sexta-feira, 8 de julho de 2022

FOTOGRAFIA: "7 DIAS DE LIXO" - GREGG SEGAL - COM GABARITO

 Fotografia: “7 Dias de Lixo”

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX56hng_G71R9WFPbiJWgCM-WVNVjxLjrYERJxNi1DZs_OdN6ey92W8sBWhxVddjOJkFQPXg7dsX8ufXvC8WAU3IvRwx9b14Z932RYlCVDoFNrTIPtY9__9vo8eWsKnjTzBtWeDPOyiWtgwVTqr0PPu-bslrppKbMwR1nzEPpbO6G3UzUnEPFcxY02/w299-h326/lixo%20casal.jpg 

Fotografia que integra o projeto “7 Dias de Lixo”, do artista Gregg Segal, retratando casal em cenário composto do lixo gerado pelos dois ao longo de uma semana.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 146-7.

Entendendo a fotografia:

01 – Que sensações a imagem causou em você? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Observe os gestos das pessoas: que vínculos parece haver entre elas?

      São gestos que expressam afeto e intimidade, tratando-se provavelmente de um casal.

03 – Observe a forma como o lixo foi disposto, a posição que as pessoas ocupam e o enquadramento da cena feito pala câmera.

·        O que a cena lembra?

O conjunto lembra uma cena de descanso, como se as pessoas estivessem deitadas sobre uma cama.

04 – A câmera enfoca a cena de cima (em um ângulo chamado de “picado” ou plongée). Que efeitos isso traz para quem observa a imagem?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Desse ângulo cria a sensação de aproximação, como se estivéssemos observando diretamente o casal e por ele sendo observado.

05 – O que provavelmente o artista quis sugerir com seu trabalho: a produção de lixo é uma questão privada (diz respeito a cada um) ou de interesse público (diz respeito a todos)?

      É de interesse público, a fotografia nos provoca a refletir sobre a dimensão de um problema que é de todos.

06 – Você acha que produz mais ou menos lixo que essas pessoas?

      Resposta pessoal do aluno.

FÁBULA: HIERARQUIA - MILLÔR FERNANDES - COM GABARITO

 Fábula: Hierarquia

               Millôr Fernandes

        Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas.

        Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o ratinho mais menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente pra escapar, o leão gritava: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojento. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!" E soltou-o.

        O rato correu o mais que pode, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: "Será que V. Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!"

        MORAL: Ninguém é tão sempre inferior.

        SUBMORAL: Nem tão nunca superior, por falar nisso

              Millôr Fernandes. Disponível em: http://www2.uol.com.br/millor/fabulas/070.htm. Acesso em: 27 jan. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p.144-5.

Entendendo a fábula:

01 – O conflito entre uma personagem que representa o poder e uma personagem que representa o mais fraco também aparece nessa nova versão da fábula? Explique.

      Sim, também nessa versão o leão aprisiona o rato e o ameaça.

02 – Que significado você daria à expressão “não muito rei dos animais”? Por que o leão estaria se sentindo assim?

      Reposta pessoal do aluno. Sugestão: Significaria baixa autoestima, sentindo-se menos poderoso. O leão estaria sentindo assim, por ter brigando com a mulher.

03 – A expressão “o ratinho mais menor” não é recomendada pelas normas e convenções da variedade padrão. No texto ela é empregada com intenções literárias para provocar efeitos de sentido. Que imagem do ratinho se quer sugerir com o uso dela?

      A de que realmente ele é muito pequeno.

04 – Que expressões o leão usou para caracterizar o rato? Consulte no dicionário o sentido das que lhe forem desconhecidas. Por que provavelmente o leão falou tanta coisa para o ratinho?

      “Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe” e, ainda, “desgraçado, inferior, mesquinho, rato!”. Porque ele estava com a autoestima baixa e descontou isso no rato, ao também lhe dizer “poucas e boas”.

05 – Que pronome de tratamento o rato usa para se dirigir ao leão? O que isso permite inferir?

      Vossa Excelência. Permite inferir que o rato respeitava o poder e o prestígio do leão.

·        Ele parece ter ficado ofendido ou impressionado com as palavras do leão? Explique.

