quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

CONTO: A DESCOBERTA DO AMOR POR E-MAIL - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO


Conto: A descoberta do amor por e-mail
      
                               Elias José

        Quando distribuiu os trabalhos sobre os contos de Machado de Assis, o professor Almir nunca pensou que fosse fazer tanto sucesso e mexer com a turma. Tentou unir os gostos dos alunos com a tarefa a ser desenvolvida. Os que gostam de teatro deveriam montar uma peça com um dos contos, observando bem as roupas, cenários e a linguagem da época. Os que desenham bem recontariam um conto através de imagens. Os que tocam instrumentos ou cantam, criariam músicas falando do tema ou das personagens. Os que gostam de História pesquisariam sobre usos, costumes e cultura do Rio de Janeiro da época. Os que gostam de escrever recontariam conto mudando o narrador ou transformariam o destino das personagens no desfecho. Os que gostavam de corresponder-se com amigos, em duplas, trocariam cartas comentando o conto e o estilo do autor. Tê e Diego, que tanto gostam de computação, comentariam a descoberta do amor no conto Missa do Galo, com comentários pessoais e críticas via e-mail. Redigiriam caprichadamente e imprimiriam cada e-mail e depois, como os demais grupos, exporiam oralmente o trabalho, deixando-o afixado no mural da escola [...].
        Tê e Diego gostaram muito da ideia. Anotaram e discutiram as orientações, leram e releram o conto, combinaram os vários passos do trabalho. E, naquele mesmo dia à noite, começaram a trocar e-mails.
        [...]
        Querido amigo Diego:
        [...]
        Não sei se você leu tantas vezes o conto. Acho que sou meio lerda. Reli muito para perceber mais coisas daquele tempo, daquela casa e daquelas personagens, tive que reler umas dez vezes. Confesso, depois disto, amei o conto. Se você me perguntasse qual seria o texto mais belo que já li, eu falaria: Missa do Galo, de Machado de Assis.
        Vamos terminando por aqui? Antes, como o Almir pediu, quero dizer o que achei do trabalho e do meu parceiro. Acho que foi o trabalho mais gostoso que fiz, que cresci muito com ele, pois aprendi a reler uma história literária muitas vezes, até que encontrasse a razão de ser tão elogiada e de ter uma fama tão duradoura. Se fosse professora, só daria contos e poemas para os alunos lerem, pois não há jeito de ficar relendo romances longos. Descobri, também, que um autor antigo pode ser amado hoje, por jovens, desde que bem lido.
        O meu parceiro foi ótimo, parece que se envolveu muito com o trabalho. Demonstrou inteligência e sensibilidade. Conversamos horas sobre o assunto, antes de cada e-mail, tanto na escola, como no caminho de casa ou por telefone. A amizade se fortaleceu no diálogo. Obrigada, Di. Você foi um amor! Merecemos nota dez. Você não acha?
        Um abraço bem carinhoso da amiga
        Tê.
        Cara Tê:
        Gostei do trabalho porque deixamos de responder àquelas cretinas fichas de leitura para desenvolver algo bem mais criativo. Acho que, na apresentação oral, vamos enriquecê-lo mais, pois não somos destas pessoas tímidas e enrustidas. Não acha? A escola deveria dar trabalhos assim para a gente, não acha? Por que só Almir?
        Quanto à companheira de viagem, não poderia ser mais inteligente e melhor. Devo confessar que comecei na brincadeira, depois tive que ler e reler o conto também, para acompanhar a sua firmeza, caríssima Tê. Além do trabalho, ficarão os nossos laços afetivos mais firmes. Espero.
        Um grande abraço que é mais que um abraço do
        Di
           UM RECADO FORA DO NOSSO TRABALHO. LEIA, PENSE E ME RESPONDA. NÃO VALE IMPRIMIR E ACRESCENTAR AO TRABALHO.
        Querida Tê:
        Queria fazer-lhe uma revelação importante e secreta: estou apaixonadão por minha colega de classe e de trabalho. A Tê, que toda a turma admira e gosta. Só que eu estou gostando e admirando-a de modo mais intenso e diferente. Sabia, Tê, que, ao contrário do Nogueira, sempre achei você bonita. Só que, agora, com maior convívio, fui observando os seus belos detalhes (olhos, cabelos, nariz, lábios, dentes, corpo, modo carinhoso de falar, modo alegre de rir, etc., etc.). E hoje acho você linda, lindíssima. Confesso que o meu coração dispara quando me aproximo de você. Não sei como você não notou, como a classe toda não notou. Estou soltando fogos pelos olhos. Gostou desta? Virei poeta sem sentir... Acho que daqui a muitos anos, vou me lembrar deste P.S. do nosso trabalho, seja qual for a sua resposta. E vou escrever um conto ou poema. Creia, Tê, que você foi o meu primeiro alumbramento. E como me sinto loucamente alumbrado!
        Um beijão, com muito amor do
        Di
           E-MAIL PARA SER LIDO E APAGADO DA MEMÓRIA DO COMPUTADOR. NADA DE IMPRIMI-LO.
        Amigo Di:
        Você me desconcertou. Por esta declaração de amor, eu não esperava. Cheguei a pensar que fosse uma das suas mil brincadeiras carinhosas. Depois, vi que era coisa séria. Valeu o carinho, mas hoje sou só a sua amiga Tê. Estamos afetivamente envolvidos por causa do nosso trabalho. Creio que nunca convivi tanto tempo com um colega, e de maneira agradável e inteligente. Confesso que as suas palavras de amor quase me balançaram. Devo ser sincera e confessar que tenho outro alumbramento, no momento ainda vivo e intenso. Se um dia passar o que sinto por um garoto, amigo nosso, quem sabe a gente poderá tentar. Assim é melhor. Se o seu amor for verdadeiro, saberá esperar. Se a minha paixão de hoje não der em nada, se eu continuar meio balançando para o seu lado (como segunda opção), poderemos tentar. Está certo assim?
        Vamos destruir as mensagens complementares, a sua e a minha, pois assim será bem melhor. Não acha? Toda a classe vai continuar achando que somos os melhores amigos do mundo, que tudo nos une, inclusive Machado de Assis e a mania de passar e-mail por tudo e por nada.
        Abraço carinhoso da amiga
       
