Conto: A palavra
Santiago Villela Marques
A mãe sobe o morro. Passo difícil para
uma velha que já fez três filhos homens.
Desafio maior, porém, é este por vir.
Enfrentar o prefeito do tráfico é empreitada temerária, mesmo para quem já se
acostumou à brutalidade do macho. Mesmo para fêmeas como esta, que madurou à
força de porrada do marido e palavrão e afronta das crias.
A
favela passou o dia nervosa e em preparativos. Nesta hora do crepúsculo, se
agita como um animal furtivo, esperando o tempo de botar fora da toca o
focinho. Escorregando no horizonte, um sol bêbado espia atrás dos barracos, o
olho sangrento. As sombras que caem nas soleiras parecem multiplicar as vias e
ruelas, povoadas, elas também, de olhos à espreita, os canos de revólveres e
fuzis desconfiados se insinuam nas esquinas.
Sem deter o passo, Dona Nazária
percorre o labirinto de feras tocaiadas, indiferente a rosnados e dentes à
mostra. Desliza morro acima, até o barraco do dono das bocas. Sobe o último
degrau.
O brutamonte armado ergue o peito na
frente da porta. Ela o encara e faz entender que é capaz de tirar o chinelo e
lhe dar um corretivo se quiser impedi-la:
-- Preciso lembrar o que é que faz uma
mãe?
-- Que é isso, minha tia – respondei o
outro, relaxando o corpo, mas sem sair do posto. – Minha velha já é comida de
bicho faz ano.
-- Pois eu acabo de te adotar. Então
toma tento. Nazária põe a mão na cintura:
-- Quero ver o chefe.
-- O chefe está ocupado. Vocês já
receberam ordem pra não sair de casa hoje.
-- Pois saí e deu trabalho chegar aqui.
Não volto sem palavra com ele.
-- Não posso deixar.
Ela procura um banco. Agora sente que
os pés ardem da subida. Dobra uma perna e retira o chinelo. O porteiro recua e
retesa a mão no fuzil.
-- Vem cá, mocinho. É isso que você vai
contar pra sua velha amanhã, quando acender uma vela de Dia das Mães? Que o
herói salvou o chefe de uma costureira com calo no pé? A favela inteira já sabe
do “salve geral”. Segredo é que nem droga, meu filho: de mão em mão corre
sertão. Eu preciso falar com seu chefe é disso mesmo.
O
outro ainda desconfia um restinho. Baixa os olhos no chinelo. Por fim grita
para dentro do barraco:
-- Tem uma velha aqui pedindo palavra.
A resposta não vem logo. Dona Nazária
calça o chinelo antes de ouvir a ordem do fundo:
-- Se não estiver armada, deixa entrar.
O guarda pendura o fuzil no ombro e se
apruma para revista-la. Ela firma os olhos e endurece o queixo. O bruto se
desarma.
-- Tá bem, entra lá, Dona Nazária.
Outros três grandalhões vigiam a casa
por dentro. O dono das bocas risca um mapa na mesa.
-- Fala logo, mulher. Você sabe que
hoje é dia de serão.
-- Vim mandar você liberar o Rubinho.
O traficante empurra o mapa, atira o
lápis sobre a mesa.
Os três guardas se entreolham. Tosses,
pigarros, dedos nervosos. Todo o mundo sabe que é preciso zelas na palavra que
se usa com traficante. Tem verbo que é propriedade de chefe. “Mandar”, por
exemplo. Só dono de boca conjuga em primeira pessoa. Dona Nazária descompunha a
gramática.
-- Você já mandou pra morte meu marido
e os dois filhos. Nenhum dos meus homens foi meu. Você tomou tudo, viveram pra
você e morreram pra você. O caçula, não. Esse é meu. Sei que você convocou toda
a favela pro confronto do comando com a polícia. Rubinho não vai. Vim exigir
essa palavra. Você me promete que ele vai ficar em casa hoje e eu vou embora.