Ele parece ter ficado impressionado com as palavras ruins, a ponto de pedir que o leão as escrevesse.

 

FÁBULA: O LEÃO E O RATINHO - GUILHERME FIGUEIREDO - COM GABARITO

 Fábula: O leão e o ratinho

             Guilherme Figueiredo

   Um leão estava dormindo e acordou com as cócegas que um ratinho lhe fazia ao correr no seu focinho. Com terrível rugido, o leão agarrou o importuno e ia devorá-lo, quando o ratinho disse:

        – Por favor, poupe minha vida! Eu saberei retribuir a sua generosidade!

        O rei dos animais achou graça da pretensão do ratinho. Como é que um simples camundongo poderia ajudar uma fera tão poderosa? Achou tanta graça que soltou o infeliz.

        Tempos depois, o leão caiu numa rede armada pelos caçadores e ali se debatia quando chegou o ratinho, que tinha ouvido os seus rugidos.

        – Espere um pouco! – disse o ratinho.

        E, roendo as malhas da rede, libertou o leão.

        Moral: Os fracos também podem ajudar os fortes.

FIGUEIREDO, Guilherme. Fábulas de Esopo. São Paulo: Ediouro, 2005. p. 28.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 143-4.

Entendendo a fábula:

01 – Releia: “O rei dos animais achou graça da pretensão do ratinho”. O que essa atitude do leão permite inferir? O que ele achava do rato?

      O leão despreza a capacidade de o rato ajuda-lo um dia. Devia, portanto, considera-lo incapaz, frágil.

02 – O ponto de vista do leão foi confirmado? Explique.

      Não, pois o rato foi capaz de salvá-lo da armadilha.

03 – Que outra moral você tiraria dessa fábula?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: “Não subestime a capacidade dos mais fracos”; “O poder e a força são relativos em algumas situações”.

04 – Qual sua opinião: todo poderoso despreza o mais fraco? Argumente com exemplos.

      Resposta pessoal do aluno.

TIRA: CARTA AO PAPAI NOEL - COM GABARITO

 Tira: Carta ao Papai Noel

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8AOXaGBbTqHitgJH3yQhol-6C4xWbQHSRSbd0psp5UwKPC_bwjRFRea8qhb4rFoeBgBp6i89wi_dMW4H9krNCUA6XD9vZ68cfvFkf_OMEilK3Rb86leWv5v8DnoP9ClX6KjWhlYL8cSamMRdLGdetcH3nnqsKl9wSaDVqQBK-7Sz3656N3j5alk-Z/w394-h198/papai%20noel.jpg

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 134-5.

Entendendo a tira:

01 – Em várias culturas – como a finlandesa, a americana, a italiana e a brasileira – é tradição que as crianças escrevam, no Natal, ao “Papai Noel”. Você já fez isso? O que acha dessa tradição?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Ainda que o interlocutor seja imaginário, as crianças costumam leva-lo bem a sério. Essas cartas são de solicitação ou de reclamação? Explique.

      Cartas de solicitação: as crianças escrevem pedindo presentes e buscam argumentar por que os merecem.

03 – Que presentes a personagem Calvin gostaria de ter ganhado?

      Um míssil termonuclear “inteligente” de longo alcance e um lançador.

04 – Ele foi atendido em seu pedido? Por que você acha que isso aconteceu?

      Não. No lugar do que pediu, recebeu meias e uma camisa. Sugestão: Porque o pedido da personagem trata de armas bélicas e certamente por essa razão o “Papai Noel” não quis atendê-lo.

05 – E a personagem, o que acha que aconteceu?

      Ela acha que Papai Noel confundiu o pedido dele com o de outra pessoa.

06 – Com que finalidade a personagem Calvin escreve sua carta? Ela é uma carta de solicitação ou de reclamação?

      Para reclamar de não ter recebido os presentes que pediu; trata-se, pois, de uma carta de reclamação.

07 – Pense no que as crianças, de modo geral, acham do Papai Noel. Com base nisso, “pegaria bem” interagir mais “duramente” com ele, dando-lhe broncas? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Não, porque ele é o bom velhinho, o que dá presentes a todos, etc. por essa razão, não seria de bom-tom dar “bronca” nele.