                   JOSÉ, Elias. A descoberta do amor por e-mail. In: José, Elias e outros.
A descoberta do amor em prosa. São Paulo: Companhia Editora Nacional. s.d. p. 9-31.
(Coleção Literatura em Minha Casa).
Entendendo o conto:
01 – Sublime apenas as informações corretas a respeito do texto:
(   ) Na primeira parte do texto, há um narrador-personagem.
(X) Na primeira parte do texto, há um narrador observador.
(X) As personagens do texto são o professor Almir e seus alunos.
(   ) A história se passa no século XIX.

02 – As duas personagens da troca de e-mail são:
(X) Colegas de classe.
(   ) Namorados.
(   ) Apaixonados, mas não namorados.
(   ) Grande e velhos amigos.

03 – O título do texto – “A descoberta do amor por e-mail” – justifica-se:
(   ) Pela animação da turma com o trabalho proposto pelo professor Almir.
(X) Pela revelação do amor de Diego e Tê.
(   ) Pela revelação do amor de Tê por Diego.

04 – Relacione cada um dos trechos abaixo a uma característica de Diego:
        Divertido – apaixonado – observador – sincero.
a)   “Cheguei a pensar que fosse uma das suas mil brincadeiras carinhosas.”
Divertido.

b)   “Confesso que o meu coração dispara quando me aproximo de você.”
Apaixonado.

c)   “Queria fazer-lhe uma revelação importante e secreta: estou apaixonado por minha colega de classe e de trabalho.”
Sincero.

d)   “[...] fui observando os seus belos detalhes (olhos, cabelos, nariz, dentes, corpo, modo carinhoso de falar, modo alegre de rir, etc., etc., etc.).”
Observador.

05 – Por meio da correspondência, as pessoas têm oportunidade de falar a respeito de suas emoções, de seus desejos, de seus planos. Lendo o e-mail de Diego e o que Tê respondeu para ele, o que se pode perceber a respeito dessas duas personagens?
      Percebe-se que Diego está apaixonado por Tê, mas não é correspondido, pois a garota está apaixonada por outro garoto.

06 – O que você acha do trabalho que o professor Almir passou a seus alunos? Você já fez trabalhos assim?
      Resposta pessoal do aluno.


