sexta-feira, 17 de novembro de 2017

POEMA: MINHA DESGRAÇA - ÁLVARES DE AZEVEDO - COM GABARITO

MINHA DESGRAÇA
                                       Álvares de Azevedo

Minha desgraça, não, não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco...


Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem me dera!) é o dinheiro...

Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito assim blasfema,
É ter para escrever todo um poema,
E não ter um vintém para uma vela.

Interpretação do texto:

01. O eu lírico considera-se desgraçado
a) por ser um poeta sem reconhecimento.
b) por não ser correspondido amorosamente.
c) por ser explorado pela mulher amada.
d) por não ter recurso para comprar uma vela.

02. A desventura do poeta é de ordem
a) familiar      b) financeira           c) sentimental        d) física

03. Foi utilizada uma metáfora no verso
a) “Ter duro como pedra o travesseiro...”
b) “Minha desgraça, não, não é ser poeta,”
c) “Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido”
d) “Não é andar de cotovelos rotos”

04. “Nem na terra de amor não ter um eco”, de acordo com o verso, pode-se concluir que o eu lírico
a) ama e não é correspondido.
b) desconhece o amor.
c) está à procura de um amor.
d) viveu muitos amores.

05. Segundo os versos do poema
a) o eu lírico, por ser poeta, é tratado como um boneco.
b) o eu lírico sofre por não ter inspiração para escrever um poema.
c) o eu lírico aceita resignado o fato de não ter um vintém.
d) o eu lírico lamenta sua condição de total penúria.

06. “Cujo sol (quem me dera!) é o dinheiro...” o verso expressa que
a) o dinheiro aquece a vida de todos.
b) o dinheiro governa a vida de todos.
c) o dinheiro ilumina a vida de todos.
d) o dinheiro suja a vida de todos.

07. “Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido”, a reticência foi utilizada para
a) indicar continuação de uma ação ou fato.
b) indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
c) representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.
d) realçar uma palavra ou expressão.

08.O título do poema é “Minha desgraça”. Deduza:

Como se sente o eu lírico em relação à vida e ao mundo?

Desgraçado, impotente, mas bem-humorado.

09.Nas duas primeiras estrofes, o eu lírico tenta definir qual é a sua desgraça pela negação; e, na terceira estrofe, pela afirmação.

a)De acordo com as duas primeiras estrofes, o que não é a desgraça do eu lírico?

Ser poeta, ser pobre e não ser correspondido no amor.

 b)De acordo com a última estrofe, qual é a desgraça do eu lírico?

É ter que escrever um poema e não ter dinheiro para comprar uma vela.

 c)Por que na revelação da desgraça do eu lírico há humor?

Porque ele quebra a expectativa do leitor, que espera que o eu lírico blasfeme sobre a não correspondência no amor e não contra algo comum como não ter vela para escrever.

 10.Há, no poema, três estrofes — grupos de versos separados por uma linha em branco. Cada estrofe apresenta um grupo de versos, as linhas poéticas.

Quantos versos há em cada estrofe?

Quatro.

 11.O poema caracteriza-se por apresentar uma forte sonoridade, construída por meio de repetições, ritmo, rima. Identifique no poema um trecho em que há a repetição de uma palavra.

Minha desgraça, não, não é ser poeta.

 12.Ao ler o poema, você provavelmente fez uma pequena pausa no final de cada linha ou verso. Essa pausa se acentua em razão da rima — semelhança sonora — que há no final dos versos, como, por exemplo, entre as palavras eco e boneco da primeira estrofe.

Que outros pares de palavras rimam entre si no poema?

poeta e planeta; travesseiro e dinheiro; donzela e vela; blasfema e poema

 13.A linguagem empregada no poema é figurada, ou seja, é construída a partir de imagens. Identifique a figura de linguagem presente nestes versos do poema:

 “Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido

Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro...”

 Metáfora

 14.A linguagem do poema é expressiva, figurada e própria da norma-padrão. Além disso, ela é pessoal e subjetiva ou impessoal e objetiva?

