quarta-feira, 4 de julho de 2018

POEMA: INVASÃO PROIBIDA - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

Poema: INVASÃO PROIBIDA
          Elias José


Que ninguém invada
meu quarto,
minha toca,
meu esconderijo,
meu caramujo,
que eu viro fera.


Se minha mãe bater na porta,
eu não abro.
[...]


Se meu pai bater na porta,
eu não abro.


Irmão se bater
eu mato.


Não abro pra ninguém...
ou melhor...
pensando bem...
se ele batesse...


Quase abri a porta
só do susto
de pensar.


Elias José. Cantigas de adolescer, São Paulo, Atual, 1992.
Entendendo o poema:

01 – Quem está “falando” no poema é um garoto ou uma garota? Por quê?
      É uma garota, porque deseja que o namorado (amigo) chegue.

02 – O que indicam as reticências no texto?
      Hesitação, desejo.

03 – Em: “Eu viro fera”, “Eu mato” o autor usou o sentido próprio e literal das palavras ou o sentido figurado e conotativo? Que sentido tem “fera” e “mato” no texto?
      Usou sentido figurado: fico enfurecida e agarro, dou tabefes.

04 – De acordo com o texto, dê a função sintática das palavras abaixo:
·        Ninguém: sujeito.
·        Meu quarto: objeto direto.
·        Minha toca: objeto direto.
·        Meu esconderijo: objeto direto.
·        Meu caramujo: objeto direto.
·        Minha mãe: sujeito.
·        Na porta: adjunto adverbial.
·        Não: adjunto adverbial.
·        Não abro pra ninguém: predicado.
·        Porta: objeto direto.




TEXTO: A LOJA DE DEUS - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: A LOJA DE DEUS

        Caminhando pela rua vi uma loja que se chamava a LOJA DE DEUS. Entrei na loja e vi um anjo no balcão. Maravilhado lhe perguntei:
        – Santo Anjo do Senhor, o que vendes?
        Ele me respondeu:
        – Todos os dons de Deus.
        – Custa muito caro?
        – Não, tudo é de graça.
        Contemplei a loja e vi jarros e vidros de fé, pacotes de esperança, caixinhas de sabedoria. Tomei coragem e pedi:
        – Por favor, quero muito amor de Deus, todo perdão dele, vidros de fé, bastante felicidade e sabedoria para mim e para toda minha família.
        Então, o Anjo do Senhor preparou um pequeno embrulho que cabia na minha mão. Sem entender perguntei-lhe:
        – Como é possível colocar tantas coisas nesse pequeno embrulho?
        O anjo respondeu-me sorrindo:
        – Meu querido irmão. Na LOJA DE DEUS não oferecemos frutos apenas sementes.
        Plante-as! Cultive-os no coração e distribua ao próximo.

                                             Texto fornecido pelo Banco Votorantim.
                                                       Usado para o Curso de Trainees.
Entendendo o texto:
01 – Dê acordo com o título, “A Loja de Deus”, o que significa?
      É uma loja que doa para as pessoas todos os dons de Deus.

02 – Quem era o balconista da loja?
      Santo Anjo do Senhor.

03 – Quais os produtos que tinha a disposição na loja?
·        Jarros de vidro de fé;
·        Pacotes de esperança;
·        Caixinhas de salvação e sabedoria.

04 – Qual foi o pedido do feito ao balconista? Copie do texto.
    “– Por favor, quero muito amor de Deus, todo perdão dele, vidros de fé, bastante felicidade e sabedoria para mim e para toda minha família.”

05 – De acordo com o texto, qual foi a resposta do Anjo? Copie do texto.
      “– Meu querido irmão. Na LOJA DE DEUS não oferecemos frutos apenas sementes.”

06 – Qual é a mensagem deixada, no final do texto?
      Plante-as! Cultive-os no coração e distribua ao próximo.

07 – Você gostou do texto? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Qual foi o aprendizado que você tirou do texto? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.
     

