CULTURA E
LIBERDADE
Ser livre
implica poder optar racionalmente entre duas coisas. É precisamente o caráter
racional dessa opção que faz da cultura a base, por excelência, da liberdade.
Com efeito,
toda e qualquer escolha instintiva, inconsciente ou desavisada pode, inclusive,
ser feliz ou correta; mas nunca será gesto de liberdade na plenitude da
palavra.
É, pois, a
cultura, entendida como posse, o mais integral possível dos valores
científicos, morais ou filosóficos, que nos possibilita julgá-los, elegê-los
conscientemente, depô-los ou retificá-los. E isso é ser livre.
Os sábios
antigos, que foram levados à prisão em nome de postulados que seus
contemporâneos não admitiam, constituem, paradoxalmente, expressivo exemplo de
homens livres. A prisão não os privou de sua eleição íntima e consciente; não
os tornou, por conseguinte, menos livres. Certamente, eles viram em sua
segregação social, não a perda da liberdade, mas o preço a pagar por tê-la
exercido plenamente.
No mundo atual,
em que opções políticas, religiosas, sociais e ideológicas as mais dedicadas se
nos impõem, a cultura já não é apenas um meio de chegar à liberdade, porém uma
arma a utilizar na preservação dela.
Continuemo-nos,
portanto. Pensar em liberdade sem ter cultura é como querer voar, tendo apenas
condições para arrastar-se.
EDSON OLIVEIRA.
1 – Qual a tese do autor?
Ser
livre implica poder optar, racionalmente, entre duas coisas.
2 – De que argumentos ele se utiliza para sustentar a sua
tese?
Diz-nos que o caráter racional dessa opção é que faz da cultura a base
da liberdade e que a escolha, racionalmente feita, será um gesto de plena
liberdade.
3 – De que recursos ele se utilizou para precisar seus
argumentos?
Utilizou-se de exemplos.
4 – Entendido o texto, que relação semântica você percebe no
título escolhido?
Percebe-se a relação de causa e consequência.
5 – Que outro título daria ao texto?
Resposta pessoal.
6 – Qual o seu ponto de vista quanto ao assunto dissertado?
Resposta pessoal.
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