domingo, 23 de junho de 2024

HISTÓRIA: O PEQUENO PRÍNCIPE 1º CAPÍTULO - ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY - COM GABARITO

 História: O pequeno príncipe 1º capítulo

              Antoine de Saint-Exupéry

        Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, "Histórias Vividas", uma imponente gravura. Representava ela uma jiboia que engolia uma fera. Eis a cópia do desenho. 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu_YFmlvOv324NyDAeq8JK8BA30rQnnHQbrS2xnoF0gCRESaKtQjFKqO81cH6YS-giTTW-owOPIC51ooxQxBoKsPBQWG26SX39e5JWS235Y_-mjVzxGAcnHQzrit5sniJ2PjuF07FlppHdt76U7KICDBkeDXhdZFcHU9Yyi0mNzTBNJ7R28mvxFqoma2g/s320/PRINCIPE.png 


        Dizia o livro: "As jiboias engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, não podem mover-se e dormem os seis meses de digestão." 

        Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Meu desenho número 1 era assim:

        Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. 

        Responderam-me: "Por que é que um chapéu faria medo?" 

        Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações. Meu desenho número 2 era assim: 

        As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática.  Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando. 

        Tive pois de escolher uma outra profissão e aprendi a pilotar aviões. Voei, por assim dizer, por todo o mundo.  E a geografia, é claro, me serviu muito. Sabia distinguir, num relance, a China e o Arizona. É muito útil, quando se está perdido na noite. 

        Tive assim, no correr da vida, muitos contatos com muita gente séria. Vivi muito no meio das pessoas grandes.  Vi-as muito de perto. Isso não melhorou, de modo algum, a minha antiga opinião. 

        Quando encontrava uma que me parecia um pouco lúcida, fazia com ela a experiência do meu desenho número 1, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se ela era verdadeiramente compreensiva. Mas respondia sempre: "É um chapéu". Então eu não lhe falava nem de jiboias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me ao seu alcance. Falava-lhe de bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava encantada de conhecer um homem tão razoável. 

SAINT-EXUPÉRY, Antoine. O Pequeno Príncipe. Trad.: Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro: Agir, 1974, p. 9-11.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 10-12.

Entendendo a história:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Imponente: grandioso, impactante.

·        Esplêndido: que causa esplendor, grande admiração.

·        Lúcido: que não se ilude, compreensivo, descomplicado.

·        Bridge: jogo de cartas (baralho) de origem inglesa.

02 – Com base no texto que você leu, como começa a história “O Pequeno Príncipe”?

      “O livro começa com o narrador contando que tinha 6 anos e leu num livro que jiboias engoliam feras. Inspirado nisso, fez seu desenho número 1, que não foi bem compreendido. Então, fez um desenho número 2. Enfim, os adultos o aconselharam a estudar Geografia e outras disciplinas e abandonar os desenhos. Por isso ele se tornou piloto de avião.”

03 – O narrador considera adequado o modo como as crianças enxergam o mundo ou o modo como os adultos enxergam o mundo?

      O narrador considera o ponto de vista da criança mais adequado do que o dos adultos no início. Mas, depois considera também o dos adultos quando diz que a Geografia foi importante na vida dele. Se disserem apenas o ponto de vista da criança.

04 – Releia o trecho abaixo:

        “[...] e aprendi a pilotar aviões. Voei, por assim dizer, por todo o mundo.  E a geografia, é claro, me serviu muito.”. Segundo o narrador, nesse ponto, o conselho dos adultos foi ruim para ele? Explique seu ponto de vista. Por que ele aceitou o conselho, abandonou os desenhos e seguiu outra carreira?

      Não. O ponto de vista do narrador mudou. Ele abandonou o desenho para ser piloto de avião, e o que aprendeu de Geografia foi importante para sua profissão de piloto.

05 – Agora, releia o último parágrafo do capítulo 1 de “O Pequeno Príncipe” e responda: O narrador é um homem ou um menino? Justifique sua resposta com dados do último parágrafo.

      É um homem, porque pilota aviões, conhece Geografia, discute política e usa gravatas, joga baralho e diz que o consideram um homem razoável.

