sábado, 13 de agosto de 2022

INFOGRÁFICO: O FIM DA ODISSEIA TERRESTRE - (FRAGMENTO) - SUPERINTERESSANTE/ABRIL - COM GABARITO

 Infográfico: O fim da Odisseia Terrestre – Fragmento

         Título e linha-fina de um infográfico sobre o futuro do planeta Terra.

 

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REPRODUÇÃO/SUPERINTERESSANTE/ABRIL COMUNICAÇÕES S/A

        Um dia, quando o combustível do Sol terminar, nossa estrela passará por maus bocados. Nas não se preocupe: a vida na Terra terá acabado bem antes.

      Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 307.

Entendendo o infográfico:

01 – O que você entende por odisseia nesse contexto? Sabe qual é a origem dessa palavra?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Odisseia tem o sentido de “jornada”, “aventura”; é o título de uma obra grega clássica, supostamente escrita pelo poeta épico Homero (que teria vivido entre os séculos IX e VIII a.C.), na qual Odisseu (Ulisses) enfrenta desafios no retorno à terra natal após a Guerra de Troia.

02 – Embora o tema do texto seja científico, a abordagem é informal. Mostre como isso se revela na linguagem.

      Emprega-se no texto a expressão maus bocados, com o sentido de “passar dificuldades”.

03 – O texto relaciona o fim da vida na Terra à extinção do combustível do Sol. O que acontecerá primeiro?

      O fim da vida na Terra.

04 – Por que o ato de consolar, expresso por “não se preocupe”, é irônico?

      Porque o consolo é justificado com algo ainda mais preocupante: a informação de que o fim da vida na Terra antecederá a extinção do Sol.

 

 

 

TIRINHA: BENETT SENTIMENTALISMO - FORMAS VERBAIS - COM GABARITO

 Tirinha: Benett Sentimentalismo

 

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       Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 306.

Entendendo a tirinha:

01 – O que o leitor supõe sobre o comportamento do personagem quando lê apenas o primeiro quadrinho?

      Supõe que ele realizou alguma ação reprovável e agora está arrependido.

02 – O que muda quando ele lê toda a sequência?

      O leitor percebe que o personagem não se refere a uma ação específica.

03 – Que diferença existe entre as formas verbais fiz e deveria ter feito? Justifique.

      Fiz indica uma ação pontual (momentânea) ocorrida no passado; deveria ter feito refere-se a uma ação que não ocorreu.

04 – As noções de afirmação e de negação alteram o estado de espírito do sujeito? Justifique.

      Não, ele sempre reafirma a sensação de mal-estar.

05 – O mesmo desenho do personagem é mantido em todos os quadrinhos. Que efeito isso causa?

      O desenho sugere permanência, igualdade, reforçando a ideia de mal-estar constante indicada nas falas.

ROMANCE: MÃOS DE CAVALO / "O CICLISTA URBANO" - (FRAGMENTO) - DANIEL GALERA - COM GABARITO

 Romance: Mãos de cavalo / “O Ciclista Urbano” – Fragmento

                   Daniel Galera

          Capa do livro Mãos de cavalo, de Daniel Galera. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. Nessa obra, um cirurgião lembra fatos marcantes de sua infância e adolescência, em que se cruzam as sensações de heroísmo e covardia, e os associa ao presente, no qual ainda busca sua identidade.

        [...]

        Após esses segundos iniciais de avaliação do percurso, [...], o Ciclista Urbano se joga ladeira abaixo pedalando numa velocidade suicida que deixa perplexo qualquer observador.