A linguagem do poema é pessoal e subjetiva.

15.A que tipo de público o poema se destina?

Aos públicos juvenil e adulto.

 16.O poema lido foi publicado no século XIX, quando o livro era o principal veículo da poesia. Hoje, em que veículos e suportes esse poema pode ser divulgado?

Livros, jornais, revistas, rádio, TV e sites na Internet.




quarta-feira, 15 de novembro de 2017

POEMA: INGRATIDÃO - RAUL LEÔNI - COM GABARITO


INGRATIDÃO
Nunca mais me esqueci! … Eu era criança
E em meu velho quintal, ao sol-nascente.
Plantei, com minha mão ingênua e mansa.
Uma linda amendoeira adolescente.
Era a mais rútila e íntima esperança…
Cresceu… cresceu… e, aos poucos, suavemente.
Pendeu os ramos sobre um muro em frente
E foi frutificar na vizinhança…
Daí por diante, a vida inteira.
Todas as grandes árvores que em minhas
Terras, num sonho esplêndido, semeio,
Como aquela magnífica amendoeira.
E florescem em chácaras vizinhas
E vão dar frutos no pomar alheio…
(Raul de Leôni, Luz Mediterrânea. 5a. Edição, 1948, Editora Martins, São Paulo)
Releia o poema e assinale a alternativa correta, de acordo com o texto:
1. “Amendoeira adolescente” quer dizer:
a. (X) muda de amendoeira
b. ( ) semente de amendoeira
c. ( ) galho de amendoeira
2. Quando plantou a amendoeira, o poeta era:
a. ( ) adulto
b. ( ) adolescente
c. (C) criança
3. O poeta utiliza a expressão “mão ingênua e mansa”, porque:
a. (X) as crianças são ingênuas e mansas
b. ( ) a ingenuidade é característica da adolescência
c. ( ) quem planta uma árvore é ingênuo e manso
4. A “mais rútila e íntima esperança” refere-se:
a. ( ) ao poeta
b. ( ) à criança
c. (X) à amendoeira
5. “Rútila” significa:
a. (X) brilhante
b. ( ) distante
c. ( ) verdadeira
6. “As grandes árvores” que o poeta “semeia” são:
a. (  ) as árvores enormes que ele planta mas que dão frutos para os vizinhos.
b. (X) os grandes sonhos que ele começa a realizar, mas cujos resultados vão beneficiar outras pessoas e não a ele.
c. (  ) os desejos do poeta que não se realizam.
7. Por que o poema se chama “Ingratidão”?
     No poema, é a ingratidão o sentimento que predomina, com relação à amendoeira que o poeta plantou e foi frutificar na vizinhança. No poema predomina a ideia de que tudo o que o poeta construiu beneficiou outros e não ele mesmo. A “amendoeira e as grandes árvores” que o poeta “semeou em suas terras” foram ingratas com ele, pois todas deram frutos para outras pessoas e não para ele.
8. Que outro título se poderia dar ao poema? Justifique sua resposta.
      O poema poderia ter outros títulos como “Frustração” ou “Decepção”, pois são sentimentos que as pessoas geralmente sentem em consequência da ingratidão. Na medida em que o poeta realiza alguma coisa, mas não colhe os seus resultados, ele se frustra e se decepciona.
9. O poeta não se beneficia com:
      “Plantei, com a minha mão ingênua e mansa, uma linda amendoeira adolescente”
      “E foi frutificar na vizinhança”
      “Daí por diante, a vida inteira, todas as grandes árvores que em minhas terras, num sonho esplêndido, semeio”, “florescem em chácaras vizinhas e vão dar frutos no pomar alheio”.
                                                                                        


CRÔNICA: A PIPOCA - RUBEM ALVES - COMGABARITO

Crônica: A Pipoca
                                            Rubem Alves

    A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas.
   Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.
        Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A Festa de Babette que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
        As comidas, para mim, são entidades oníricas.
       Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.
    A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.
        A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.
        Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.
        Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé...
        A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
        Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.
        Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.
        Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!
        E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
        Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
        Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
        Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
        Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
        Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.
        "Morre e transforma-te!" — dizia Goethe.
        Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
        Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.
        Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.
        Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
        Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perdê-la-á". A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo à panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
        Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...
        "Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".
       