06 – No livro “O Pequeno Príncipe”, combinam-se aspectos formais

Narrativos e aspectos literários. Assinale a alternativa que indica a combinação correta.

a)   Narrativa em 3ª pessoa com história real.

b)   Narrativa em 1ª pessoa com história fictícia.

c)   História real escrita em versos.

d)   Ficção escrita em versos e vida real.

07 – Releia o trecho a seguir e considere a parte destacada.

        “Quando encontrava uma (pessoa grande) que me parecia um pouco lúcida, fazia com ela a experiência do meu desenho número 1, [...]. Mas respondia sempre: "É um chapéu". Então eu não lhe falava nem de jiboias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me ao seu alcance. Falava-lhe de bridge, de golfe, de política, de gravatas.

Agora, parafraseie o trecho destacado. Escreva com suas palavras o que o autor disse. Em seguida, discuta com o professor e seus colegas a importância de adequar nosso ponto de vista à circunstância.

      Resposta pessoal do aluno.

AUTOBIOGRAFIA(CRÔNICA): MAIO - FRAGMENTO - LIMA BARRETO - COM GABARITO

 Autobiografia (Crônica): Maio – Fragmento

                       Lima Barreto 

        Estamos em maio, o mês das flores, o mês sagrado pela poesia. Não é sem emoção que o vejo entrar. Há em minha alma um renovamento; as ambições desabrocham de novo e, de novo, me chegam revoadas de sonhos. Nasci sob o seu signo, a treze, e creio que em sexta-feira; e, por isso, também à emoção que o mês sagrado me traz, se misturam recordações da minha meninice.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiJQG6jf69tBqzucp6QAQ09Raxh2IzlsYHwZh597lUXkg9PdeACQhVa02ICLcry_a9m4qgJXAyrYkk-GRr4_jNM3BBoXTyoaPag0MlLj7Az7ITwPYiJ6v2F9iVekM6q-fJWqD5EnyV50Ntr8pCHukJdG5koSeeBli0oNyBCpUh33gaPmnSrQnhINYY6tI/s320/Maio.jpg

        Agora mesmo estou a lembrar-me que, em 1888, dias antes da data áurea, meu pai chegou em casa e disse-me: a lei da abolição vai passar no dia de teus anos. E de fato passou; e nós fomos esperar a assinatura no Largo do Paço.

        [...]

        Havia uma imensa multidão ansiosa, com o olhar preso às janelas do velho casarão. Afinal a lei foi assinada e, num segundo, todos aqueles milhares de pessoas o souberam. A princesa veio à janela. Foi uma ovação: palmas, acenos com lenço, vivas... [...]

        Eu tinha então sete anos e o cativeiro não me impressionava. Não lhe imaginava o horror; não conhecia a sua injustiça. [...] Mas como ainda estamos longe de ser livres! Como ainda nos enleamos nas teias dos preceitos, das regras e das leis!

        [...]

        E maio volta... Há pelo ar blandícias e afagos; as coisas ligeiras têm mais poesia; os pássaros como que cantam melhor; o verde das encostas é mais macio; um forte flux de vida percorre e anima tudo...

        O mês augusto e sagrado pela poesia e pela arte [...] volta; e os galhos da nossa alma que tinham sido amputados – os sonhos, enchem-se de brotos muito verdes, de um claro e macio verde de pelúcia, reverdecem mais uma vez, para de novo perderem as folhas, secarem, antes mesmo de chegar o tórrido dezembro.

        E assim se faz a vida, com desalentos e esperanças, com recordações e saudades, com tolices e coisas sensatas [...].

BARRETO, Lima. Maio. In: BARRETO, Lima. A crônica militante. São Paulo: Expressão Popular, 2016, p. 279-283.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 03-04.

Entendendo a autobiografia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Amputar: cortar, podar.

·        Blandícia: carícia.

·        Cativeiro: escravidão.

·        Data áurea: Dia da Abolição da Escravatura.

·        Desalento: desencanto.

·        Enlear: embaraçar-se, enrolar-se.

·        Flux: termo inglês para “fluxo”.

·        Ovação: aplausos.

·        Tórrido: seco, árido.

02 – Agora que você já leu a crônica (autobiografia), conte com suas próprias palavras o que achou da experiência de ler texto.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Qual é o nome da crônica e do autor? Você sabe dizer em que livro o texto está publicado?