        Com um punhado de giros nos pedais, a velocidade cresce tanto que a trepidação das rodas contra as pedras da rua se torna quase insuportável. Mas o Ciclista conhece bem aquele trecho e sabe que precisa aguentar com os pulsos firmes por mais alguns instantes até que, numa manobra angulosa para a esquerda que pareceria loucura a um ciclista comum, ele salta sobre o canteiro central da rua do Canteiro aproveitando um ponto rebaixado do meio-fio, cruza a pista oposta, sobe na calçada em trajetória diagonal por uma rampa de garagem e maneja com destreza o guidom da bicicleta para fazer uma rápida correção da roda para a direita, bem a tempo de evitar o choque frontal com um muro de cimento sem reboco cuja superfície parece bastante aderente a pedaços de pele e carne humana. É o primeiro ponto delicado, de um total de cinco, no percurso que ele completará hoje, supondo, é claro, que não haja surpresas. Atravessa agora as calçadas de cinco casas em sequência, sem grandes desníveis ou mudanças de terreno, de modo que o Ciclista se sente à vontade para relaxar por alguns segundos, reacomodar a palma das mãos nos manetes, afrouxar a tensão dos joelhos e cotovelos e apreciar rapidamente a vista até que o olhar trave na água do Guaíba lá longe, salpicada do branco das velas dos veleiros. À sua direita, agora, os quarteirões são ocupados por casas construídas há não mais de um ano, várias delas com a pintura e as telhas ainda imaculadas, separadas entre si por miniaturas de matas fechadas. À sua esquerda predomina um terreno árido coberto por longas faixas de areia dura, alaranjada e erodida que se estendem em declive até a base do morro e dão lugar a uma zona plana onde ruas rigorosamente retas delimitam quarteirões retangulares subdivididos em lotes à venda. [...]

GALERA, Daniel. Mãos de cavalo. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 11-12. (Fragmento).

      Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 303-4.

Entendendo o romance:

01 – Os demais capítulos do livro apresentam a narrativa em 1ª pessoa. Como o leitor reconhece, nesse capítulo, que o relato dos fatos se faz em 3ª pessoa?

      Pela flexão dos verbos, principalmente.

02 – Releia os três primeiros períodos do texto. Que efeito o narrador obtém com o uso da 3ª pessoa para referência a suas próprias ações, já que ele é o Ciclista Urbano?

      O uso da 3ª pessoa faz dele um personagem, aproximando o relato de suas experiências ao relato de aventuras ou ações dos personagens de ficção.

03 – No primeiro período, qual verbo sugere que o movimento feito com a bicicleta é extremamente rápido? Que outra expressão confirma essa característica?

      A forma verbal joga sugere rapidez, confirmada pela expressão velocidade suicida.

04 – O terceiro período é o mais longo do trecho. Qual foi o critério para a segmentação, isto é, para marcar seu começo e seu fim?

      O terceiro período agrupa todas as ações feitas para superar um determinado trecho do percurso, que é considerado “delicado”.

05 – Releia o seguinte trecho do mesmo período: “[...] ele salta sobre o canteiro central da rua do Canteiro [...], cruza a pista oposta, sobe na calçada em trajetória diagonal por uma rampa de garagem e maneja com destreza o guidom da bicicleta para fazer uma rápida correção da roda para a direita, bem a tempo de evitar o choque frontal [...]”. A escolha do tempo verbal descreve uma ação anterior, simultânea ou posterior ao momento da fala?

      Os verbos no presente do indicativo descrevem uma ação simultânea ao momento da fala.

06 – Que efeito se obtém com essa referência temporal?

      Os verbos no presente dão dinamismo às ações e levam o leitor a compartilhar as emoções do personagem.

07 – Compare agora o trecho lido com outra sequência do texto: “[...] o Ciclista se sente à vontade para relaxar por alguns segundos, reacomodar a palma das mãos nos manetes, afrouxar a tensão dos joelhos e cotovelos e apreciar rapidamente a vista”. Que impressão o conjunto dos verbos cria? Como ela contrasta com os verbos anteriores?

      Esses verbos criam a impressão de ações menos vigorosas, mais descontraídas, o que contrasta com a tensão do bloco anterior.

08 – A sequência de orações iniciadas por verbos no infinitivo, nesse trecho, sugere ações simultâneas ou progressivas? Como ela contribui para criar um ritmo diferente do que havia na narrativa?

      Sugere ações simultâneas e ajuda a criar um ritmo mais distenso, menos acelerado, que contrasta com o anterior.

09 – Releia os dois últimos períodos do texto. Que palavra indica que o Ciclista continua em movimento? Justifique.

      A palavra agora, que sugere uma mudança em relação ao momento e à paisagem anteriores.

10 – Por que o leitor tem a impressão de que o ritmo diminuiu?

      Porque o texto passa a descrever detalhadamente o cenário.

11 – Divida mentalmente o texto em duas partes: uma antes do verbo atravessar e outra depois. Em que se concentra o protagonista em cada uma delas?

      Na primeira parte, ele se concentra na condução da bicicleta; na segunda, um trecho menos acidentado, ele se concentra na paisagem.

