Reportagem: Zé Ninguém, que colore
vários muros cariocas, ganha livro com sua história
Zé Ninguém, que colore vários muros cariocas,
ganha livro com sua história
Personagem é criação do grafiteiro
norte-americano Tito.
Rio – É comum ver grafites espalhados
por várias partes do Rio. No meio deles, a imagem de um homem laranja, de
bigode e chinelo no pé tem se destacado cada vez mais. Estampado pelos muros
cariocas, o personagem batizado como Zé Ninguém vem se multiplicando pela
cidade há sete anos através dos traços do grafiteiro Alberto Serrano, mais
conhecido como Tito. [...]
[...] Filho de um porto-riquenho, ele
trocou o Bronx pelo Rio em 2001 e logo se identificou com o que viu por aqui.
“O Zé Ninguém é inspirado no meu pai. Ele também usava chinelo, shortinho e
bigode quando morávamos no Bronx. Para mim, era engraçado. Mas, quando vim
para o Brasil, encontrei um monte de gente que nem ele”, conta o artista.
[...]
MAIA, Karina.
Publicada em: 5 mar. 2015. Disponível em: http://odia.ig.com.br/diversao/2015-03-05/ze-ninguem-que-colore-varios-muros-cariocas-ganha-livro-com-sua-historia.html. Acesso
em: 26 nov. 2015. (Fragmento).
Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na
língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição
– São Paulo, 2016 – Moderna – p. 300-1.
Entendendo a reportagem:
01 – Que sentido costuma ser
atribuído ao substantivo comum zé-ninguém?
Zé-Ninguém é
uma pessoa qualquer, sem importância.
02 – Explique por que a
atribuição desse nome contrasta com a origem do personagem Zé Ninguém.
O personagem Zé
Ninguém foi inspirado pelo pai do artista Tito, logo não é alguém sem
importância.
03 – O que explica que o
artista tenha escolhido esse nome para seu personagem?
Embora tenha sido
usado como substantivo próprio para dar nome ao personagem, Zé
Ninguém traduz uma ideia de generalização, coerente com a afirmação do
artista de que suas características o igualam a muitos outros brasileiros.
04 – As formas verbais usava e morava estão flexionadas no pretérito imperfeito do
indicativo. Como se pode identificar esse tempo considerando apenas a estrutura
dos dois verbos?
As duas formas
verbais apresentam a desinência -va.
05 – Se o verbo morar fosse substituído por residir, essa marca seria mantida? Por
quê?
Não; residir é um verbo da 3ª
conjugação que emprega a desinência -ia;
a desinência -va é usada apenas
na 1ª conjugação.
06 – Observe agora as
formas trocou, identificou e encontrei. O tempo verbal é responsável
pela diferença nas terminações? Explique.
Não. Os três
verbos estão flexionados no pretérito perfeito do indicativo e pertencem à
mesma conjugação, o que lhes daria a mesma terminação. A diferença é promovida
pela pessoa gramatical, já que encontrei está flexionada na 1ª pessoa
do singular, enquanto os outros dois estão na 3ª pessoa do singular.
07 – Qual é a diferença
entre os parágrafos do texto, considerando a noção de tempo predominante em
cada um?
O 1º parágrafo
contém verbos que indicam processos iniciados no passado e que se estendem até
o presente; já o 2º trata de processos realizados predominantemente no passado.
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