CRÔNICA: MAL TRAÇADAS LINHAS - A NAMORADA - RONALD CLAVER - COM GABARITO

CRÔNICA: Mal traçadas linhas – A Namorada
            

                                       Ronald Claver
        A primeira vez que vi Glorinha, estava na casa da Ritinha. Usava fitas nos cabelos e seus dois olhos verdes saltaram sobre os meus. Foi um encontro casual e eterno. Não consegui ficar em sua presença mais do que um minuto. Foi rápido. O mundo desabou ali mesmo, na frente de todo mundo. Corri para o bardo Tião. Ritinha foi atrás querendo saber o que houve. Eu perdi a respiração e só soube dizer que não houve nada.
        A partir daquele dia, seus grandes olhos verdes me perseguiam e os via em todos os olhos, seu rosto sorria em outros rostos e as fitas estavam em todos os cabelos. Glorinha, certamente, era um anjo – (mau, às vezes) – porque se multiplicava em mim e derramava em todo meu corpo – (às vezes bom) – quando penetrava sorrateiro em meu quarto e preenchia meus sonhos.
        Glória vivia sempre em mim. Era uma outra pessoa que tinha adquirido, ou o travesseiro que faltava. E Glorinha tornou-se uma obsessão. Ela corria em meu sangue. Acordava comigo e não se separava mais. Tomava o café da manhã, almoçava, jantava e era a principal artista de meus sonhos. Até a bola de futebol passou a se chamar Glorinha e foi por isso que resolvi ser goleiro. Não admitia chutar Glorinha. Preferia agarrá-la. Senti-la em meus braços.
        Na escola, a professora era Glorinha, as meninas eram Glorinhas, até a dona Maria da cantina era Glorinha. A imagem de Glorinha me transbordava e fluía em todos os poros. Refletia nos óculos, nos espelhos, nos vidros, nas garrafas de refrigerante. Glorinha me inundava com sua presença, com seus olhos, pelos e cabelos. Glorinha me sugava, me surrava, incomodava. O seu nome me enchia a boca: Glorinha, glória, glória minha, Glorinha era a minha glória.
        Glorinha domingava em mim e foi num domingo que consegui revê-la. Missa das 10, eram 9h45min. Perambulava no adro da igreja quando Glorinha apontou na esquina. Fiquei em pânico. Minhas pernas tremeram. O coração disparou. Me escondi atrás de uma árvore.
        Ela vinha acompanhada de outras meninas e falava sem parar. Estava radiante e vestia vermelho. Ela passou perto da árvore onde estava. Não me viu. O medo e a ansiedade foram tantos que virei raiz, folha, tronco. Era outono e me despenquei lá de cima. Tinha virado uma folha. Uma folha seca. Mas um vento bom não me deixou perdido, à mercê de passos desavisados ou de alguma roda descuidada. A aragem dominical me levou até o templo e me alojou atrás de Glorinha. Se a morte era a glória celeste, Deus em sua infinita sabedoria, provavelmente, não conhecera a Glória terrestre. E ela estava ali, no templo. Perto Dele, orando a Ele, falando a mesma língua Dele.
        E quando a missa terminou, ela saiu como entrara, ruidosa. Mas percebi que ela olhou para um rapaz. E aquilo foi um punhal, uma faca de muitos gumes. Fiquei arrasado e meu primeiro ímpeto foi matar aquele sujeito.
        E meu dia transcorreu violento. Não almocei nem fui à matinê. Conheci o ciúme.
        A noite foi infernal. Arquitetei mil planos para abordá-la. Imaginei cenas, encontros.
        Construí diálogos. Ouvi a sua doce voz penetrando em meus ouvidos e dizendo sim, sim, sim. Neste momento virei palavra. E naveguei todo o quarto. E a palavra Glorinha tinha asas. Era um pássaro de mil cores. E sobrevoei o quarto várias vezes e esse pássaro era Glorinha que voava em mim.
        O sono veio tarde. Delirei. Glorinha transformou-se em Julieta. Depois em Myriam Lane, em Narda e desfilou em mim com vários nomes. Às vezes tornava-se Rapunzel e ficava na torre inexpugnável, pedindo socorro, lançando as tranças para o príncipe encantado. E este príncipe nunca era eu, pena.
        Nesta mesma noite, caminhamos de mãos dadas. Estávamos em silêncio, mudos. O cenário era um pátio de longas paredes que não acabava nunca. Éramos os únicos naquela paisagem. Aproximei-me de seu rosto e ela recuou, negaceou, mas insisti. E quando lábios e olhos se tocaram, tudo evaporou. Acordei.
        E Glorinha continuou no ofício de me percorrer, de me perseguir. De me domingar. E Glorinha me dominou durante muito tempo, quando uma ideia luminosa glorificou todo meu sofrimento: escrever uma carta, era a saída.
        Rabisquei papéis. Rasguei. Não consegui escrever além de seu nome. Mas o Divino Espírito Santo, a terceira pessoa (ou a segunda?) da Santíssima Trindade, me encheu de luz: na segunda prateleira da estante de meu irmão, descobri um livro, o maior de todos: Cartas de Amor, roubei-o.
        Na página 27 estava a minha declaração, a carta que pedira a Deus. O autor era um gênio, descobriu as minhas palavras. Era assim:
        Estas mal traçadas são endereçadas àquela que torna meus dias como este céu de abril
        (Abri a janela e o céu estava horrível, ia chover, e era maio)
        Você é a Dulcinéia que tanto almejo
        (Perguntei ao Bolinha quem era Dulcinéia e ele me disse que achava que era a miss Brasil)
        Sou um cavalheiro errante
        (Troquei “errante” por “certeiro” porque ela podia achar que era um cara cheio de erros)
        Te vejo em todos os lugares. Chegou a hora de unirmos nossas solidões.
        Teu
        Romeu
        Assinei, molhei as pontas do envelope com cuspe, surrupiei uns trocados na bolsa da mãe, comprei selo e coloquei a carta no correio com o coração ansioso.
        Um mês depois, chegou a carta de Glorinha. Fui com sede ao pote. Abri sem cuidado. E fui lendo:
        A resposta está na página 40, do mesmo livro.
        Tua
        Julieta.
        