08 – Calvin dá bronca no Papai Noel? Justifique com passagem do texto.

      Sim, na passagem “Vamos entrar na linha, hein?”     

09 – O que a fala final de Calvin permite inferir: ele modalizou ou não o que queria dizer ao Papai Noel? Explique.

      Sim, pois dizer para o Papai Noel entrar na linha tem um tom afetivo, quase lúdico. Ao passo que dizer que só porque ele dá coisas de graça não pode ter uma organização incompetente conota grosseria, desrespeito.

10 – O que você achou dessa ideia de explorar o humor a partir de uma “carta de reclamação” para o Papai Noel?

      Resposta pessoal do aluno.

NOTÍCIA: VC REPÓRTER: MORADORES DENUNCIAM VAZAMENTOS DE ÁGUA NO RJ - PORTAL TERRA - COM GABARITO

 Notícia: VC repórter: moradores denunciam vazamentos de água no RJ

              Leitor afirmou que uma grande quantidade de água potável estava jorrando de dois vazamentos na zona norte do Rio de Janeiro

17 dez. 2014 – 11h59 – Portal Terra

         De acordo com o leitor José Carlos Pereira de Carvalho, desde o início da semana passada, uma grande quantidade de água potável jorrava de dois vazamentos localizados na rua Joaquim Méier, próximo à esquina com a rua Carolina Santos.

        O morador afirmou que a distância entre os dois vazamentos era de apenas 10 metros e que, apesar das queixas da população e das campanhas da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) para incentivar a economia de água, a concessionária não tomou providências para evitar o desperdício. José Carlos relatou ainda que o fluxo de água aumentou na última sexta-feira.

        Procurada pelo Terra na última quinta-feira, a Cedae se manifestou nesta terça-feira, informando apenas que o vazamento havia sido “executado”. A companhia, no entanto, não esclareceu se os dois focos foram fechados, qual era a causa dos vazamentos e quais procedimentos foram necessários para reverter a situação.

        Na manhã desta quarta-feira, José Carlos confirmou que os dois vazamentos foram consertados no início da tarde de ontem. Segundo o leitor, moradores afirmaram que a corrosão do duto provocou o problema e que parte da tubulação foi substituída.

       O leitor José Carlos Pereira de Carvalho, do Rio de Janeiro (RJ), participou do VC repórter, canal de jornalismo participativo do Terra.

Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/vc-reporter-moradores-denunciam-vazamentos-de-agua-no-rj,a48a4269a785a410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html. Acesso em: 27 dez. 2014.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 119-120.

Entendendo a notícia:

01 – Onde a notícia foi publicada?

      O texto é uma notícia e foi publicado no portal Terra.

02 – De que ela trata?

      Relata o vazamento de água tratada em Lins de Vasconcelos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

03 – Como o leitor José Carlos Pereira de Carvalho colaborou com o texto?

      Ele encaminhou para o jornal Terra uma reclamação sobre o vazamento de água tratada.

a)   O que podemos inferir sobre a expressão “VC repórter”? A que provavelmente ela se refere?

Trata de uma seção que o jornal abre para que o leitor, como se fosse repórter, colabore com o portal de notícias, mandando temas, imagens, informações.

b)   Que canais os leitores podem usar para participar do VC repórter?

O leitor pode mandar fotos, textos ou vídeos, pelo aplicativo WhatsApp, para o número +55 11 97493-4521 ou por mensagem eletrônica, em link disponibilizado no próprio portal e sinalizado pela palavra aqui.

04 – Você sabe o que significa a sigla Cedae? Por que ela foi citada pelo leitor?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ela foi citada por ser o órgão público responsável pela solução de problemas como o relatado.

05 – A cidade que você mora também é de responsabilidade do Cedae ou de outra companhia?

      Resposta pessoal do aluno.