12 – De que posição o leitor “vê” o protagonista: está longe ou próximo dele? Justifique sua resposta.

      O leitor está bastante próximo, parecendo acompanhá-lo na bicicleta, visto que experimenta rapidez e tensão, na primeira parte, bem como o relaxamento e a contemplação da paisagem, na segunda parte.

 

REPORTAGEM: ZÉ NINGUÉM, QUE COLORE VÁRIOS MUROS CARIOCAS, GANHA LIVRO COM SUA HISTÓRIA - KARINA MAIA - COM GABARITO

Reportagem: Zé Ninguém, que colore vários muros cariocas, ganha livro com sua história

  Zé Ninguém atormentado pelo Espírito de Porco. Grafite de Tito estampado em muro da cidade do Rio de Janeiro em 2014.

        Zé Ninguém, que colore vários muros cariocas, ganha livro com sua história

        Personagem é criação do grafiteiro norte-americano Tito.

        Rio – É comum ver grafites espalhados por várias partes do Rio. No meio deles, a imagem de um homem laranja, de bigode e chinelo no pé tem se destacado cada vez mais. Estampado pelos muros cariocas, o personagem batizado como Zé Ninguém vem se multiplicando pela cidade há sete anos através dos traços do grafiteiro Alberto Serrano, mais conhecido como Tito. [...]

        [...] Filho de um porto-riquenho, ele trocou o Bronx pelo Rio em 2001 e logo se identificou com o que viu por aqui. “O Zé Ninguém é inspirado no meu pai. Ele também usava chinelo, shortinho e bigode quando morávamos no Bronx. Para mim, era engraçado. Mas, quando vim para o Brasil, encontrei um monte de gente que nem ele”, conta o artista.

        [...]

MAIA, Karina. Publicada em: 5 mar. 2015. Disponível em: http://odia.ig.com.br/diversao/2015-03-05/ze-ninguem-que-colore-varios-muros-cariocas-ganha-livro-com-sua-historia.html. Acesso em: 26 nov. 2015. (Fragmento).

     Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 300-1.

Entendendo a reportagem:

01 – Que sentido costuma ser atribuído ao substantivo comum zé-ninguém?

      Zé-Ninguém é uma pessoa qualquer, sem importância.

02 – Explique por que a atribuição desse nome contrasta com a origem do personagem Zé Ninguém.

      O personagem Zé Ninguém foi inspirado pelo pai do artista Tito, logo não é alguém sem importância.

03 – O que explica que o artista tenha escolhido esse nome para seu personagem?

      Embora tenha sido usado como substantivo próprio para dar nome ao personagem, Zé Ninguém traduz uma ideia de generalização, coerente com a afirmação do artista de que suas características o igualam a muitos outros brasileiros.

04 – As formas verbais usava e morava estão flexionadas no pretérito imperfeito do indicativo. Como se pode identificar esse tempo considerando apenas a estrutura dos dois verbos?

      As duas formas verbais apresentam a desinência -va.

05 – Se o verbo morar fosse substituído por residir, essa marca seria mantida? Por quê?

      Não; residir é um verbo da 3ª conjugação que emprega a desinência -ia; a desinência -va é usada apenas na 1ª conjugação.

06 – Observe agora as formas trocouidentificou e encontrei. O tempo verbal é responsável pela diferença nas terminações? Explique.

      Não. Os três verbos estão flexionados no pretérito perfeito do indicativo e pertencem à mesma conjugação, o que lhes daria a mesma terminação. A diferença é promovida pela pessoa gramatical, já que encontrei está flexionada na 1ª pessoa do singular, enquanto os outros dois estão na 3ª pessoa do singular.

07 – Qual é a diferença entre os parágrafos do texto, considerando a noção de tempo predominante em cada um?

      O 1º parágrafo contém verbos que indicam processos iniciados no passado e que se estendem até o presente; já o 2º trata de processos realizados predominantemente no passado.


QUADRINHOS: QUASE NADA - FABIO MOON E GABRIEL BÁ - COM GABARITO

Quadrinhos: Quase Nada

 

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Fabio Moon e Gabriel Bá. Quase Nada. www.10paezinhos.com.br.

       Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 297.

Entendendo os quadrinhos:

01 – A que pessoa do discurso se referem as formas verbais dos quadrinhos horizontais?

      À 3ª pessoa do singular.

02 – É possível reconhecer, no contexto dos quadrinhos, os sujeitos desses verbos? Justifique.