      “Maio” é o título da crônica. O autor é Lima Barreto. Já o título da obra se encontra no fim do texto: A crônica militante.

04 – Agora, defina em uma palavra como você gosta de ser reconhecido.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Identifique, na crônica de Lima Barreto, palavras que indiquem a ação verbal ligada ao pronome eu.

      Vejo, nasci, creio, estou, tinha, etc.

06 – Na crônica “Maio”, o autor conta um fato que registra sua vida íntima. Diga qual é a data e o dia do nascimento do autor e o que parece significar para você.

      Treze de maio, sexta-feira. Verifique se eles notam que o autor está falando de uma “sexta-feira 13”. Explique, então, que a superstição com esse dia já existia no fim do século XIX.

07 – Como o autor enxerga o mês de seu nascimento?

      Para o autor, maio é um mês poético e sagrado, em que os sonhos renascem. Provavelmente ele pensava assim pela associação com o registro histórico da abolição.

08 – Lima Barreto usou a escrita de uma crônica para registrar um momento de sua vida. Existem outros meios ou técnicas para registrar um momento da vida? Se sim, conte quais são.

      Sim, pois podemos criar registros de nossas imagens em vídeos, na pintura de quadros ou escrevendo nosso perfil em um diário, em uma página de rede social, etc.

 

POEMA: O AUTORRETRATO - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

 Poema: O AUTORRETRATO

              Mário Quintana

No retrato que me faço
— traço a traço —
Às vezes me pinto nuvem,
Às vezes me pinto árvore…

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3VcMz9avkEIaoBOxzl5xdc_gOvx3GmozvpAT0qaYvIo1VhnYrqPO78KXVBXqkXhMJu145y1yH2026ukhzvnYRTKUKsQACA7fKdGtNIPlVSTmoTWv7SKSLm9-HV-6VmBOb7TweVqfBkI_Bvu8LsNOhB-68sA28kSiaclgGeyunRyOjsqZ0ZWh0pDMhWfI/s320/AUTORRETRATO.jpg


Às vezes me pinto coisas
De que nem há mais lembrança…
Ou coisas que não existem
Mas que um dia existirão…

E, desta lida, em que busco
— pouco a pouco —
Minha eterna semelhança,

No final, que restará?
Um desenho de criança…
Corrigido por um louco!

 Mario Quintana. O autorretrato. In: QUINTANA, Mário. Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. 

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 09.

Entendendo o poema:

01 – Você sabe dizer que tipo de texto é “O autorretrato” de Mário Quintana? Justifique sua resposta.

      Um poema, porque está escrito em versos e não é narrada nenhuma história. Aceite como corretas respostas semelhantes a essa.

02 – Do que fala o texto?

      O texto é a voz de uma pessoa dizendo pintar seu retrato com palavras. E que no final sai um desenho de criança corrigido por um louco. A ideia é que o estudante apenas parafraseia o texto.

03 – A voz que fala em textos poéticos se caracteriza como “eu lírico”. No poema de Mário Quintana, ele é percebido pelo uso de quais classes de palavras?

      Pelos pronomes pessoais e pelos verbos.

04 – Quando alguém escreve sobre si mesmo, seja na forma de poema ou na forma narrativa, temos que tipo de conteúdo?

      Autobiografia.

 

 

TEXTO: O QUE SIGMUND FREUD DIRIA SOBRE NOSSA OBSESSÃO PELAS SELFIES? FRAGMENTO - TOMÁS CHAMORRO -PREMUZIC - COM GABARITO

 Texto: O que Sigmund Freud diria sobre nossa obsessão pelas selfies? – Fragmento

            Tomás Chamorro-Premuzic

        Se você for aos lugares mais bonitos do mundo, provavelmente verá pessoas tirando fotos… de si mesmas. E talvez você faça o mesmo.

        [...]

        Freud, o pai da psicanálise, popularizou várias ideias, como a do ego, superego e inconsciente. Um de seus conceitos mais famosos é o do narcisismo, o amor desproporcional por si mesmo.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyClgNCG5127BaduTg7ZxZFSI0JRdB6OuhIZXeMrSXDTqcvzLMNJc3yowgMisJ6o1hlM-NEUg6o0RoaM9GBfeFjUYKuQhks1xwR__-aMwFUkNq4enFl9MWFYzDZz-vb2COd3f_bz8wtFoK0LoVcOxR_C_uy-QeCoZqHAzTSMWQBVGB8p_bnz7TI48aTyE/s320/NARCISO.jpg 


        Na mitologia grega, um jovem chamado Narciso viu seu reflexo na água e passou tanto tempo admirando sua própria beleza que se isolou do resto do mundo. Finalmente, ele se afogou tentando abraçar sua própria imagem.