CARTUM: O TEMPO - DUKE - COM GABARITO

 Cartum: O tempo

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxQW_Pj0oQQ3C0sSivt2WZoyfxeHYT_Oz4E2euX-sabgfAA4y5grocetCgOmVkr1j_1dd90wUUBgnVEccUisy9p-15XSndDYF5FFbOxRVgUaaoS8eL58Zvxr6TrvP1-ajHmTl3FSwysuFLVb3MyL538wDbfjcZwTvBrZlOTJ-KJbNqmJ-gxZ851-s2/w373-h208/lixo.jpg

Cartum de Duke. Disponível em: http://www.otempo.com.br/charges/charge-o-tempo-19-09-1.918474. Acesso em: 12 jan. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 118.

Entendendo o cartum:

01 – Que situação está sendo representada no cartum?

      Uma mulher distraída, falando ao celular, lava a calçada, jogando a água no latão de lixo.

02 – A personagem está fazendo algo esperado ou algo inusitado?

      Ela está fazendo algo inusitado, pois não é usual encher um latão de lixo com água tratada.

03 – Explique por que o desenho do latão de lixo pode ser interpretado como uma crítica à situação representada.

      O desenho de uma lata de lixo funciona como uma metáfora visual, sugerindo-se que lavar calçada com água tratada é o mesmo que jogá-la no “lixo”.

04 – Que situações reais, provavelmente, o autor quis criticar por meio da que criou?

      Criticar a situação de desperdício de água tratada.

05 – Que problemas situações assim podem causar?

      A água é um recurso ambiental que se esgota e o mau uso dela resultará em falta. Como a água é essencial para a manutenção da vida, isso poderia interferir na própria existência.

06 – Você acha que o cartum foi uma forma interessante de chamar a atenção para esses tipos de situações? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Essas situações acontecem onde você mora? Retome a lista de problemas ambientais que você fez e, se necessário, faça acréscimos.

      Resposta pessoal do aluno.

REPORTAGEM: A ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E A COMPOSIÇÃO COM OUTRAS LINGUAGENS - JULIANA RAVELLI - COM GABARITO

 Reportagem: A organização do texto e a composição com outras linguagens


Juliana Ravelli – Do Diário do Grande ABC – 01/11/2009 | 07:13

        Som de gente velha e que dá sono. Em geral, esses são os adjetivos que a galera adolescente fornece à música clássica. Caso pertença ao time, se liga em um detalhe importante: quase tudo o que você conhece tem um pezinho nas composições eruditas. Prova disso é que estão superpresentes em outros estilos.

        O cantor de rock André Matos (ex-vocalista do Viper, Angra e Shaaman) que o diga; seu trabalho é completamente influenciado pelo clássico. Quem curte seu som pode não saber, mas ele tem formação erudita. Concluiu faculdade de música, especializando-se em composição e regência orquestral. No meio do curso, teve de escolher a qual estilo se dedicaria. "Achei que no rock teria mais liberdade para misturar as duas coisas", diz.

        Os roqueiros estão no topo da lista dos artistas que utilizam referências clássicas para compor suas obras (confira abaixo). É unanime a opinião entre eles de que o erudito é a base de tudo. Matheus dos Reis Jóia, 16 anos, de São Caetano, descobriu isso nas aulas de musicalização da Fundação das Artes de São Caetano. Antes, só ouvia rock. "Adoro quando entra o som de coral ou violino. Deixa ainda mais legal", garante.

        Subtítulo 1                             

        Thiago Brisolla, 18, de Santo André, é ligado em MPB e música erudita. Aos 10, começou a tocar o bandolim que herdou do avô. Dois anos depois, disse ao pai que queria aprender violino. Hoje, improvisa um som no intervalo das aulas com amigos do Ensino Médio. Ele fica no instrumento erudito e os outros, na guitarra e violão. "Tocamos Metallica, Judas Priest, Black Sabbath, Iron Maiden. Quem chega pede uma música, e a gente tenta fazer", conta.

        Tem quem diga que não gosta sem conhecê-la. Não é bicho de sete cabeças. Escutar esse tipo de música pode ajudá-lo a perceber os detalhes e sons dos instrumentos de outros estilos. A introdução de Because (1969), dos Beatles, por exemplo, foi composta a partir dos acordes de Sonata ao Luar, de Beethoven, tocados de trás para frente. Na MPB, os compassos iniciais de Samba em Prelúdio, de Baden Powell e Vinicius de Morais, são os mesmos da Bachiana nº 4 de Villa-Lobos.