CLAVER, Ronald. A última sessão de cinema. São Paulo: Melhoramentos, 1986. p.58-60.
                                                      (Prêmio Bienal Nestlé de Literatura Brasileira).
Entendendo o texto:
01 – Tente explicar o significado dos termos destacados. Se precisar, consulte um dicionário.
a)   “Perambulava no adro da Igreja quando Glorinha apontou na esquina.”
·        Adro: terreno em frente ou em volta da Igreja.
·        Apontar: mostrar-se, aparecer.

b)   “A aragem dominical me levou até o templo e me alojou atrás de Glorinha.”
·        Aragem: vento brando, brisa.

c)   “Às vezes tornava-se Rapunzel e ficava na torre inexpugnável [...]”.
·        Inexpugnável: invencível, inabalável.

d)   “Aproximei-me de seu rosto e ela recuou, negaceou, mas insisti.”
·        Negacear: provocar e, em seguida, esquivar-se.

02 – Releia o primeiro parágrafo e responda: qual a razão de o garoto ficar em pânico?
      Ele ficou em pânico porque gostava de Glorinha em segredo e ela estava se aproximando dele.

03 – Numere os fatos abaixo a fim de coloca-los na mesma sequência em que ocorrem na narrativa:
(5) Glorinha responde ao garoto.
(4) O menino decide escrever uma carta para Glorinha.
(1) O narrador vê Glorinha chegando para a missa.
(3) Glorinha é beijada pelo garoto, em sonho.
(2) O narrador planeja conversar com sua amada.

04 – Qual o grande desejo do garoto?
      Era que Glorinha também gostasse dele e fosse sua namorada.

05 – Assinale a alternativa que mostra um obstáculo que impedia a realização do desejo do garoto:
(   ) Ele não sabia escrever cartas de amor.
(X) Ele era muito tímido.
(   ) Glorinha não gostava dele e já estava interessada em outro garoto.
(   ) O garoto era muito ciumento e Glória não gostava disso.

06 – Releia a carta que o garoto mandou à Glorinha e depois procure no dicionário o significado da palavra errante.
a)   O que significa errante?
Aquele que vagueia, que anda sem destino definido.

b)   O que a personagem da história pensava que fosse errante?
Pensava que fosse “uma pessoa cheia de erros”.

07 – Explique o significado das expressões destacadas abaixo:
a)   “E Glorinha continuou no ofício de me percorrer, de me perseguir. De me domingar.”
O autor criou uma nova palavra para expressar as coisas boas que Glorinha desperta na personagem.

b)   Fui com sede ao pote”.
Fazer algo avidamente e sem prudência.