        Freud pensava que um pouco de autoestima é algo natural nos seres humanos. Porém, o exagero do amor próprio pode se tornar um problema psicológico a ponto de a pessoa excluir relações com os outros, como fez Narciso na mitologia.

        [...]

        As selfies nos mostram em nossos melhores momentos, que são cuidadosamente montados e manipulados. Assim, diariamente somos bombardeados por imagens de outras pessoas que têm vidas e corpos aparentemente perfeitos.

        Estudos recentes mostram que essa exposição excessiva nos enchem de inveja e criam sentimentos de isolamento, insegurança e inadequação.

        Nas palavras de Freud, nos tornamos mais neuróticos: "O objetivo da psicanálise é aliviar as pessoas de sua infelicidade neurótica, de modo que elas possam ser infelizes comuns".

        Então, da próxima vez que você apontar a câmera para si próprio, lembre-se de Narciso e tente focar também seus amigos. Além disso, pode contar com Freud.

CHAMORRO-PREMUZIC, Tomás. O que Sigmund Freud diria sobre nossa obsessão pelas selfies? BBC Brasil, São Paulo, 1 abr. 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-47769250. Acesso em: 5 mar. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 19-20.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Autoestima: confiança em si mesmo.

·        Ego: núcleo da personalidade de uma pessoa, de onde vem a palavra “egoísmo”.

·        Psicanálise: campo da saúde que cuida do emocional.

·        Superego: informalmente, um modelo de personalidade extremo.

02 – O que é o narcisismo segundo Sigmund Freud?

      Freud descreveu o narcisismo como um amor desproporcional por si mesmo. Ele acreditava que um pouco de autoestima é natural, mas o exagero desse amor próprio pode levar a problemas psicológicos, como a exclusão das relações com os outros.

03 – Como a mitologia grega explica o conceito de narcisismo?

      Na mitologia grega, Narciso era um jovem que se apaixonou pelo seu próprio reflexo na água. Ele passou tanto tempo admirando sua própria beleza que se isolou do mundo e acabou se afogando ao tentar abraçar sua imagem refletida.

04 – O que Freud pensava sobre a autoestima?

      Freud acreditava que um pouco de autoestima é algo natural e necessário para os seres humanos. No entanto, ele alertava que o exagero do amor próprio poderia se tornar um problema psicológico sério.

05 – Como as selfies podem afetar nossa saúde mental, segundo o texto?

      As selfies, que muitas vezes mostram as pessoas em seus melhores momentos e de forma manipulada, podem nos expor a imagens de vidas e corpos aparentemente perfeitos. Essa exposição excessiva pode gerar sentimentos de inveja, isolamento, insegurança e inadequação.

06 – O que Freud diria sobre os efeitos das selfies na nossa sociedade?

      Freud poderia argumentar que a obsessão por selfies nos torna mais neuróticos. A psicanálise, segundo ele, tem o objetivo de aliviar as pessoas de sua infelicidade neurótica para que possam ser apenas infelizes comuns.

07 – Qual é a sugestão do autor para quando tiramos selfies?

      O autor sugere que, ao tirar uma selfie, devemos nos lembrar da história de Narciso e tentar focar também em nossos amigos. Isso poderia ajudar a evitar a obsessão pelo próprio reflexo e promover relações mais saudáveis.

08 – Quais são alguns dos sentimentos negativos que podem surgir da obsessão por selfies?

      Estudos mencionados no texto indicam que a obsessão por selfies e a exposição constante a imagens idealizadas podem encher as pessoas de inveja e criar sentimentos de isolamento, insegurança e inadequação.