        Rubem Alves: tudo sobre sua vida e sua obra em "Biografias".

Interpretação do texto:

01 – O tema do texto é:
a) o processo de transformação do milho em pipoca.
b) as propriedades nutricionais da pipoca.
c) o consumo de milho pelos americanos.
d) o surgimento da pipoca.

02 – O texto apresenta duas explicações para o processo de transformação do milho em pipoca. Identifique-as:
a) Explicação mítica: “De acordo com antigas tradições, o grão de milho armazenava um espírito dentro de si. Com isso, assim que o grão era aquecido no fogo, esse espírito se irritava até estourar.”

b) Explicação científica: A ciência explica que “todo grão de milho armazena dentro de si uma ínfima quantidade de água. Assim, quando aquecida, essa água se transforma em vapor e exerce uma pressão que provoca o estouro do milho.”

03 – A frase “Contudo, os indícios mais próximos sobre a origem desse alimento [...]” foi reescrita corretamente em:
a) Por isso, os indícios mais próximos sobre a origem desse alimento [...]
b) Entretanto, os indícios mais próximos sobre a origem desse alimento [...]
c) Por conseguinte, os indícios mais próximos sobre a origem desse alimento [...]
d) Com efeito, os indícios mais próximos sobre a origem desse alimento [...]

04 – Em “[...] todo grão de milho armazena dentro de si uma ínfima quantidade de água.”, o adjetivo grifado poderia ser substituído por:
a) significativa        b) regular        c) pequena        d) importante.

 05 – Leia o texto silenciosamente para compreender de que se trata.
Observe que algumas palavras estão em negrito, são palavras que para entender melhor o texto você precisa do dicionário. Não vale colocar qualquer sinônimo. Deve ser um que tenha o mesmo sentido da palavra no texto.
Fascina: Seduz. 
Onírica: Sonho.
Mirrado: Pequeno.
Metafórica: Comparação.
Presunção: Vaidade.

06 – O texto é uma metáfora entre o milho de pipoca e o homem. Vá ao dicionário ou internet e procure uma definição para metáfora dentro das figuras de linguagem da língua portuguesa. 
      A definição é o emprego de palavras em sentido figurado, por efeito de comparação.

07 – De acordo com o texto coloque V ou F nas afirmativas abaixo:
(F) O autor do texto é um chef de cozinha apreciador das palavras.
(V) Por ter mais escrito que cozinhado deu o nome de “culinária literária”.
(V) A pipoca é um símbolo para os cristãos religiosos e também para o candomblé.
(V) Foi uma paciente que mencionou a pipoca e fez algo inesperado surgir na cabeça do autor.

08 – Na simbologia, o que significa a pipoca:
      - Para os cristãos religiosos: É representado pela morte e ressurreição de Cristo. O estouro do milho de pipoca. Ressurreição.
      - Para o candomblé: É a comida sagrada.

09 – Como a pipoca se revelou para o autor?
      Como uma mudança na vida de pessoa, pela sua transformação.

10 – Segundo o autor, em que se transformou o estouro das pipocas? 
      Pelo poder do fogo podemos, respectivamente, nos transformar em outra coisa.

11 – Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. E assim acontece com a gente?
      Sim. Porque a pessoa não procurou mudar sua vida. Será sempre a mesma pessoa.

12 – Na visão do autor, o que é o fogo?
      É a transformação na vida de cada ser humano.

13 – O que é fogo de dentro? O que é fogo de fora?
      - O fogo de dentro é o pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cuja causas ignoramos.
      - O fogo de fora é a dor, é perder um amor, um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.