      Os sujeitos seriam os personagens que aparecem (ou são sugeridos) nas ilustrações.

03 – No contexto dessa HQ, a quem deve ser associada a figura do dinossauro no último quadrinho?

      O dinossauro representaria todas essas pessoas de hábitos antiquados, que mandam cartas pelo correio, carregam talão de cheques, etc.

04 – Como deve ser interpretada a fala desse animal pré-histórico?

      Uma das teorias mais aceitas para a extinção dos dinossauros indica que ela ocorreu devido à queda de um meteoro. Ao afirmar que seu “meteoro” ainda não chegou, o personagem sugere que alguns comportamentos aos moldes antigos ainda sobrevivem.

05 – Que morfema deveria ser acrescentado às formas verbais que aparecem nos quadrinhos horizontais para que exprimissem a 3ª pessoa do plural?

      A desinência -m.

06 – Explique o que mudaria na mensagem da HQ se tal alteração fosse feita.

      A referência no singular particulariza o comportamento, mostrando-o como algo raro; o uso do plural levaria à percepção de que muitas pessoas ainda guardam comportamentos mais antigos, o que contraria a ideia da HQ. 

CHARGE: O HENFIL - IVAN COSENZA DE SOUZA - COM GABARITO

 Charge: O Henfil

 

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Copyright: Ivan Cosenza de Souza (henfil@globo.com)

       Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 292-3.

Entendendo a charge:

01 – A luta pela democracia foi o principal tema da vida política brasileira na década de 1980. De que modo a charge dialoga com ele?

      A charge mostra o desejo coletivo de retomar o poder, isto é, de impedir que ele seja exercido por uma minoria autoritária.

02 – Embora produzida nos anos 1980 em um contexto específico, essa charge tem sido bastante reproduzida em momentos diferentes da vida brasileira. O que justifica isso?

      A charge não faz uma referência determinada ao contexto histórico daquela época; ela abre possibilidades de falar da luta coletiva por mudanças, que pode ser estendida a outras situações.

03 – Observe as expressões faciais e corporais de cada personagem. Como elas refletem as falas?

      A posição do corpo e dos olhos de cada personagem explicita o referente do pronome pessoal contido na fala, como exemplifica aquele que diz “tu podes”, cujo olhar se volta diretamente ao leitor da charge, ou aquele que fala “nós podemos”, cujo corpo e expressão, voltados ao personagem anterior, sugerem aproximação e cumplicidade.

04 – A oração “Queremos o poder!” tem dois sentidos na charge. Explique-os.

      Poder pode se referir tanto ao governo, ao qual a luta democrática visava recuperar, como à própria capacidade ou direito de agir, de decidir.

05 – Que efeito é obtido pelo recurso de iniciar e finalizar a charge com o mesmo balão de fala?

      A repetição reforça a ideia de continuidade, persistência, necessária à luta.

 

TIRINHA: O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRECER? COM GABARITO

 Tirinha: O que você quer ser quando crescer?

 

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       Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 291.

Entendendo a tirinha:

01 – Por que o texto da pergunta, no primeiro quadrinho, não apresenta um traço como nos demais?

      Porque não é uma fala da personagem da tirinha; é de alguém que não está em cena.

02 – Qual é a expectativa de resposta para essa pergunta convencional?

      Em geral, indica-se uma profissão.

03 – Compare as pessoas e as formas verbais usadas no segundo e no terceiro quadrinhos para caracterizar as ações dos adultos. Em que elas diferem? O que explica essa diferença?

      No segundo quadrinho, a personagem emprega principalmente formas verbais relativas à 1ª pessoa do plural (nós) para dizer que o grupo em que ela se inclui (as crianças) perderá a inocência ao se tornar adulto. No terceiro, ela usa formas que remetem à 3ª pessoa do plural (eles) ao referir-se aos adultos, agora excluindo-se do grupo.

04 – A personagem da tira, no segundo quadrinho, emprega a expressão a gente, mas faz a concordância da maioria dos verbos com a 1ª pessoa do plural. Que efeito é obtido com esse uso?

      A fala torna-se mais coloquial e confirma o traço infantil da personagem.

05 – Que significado tem, no contexto da tira, o verbo encolher? Por que seu uso é especialmente expressivo nesse caso?