 

POESIA: O SOLDADO E A TROBETA - OLAVO BILAC - COM GABARITO

 Poesia: O Soldado e a Trombeta

             Olavo Bilac

Um velho soldado
Um dia por terra
A espada atirou;
Da guerra cansado,
Com nojo da guerra.
As armas quebrou.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEP-ZslidZ23SDplGRpFcJO7VZa2V6t7MxLWYpPEngkY2HPNt9Jv3x7S5Y_YhDdnCRcSxGHV9frmOgfu98LpmWSDS7EyKIf47jUHMK7WVSdVxGEO4A_v1UQC66YzxUWXwHrS-8qlRzJZ6pXTPGkBcRUadlfFvrWAOQ1pyY3wLXSs7HkF3vOu65YzQ7q7U/s320/TROMBETA.png



Entre elas estava
Trombeta esquecida:
Era ela que no ar
Os toques soltava,
E à luta renhida
Tocava a avançar.

E disse: “Meu dono,
É justo que a espada
Tu quebres assim!
Mas que, no abandono,
Fique eu sossegada!
Não quebres a mim!

Cantei tão somente...
Não sejas ingrato
Comigo também!
Eu sou inocente:
Não piso, não mato,
Não firo a ninguém...
Nas horas da luta
Alegre ficavas,
Ouvindo o meu som.
Atende-me! escuta!
Se então me estimavas,
Agora sê bom!”

E o velho guerreiro
Lhe disse: “Maldita!
Prepara-te! sus!

Teu som zombeteiro
As gentes excita,
À guerra conduz!”
Terrível, irado,
Jogou-a por terra,
Sem dó a quebrou...
E o velho soldado,
Cansado da guerra
Por fim repousou.

BILAC, Olavo. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves. 1929. Disponível em: https://literaturabrasileira.ufsc.br/_documents/poesias_infantis_de_olavo_bilac-1htm#Osoldadoeatrombeta. Acesso em: 2 jun. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 50-51.

Entendendo a poesia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Renhida: disputa cruel, sangrenta.

·        Sê: o mesmo que seja (seja bom).

·        Sus: interjeição com sentido de “coragem”, “ânimo!”.

·        Zombeteiro: que zomba dos outros.

02 – Quem são os personagens da poesia de Olavo Bilac?

      Os personagens são um velho soldado e uma trombeta.

03 – As características “cansado” e “com nojo da guerra” descrevem o que na poesia?

      Descrevem o velho soldado.

04 – Localize no título a que gênero pertence a história contada nessa poesia.

      No título da poesia se encontra o termo “fábula”, que define o gênero da história contada na poesia.

 

POEMA: SAMBINHA - MÁRIO DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: SAMBINHA 

             Mário de Andrade

Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras.
Afobadas, braços dados, depressinha,
Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua.
As costureirinhas vão explorando perigos…
Vestido é de seda.
Roupa-branca é de morim.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-xOHq4NVALE8Y8YTOVIKeinFqFsLDikQapMxBsE-sF_MtSY74xjXmTq-6WRqDVPaZXmkjhcM0rQximufR7scAMinGlPRkN1gSXAfT9Q2BkmZWusMzv2djeOXSuN44UQ1dJXE0_IS6g8VkKrKJ36qJ8q7BSScXzzJppaxOVsk5jBb-a3_EsJkTmWuloRM/s320/ruadaspalmeiras.jpg


Falando conversas fiadas
As duas costureirinhas passam por mim.
– Você vai?
– Não vou não!
Parece que a rua parou pra escutá-las.
Nem os trilhos sapecas
Jogam mais bondes um pro outro.
E o sol da tardinha de abril
Espia entre as pálpebras crespas de duas nuvens.
As nuvens são vermelhas.
A tardinha é cor-de-rosa.

Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas…
Fizeram-me peito batendo
Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras!
Isto é…
Uma era ítalo-brasileira.
Outra era áfrico-brasileira.
Uma era branca.
Outra era preta.

ANDRADE, Mário de. Contos e Poemas. São Paulo: Expressão Popular, 2017. P.125-126.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 59-60.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Crespo: grosso, ondulado, áspero.

·        Morim: tecido de algodão branco e fino.

·        Roupa-branca: peças íntimas do vestuário feminino.

02 – Agora, conte com suas palavras do que trata o poema de Mário de Andrade?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Em determinado ponto do poema, são descritas as falas dos personagens. Indique onde estão localizadas essas falas.

      “Falando conversas fiadas / As duas costureirinhas passam por mim / – Você vai? / – Não vou não!”.