 "Plante amor e paz e a vida lhe trará colheita de paz e amor". Chico Xavier

TEXTO: VIOLÊNCIA - CHICO ANÍZIO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: Violência

        Tanto quanto Justino, Tavinho se achava dono e senhor de Maria Rita, de quem recebia agrados escondidos nas vielas sem luz da vila. A faca oscilava de um lado para o outro, ameaçadora. Tavinho, braços erguidos, defendia o rosto de um corte possível. Nenhum dos dois falava nada. Fez-se um círculo largo, deixando espaço para os contendores. Tudo indicava um final sangrento para a briga covardemente favorável a Justino, portador da peixeira.
        -- Aquela quenga não vale uma vida – gritou alguém.
        -- Cala a boca, corno.
        Justino queria casar com Maria Rita, de quem já obtivera a impressão de um sim. Não sabia, no entanto, que este mesmo sim fora dito a Tavinho. Cada passo que um dava provocava igual recuo no adversário.
        Então Jesuíno abriu a roda e ficou entre os dois, mandando Maria Rita pra longe daquilo. Algumas vozes fizeram-se ouvir, aconselhando Jesuíno a deixar a encrenca ser resolvida ente os dois. “Saia daí”, “Não se meta nisso”, “Eles podem machucar o senhor”, “O senhor vai se ferir”, “Deixe isso com eles” ..., palavras e frases esparsas e indecisa. Jesuíno as ouvia sem dar importância. Então, começou a falar:
        -- Por que tudo isso?
        -- Por causa de Maria Rita, aquela menina de Zé Honorato.
        Jesuíno considerou insuficiente o motivo para uma vida ficar ameaçada.
        -- É mesmo difícil acabar com a violência no mundo – começou. – Mas podemos, se quisermos, acabar com o nosso desejo de violência. Maria Rita não é de um ou de outro e a escolha será dela. Somente ela poderá elege o preferido. Esta briga nada decidirá. Que lucro poderá trazer a qualquer um dos dois o desfecho talvez fatal deste desentendimento? Perder ou ganhar faz parte da vida e nenhuma derrota justifica uma vida ser arrancada. Se cada um cuidar de si e eliminar os sentimentos de vingança, o mundo pouco a pouco se tornará menos violento.
        Zé Honorato, abraçando a filha, fez-se ouvir.
        -- Nenhum dos dois presta. Ela não é de ninguém. Desses aí, minha filha não é.
        Justino abaixou a faca e começou a mudar a expressão de rancor. Tavinho relaxou o corpo e os dois olharam Maria Rita de olhar abaixado, evitando encará-los.
        -- Vamos eliminar a violência. É um trabalho árduo, mas vale a pena. Cada indivíduo tem que cuidar de si, auto observando-se, transformando o ódio num sentimento mais positivo, mais construtivo.
        Justino e Tavinho deram-se as costas e pediram ao povo que arredasse do caminho para eles passarem, cada um para um lado. Jesuíno seguiu falando aos demais que aos poucos se achegavam.
        -- O mundo precisa de harmonia e para isso os sentimentos devem ser de celebração. Há muita coisa a ser louvada e um dia essas coisas serão festejadas.
        Zé Honorato começou a ir embora levando Maria Rita pela mão.
        -- A violência é inútil, só gera maus frutos. Essa é a sabedoria, é o que a vida nos ensina e aos ensinamentos da vida os inteligentes não podem das as costas.
                        Chico Anízio. Jesuíno, o profeta. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

Entendendo o texto:
01 – Na frase: “Zé Honorato, abraçando a filha, fez-se ouvir.”
A quem se refere o pronome se?
      A Zé Honorato.

02 – Que palavra pode ser substituída pelo advérbio “muito” na frase: “É mesmo difícil acabar com a violência no mundo”. Reescreva a frase usando “muito”:
      É muito difícil acabar com a violência no mundo.

03 – A quem se refere o pronome “quem” no primeiro parágrafo?
      Refere-se à Maria Rita (de quem: da qual).

