Poema: O que se diz
Carlos Drummond de Andrade
Que frio! Que vento! Que calor! Que
caro! Que absurdo! Que bacana! Que frieza! Que tristeza! Que tarde! Que amor!
Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que
doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que
confusão! Que vida! Que talento! Que alívio! Que nada...

Assim, em plena floresta de
exclamações, vai-se tocando pra frente.
Carlos Drummond de
Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. p. 1379.
Fonte: Lições de texto.
Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática –
4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 16.
Entendendo o poema:
01 – Qual é a principal característica
da linguagem utilizada no poema?
A principal
característica é o uso abundante de exclamações, que expressam uma variedade de
emoções e impressões sobre o mundo. A linguagem é fragmentada e rápida,
refletindo a agitação da vida moderna.
02 – Qual é o significado da
expressão "floresta de exclamações"?
A "floresta
de exclamações" representa a profusão de sentimentos e opiniões que
bombardeiam o indivíduo no dia a dia. É uma metáfora para a intensidade e a
diversidade das experiências humanas.
03 – Quais são os temas
abordados no poema?
O poema aborda
uma ampla gama de temas, desde questões existenciais ("Que vida!")
até situações cotidianas ("Que pão!"). Ele captura a complexidade e a
imprevisibilidade da vida, com seus altos e baixos, alegrias e tristezas.
04 – Qual é a mensagem
transmitida pelo último verso do poema: "Assim, em plena floresta de
exclamações, vai-se tocando pra frente"?
O último verso
sugere que, apesar do caos e da confusão da vida, as pessoas continuam seguindo
em frente, enfrentando os desafios e buscando sentido em meio à "floresta
de exclamações".
05 – Como o poema reflete o
estilo de Carlos Drummond de Andrade?
O poema reflete o
estilo característico de Drummond, com sua linguagem coloquial, ironia sutil e
reflexões sobre a condição humana. Ele captura a essência da vida moderna, com
sua velocidade e complexidade, e a transforma em poesia.
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