Dona Nazária não é boba. É mãe. Sabe
que é o dia da guerra, mas também é Dia das Mães, e o traficante já não tem a
quem presentear. Ela aprendeu com a novela a fraqueza desses bandidos durões:
cara feia e coração mole.
-- Tudo bem. Prometo que seu filho
passará o fim de semana com a senhora. Este é meu presente de Dia das Mães.
Ela procura soltar devagar o ar
sufocado, para não deixar notar o alívio. Vinha aflita, confiante na versão da
novela, mas temerosa com as lições da experiência. A generosidade do dono das
bocas é ambígua, oblíqua, nunca se tem certeza de se obter benevolência. É
homem de oferecer a vida, mas também de retirá-la, com a lógica de uma roleta
de cassino.
Uma vez, porém, confirmada a graça, é
infalível como os deuses. Por isso esta mãe fica em paz. Sabe que palavra do
chefe é irrevogável. Ele tinha adquirido daí o nome respeitados de
Benito-Boa-Fé.
A palavra não é de ninguém. Palavra não
tem dono, por isso tem que ser respeitada. E a lei não está no escrito, mas no pensado.
É o que Benito-Boa-Fé aprendeu quando estagiou na Febem, preso na lida de avião
para boca de fumo. À época ela ainda era só Benito e ainda só acreditava.
Depois aprendeu. Leu a lei nas inversões de culpa dos agentes da Febem, que
entendiam as normas sempre a favor deles; leu a lei nos muitos julgamentos de
traficantes livrados da cadeia pela boa oratória dos advogados; leu a lei nas
notícias explicando por que a prisão de figurões do colarinho branco tinha sido
um mal-entendido.
-- O curso de Direito é o pé-de-meia do
malandro – pregava o pai, que ficou desgostosos quando soube que o filho, com
inclinação para outros crimes, se ofereceu aos donos das bocas para cumprir o
ofício de avião, moleque a levar e trazer pacote.
Ademais, Benito-Boa-Fé já tinha notado
que a figura de retórica mais eficaz é um bolo de notas nas mãos do juiz
corrupto. Diante disso, ser advogado parecia bom; mas ser rico era ainda
melhor.
Na favela, a história de Benito-Boa-Fé
corre como enredo de cordel. Todo o mundo já ouviu e já contou como ele subiu a
cacique do tráfico. Era gerente do maior traficante da região. Um dia o grandão
pediu uma promessa:
-- Preciso que você cumpra o que eu
mandar antes de saber o quê.
Benito deu a palavra. Fosse o que
fosse, já tinha aprendido a fazer pior. E conhecer o pior é o que dá coragem no
homem. O chefe se tranquilizou na promessa e amargou a ordem:
-- É minha filha. Você precisa cuidar
dela pra mim.
Benito tinha aprendido também a língua
enviesada de bandido. Entendeu que “cuidar” não era dar proteção. Irritou-se de
ter feito a promessa. Exigiu pelo menos saber a razão do ordenado. E era esta:
a menina tinha se enrabichado com um filhinho de papai viciado em craque. O
moleque já tinha sido apagado, mas o chefe não podia executar a própria filha.
Daí a encomenda.
-- Mas tem que ser do jeito que eu vou
dizer – continuou o dono da boca. – E vai ser assim: prometa para mim que você
vai afundar a menina no mar. É meu presente pra Iemanjá não mandar castigo.
-- Se não quer castigo, retira a ordem.
Não gosto de ser enganado. Você sabia que ia me pedir coisa errada e me exigiu
a promessa. Retira a ordem.
-- A ordem está dada. Não vou voltar
atrás. Vai quebrar a palavra?
-- Não. Vou, ao contrário, espicha-la:
prometo fazer o que me pediu e prometo voltar depois pra te matar. Dou minha
palavra. Não se incomode, que vou cumprir a ordem ao pé da letra. Mas é meu
último serviço. Ou penúltimo.
A narração do povo colore a briga dos
bandidos, põe susto, armas, rimas. Conta que Benito saiu e convocou os homens
de confiança, explicando a cachorrada em que o chefe o metera. A quadrilha se
santificou de indignação. Eram bandidos honrados, não aprovavam matar uma
menina porque se perdeu de amor. Honrados e sensíveis.