        "Música (clássica) remete à concentração. Abre a janela para conhecer uma cultura diferente", explica o maestro da Orquestra Sinfônica da Fundação das Artes de São Caetano, Geraldo Olivieri. Segundo ele, as igrejas evangélicas estão ajudando a disseminá-la entre os jovens.

        Subtítulo 2

        Da terra do frevo e do maracatu vem uma jovem promessa da música brasileira: Vitor Araújo, 19 anos, pianista que coloca no liquidificador música erudita, MPB e rock para produzir um som que está conquistando espaço entre adolescentes e ouvintes exigentes. O pernambucano, que iniciou os estudos aos 9 anos, toca - com as mãos ou os pés - de Asa Branca (Luiz Gonzaga) a Paranoid Android (Radiohead). "O erudito, um dia, já foi o popular", afirma.

        A referência vem de mestres brasileiros, como Villa-Lobos, Chico Buarque, Tom Jobim, e dos compositores de jazz Miles Davis e John Coltrane. Aliás, de misturas o maestro, compositor, pianista, cantor e violonista Tom Jobim (1927-1994) entendia. Ele é um dos pais da bossa nova, que recebeu influência do erudito e do jazz, mas que tem a cara e o gingado do Brasil. Ouça “Chega de Saudade”, “Samba de uma Nota Só” e “Águas de Março”.

        Na opinião de Vitor, a gente também tem de conhecer Yamandu Costa, Dominguinhos, Naná Vasconcelos, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Edino Krieger, Cláudio Santoro e Camargo Guarnieri. "Assim como nosso corpo não pode se alimentar somente de fast food, nossa alma não pode se alimentar de música sem conteúdo e sem profundidade", explica.

        Subtítulo 3

        Há tempos, cientistas querem descobrir se a música clássica ajuda no desenvolvimento da inteligência. Para se ter uma ideia, estudo feito na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em 1997, mostrou que, entre 25 mil estudantes, aqueles que realizavam atividades ligadas à música tiraram notas mais altas nas provas.

        Subtítulo 4

        Tem gente que desde cedo deseja seguir a carreira musical. É o caso de Marcela Gerizani e Bruna Zenti, ambas de 15 anos, que tocam violoncelo e violino, respectivamente, há dois anos na Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação das Artes de São Caetano.

        As amigas iniciaram o curso de musicalização aos 5 anos. Aos 6, começaram a aprender os primeiros acordes nos instrumentos pelos quais, hoje, são apaixonadas. "Não me imagino dentista ou engenheira. Até que poderia ser bem-sucedida, mas não seria feliz. Com a música, a gente passa a vida cuidando da alma", afirma Marcela.

        Elas sabem que o caminho da profissionalização artística não é fácil, mas garantem que é isso mesmo o que querem. "Na música, a gente sempre está em busca da perfeição", explica Marcela.

        Apesar de amarem o erudito, curtem outros estilos, principalmente jazz e música latina. "Não é porque a gente escuta música clássica, que temos de ser caretas", diz Bruna.

        Subtítulo 5

        Depois de acompanhar pela TV um incêndio na favela de Heliópolis, em São Paulo, o maestro Silvio Baccarelli decidiu colocar em prática um sonho: levar música clássica à comunidade carente. Foi então que criou o Instituto Baccarelli, organização sem fins lucrativos, que oferece ensino gratuito de canto e instrumentos eruditos a 530 crianças e adolescentes do local.

        Aline Ferreira, 15 anos, participa das aulas de coral e viola erudita (nada a ver com a viola caipira, essa é parecida com violino, mas um pouco maior). "Mudou muito a minha maneira de pensar, agir e falar. Amadureci por meio da música."

        A estudante já teve a oportunidade de se apresentar com outros jovens na Sala São Paulo e no Teatro Municipal de São Paulo, locais que recebem as orquestras mais famosas do planeta. "Foi bem emocionante. Sinto liberdade quando estou tocando", afirma Aline, que sonha em se profissionalizar na música.

