terça-feira, 22 de dezembro de 2020

POEMA: O BOI - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 POEMA: O BOI

  Carlos Drummond de Andrade

Ó solidão do boi no campo,
ó solidão do homem na rua!
Entre carros, trens, telefones,
entre gritos, o ermo profundo.

Ó solidão do boi no campo,
ó milhões sofrendo sem praga!
Se há noite ou sol, é indiferente,
a escuridão rompe com o dia.

Ó solidão do boi no campo,
homens torcendo-se calados!
A cidade é inexplicável
e as casas não têm sentido algum.

Ó solidão do boi no campo!
O navio-fantasma passa
em silêncio na rua cheia.
Se uma tempestade de amor caísse!
As mãos unidas, a vida salva…
Mas o tempo é firme. O boi é só.
No campo imenso a torre de petróleo.

Carlos Drummond de Andrade


Entendendo o poema

1)   Observe os versos:

“Se há noite ou sol, é indiferente,

a escuridão rompe com o dia.”

A expressão que, empregada para ligar esses versos, expressa noção adequada ao contexto

a)   portanto, com sentido de conclusão.

b)   desde que, com sentido de condição.

c) embora, com sentido de concessão.

d) pois, com sentido de explicação.

e) que, com sentido de consequência.

 

                 2 - Qual é o sentimento que está sendo abordado nesse poema?

               Tristeza e solidão

3 - Quais são os efeitos sonoros que o poeta utiliza para tratar do sentimento em questão?

Ele se utiliza do antecanto (verso que se repete no princípio de cada estrofe).

4 - Quais são as possíveis relações entre o homem e o animal citado no poema?
Ele diz que o mesmo sofrimento do animal, o homem também sofre.

5 - Qual é a solução proposta pelo eu lírico para acabar com o problema posto no poema? 

Que o amor é a salvação. Como vimos nesse verso:

“Se uma tempestade de amor caísse!
As mãos unidas, a vida salva…”

Nenhum comentário:

Postar um comentário