sexta-feira, 15 de outubro de 2021

TEXTO: PREFÁCIO DE CODINOME DUDA - (LINGUAGEM INFORMAL) MARCELO CARNEIRO DA CUNHA - COM GABARITO

 Texto: Prefácio de Codinome Duda

       Contar a história do Duda foi legal pra mim, porque tem esse jeito dele, de guri, de contar tudo assim, rápido, bem videogame mesmo. Também foi um pouco difícil, porque existe o lance da linguagem vocês sabem, da diferença que muitas vezes existe entre a forma que a gramática diz que é correta (que também chamam de linguagem culta), e o jeito que a gente usa para falar. Assim, como quando a gente fala Tu foi? e devia escrever Tu foste?. Mas como eu queria escrever de um jeito que fosse a cara do Duda, preferi manter a linguagem bem parecida com o jeito que ele fala. Pode não ser lá como a gramática manda. Mas saber a gramática é uma coisa, e eu acho que é superimportante. Contar histórias é outra. Às vezes elas se juntam sem problemas. Às vezes não. Espero que todos curtam. Ou melhor: gostem.

CUNHA, Marcelo carneiro da. Codinome Duda (Prefácio). Porto alegre: Projeto, 1992.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 28-9.

Entendendo o texto:

01 – Que tipo de linguagem o autor emprega na fala das personagens?

      Uma linguagem informal, com a presença de marcas de oralidade.

02 – Que tipo de explicação você imagina que o autor vai dar para justificar o uso dessa linguagem?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – O autor do texto nos revela sensações opostas que vivenciou ao contar a história de Duda. Quais são elas?

      O autor ficou satisfeito ao contar a história da personagem. Por outro lado, o processo foi difícil por conta da linguagem que ele teve de utilizar.

04 – Que decisão o autor achou um pouco difícil de tomar quando escreveu o livro?

      A decisão sobre qual linguagem usar: a norma-padrão ou a maneira de a personagem falar.

05 – Por que o autor preferiu usar a linguagem da forma como o fez na obra?

      O autor preferiu manter a linguagem bem parecida com a fala, porque queria escrever de uma forma que fosse coerente com a personagem.

06 – A opção de uso da linguagem feita pelo autor na obra se aplica a qualquer situação? Explique.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Não, pois cada situação exige adequação da linguagem ao contexto de uso.

07 – Qual pode ter sido a intenção de quem produziu o prefácio?

      Apresentar a obra ao leitor. Nesse caso, o prefácio foi escrito pelo próprio autor do livro, que justifica o tipo de linguagem que usou para escrevê-lo.

08 – Em sua opinião, é importante o autor de um livro fazer considerações sobre a obra? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O prefácio é uma maneira eficaz de se estabelecer um vínculo com o leitor e de despertar nele o interesse pela obra.

09 – No prefácio, o autor usa a linguagem no registro formal ou informal? Em sua opinião, por que ele utilizou esse registro?

      Informal. Provavelmente por ser equivalente à linguagem que optou usar no livro.

10 – Que palavras do texto revelam que o autor está escrevendo sobre uma experiência que já vivenciou?

      O uso de verbos no passado.

11 – Em que trecho do prefácio o autor demonstra suas expectativas em relação à avaliação que o leitor fará da obra? Transcreva-o em seu caderno.

      No final do texto, ao dizer: “Espero que todos curtam. Ou melhor: gostem.”

12 – Esse tipo de conversa com o leitor costuma aparecer em outros prefácios de livros?

      Professor, caso o aluno não tenha tido a oportunidade de ler outros prefácios de livros, seria interessante ler para eles o modelo que está disponível no Manual. Só depois da leitura eles terão condições de responder à questão. Esse é o momento de pedir a eles que consultem os prefácios dos livros que trouxeram (conforme recomendação feita no início do capítulo).

13 – O texto lido apresenta algumas gírias. Identifique-as.

      “Legal”, “lance”, “cara”, “superimportante”, “curtam”.

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