04 – Escolha um trecho da fala de Jesuíno e escreva abaixo:
      “-- É mesmo difícil acabar com a violência no mundo – começou. – Mas podemos, se quisermos, acabar com o nosso desejo de violência. Maria Rita não é de um ou de outro e a escolha será dela. Somente ela poderá elege o preferido. Esta briga nada decidirá. Que lucro poderá trazer a qualquer um dos dois o desfecho talvez fatal deste desentendimento? Perder ou ganhar faz parte da vida e nenhuma derrota justifica uma vida ser arrancada. Se cada um cuidar de si e eliminar os sentimentos de vingança, o mundo pouco a pouco se tornará menos violento.”

05 – Quem era os dois que estavam brigando?
      Justino e Tavinho.

06 – Qual deles é que portava uma faca?
      Justino.

07- Quem entrou no meio deles, para apartar e acabar com a briga?
      Foi Jesuíno.

08- Por causa de quem eles estavam brigando?
      Eles estavam disputando o amor de Maria Rita.

09 – Quem é Zé Honorato, e o que ele disse?
      É o pai de Maria Rita. “-- Nenhum dos dois presta. Ela não é de ninguém. Desses aí, minha filha não é.”

10 – Qual foi a última mensagem deixada por Jesuíno?
      “-- O mundo precisa de harmonia e para isso os sentimentos devem ser de celebração. Há muita coisa a ser louvada e um dia essas coisas serão festejadas.”



terça-feira, 3 de julho de 2018

MÚSICA: PARABOLICAMARÁ - GILBERTO GIL - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Música: Parabolicamará


Gilberto Gil
Antes mundo era pequeno
Porque Terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena parabolicamará
Ê, volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará

Antes longe era distante
Perto, só quando dava
Quando muito, ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos montes, den de casa, camará
Ê, volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará

De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação

Pela onda luminosa
Leva o tempo de um raio
Tempo que levava Rosa
Pra aprumar o balaio
Quando sentia que o balaio ia escorregar
Ê, volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará

Esse tempo nunca passa
Não é de ontem nem de hoje
Mora no som da cabaça
Nem tá preso nem foge
No instante que tange o berimbau, meu camará
Ê, volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo da volta, camará

De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
De avião, o tempo de uma saudade

Esse tempo não tem rédea
Vem nas asas do vento
O momento da tragédia
Chico, Ferreira e Bento
Só souberam na hora do destino apresentar
Ê, volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará.

Entendendo a canção:

01 – Quais “pistas” o esquema e a música trazem para compreender a globalização?
      O autor destaca que a esfera global passa a ser constituída por atores e forças econômicas que se situam acima dos Estados Nacionais.

02 – Algo chamou sua atenção no título da canção de Gilberto Gil? O quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Que visão sobre globalização a canção têm?
      O fato de ter como espaço de atuação o mundo como um todo, abandonando gradativamente seus compromissos com sociedades nacionais.

04 – Explique os versos: “Antes mundo era pequeno, porque Terra era grande”.
      Se refere a expansão dos meios de comunicação que levam informação aos diversos lugares da terra, a cultura evoluiu e se diversificou.

05 – O autor utiliza duas palavras atribuindo a elas sentidos diferentes, mundo e Terra. Qual o sentido dado a cada palavra?
      Mundo – está se referindo a população mundial junto a sua cultura, etc.
      Terra – refere-se ao planeta onde vivemos.

06 – Como o ator ilustra a evolução dos meios de transporte e comunicação?
      Nos versos: “De jangada leva uma eternidade
                           De saveiro leva uma encarnação
                           De avião, o tempo de uma saudade.”

07 – Por que, segundo o autor, o mundo estaria “ficando maior”?
      Está se tornando grande, devido a globalização, onde informações correm o tempo todo.