14 – Copie o parágrafo em que o autor retrata o sentimento da pipoca dentro da panela. 
      Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.

15 – Na simbologia cristã como está representado o milagre do milho? 
        O milagre está representado pela ressurreição, o estouro do milho de pipoca.
16 – Na linguagem metafórica, defina os piruás:
      É a pessoa que não se interessa em mudar sua vida.

17 – Quanto à ideia central do texto, assinale a alternativa correta:
a)   A intencionalidade discursiva do autor é divagar sobre a culinária e a origem da pipoca.
b)   A pipoca é usada como metáfora para a transformação de pessoas fisicamente feias em bonitas.
c)   O autor emprega a palavra “piruá” para pessoas duras que não se transformam em algo melhor.
d)   O autor considera que só as pessoas não religiosas tornam-se piruás.

18 – Assinale a alternativa que indica outra forma correta de se reescrever o período abaixo:
        Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella.
a)   Me lembrei, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella.
b)   Lembrei, então, a lição que aprendi com a Mãe Stella.
c)   Lembrei, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella.

19 – Considere o período abaixo:
        Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e coloca-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.
        O pronome isso refere-se:
a)   Ao fato de haver milhos mirrados.
b)   Ao modo como foi “inventada” a pipoca.
c)   Ao sentido religioso da pipoca.
d)   Aos grãos que não estouram no fogo.

20 – Assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical da palavra destacada no trecho abaixo:
        Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.
a)   Substantivo                         c) Advérbio
b)   Adjetivo                               d) Verbo

21 – Segundo o texto, o que significa ser como pipoca e o que significa ser como o piruá?
      - Ser pipoca, é aquela pessoa que está sempre procurando a sua modificação.
      - Ser piruá, é aquela pessoa que se recusa a mudança em sua vida.

22 – E você, é uma pipoca estourada ou um piruá? Por quê?
        Resposta Pessoal.

23 – Agora é a sua vez de colocar a sua opinião sobre o texto. Explique o que você achou dele e que lições você tira para a sua vida. 

        Resposta Pessoal.

MÚSICA(ATIVIDADES): PACATO CIDADÃO - SKANK - COM GABARITO

Música(Atividades): Pacato Cidadão

                                                                         Skank
Oh! Pacato Cidadão!
Eu te chamei a atenção
Não foi à toa, não
C'est fini la utopia
Mas a guerra todo dia
Dia a dia, não

E tracei a vida inteira
Planos tão incríveis
Tramo a luz do sol
Apoiado em poesia
E em tecnologia
Agora à luz do sol

Pacato Cidadão!
É o Pacato da Civilização
Pacato Cidadão!
É o Pacato da Civilização

Oh! Pacato Cidadão!
Eu te chamei a atenção
Não foi à toa, não
C'est fini la utopia
Mas a guerra todo dia
Dia a dia, não

E tracei a vida inteira
Planos tão incríveis
Tramo a luz do sol
Apoiado em poesia
E em tecnologia
Agora à luz do sol

Pra que tanta TV
Tanto tempo pra perder
Qualquer coisa que se queira
Saber querer
Tudo bem, dissipação
De vez em quando é "bão"
Misturar o brasileiro
Aaaaai!
Com alemão
Pacato Cidadão!
É o Pacato da Civilização

Oh! Pacato Cidadão!
Eu te chamei a atenção
Não foi à toa, não
C'est fini la utopia
Mas a guerra todo dia
Dia a dia, não

E tracei a vida inteira
Planos tão incríveis
Tramo a luz do sol
Apoiado em poesia
E em tecnologia
Agora à luz do sol

Pra que tanta sujeira
Nas ruas e nos rios
Qualquer coisa que se suje
Tem que limpar
Se você não gosta dele
Diga logo a verdade
Sem perder a cabeça
Sem perder a amizade

Pacato Cidadão!
É o Pacato da civilização
Pacato Cidadão!
É o Pacato da civilização