Mas também leais. Por isso aceitaram, a
contragosto, acompanhar o gerente no cumprimento da promessa.
-- Se confiam em mim, vão buscar a
menina – ele mandou e foi obedecido. – Desço na praia e espero vocês.
Acharam um penhasco no litoral sul,
zona de reserva. Só os bichos e ondas por testemunhas. Amarraram a menina numa
corda e atiraram o corpo ao mar.
-- Pronto. Gritou Benito. Agora podem
subir a moleca.
Os homens não entenderam.
-- Vamos, subam logo. Se demoram, a
menina se afoga.
Puxaram. Benito desamarrou a moça,
deu-lhe dinheiro e recomendações para não voltar a São Paulo, que o pai a
queria morta. Pregou nova ordem aos homens:
-- Vamos subir a serra, macacada. A
primeira promessa está cumprida: joguei a menina no mar. Falta só a outra.
Assentado na admiração de seus homens
pela esperteza e honra na manutenção da palavra, Benito voltou ao escritório do
chefe, liquidou-o e tomou seu lugar. Era agora o Boa-Fé.
-- Então posso voltar pra casa? O
senhor me garante? – Dona Nazária confia.
-- Precisa mesmo que eu repita?
Não, ela não precisa. Por isso é tão
difícil conseguir a palavra de Benito-Boa-Fé. O que é raro custa caro. O
traficante faz poucas promessas porque paga todas.
Esta, contudo, é apenas metade do
trabalho de Nazária. A outra metade é convencer o filho. Para isso, conta ainda
com a palavra do chefe, que nunca é desobedecida. Por isso veio ver
Benito-Boa-Fé. Se pedisse apenas ao filho para ficar, certamente não seria
ouvida. Homens têm seus brios.
-- Licença, Seu Benito, mas tem mais
uma coisa.
O traficante mantém o silêncio no olho
duro fixo na velha.
-- Rubinho viveu o dia na espera do
conflito. Só desiste se o chefe mandar.
-- Dou ordem. Fica fria, minha velha.
Seu filho passa a noite com a senhora. É promessa.
Coma
apalavra do homem, Dona Nazária pode tornar à casa. A alegria faz rápida a
descida, o coração agora leve desliza ladeira abaixo até o barraco com a placa
na porta: “Nazária Costureira”.
“Foi fácil”, comemora. “Bom moço, esse
Benito. Meu menino tá protegido”. Igual fazer vestido de noiva. No começo dá
aquele medo de tratar com a freguesa, gente bacana, endinheirada de meter medo,
exigente no pedido, “tem que ser igual ao da revista, nas rendas e babados”. A
gente fica sem saber o que falar. Se diz muito, pode falar bobagem, se não fala
nada, passa por songamonga. De qualquer jeito, arrisca perder a encomenda. Mas
Dona Nazária sempre sabe a palavra certa, falar é que nem fazer costura, ir
juntando tecido no tecido, seguindo firme por uma risca com a linha e agulha,
alinhavando as fendas, amarrando os fios, corrigindo as sobras. Até o arremate
final e aquela lindeza de discurso como um vestido de fada. Seduz até chefão do
narcotráfico.
Só o filho não lhe põe ouvido,
acostumado de pequeno a desprezar ofício de mãe. Com esse funciona melhor
silêncio.
Nazária entra de gato, consegue até
calar a dobradiça barulhenta da porta para não atrair a atenção do filho. Segue
a passo ladino até o quartinho de costura, pega em panos e agulhas e senta na
sala.
Hoje as novelas vão menos interessantes
que a vida. A luzinha da televisão pisca ao léu, que Dona Nazária está em horas
de vigília, um olho na costura, outro no filho, que vê crescer em preocupação
com a noite. Este olha o celular a cada punhado de minutos que a ansiedade não
consegue segurar.
-- Porra! Ele falou pra não sair antes
da chamada...