08 – Qual a relação entre a globalização e o título da canção “Parabolicamará”?
      O autor, na década de 90, apresentou artisticamente o fenômeno da globalização. Através da letra da canção, onde fala sobre o fim da distância e os avanços tecnológicos que podem fazer com que o homem e mulher estejam mais próximos dos diversos espaços e lugares do mundo.

09 – Em que momento o compositor põe o tempo existencial, psíquico, em contraposição ao tempo cronológico?
      Quando fala da eternidade, a encarnação e a saudade à jangada e ao saveiro – e estes dois ao avião –, para insinuar o encurtamento do tempo – espaço provocado pelo aumento da rapidez dos meios de comunicação física e mental do mundo – tempo moderno.

10 – E por fim, o compositor fala sobre o tempo da morte, como?
      O tempocorte, o tempo que corta, e ceifa.




FILME(ATIVIDADES): "DOM" (BASEADO NA OBRA DOM CASMURRO-MACHADO DE ASSIS - MOACYR GÓES - COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): “Dom”


Data de lançamento 19 de setembro de 2003 (1h 31min)
Direção: Moacyr Góes
Gênero Drama
Nacionalidade Brasil


SINOPSE E DETALHES
        Bento (Marcos Palmeira) é um homem cujos pais, apreciadores de Machado de Assis, resolveram batizá-lo com este nome em homenagem ao personagem homônimo do livro "Dom Casmurro". Tantas vezes foi justificada a razão da homenagem que Bento cresceu com a ideia fixa de que seria o próprio personagem e destinado a viver, exatamente, aquela história. Até chamava sua amiga de infância no Rio de Janeiro, Ana (Maria Fernanda Cândido), de Capitu. Seus amigos, conhecedores do seu sentimento de predestinação, lhe apelidaram de Dom. Bento e Ana separaram-se quando a família do menino mudou-se para São Paulo. Já adulto, Bento foi trabalhar como engenheiro de produção e vinha frequentemente ao Rio. É lá que Dom reencontra a sua Capitu e dali renasce o romance da infância, só que, agora, avassalador.

Entendendo o filme:

01 – Como Bentinho consegue sair do seminário?
a)   Colocando uma outra pessoa, sob custódia de sua mãe, para formar-se padre em seu lugar.
b)   Fazendo um pedido ao Imperador, que aconselha sua mãe para que ele estude na faculdade de medicina.
c)   Com a ajuda de José Dias, que finge uma doença e precisa ir a Europa com urgência.
d)   Através de Escobar que lhe convida para trabalhar com ele no comércio do café.
e)   Por meio de Capitu, que lhe envia cartas onde o aconselha uma fuga.

02 – Depois de sair do seminário, Bentinho e Capitu são separados novamente, por conta dos estudos que ele realiza em São Paulo. Depois de 5 anos, Bentinho volta bacharel em Direito.
03 – Capitu e Bento Santiago, depois que se casam passam a morar aonde?
a)   Na rua de Mata-cavalos.
b)   No Engenho Novo.
c)   No Flamengo.
d)   Na Praia da Glória.
e)   Em São Paulo.

04 – Qual o nome da esposa de Escobar e amiga de Capitu?
a)   Glória.
b)   Luzia.
c)   Sandra.
d)   Helena.
e)   Anastácia.

05 – Qual o nome do filho de Capitu e Bento Santiago?
a)   José, em homenagem ao agregado.
b)   Cosme, em homenagem ao tio.
c)   Pedro, em homenagem ao pai de Bentinho.
d)   Ezequiel, em homenagem a Escobar.
e)   Pádua, em homenagem ao pai de Capitu.

06 – Qual o principal motivo pelo qual Bento Santiago desconfia de ter sido traído por Capitu?
a)   Por conta do distanciamento que sua mãe, Dona Glória, faz de Ezequiel.
b)   Devido à insinuações e comentários de José Dias.
c)   Por ter encontrado cartas de amor trocados entre Capitu e Escobar.
d)   Por Sandra dizer-lhe que viu Capitu e Escobar juntos.
e)   Devido à grande semelhança que seu filho apresenta para com seu melhor amigo Escobar.