        Subtítulo 6

        1965 – A banda inglesa The Beatles grava “Yesterday” (do álbum Help!), primeira música em que usam instrumentos eruditos, como violino, viola e violoncelo. EM

        1969 – A banda inglesa Deep Purple lança o álbum Concerto for Group & Orchestra (Concerto para grupo e Orquestra), gravado com a Royal Philharmonic Orchestra. EM

        1969 – O grupo britânico The Who lança o álbum de ópera rock (assim como na produção erudita, conta uma história) intitulado Tommy. Em 1975, virou filme e, em 1993, transformou-se em musical da Broadway.

        1975 – Os roqueiros ingleses da banda Queen lançam o álbum A Night at the Opera (Uma Noite na Ópera), que traz a famosa “Bohemian Rhapsody”, na qual os integrantes cantam como se fossem um coral lírico.

        1988 – A cantora lírica espanhola Montserrat Caballé grava com Freddie Mercury (vocalista do Queen) o álbum Barcelona, considerado um dos mais importantes encontros de um roqueiro com uma cantora erudita.

        1992 – A banda de rock norte-americana Guns N’Roses grava a música “November rain”, com a participação de uma orquestra. O próprio vocalista Axl Rose costumava tocar piano de cauda nos shows.

        1995 – A escola de samba Beija-flor de Nilópolis leva pela primeira vez violino e sopranos para o desfile de Carnaval. O samba-enredo homenageava Bidu Sayão, importante cantora lírica brasileira.

        1999 – A banda de rock norte-americana Metallica grava um de seus melhores álbuns, segundo os fãs, com a Orquestra Sinfônica de São Francisco.

        2000 – Os roqueiros alemães do Scorpions gravam o álbum Moment of Glory com uma das mais importantes orquestras do mundo, a Filarmônica de Berlim.

Disponível em: http://www.dgabc.com.br. Acesso em: 27 fev. 2015. Fragmento adaptado.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 104-6.

Entendendo a reportagem:

01 – Considerando que o título de uma reportagem deve oferecer uma boa dica para o leitor sobre o que será tratado no texto, que título você daria a essa reportagem?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Agora, você deverá fazer o mesmo com os subtítulos que foram retirados. Leia os trechos que correspondem a cada um e crie subtítulos para eles. Lembre-se de que, da mesma forma que a função do título, esses subtítulos devem dar uma dica ou chamar a atenção sobre as informações ou ideias que estão nos trechos.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Caso você tivesse que apresentar um subtítulo ou “olho” pra aparecer logo após o título da reportagem, como ele seria?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestões: “Diálogos de sucesso entre os dois estilos”; “Aproximando estilos”

04 – A seguir você vai ler as frases que foram retiradas do texto original e que serviram de título e subtítulos.

a)   Qual delas seria o título.

O título é a opção V: Entre o pop e o clássico.

b)   Qual o subtítulo adequado para cada trecho.

     I – Do baião ao rock nas teclas do piano.

          II: Dois em um.

     II – Dois em um.

          I: Do baião ao rock nas teclas do piano.

     III – Mistura sempre existiu.

          IV: Nota alta.

     IV – Nota alta.

          VII: Música para a vida toda.

     V – Entre o pop e o clássico.

           VI: Oportunidade para todos.

     VI – Oportunidade para todos.

           III: Mistura sempre existiu.

05 – Comparando o título e os subtítulos originais com os seus, você substituiria algum dos originais? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

TEXTO: MEIO AMBIENTE E GRAFITE - ZEZÃO NO BRÁS - COM GABARITO

 Texto: Meio ambiente e Grafite

 Grafite de Zezão no Brás, região central da cidade de São Paulo, SP. 2013.

        PSIU!

        Psiu! É com você mesmo: Quantas vezes você passa pelas ruas de sua cidade observando o que há nelas? Quantas vezes, aliás, você se lembra de que é parte dela? Para pensar melhor sobre isso, observe novamente a fotografia acima e depois converse com sua turma e professor.