Oh! Pacato Cidadão!
Eu te chamei a atenção
Não foi à toa, não
C'est fini la utopia
Mas a guerra todo dia
Dia a dia, não

E tracei a vida inteira
Planos tão incríveis
Tramo a luz do sol
Apoiado em poesia
E em tecnologia
Agora à luz do sol

Consertar o rádio
E o casamento é
Corre a felicidade
No asfalto cinzento
Se abolir a escravidão
Do caboclo brasileiro
Numa mão educação
Na outra dinheiro

Pacato Cidadão!
É o Pacato da Civilização
Pacato Cidadão!
É o Pacato da Civilização

Pacato Cidadão!
É o Pacato da Civilização
Pacato Cidadão!
É o Pacato da Civilização

Pacato Cidadão!
É o Pacato
Da Civilização! Da Civilização!

Interpretação do texto:
01 – Vocês gostaram da letra da música? Por quê? Já a conheciam? Qual a sensação de vocês ao lerem?
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Qual a temática principal da letra? Qual a crítica ali presente?
      Chamar atenção das pessoas para os problemas do país. É uma crítica social ao Brasil dos anos 90 e dos dias de hoje, crítica a poluição, ao marasmo da sociedade, a criminalidade, a alienação feita pela mídia, a corrupção, do racismo e as demais mazelas que atingem o país.

03 – Em que trechos essa crítica se torna aparente?
      “Pra que tanta TV
      Tanto tempo pra perder.”
      “Pra que tanta sujeira
      Nas ruas e nos rios.”
      “Numa mão educação
      Na outra dinheiro.”

04 – Vocês consideram importante a abordagem desse tema? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – A quem a música se destina? Por quê? Quem é o pacato cidadão quais suas ações?
      Destina a todos brasileiros, pois diante de tantas injustiças e corrupção não reagimos contra os governantes. O pacato cidadão é um sujeito sem atitudes e suas ações são de aceitar tudo, não reclamar, não questionar, e quem não questiona não evolui.

06 – Como se caracteriza a linguagem da música? Rebuscada? Simples? Por quê?
      Linguagem simples que opera como instrumento de interação e comunicação.

07 – O texto de Samuel Rosa e Chico Amaral discute algumas relações relativas à sociedade contemporânea brasileira. É INCORRETA afirmar que, no texto, os autores:
a)   Abordam situações relativas à cidadania e a falta de compromisso social de muitos cidadãos brasileiros.
b)   Defendem que somente a educação, aliciada ao poder dos meios de comunicação de massa, pode fazer com que o cidadão brasileiro deixe de ser pacato.
c)   Chamam a atenção para o descaso dos cidadãos em relação as questões ambientais presentes em seu cotidiano.
d)   Questionam a acomodação, a alienação e a falta de interesse de muitos brasileiros pelas questões política de seu tempo.
e)   Acreditam que o pacato cidadão de certa forma, vive escravizado no seu dia-a-dia, por isso precisa se preocupar com a realidade a sua volta.

08 – A letra da música “pacato cidadão” faz alusão a um típico cidadão. Como podemos caracterizar esse tipo de cidadão na sociedade atual?
      É aquele que, teoricamente cumpre seus deveres e o Estado garante que seus direitos sejam cumpridos, o que não acontece, mas ele aceita tudo sem reclamar, questionar.

09 – Qual o significado de cidadania?
      É o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na constituição de um país.

10 – O vocativo é um termo que se relaciona com o mundo exterior, com a situação comunicativa.
a)   Qual é o contexto brasileiro que leva o eu lírico a chamar o cidadão de pacato?
A alienação feita pela mídia, a corrupção dos políticos, a desigualdade social e racial, a poluição, a criminalidade, enfim todas as mazelas que atingem o Brasil.

b)   Quais são as características de uma pessoa considerada “pacato cidadão”?
Aquela pessoa que ignora os problemas de seu país, já o adjetivo “pacato” se refere a alguém que não faz nada para o bem da sociedade.