      Encolher, nesse contexto, significa “diminuir, ficar menor”, dando a entender que o adulto perde algumas de suas capacidades, como sugere a fala do segundo quadrinho. O uso desse verbo é especialmente expressivo porque o opõe diretamente ao verbo crescer, usado na formulação da pergunta inicial.

 

TIRINHA: NÍQUEL NÁUSEA CORAÇÃO - FERNANDO GONSALES - COM GABARITO

 Tirinha: Níquel Náusea Coração

 

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Fernando Gonsales. Níquel Náusea. Folhapress.

     Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 280.

Entendendo a tirinha:

01 – O que o leitor entende quando lê a primeira fala da tirinha?

      O leitor entende que o garoto vai desenhar o coração na árvore.

02 – Por que a revelação da identidade do personagem que emite essa fala é a principal responsável pelo humor da tira?

      A informação de que ele é Pinóquio, um boneco de madeira, recontextualiza a primeira fala e surpreende o leitor.

03 – Que sentimento a garota expressa diante da decisão do namorado?

      Admiração ou surpresa.

04 – O que essa mesma personagem transmite em sua expressão facial no último quadrinho? O que justifica tal sentimento?

      Transmite um sentimento de orgulho, porque a inscrição em Pinóquio equivale a uma tatuagem, algo feito para eternizar o amor dos namorados.

POEMA EM PROSA: O CHÁ, OS FANTASMAS, OS VENTOS ENCANADOS ... - MARIO QUINTANA - COM GABARITO

 Poema em prosa: O chá, os fantasmas, os ventos encanados..          

             Mario Quintana

    Nasci no tempo dos ventos encanados, quando, para evitar compromissos, a “gente bem” dizia estar com enxaqueca, palavra horrível mas desculpa distinta. Ter enxaqueca não era para todos, mas só para essas senhoras que tomavam chá com o dedo mindinho espichado. Quando eu via aquilo, ficava a pensar sozinho comigo (menino, naqueles tempos, não dava opinião) por que é que elas não usavam, para cúmulo da elegância, um laçarote azul no dedo...

        Também se falava misteriosamente em “moléstias de senhoras” nos anúncios farmacêuticos que eu lia. Era decerto uma coisa privativa das senhoras, como as enxaquecas, pois as criadas, essas não tinham tempo para isso. Mas, em compensação, me assustavam deliciosamente com histórias de assombrações. Nunca me apareceu nenhuma.

        Pelo visto, era isso: nunca consegui comunicar-me com este nem com o outro mundo. A não ser através do “Tico-tico” e da poesia de Camões – do qual até hoje me assombra este verso único: “Que o menor mal de tudo seja a morte!”.

        Pois a verdadeira poesia sempre foi um meio de comunicação com este e com o outro mundo.

               QUINTANA, Mario. Sapo amarelo. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1984. p. 13. (Série O Menino Poeta, 5). © by Elena Quintana.

     Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 277-8.

Entendendo o poema em prosa:

01 – Ao usar a expressão gente bem para designar um grupo de pessoas, o eu lírico sugere concordância ou discordância em relação a essa qualificação? Justifique.

      O eu lírico sugere discordância, como revela o uso de aspas, indicativo de que a expressão costuma ser empregada por outras pessoas e ele não a absorveu.

02 – No trecho “Ter enxaqueca não era para todos, mas só para essas senhoras que tomavam chá com o dedo mindinho espichado”, que palavra contrasta com ? Por quê? Como ela se classifica?

      O pronome indefinido todos, usado para indicar totalidade, contrasta com a noção de exclusividade sugerida por só.

03 – Por que o pronome demonstrativo essas, no mesmo trecho, sugere uma impressão pessoal do eu lírico? Qual seria essa visão?

      Essas adquire um sentido crítico, pois o eu lírico afasta-se do grupo de senhoras ao empregar um pronome de segunda pessoa para referir-se a elas.

04 – Que ideia é retomada pelo pronome demonstrativo na oração “Quando eu via aquilo”? De que modo tal pronome se relaciona com a expressão o tempo dos ventos encanados?

      O pronome aquilo retoma a cena das senhoras tomando chá com o dedo mindinho espichado e institui entre elas e o eu lírico uma grande distância temporal, coincidente com a expressão o tempo dos ventos encanados.

05 – Que pronome está relacionado à ideia expressa na oração “menino, naqueles tempos, não dava opinião”? Por quê?

