Poesia: Rio na sombra
Cecília Meireles
Som
frio.
Rio
Sombrio.

O longo som
do rio
frio.
O frio
bom
do longo rio.
Tão longe,
tão bom,
tão frio
o claro som
do rio
sombrio!
Cecília Meireles, op. cit. p. 727.
Fonte: Lições de texto.
Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática –
4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 344-345.
Entendendo a poesia:
01
– Qual a atmosfera predominante no poema?
A atmosfera predominante
é de mistério e melancolia, criada pela repetição das palavras
"sombrio" e "frio", que evocam uma sensação de escuridão e
solidão.
02
– Qual a importância da sonoridade no poema?
A sonoridade é
essencial no poema, com a repetição dos sons "o" e "r"
criando um ritmo lento e hipnótico, que imita o fluir do rio e intensifica a
sensação de mistério.
03
– Qual o significado do contraste entre "frio" e "bom" no
poema?
O contraste entre
"frio" e "bom" sugere uma ambiguidade na relação com o rio,
que pode ser ao mesmo tempo assustador e reconfortante, representando talvez a
dualidade da natureza ou das emoções humanas.
04
– Como a repetição de palavras contribui para o efeito do poema?
A repetição de
palavras como "rio", "som", "frio" e
"sombrio" cria um efeito de eco, reforçando a atmosfera misteriosa e
a sensação de imersão no ambiente do rio.
05
– Qual a interpretação possível para a expressão "claro som do rio
sombrio"?
A expressão
paradoxal "claro som do rio sombrio" pode representar a beleza
melancólica do rio, ou a ideia de que mesmo na escuridão e no mistério, há uma
beleza sutil e luminosa.
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