08 – Releia a resposta de Glorinha e depois responda: Qual o significado de suas palavras?
      Glorinha conhecia o livro do qual o menino tinha copiado a carta e indicou-lhe a página em que encontraria a resposta.

09 – Na sua opinião, a carta que o garoto copiou é uma boa carta de amor? Explique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.




TEXTO: O ESTOURO DO CHICLETE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: O estouro do chiclete


   O chiclete moderno foi inventado em 1870, mas o hábito de mascar substâncias parecidas com borracha já existia há muito mais tempo: os egípcios mascavam uma pasta de cerveja fermentada e os Maias usavam uma resina retirada de uma árvore.

          Conheça um pouco da história dessa divertida mania.

        O tradicionais sabores de menta, hortelã e tutti-frutti continuam fazendo sucesso, mas a variedade aumentou bastante. Hoje, é possível encontrar chiclete sabor hambúrguer, pizza ou batata-frita. Se você está com dor de cabeça, pode comprar o chiclete que vem com remédio junto.
        No final do século 19, o chiclete era visto como uma coisa de marginais. As crianças estavam proibidas de masca-lo na classe. Se o professor as pegasse com chiclete, levariam uma reguada nos joelhos. Se uma atriz quisesse fazer um papel de má e vulgar, ela entraria em cena mascando chiclete. Nessa época, corriam boatos de que, se você engolisse o chiclete, ele ficaria colado nos intestinos e você morreria. Na verdade, ele não é absorvido pelo organismo e é eliminado por inteiro.
·        Químicos japoneses desenvolveram um chiclete do humor. Ele muda de cor se você está alegre, triste ou bravo.
·        Você quer economizar seu chiclete? Coloque a goma já mascada em um copo com água durante a noite. Pela manhã ele estará macio novamente.
·        100.000 toneladas de chiclete são mascadas durante um ano. É chiclete suficiente para construir um navio cruzeiro em tamanho natural.
·        Alguns criminosos foram identificados pelo chiclete que deixaram no local do crime. Os detetives compararam seus dentes com as marcas deixadas no chiclete.
        A história do chiclete:
        50 a.C. = Os gregos mascavam uma goma feita de resina de árvore.
        1492 = Cristóvão Colombo, quando chegou à América, relatou em uma carta que os nativos da região tinham o hábito de mascar uma resina retirada de uma árvore da região, o sapota.
        1870 = O norte-americano Thomas Adams inventou o chiclete moderno, com sabor artificial.
        1899 = Surge o primeiro chiclete cor-de-rosa, que foi criado pelo norte-americano Franklin Canning.
       1906 = Foi inventado o chiclete de bola, com o nome de Blibber-Blabber.
        1965 = O chiclete chega ao espaço, a bordo da nave Gemini 4.

        Ingredientes
        O chiclete é feito de ingredientes sintéticos, como resina de vinil e ceras micro cristalizadas. Também há elementos naturais, como látex. Sua composição é 25% goma de mascar, 20% xarope de milho, 2% sabor artificial e cor e 57% açúcar. Esse açúcar faz mal aos dentes. Ele pode causar cáries. Por isso, é necessário escovar os dentes depois de mascar chiclete.
                     Revista Disney Explora. São Paulo: Folha, ano 1, jul. 1999.

Entendendo o texto:
01 – Há quantos anos existe o chiclete moderno?
      Calcular os anos transcorridos desde 1870 até o atual, por exemplo, de 1870 a 013, a diferença é de 143 anos.

02 – Quais os sabores tradicionais dos chicletes?
      Hortelã, tutti frutti e menta.

03 – Você acha que mascar chiclete em situações e ou locais mais formais é um comportamento adequado? E na sala de aula?
      Resposta pessoal do aluno.

04 – É importante escovar os dentes após mascar chiclete? Por quê?
      O chiclete contém açúcar, que provoca cáries. Desse modo, é necessária a escovação após mascá-lo.

05 – Releia a “linha fina” desse texto (informação que está logo abaixo, do título) e identifique nela a parte que menciona o objetivo principal do texto.
      Conheça um pouco da história dessa divertida mania.