-- O que foi, filho?
-- Nada, mãe. Tou falando comigo.
-- Isso é mau. Você não sabe se dar
conselho.
-- Cala boca, mãe! E a senhora sabe?
Desgraçado do homem que dá ouvido a palavra de mulher! Porra! Que demora!
-- Xiu! Pelo menos controla essa
língua!
-- Vou sair...
-- Não!
-- Por que não? Eles me esqueceram...
-- Não! Espera te chefe!
Ele estranha a autoridade na voz, a
recomendação, inusitada, de obediência ao patrão que ela nunca aprovou.
Contrariado, senta e espera, mastigando a desconfiança.
Já é perto da meia-noite, quando batem
palmas. Rubinho atende no pulo. Imita-lhe o salto o coração de Nazária.
Enquanto sai o filho, a mãe aperta
contra o peito o trabalho de costura, sem sofrer as picadas dos alfinetes que
lhe coroam o seio. De dentro, escuta que há uma discussão, mas não o que diz.
Como feras rosnando, as vozes se confinam em sussurros, evitando chamar sobre
si a atenção da noite. Nazária reza, sem atinar nas frases das ave-marias,
tantas vezes repetidas que já nem atingem o juízo – será que atingiram o céu?
“Deus não escuta o palavrório mas a aflita”, ensinou-lhe a mãe, pouco dada a
novenas, e ela aprendeu direitinho e praticava todas as vezes que precisava
arrancar um favor do marido ou dos filhos, chorando quando já não lhe ouviam as
queixas, pena que homens não t/~em orelhas de deuses e pouco se deram para as
lamúrias da velha, por isso vão agora com as orelhas para sempre surdas e
entupidas de terra.
Para ouvir melhor o que se atiram esses
homens ainda bons de ouvido – queira Deus! –, Dona Nazária se ergue do sofá.
Não chega à porta antes que esta irrompa e jogue casa adentro o filho de rosto
convulso.
-- Foi você velha!
Com uma bofetada, faz a mãe cair de
volta no sofá. O chefe vem atrás e lhe agarra o braço que ia descer outra vez
sobre a mulher. Depois de empurrar o rapaz para o lado, o chefe do tráfico
dirige-se à mãe aflita:
-- Dona Nazária, eu tentei. Mas este
teu filho é mesmo uma mula empacada.
A mulher geme e os olhos úmidos. Busca
a palavra certa, não pode desistir desse último filho. Precisa comover esse
homem duro, todo homem pode ser convencido, basta lhe depositar no juízo o que
não espera escutar. Encontrar a frase sem retruques, o pedido sem ambiguidades,
a força incorruptível de um termo que não admita refúgios.
Apenas a palavra certa... A palavra...
Dona Nazária limpa a as lágrimas.
Levanta o rosto sobre firmezas. A voz é serena:
-- Por favor. O senhor me prometeu que
ele ficava.
Benito-Boa-Fé se apruma. Sente os
empregados segurando seu silêncio com os olhos. Ele é, agora, o senhor dono
proprietário da palavra. “A lei não está no escrito, mas no pensado”. Consulta
o celular. Já passam cinco minutos da meia-noite. É Dia das Mães. Salve geral.
Assenta os olhos no rapaz:
-- Você não sai daqui. Dei minha
palavra a sua mãe.
E, dizendo isto, saca a pistola do
cinto e dispara uma bala na testa do último filho de Dona Nazária.
MARQUES, Santiago
Villela. Sósias: Contos. Cuiabá: Carlini&Caniato Editorial, 2005, p. 07-15.
Entendendo o conto:
01 – Qual o objetivo principal
de Dona Nazária ao subir o morro e procurar Benito-Boa-Fé?
Dona Nazária sobe
o morro para convencer Benito-Boa-Fé, o chefe do tráfico, a liberar seu filho
caçula, Rubinho, do confronto iminente entre o comando e a polícia. Ela quer
garantir que ele fique em casa e não se envolva na violência.