      O pronome comigo, que sugere que os pensamentos do menino não eram compartilhados.

06 – No trecho “por que é que elas não usam, para cúmulo da elegância, um laçarote azul no dedo...”, qual é a função do pronome que em negrito?

      Ele questiona a causa.

07 – Quando menino, o eu lírico não compreendia o sentido da expressão moléstias de senhoras. Por que essa expressão pode ser considerada um eufemismo?

      Provavelmente, referia-se ao termo menstruação, substituindo-o por algo menos explícito, na época considerado mais elegante.

08 – De que forma o uso dessa expressão sugere um passado distante?

      Atualmente, não há constrangimento no emprego de um termo como esse, que apenas designa uma característica física da mulher.

09 – Releia agora este outro trecho: “Era decerto uma coisa privativa das senhoras, como as enxaquecas, pois as criadas, essas não tinham tempo para isso”. O pronome essas poderia ser excluído sem prejudicar a estrutura da oração? Que efeito seu uso produz?

      Sim, pois o pronome apenas coloca seu referente (as criadas) em evidência, não interferindo no sentido da oração.

10 – Em “me assustavam deliciosamente com histórias de assombração”, qual é o sujeito da ação? Que palavra expressa o alvo desse sujeito? Justifique o uso dessa palavra.

      O sujeito é criadas, e o alvo, me, um pronome oblíquo átono usado como complemento para se referir à 1ª pessoa do discurso.

11 – Como você interpretou a afirmação “nunca consegui comunicar-me com este nem com o outro mundo”? Que importância tem o pronome demonstrativo na caracterização de um dos dois mundos citados?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O eu lírico sugere que teve dificuldades não apenas na comunicação com o outro mundo, aquele fantástico de que falavam as criadas, mas também com o mundo dele próprio, sugerindo que não se comunicava bem com as pessoas. O pronome este foi usado para enfatizar esse mundo real do eu lírico.

12 – De que maneira as memórias apresentadas no poema confirmam a dificuldade de comunicação do eu lírico?

      As memórias contadas revelam sua dificuldade em compreender certos atos das senhoras da época, sugerindo dificuldade de inserção no grupo social a que pertencia.

13 – No penúltimo parágrafo, a expressão a não ser introduz uma ressalva. Explique-a.

      A ressalva indica que, apesar da dificuldade de comunicação do eu lírico, a poesia funcionava como um elo entre ele e o mundo, fosse este o real ou o fictício.

POEMA EM PROSA: OCASO NO MAR - CRUZ E SOUSA - COM GABARITO

 Poema em prosa: Ocaso no mar

            Cruz e Sousa

     Num fulgor d’ouro velho o sol tranquilamente desce para o ocaso, no limite extremo do mar, d’águas calmas, serenas, dum espesso verde pesado, glauco, num tom de bronze.

        No céu, de um desmaiado azul, ainda claro, há uma doce suavidade astral e religiosa.

        Às derradeiras cintilações doiradas do nobre Astro do dia, os navios, com o maravilhoso aspecto das mastreações, na quietação das ondas, parecem estar em êxtase na tarde.

        Num esmalte de gravura, os mastros, com as vergas altas lembrando, na distância, esguios caracteres de música, pautam o fundo do horizonte límpido.

        Os navios, assim armados, com a mastreação, as vergas dispostas por essa forma, estão como a fazer-se de vela, prontos a arrancar do porto.

        Um ritmo indefinível, como a errante etereal expressão das forças originais e virgens, inefavelmente desce, na tarde que finda, por entre a nitidez já indecisa dos mastros...

        Em pouco as sombras densas envolvem gradativamente o horizonte em torno, a vastidão das vagas.

        Começa, então, no alto e profundo firmamento silencioso, o brilho frio e fino, aristocrático das estrelas.

        Surgindo através de tufos escuros de folhagem, além, nos cimos montanhosos, uma lua amarela, de face chara de chim, verte um óleo luminoso e dormente em toda a amplidão da paisagem.

             Disponível em: http://dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000076.pdf. Acesso em: 27 abr. 2016.

       Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 127.

Entendendo o poema em prosa:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Fulgor: brilho.

·        Ocaso: pôr do sol.

·        Glauco: verde-azulado.

·        Mastreações: conjuntos de mastros.

·        Vergas: vigas.

·        Etereal: sublime, divina.

·        Inefavelmente: de forma indescritível.