        Boxe “Quem é”

        José Augusto Capela, Zezão, aprendeu a ser artista nas ruas de São Paulo. Ele faz seus flops, mistura de grafite e arte abstrata, quase sempre na cor azul, apenas em lugares deteriorados, escombros de prédios abandonados, becos embaixo de viadutos ou em corredores do sistema de águas pluviais de São Paulo. Ícone da arte urbana contemporânea, participou de exposições individuais no Brasil e de mostras coletivas no exterior.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 116-7.

Entendendo o texto:

01 – Qual é o estado de conservação da construção fotografada? O que você observou para chegar a essa conclusão?

      Construção abandonada. Como sugere o acúmulo de lixo e entulho.

02 – Na sua cidade há espaços como esse?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Que problemas espaços assim podem trazer?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Em espaços assim, os problemas são: proliferação de insetos e pragas urbanas, contaminação do solo, práticas ilícitas, como uso de drogas.

04 – O que esses espaços revelam sobre atitudes e comportamentos de pessoas com o meio ambiente e com outras pessoas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ao colocarem lixo e/ou entulho em um espaço como esse, as pessoas se comportam de forma irresponsável com o meio ambiente e, por consequência, de maneira desrespeitosa com outras pessoas.

05 – O que se destaca na parede? Estabeleça relação com as informações do boxe “Quem é”.

      Trata-se de um flop, mistura de fonte de grafite e de arte abstrata, do artista Zezão.

06 – Você acha que a presença do grafite nessa parede pode provocar reações diferentes daquelas que as pessoas comumente poderiam ter ao passar por esse lugar? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque o grafite está em contraste, por seu colorido e beleza, com a cena de descuido, o que possivelmente faz com que as pessoas deem mais atenção para a cena de degradação.

07 – Em sua opinião, espaços assim são interessantes para manifestações artísticas? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, fazer arte como forma de intervenção justamente em espaços periféricos, degradados, como denúncia desses problemas.

08 – Pense em seu bairro, especialmente na rua em que você mora.

a)   O que você vê nesses espaços que, em sua opinião, pode prejudicar a vida das pessoas?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, reflexão seguinte, com parâmetros de outros problemas ambientais.

b)   Faça uma lista desses problemas no caderno. Dica: deixe uma linha entre um problema e outro, para acréscimos que você fará depois.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A lista é o gênero em que indicamos elementos sem detalhá-los, para facilitar a leitura rápida, e ilustre com situações de uso do gênero.

09 – Que outras formas de chamar a atenção para esses problemas seriam possíveis, além da que vimos, a artística?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Intervir nos problemas ambientais, permitindo que compartilhem o que já sabem.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): A FELICIDADE - VINÍCIUS DE MORAES/ANTÔNIO CARLOS JOBIM - COM GABARITO

 Música(Atividades): A FELICIDADE

                 Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor.

                            MORAES, Vinícius de. Disponível em: http://www.viniciusdemoraes.com.br. Acesso em: 3 fev. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 113-115.

Entendendo a música:

01 – O que você entendeu do texto? Do que a “voz que fala” está tratando?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A voz fala sobre como entender a felicidade.

02 – No texto, a felicidade é comparada a quê?

      É comparada à gota de orvalho (1ª estrofe), à ilusão do carnaval; à pluma (3ª estrofe); e também a “esta noite” que passa em busca da madrugada.

03 – Há presença de rimas, na canção?

      Sim, apresenta a rima como recurso. Não há um esquema regular, em cada estrofe temos esquemas diferentes.

04 – Quanto ao uso de linguagem figurada que produz novos sentidos.

      Sim, usa a linguagem figurada: o texto faz uso de metáforas e comparações.

05 – Depois de ter conversado sobre alguns aspecto do texto, você diria que o texto é poético? Por quê?

      Sim. Porque o texto trabalha com o jogo de palavras, além da presença de rimas e organização em versos. Tratando-se de um texto poético.

06 – Você saberia dizer qual é a diferença entre a letra da canção e um poema? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É difícil dizer, porque muitas vezes foi escrito próprio para a música e outra vez foi feito como poema, podendo ser transformado em música.