02 – Como Dona Nazária
consegue a permissão para entrar e falar com Benito-Boa-Fé, apesar da
resistência inicial do guarda?
Dona Nazária
utiliza sua perspicácia e a "palavra" de mãe. Ela ameaça tirar o
chinelo para dar um corretivo no guarda e apela para a sensibilidade dele ao
mencionar o Dia das Mães, fazendo-o reconsiderar e chamar o chefe.
03 – Qual a
"palavra" que Dona Nazária usa para se dirigir a Benito-Boa-Fé e qual
o impacto dela sobre ele e seus subordinados?
Dona Nazária usa
o verbo "mandar" ("Vim mandar você liberar o Rubinho") e
"exigir" ("Vim exigir essa palavra"). Essa escolha de
palavras é um descompasse gramatical no ambiente do tráfico, onde
"mandar" é prerrogativa apenas do chefe. Isso causa estranhamento e
nervosismo nos guardas, mas surpreendentemente, Benito-Boa-Fé a ouve.
04 – Por que o conto enfatiza
que o Dia das Mães é um fator importante na decisão de Benito-Boa-Fé?
O conto sugere
que o Dia das Mães amolece o coração do traficante. Ele já não tem a própria
mãe para presentear, e a astúcia de Dona Nazária em usar essa data como
"fraqueza" humana o leva a conceder o pedido como um
"presente" de Dia das Mães.
05 – Qual o significado do
apelido "Benito-Boa-Fé" e como ele o adquiriu?
O apelido
"Benito-Boa-Fé" se refere à sua reputação de sempre cumprir suas
promessas. Ele o adquiriu ao executar a ordem de seu antigo chefe de
"afundar" a filha dele no mar, mas de forma engenhosa: jogou-a no mar
com uma corda e a puxou de volta, dando-lhe dinheiro e mandando-a para longe, e
depois matou o chefe, assumindo seu lugar.
06 – Como Benito-Boa-Fé
justifica sua interpretação particular da "lei" e da
"palavra"?
Benito-Boa-Fé aprendeu que "a lei
não está no escrito, mas no pensado". Ele viu a lei ser manipulada a favor
de agentes da Febem, advogados de traficantes e figurões do colarinho branco,
compreendendo que a "palavra" e as regras são flexíveis e podem ser
usadas para alcançar objetivos, especialmente se houver dinheiro envolvido.
07 – Qual a segunda parte do
"trabalho" de Dona Nazária, além de obter a palavra de Benito-Boa-Fé?
A segunda parte
do trabalho de Dona Nazária é convencer o próprio filho, Rubinho, a obedecer à
ordem de ficar em casa. Ela sabia que Rubinho não a ouviria se ela mesma
pedisse, mas acataria a ordem do chefe.
08 – Como Dona Nazária reage à
agressão de Rubinho quando ele descobre que ela interveio?
Apesar da
bofetada do filho, Dona Nazária não desiste. Ela limpa as lágrimas, levanta o
rosto com firmeza e, com voz serena, lembra a Benito-Boa-Fé de sua promessa:
"Por favor. O senhor me prometeu que ele ficava."
09 – Qual a ironia trágica no
desfecho da história em relação à "palavra" de Benito-Boa-Fé?
A ironia trágica reside no fato de que
Benito-Boa-Fé cumpre sua palavra à mãe de Rubinho ("Você não sai daqui.
Dei minha palavra a sua mãe.") ao matar o filho. Ele garante que Rubinho
não sairá de casa, mas o faz de forma definitiva e letal, mantendo sua
reputação de "Benito-Boa-Fé", que nunca quebra uma promessa, mesmo
que a interpretação seja brutal.
10 – Que temas o conto "A
palavra" aborda, considerando o contexto da favela e a interação entre os
personagens?
O conto aborda
temas como a força e a resiliência materna, a brutalidade e as regras do
tráfico, a relatividade da lei e da moralidade no ambiente da favela, o poder
da "palavra" e suas múltiplas interpretações, e a ironia do destino
em um mundo onde as promessas podem ter consequências devastadoras.
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