuma, pode haver centenas enterradas na areia.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVDsbd1_H79KzTDGH0m2PN5_Ay-vQV3jwM7UV5Bq3PDDc9vWNUj2MAphOESliD7tzgdcUiTAL6VrF_DTfOD7WufnYY5qQTTt1sB28h9ExmvYuV68RsjuaVemIrgZt5-zY7vJwCDleX-1x1XuZp0SJVy0GzEiHTNASkhBStNTn-nC86-ZhP6Rt2mLRFCtY/s320/CONCHA.jpg

        A concha é uma proteção para animais que têm um corpo bem simples. O maior grupo de animais com conchas é o dos moluscos, que inclui os caracóis, os caramujos e as ostras

        Há vários tipos de conchas, mas, quando encontrar uma delas na praia, só olhe. Além da vida do animal que pode estar lá dentro, você estará preservando o meio ambiente. É que mesmo as conchas vazias são importantes para o equilíbrio da natureza, já que com o tempo se quebram e se misturam à areia, formando o solo das regiões litorâneas.

Revista Recreio. Editora Abril. nº 96.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 201.

Entendendo o texto:

01 – O que o texto sugere que se observe ao passear na praia e onde elas podem ser encontradas?

      O texto sugere que se observem as conchinhas ao passear na praia, e informa que elas estão em diferentes regiões do litoral, podendo haver centenas enterradas na areia mesmo onde não se vê nenhuma.

02 – Qual a função principal da concha para os animais marinhos mencionados no texto?

      A função principal da concha é servir como proteção para animais que possuem um corpo simples.

03 – Qual é o maior grupo de animais que possuem conchas, de acordo com o texto?

      De acordo com o texto, o maior grupo de animais com conchas é o dos moluscos, que inclui os caracóis, os caramujos e as ostras.

04 – Qual a recomendação dada no texto ao encontrar uma concha na praia, e qual a justificativa apresentada?

      A recomendação dada é apenas olhar a concha encontrada na praia. A justificativa é que pode haver vida animal dentro dela e que, mesmo vazias, as conchas são importantes para o equilíbrio da natureza.

05 – Por que as conchas vazias são importantes para o meio ambiente das regiões litorâneas?

      As conchas vazias são importantes porque, com o tempo, se quebram e se misturam à areia, formando o solo das regiões litorâneas.

 

 

REPORTAGEM: A CENTOPEIA TEM MESMO 100 PATAS? - MUNDO ESTRANHO - COM GABARITO

 Reportagem: A centopeia tem mesmo 100 patas?

      A mais criativa

        A maioria das centopeias realmente tem cem patas, com exceção daquelas que são pisoteadas por humanos impiedosos. A maior desvantagem de uma centopeia e na hora de comprar sapatos. Com o salário mínimo que ganham e com a recessão econômica no mundo invertebrado, as coitadinhas tem de parcelar tudo em 18 vezes, mesmo comprando aqueles sapatos vagabundos de camelo. Mas é melhor ter cem patas do que viver sem patas. (Rochely Candaten Droves, 14 anos, Cachoeirinha, RS).


Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRMUjBrus_qYcv-CFLMbmnHHgn1fgXG3gU8B7O7srK9ZuzI-yadeQKDDGpmrz3pagkYef3uvTT3jzfau0CrGfvR8OPkLbS6tBjaauAPm7TZlVD9aF9klPDV50gEasW5ScUnSJNeIMAvPh7LcGQ7Vxj8eQwhx7LQEzWbK6Z0HqgQ0xJJ06EV2JTAmMc80E/s320/CENTOPEIA.png

        A mais correta

        Não, não tem. Embora o nome centopeia venha do latim “cem pés”, esses artrópodes possuem de cerca de 30 a cerca de 340 pernas. Essas patas vem sempre agrupadas em pares. Alias, o mais correto é chamar os membros da centopeia de “pernas”. Quem estaria feliz com cem patas seria o pato. Com tantas fêmeas a seu lado, ele ficaria feliz da vida e nem se importaria de ter de pagar o pato a toda hora! (Felipe de Jesus Santana, 14 anos, Maceió, AL).

        Quer mais detalhes sobre esse mistério “100sacional”? seguimos as pegadas do bichinho pra lá de intrigantes e entrevistamos o zoólogo Ricardo Pinto da Rocha, da Universidade de São Paulo (USP). “Centopeia é o nome popular de uma classe específica de artrópodes (animais invertebrados com patas articulares), os quilópodes. Cada espécie tem um número específico de pernas, sendo que esse total aumenta conforme o bicho chega à idade adulta. As centopeias mais conhecidas, também chamadas de lacraias, tem 30 pernas. As recordistas são da ordem Geophilomorpha, que podem ter por volta de 340 pernas. Esse tipo de centopeias costuma ser pequeno e muito longo, vivendo enterrado ou debaixo de paus e pedras.

Mundo Estranho, n° 40.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 225.

Entendendo o texto:

01 – Segundo o texto, qual é a explicação "criativa" para a maioria das centopeias terem cem patas?

      A explicação "criativa" apresentada no texto é que a maioria das centopeias realmente tem cem patas, com exceção daquelas que são pisoteadas por humanos impiedosos.

02 – Qual é a principal desvantagem mencionada no texto para uma centopeia que possui muitas patas?

      A principal desvantagem mencionada é a dificuldade na hora de comprar sapatos, devido ao custo e à situação econômica do "mundo invertebrado".

03 – De acordo com a explicação "correta", qual é a variação no número de pernas que as centopeias realmente possuem?

      De acordo com a explicação "correta", as centopeias possuem de cerca de 30 a cerca de 340 pernas.

04 – Qual a origem da palavra "centopeia" e como as pernas desses artrópodes se organizam?

      A palavra "centopeia" vem do latim "cem pés". As pernas das centopeias se organizam sempre em pares.

05 – Quem seria "feliz" com cem patas, segundo a resposta "correta", e por quê?

      Segundo a resposta "correta", quem seria feliz com cem patas seria o pato, devido à possibilidade de ter muitas fêmeas ao seu lado.

06 – Qual o nome científico da classe de artrópodes popularmente conhecida como centopeia, segundo o zoólogo Ricardo Pinto da Rocha?

      Segundo o zoólogo Ricardo Pinto da Rocha, o nome científico da classe de artrópodes popularmente conhecida como centopeia e Quilópodes.

07 – Qual ordem de centopeias possui o maior número de pernas, e quais são algumas de suas características e habitat?

      A ordem de centopeias que possui o maior número de pernas é a Geophilomorpha, que pode ter por volta de 340 pernas. Esse tipo de centopeia costuma ser pequeno e muito longo, vivendo enterrado ou debaixo de paus e pedras.