 

NOTÍCIA: POLÊMICA COM EXPOSIÇÃO DE MURAKAMI - CLÁUDIA LIMA CARVALHO - COM GABARITO

 Notícia: Polêmica com exposição de Murakami

          Salões do Palácio de Versalhes fechados à arte contemporânea

Cláudia Lima Carvalho – 4 de Outubro de 2010, 13:44

O director do Palácio de Versalhes anunciou que a exposição do artista japonês Takashi Murakami, que gerou polémica em França, será a última do género a ser exposta naquele espaço.

        Murakami e as suas criações têm provocado polémica desde o dia da inauguração da exposição. Para as vozes que se levantaram contra a exposição de Takashi Murakami, a intrusão da arte contemporânea num monumento histórico é uma profanação.

      No dia da inauguração da exposição de Murakami houve mesmo uma manifestação de protesto à porta do palácio e desde então mais de 12 mil pessoas já assinaram duas petições anti-Murakami. Segundo o The Art Newspaper, os contestatários defendem que este tipo de exposições modernas chocam com a obra de arte que é o próprio palácio.

      Jean-Jacques Aillagon, director do Palácio de Versalhes, declarou ao mesmo jornal que a decisão de terminar com as exposições de arte contemporânea naquele espaço não é uma cedência às exigências dos grupos de protesto, mas apenas uma medida de precaução para que o mesmo não volte a acontecer no futuro. Assim, as próximas exposições de arte contemporânea passarão a ser expostas noutras áreas distintas e exteriores ao Palácio.

        Esta não é a primeira vez que uma exposição no Palácio Real causa controvérsia. Em 2008, uma exposição do artista americano Jeff Koons no local provocou também muitas críticas. A exposição “Murakami Versailles” estará no Palácio de Versalhes até 12 de dezembro.

Disponível em: http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/saloes-do-palacio-de-versalhes-fechados-a-arte-contemporanea-1459394. Acesso em: 20 abr. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 97-8.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Profanação: má utilização de algo respeitável.

·        Contestatários: pessoas que se opõem a algo ou alguém.

·        Cedência: ato de ceder, renunciar.

02 – Que acontecimento ou fato virou notícia?

      A decisão, tomada pelo diretor do museu de Versalhes, de não realizar outras exposições com artistas contemporâneos, em razão da polêmica causada pela exposição de Murakami.

03 – O fato já aconteceu, está em processo ou ainda acontecerá? Explique.

      A decisão já foi tomada (já aconteceu), embora se refira a eventos futuros (ao que não mais acontecerá).

04 – Releia a informação que aparece como olho da notícia:

        O director do Palácio de Versalhes anunciou que a exposição do artista japonês Takashi Murakami, que gerou polémica em França, será a última do género a ser exposta naquele espaço.”

I – Que informações da notícia aparecem nesse trecho?

      As informações relativas a o que, quem e onde.

II – Em que parte do texto esse trecho aparece?

      Logo após o título da notícia, antes do corpo.

III – O que há de diferente nele, se comparado ao corpo da notícia?

      É destacado pelo tamanho e o tipo de fonte diferenciados, além do espaço que o separa do restante do corpo.

IV – Por que essa parte recebe o nome de olho?

      Recebe esse nome, pelo fato de o trecho se destacar do restante do texto e nos possibilitar “olhar”, “antever” dados relevantes sobre a notícia.

05 – Observe o título da notícia.

        Polémica com exposição de Murakami

      Salões do Palácio de Versalhes fechados à arte contemporânea”.

I – Que informações sobre o fato aparecem nele?

      Informações que se referem ao quem, o que e onde.

II – O que há de diferente nesse título em relação ao título da primeira notícia?

      Este título é composto de duas frases.

06 – Por que a expressão causou tanta polêmica?

      Porque alguns grupos mais conservadores acharam um absurdo expor obras como as de Murakami (pop, contemporâneas) em ambiente tão requintado. Para eles, exposições como essa são um desrespeito ao museu.

07 – Você é a favor ou contra exposições como essa em lugares como esse museu? Justifique a sua resposta, apoiando-se nas leituras e discussões feitas até o momento.

      Resposta pessoal do aluno.