06 – O título do texto apresenta duplo sentido porque o verbo “estourar”, nesse caso, refere-se:
(X) Tanto ao sucesso que o chiclete alcançou como ao fato de as bolas feitas com ele rebentarem.
(   ) Tanto ao barulho produzido quando se masca o chiclete como ao sucesso de venda que ele alcançou no ano de 1870.

07 – O texto apresenta uma parte com curiosidades sobre o chiclete. Como essa parte está organizada?
      Cada curiosidade foi apresentada em um item. Em cada um deles há um mascador.

08 – Releia o box “ingredientes” e liste os produtos que entram na composição do chiclete, ordenando-os de acordo com suas quantidades. Comece a lista com o produto que predomina.
      57% de açúcar; 25% goma de mascar; 20% xarope de milho; 2% sabor artificial e cor.

09 – Se você fosse inventar chicletes diferentes, quais sabores eles teriam?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – O chiclete já foi visto como um hábito marginal e, por isso, era proibido. Você se lembra de alguma atitude que é considerada marginal na sua comunidade?
      Resposta pessoal do aluno.

11 – Leia o trecho a seguir:
        “No final do século 19, o chiclete era visto como uma coisa de marginais. As crianças estavam proibidas de masca-lo na classe.”
Note que o pronome destacado está evitando a repetição da palavra chiclete. Use o mesmo recurso para evitar as repetições abaixo.
a)   O chiclete é uma guloseima que se apresenta em muitos sabores. Para desenvolver o chiclete, foram necessárias muitas pesquisas.
O chiclete é uma guloseima que se apresenta em muitos sabores. Para desenvolvê-lo foram necessárias muitas pesquisas.

b)   Depois de mascar o chiclete, você pode economizar o chiclete guardando-o em um copo-d’água. Assim ele ficará macio novamente.
Depois de mascar o chiclete, você pode economiza-lo guardando-o em um copo-d’água. Assim ele ficará macio novamente.

12 – Repare no enunciado: “... mas o hábito de mascar substâncias parecidas com borracha já existia muito mais tempo...”
O foi empregado por que esse trecho está no:
(   ) Presente.                  (X) Passado.                 (   ) Futuro.

13 – Ao invés de chiclete, no singular, é possível escrever os itens de 1899 e 1906 no plural, com chicletes, sem mudar os sentidos. Escolha um desses itens e reescreva-o fazendo essa alteração para testar.
      1899 – Surgem os primeiros chicletes cor-de-rosa, que foram criados pelo norte-americano Franklin Canning.
      1906 – Foram inventados os chicletes de bola, com o nome de Blibber-Blabber.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): O CACAU É SHOW - DARLAN ALVES CARNEIRO - COM GABARITO

Música(Atividades): O cacau é show

                           
É tão doce sonhar
E recordar a própria história
Eu, que já fui dádiva celestial
Em misteriosas civilizações
Fui batizado de cacau
Caminhei entre Maias e Astecas
Consagrei o meu “valor”
Caí na graça e no gosto
Na taça do imperador

A nobreza da Europa, eu conheci
E num tal “mexe-mexe”, eu me vi
Ganhei um gosto especial
A mistura “deu carnaval”!

Sou rei entre os presentes
Se for falar de paixão
Nos sentidos dessa gente
Posso tocar um coração
Agradeço a cada sonhador
Que me deu forma, brilho e cor
Estou aqui pra festejar
Hoje sou o símbolo da vida,
Renasci nessa avenida
Na escolha popular

Tá na boca do povo:
“O Cacau é Show”!
Sou Rosas, Rosas de Ouro
Meu sabor te conquistou!
COMPOSITORES DO SAMBA-ENREDO: Armênio Poesia, Aquiles da Vila,
Chanel, Mauricio Paiva, Boldrini e Fred Viana.
Entendendo a canção:
01 – O que está sendo contado na letra desse samba?
      A história do chocolate, embora o termo que mais apareça seja “cacau”, que é matéria-prima do chocolate.

02 – Percebam que há rimas e versos curtos na letra do samba. Por que vocês acreditam que esses recursos foram utilizados?
       Por ser um samba-enredo, há a necessidade de que ele seja memorizado facilmente pelo público, a fim de que este possa cantá-lo quase que instantaneamente no momento do desfile. As rimas e os versos curtos auxiliam essa memorização.

