Soneto: Epigrama imitado
Bocage
Levando um velho avarento
Uma pedrada no olho,
Põe-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.

Certo, doutor, não das dúzias,
Mas sim do médico perfeito,
Dez moedas lhe pedia
Para o livrar do defeito.
"Dez moedas! (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro eu dou por isso."
Fonte: Português. Série
novo ensino médio. Volume único. Faraco & Moura – 1ª edição – 4ª impressão.
Editora Ática – 2000. São Paulo. p. 133.
Entendendo o soneto:
01 – Qual é o evento que
desencadeia a história contada no soneto?
Um velho avarento leva uma pedrada no
olho, que incha consideravelmente.
02 – Qual a reação do velho
avarento ao saber o preço do tratamento médico?
O velho avarento
se recusa a pagar dez moedas pelo tratamento, demonstrando sua extrema avareza.
03 – Qual a atitude do velho
avarento em relação ao outro olho?
O velho avarento
oferece o outro olho em troca do tratamento, mostrando que valoriza mais o
dinheiro do que a própria saúde.
04 – Qual a crítica social
presente no soneto de Bocage?
O soneto critica a avareza excessiva,
mostrando como ela pode levar uma pessoa a tomar decisões absurdas e
prejudiciais.
05 – Qual o efeito cômico
presente no final do soneto?
O efeito cômico é
criado pela ironia da situação, onde o velho avarento prefere perder um olho a
gastar dinheiro, revelando sua ganância de forma exagerada e ridícula.
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