07 – A respeito de Capitu, é correto afirmar que:
a)   É a figura central da trama narrativa porque se envolve em uma situação de adultério que leva à destruição de seu casamento com Bentinho.
b)   Tem um papel secundário e insignificante na ordem do enredo, já que todas as ações da narrativa convergem para um desfecho do qual ela não participa.
c)   É caracterizada pelo agregado José Dias como cigana oblíqua e dissimulada e sobre ela incide ainda a metáfora de “olhos de ressaca”, que lhe é atribuída por Bentinho.
d)   Deixa transparecer uma relação clandestina com Escobar, explicitada nas lágrimas dela no momento de encomendação e partida do corpo do nadador da manhã.
e)   Recaem sobre ela incriminação de ordem moral que a fazem merecedora das desconfianças dos amigos e do fim trágico a que chegou.

08 – Unindo o tema do adultério possível e mesclando-o com cinismo e dúvida, juntando a uma pura amizade de infância a possibilidade de traição, Machado de Assis elaborou o romance:
a)   Quincas Borba.
b)   Memorial Aires.
c)   Helena.
d)   Paulo e Virgínia.
e)   Dom Casmurro.

09 – Qual a causa da morte de Escobar?
a)   Assassinato.
b)   Afogamento.
c)   Suicídio.
d)   Incêndio.
e)   Doença.

10 – Em qual país Capitu passa seus últimos dias de vida?
a)   Brasil.
b)   França.
c)   Egito.
d)   Suíça.
e)   Uruguai.

11 – Quando Ezequiel retorna, já adulto, decide fazer uma viagem com alguns amigos arqueólogos para lugares no Oriente Médio. Uma doença causa seu falecimento. Qual?
a)   Febre tifoide.
b)   Lepra.
c)   Tifo.
d)   Enfisema Pulmonar.
e)   Peste Negra.

12 – Qual o verdadeiro objetivo que motiva Bento Santiago a escrever suas memórias?
a)   Lançar um livro.
b)   Unir as pontas da vida e restabelecer na velhice a juventude.
c)   Provar a seus leitores que foi realmente traído por Capitu.
d)   Escrever uma “História dos Subúrbios.”
e)   Criar um novo entretenimento para sua vida monótona, no Engenho Novo.

13 – Assinale a alternativa correta sobre o filme “Dom” baseado na obra Dom Casmurro de Machado de Assis.
a)   A linguagem concisa e objetiva do autor são recursos usados a fim de não prejudicar o desenvolvimento linear da narrativa.
b)   O aproveitamento da mitologia segue o princípio da mimese (“imitação”), de tradição clássica – renascentista.
c)   A idealização da natureza é prova da influência que o Romantismo exerceu sobre o estilo Machadiano.
d)   A crítica ao determinismo cientificista é índice do estilo naturalista de Machado de Assis.
e)   A digressão permite ao narrador interromper o fluxo narrativo para tecer comentários críticos em tom irônico.

14 – Com essa história enjoada de traiu ou não traiu, de Capitu ser anjo ou demônio, o telespectador acaba se esquecendo do fundamental: as memórias são do velho narrador, não da mulher, e o autor é Machado de Assis, e não um escritor romântico dividido entre mistérios.
        Aceitas as observações anteriores, o telespectador deverá:
a)   Identificar o ponto de vista de Capitu, considerando ainda o universo próprio da ficção naturalista.
b)   Reconhecer os limites do tipo de narrador adotado, subordinando-o ao peculiar universo de valores de autor.
c)   Aceitar os juízos do velho narrador, por meio de quem se representa a índole confessional de Machado de Assis.
d)   Rejeitar as acusações do jovem Bentinho, preferindo-lhes a relativização promovida pelo velho narrador.
e)   Relativizar o ponto de vista da narração, cuja ambiguidade se deve a personalidade oblíqua de Capitu.

15 – A que movimento literário pertence está obra?
      Ao realismo.