03 – Analisem este verso: Consagrei o meu “valor”. Quais outras expressões confirmam essa “consagração”, ao longo dos versos?
      Dádiva celestial, sou rei entre os presentes, sou símbolo da vida, o cacau é show.

04 – Reparem que, no início, no meio e ao final da canção, os autores empregam as palavras doce, gosto especial e sabor.
a)   A qual dos sentidos humanos elas estão relacionadas?
Está relacionada ao paladar.

b)   Qual o efeito que isso causa?
O prazer que a ele se associa.

05 – Releia a letra do samba e numere seus versos:
        O sexto verso diz: Caminhei entre Maias e Astecas.
        O décimo verso diz: A nobreza da Europa eu conheci.
O samba diz que o chocolate caminhou entre os povos do “Novo Mundo”, isto é, da América; então, é possível concluir que:

(X) Maias e Astecas conheciam o chocolate, portanto o cacau é planta nativa da América.
(   ) Europeus trouxeram o chocolate para a América.
(X) O chocolate foi levado da América para a Europa.

06 – A história do chocolate foi contada pelos compositores em forma de samba-enredo. Para escrever essa letra, eles tiveram de pesquisar textos informativos sobre esse assunto. Em que tipo de material é provável que eles tenham buscado as informações?
(   ) Livros de poemas.
(X) Revistas.
(X) Enciclopédias.
(X) Internet.
(   ) Livros de contos de fadas.
(   ) Rótulos de chocolates.

07 – Em que ano a escola de samba Rosas de Ouro desfilou cantando o samba que você leu e ouviu? Faz quantos anos que aconteceu esse desfile?
      Foi em 2010; dependerá do ano em que se esteja realizando esta análise.

08 – Quantos compositores trabalharam na composição da letra e da melodia do samba? Quem interpretou?

      Foram seis compositores. E interpretou o samba, foi Darlan Alves Carneiro.

09 – Você concorda com a afirmação de eu O cacau é show? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

POEMA: BEM-TE-VI - JOSÉ DE NICOLA - COM GABARITO

Poema: BEM-TE-VI   

        José de Nicola

Amigo gentil
todas as manhãs
me espera no fio.
Sempre feliz,
grita
assim que me vê:
- Bem-te-vi!
- Bem-te-vi!


Fiscal da natureza
sempre atento
nunca dá moleza.
Se a motosserra
fere
o jatobá,
o jacarandá,
ou o ipê,
ele logo vê,
e, nervoso, grita assim:
- Te-vi!
- Te-vi!
NICOLA, José de. Entre ecos e outros trecos. São Paulo: Moderna, 1991.
Entendendo o poema:
01 – Na primeira estrofe, que qualidades são atribuídas ao bem-te-vi?
      Amigo gentil, feliz.  
              
02 – O bem-te-vi do poema é fiscal da natureza? Por quê?
      Porque ele grita avisando quando tem alguém cortando árvores.   
        
03 – Explique com suas palavras o significado da expressão “nunca dá moleza”.                
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: nunca descuida; nunca facilita.

04 – No poema, “Bem-te-vi” é usado com duplo sentido. Quais são os sentidos em que essa palavra pode ser lida no poema?
      Como substantivo, é nome de passarinho; mas pode ser lida como uma frase do passarinho, que é ter visto algo muito bem.

05 – Em qual desses sentidos a expressão pode ser considerada uma frase verbal?
      É frase verbal quando a expressão representa a fala do passarinho afirmando que viu o que a motosserra fez.

06 – Como o bem-te-vi fica quando a natureza é agredida?         
      Ele fica nervoso.

07 – No final do texto, qual pode ter sido a intenção do poeta ao reduzir a expressão para Te-vi! Te-vi? 
      A intenção seria expressar a intensidade do nervosismo do passarinho diante da derrubada das árvores. A redução da expressão também pode indicar que ele não tem dúvida do que está vendo.

08 – Ao ser utilizado como nome de passarinho o substantivo bem-te-vi é composto, isto é, formado por mais de uma palavra. Transcreva do texto outro substantivo composto. 
      Motosserra.

09 – No texto Bem-te-vi, a palavra Natureza foi escrita com letra maiúscula, portanto, foi utilizada como um substantivo próprio. Na sua opinião, qual seria a justificativa para o uso da maiúscula?
      A razão provável é chamar a atenção para a Natureza, para mostrar quanto ela é importante.