·        Chim: chinês.

02 – Os poemas simbolistas caracterizam-se pelo uso de palavras incomuns, de um vocabulário não coloquial, sofisticado. Relacione essa afirmação ao poema “Ocaso no mar” e justifique sua resposta com exemplos.

      No poema “Ocaso no mar”, Cruz e Sousa utiliza vocabulário incomum, não coloquial, sofisticado, tal como referido na afirmação. Exemplos: “Fulgor”, “Ocaso”, “Glauco”, “eteral”, “inefavelmente”, etc.

03 – Que fenômeno natural está sendo descrito no poema de Cruz e Sousa?

      O poema descreve o pôr do sol no mar e o início da noite, com o surgimento da lua e das estrelas.

04 – Os simbolistas valorizavam a ideia de sugestão. Encontre em “Ocaso no mar” exemplos que confirmam essa afirmação.

      No poema “Ocaso no mar”, em lugar de simplesmente descrever o pôr do sol no mar e o início da noite, o poeta sugere esses fenômenos. O sol não é apenas amarelo: há nele um “fulgor d’ouro velho”, o mar é “dum espesso verde pesado”, “num tom de bronze”. No céu, há uma doce suavidade astral e religiosos”, etc.

05 – Que recursos utilizados por Cruz e Sousa intensificam a sonoridade do poema?

      Em algumas passagens, Cruz e Sousa faz uso de aliterações e assonâncias.

TIRINHA: MULHER DE 30 - COMPRINHAS PARA EMAGRECER - CIBELE SANTOS - COM GABARITO

 Tirinha: Mulher de 30 – Comprinhas para emagrecer

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Cibele Santos. Mulher de 30 comprinhas para emagrecer. www.mulher30.com.br.

     Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 271.

Entendendo a tirinha:

01 – Qual é a característica da lista de compra da personagem nos dois primeiros quadrinhos?

      Os produtos visam à dieta que ela pretende fazer.

02 – O que produz o humor no último quadrinho?

      A preocupação em comprar chocolates, produto que contrasta com a lista de produtos diet preparada pela personagem.

03 – Que palavra da tira sugere que o consumo de chocolate é um hábito? Justifique.

      A palavra meus. Ao usar esse pronome possessivo, a personagem se apropria dos chocolates e sugere que eles já fazem parte de sua dieta habitual.

04 – Qual é a função mais comum do pronome possessivo?

      Estabelecer uma relação de posse.

05 – Pode-se dizer que nossa exerce a função de pronome possessivo nesse contexto? Por quê?

      Não; nossa, nesse caso, é uma palavra (interjeição) que exprime surpresa.

TIRINHA: ZOÉ E ZEZÉ - PRONOME - COM GABARITO

Tirinha: Zoé e Zezé

 

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       Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 266.

Entendendo a tirinha:

01 – O humor da tira é construído principalmente sobre o comportamento de um dos personagens. Explique essa ideia.

      O humor está construído sobre o comportamento do garotinho, que se considera inteligente por dominar a língua do “balbucio”.

02 – Um pronome foi empregado de maneira informal. Transcreva no caderno o período em que isso ocorre.

      “Você consegue entender ela?”

03 – O uso desse pronome na tirinha pode ser considerado inadequado? Por quê?

      Não há inadequação, porque se trata de uma conversa informal, familiar.

04 – Reescreva o período de modo a adequá-lo a um contexto formal.

      Você consegue entendê-la? 

TIRINHA: GARFIELD CANÁRIO - JIM DAVIS GARFIELD - COM GABARITO

 Tirinha: Garfield canário

 

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GARFIELD, JIM DAVIS © 1981 Paws, inc. all rights Reserved/dist. Universal Uclick

     Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 260-1.

Entendendo a tirinha:

01 – De que tipo de show ou programa Garfield parece participar?

      Ele parece participar de um show de talentos ou de um espetáculo de humor.

02 – Que função tem a lua ao fundo na composição da cena?

      A lua faz as vezes de refletor, objeto comum no teatro.

03 – Que reação ele espera obter com a história que conta?

      O riso dos espectadores.

04 – Veja o último quadrinho: o que o gato está fazendo?

      O gato faz uma espécie de dança para marcar o final de seu número.

05 – Na fala de Garfield existem dois pares de interlocutores. Quais são eles?

      Garfield e o canário; Garfield e o público.