04 – Agora, com a orientação do professor (a), participe de uma experiência coletiva. O professor(a) vai falar os versos, os meninos farão a primeira pergunta e as meninas responderão (repetindo a pergunta e a resposta). Siga o roteiro abaixo.

        Professor(a): Falando conversas fiadas / As duas costureirinhas passam por mim.

        Meninos: – Você vai?

        Meninas: – Não vou não!

        Meninos: – Você vai?

        Meninas: – Não vou não!

        Observe que a fala do professor(a) funciona como “narrativa” e as perguntas dos meninos e as respostas das meninas são o discurso direto. Esse recurso no poema dá a ele o estilo prosaico, isto é, de conversa.

      Faça a regência da turma nesta atividade e peça que repitam a pergunta e a resposta. Veja se os estudantes notam que há uma alusão rítmica ao samba nas perguntas e nas respostas. A alusão desse ritmo está também nos trilhos que jogam bondes um para o outro. Não esperamos que os estudantes entendam essa alegoria.

05 – Agora, diga aos colegas qual é o sentido do poema para você.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O poema faz uma homenagem às origens do samba, ritmo nascido nos morros do Rio de Janeiro e que une brancos e negros.

06 – No fim do poema, ficamos sabendo que uma costureirinha é descendente de italianos e a outra, de africanos. Diga se você acha que “Sambinha” quer dizer “fraternidade” entre povos.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

quinta-feira, 20 de junho de 2024

TEXTO: DEFININDO AS ESTRATÉGIAS E AS FUNÇÕES DE UMA ORGANIZAÇÃO DE GENTE QUE FAZ - COM GABARITO

 DEFININDO AS ESTRATÉGIAS E AS FUNÇÕES DE UMA ORGANIZAÇÃO DE GENTE QUE FAZ

 

Para que uma ONG alcance os seus resultados e tenha sucesso é fundamental um detalhamento de ações que devem acontecer em curto, médio e longo prazos, implementadas por meio de estratégias que são gerenciadas para que os objetivos sejam alcançados. As estratégias, portanto, são mobilizadoras de esforços e, por isso, quando bem elaboradas conseguem reunir ações precisas para obter o melhor retorno possível.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuJcOGABBSD304fwfELgehtDzZO4YiuWydXH_FeMx7bh0cvI8oq_2zP1Bxl4EE4Hkxh-vYteNLUz_QR8ZKc7S2dgDkevRVZeBaj5LX3E3xyi8dXxB_VGmW1py9hofza9Qy6sqlc00ZvRnyTIGTOUa_FIOtVbgDVWl-K_9HWgorLfJfAUxl01yE7r68msA/s1600/GESTAO.png


O que é gestão estratégica de pessoas?

A gestão estratégica de pessoas significa viabilizar e alinhar os interesses dos colaboradores com os da organização.

Isso quer dizer que o conceito de gestão estratégica de pessoas é definido por desenvolver e reter talentos, entender as necessidades profissionais e a administração da organização, adotando novas medidas para que todas as metas sejam cumpridas.

O ambiente corporativo sofre constantemente alterações na gestão de pessoas por consequência das mudanças no estilo de vida da sociedade.

Foi pensando nisso que o setor de recursos humanos desenvolveu a Gestão Estratégica de Pessoas, que incorpora essa transformação do mercado de trabalho em um pensamento sistêmico, do qual cada colaborador tem importância na estratégia para um crescimento em conjunto com a empresa.

Grande parte do modelo atual de trabalho é estabelecido pela identificação dos colaboradores com a empresa, onde os profissionais veem a oportunidade de desenvolver suas habilidades dentro de um ambiente organizacional que possui valores parecidos com os seus ideais.

Com a gestão estratégica de pessoas, esse modelo de trabalho é colocado prática, justamente por ter o objetivo de buscar profissionais com características similares a da empresa, estabelecendo maior conexão com a equipe, a satisfação no trabalho e consequentemente elevando o crescimento da empresa.

01. Por que é fundamental um detalhamento de ações para o sucesso de uma ONG?

O sucesso de uma ONG depende de um planejamento cuidadoso e detalhado de ações que devem ocorrer em diferentes prazos: curto, médio e longo. Esse detalhamento permite que as estratégias sejam claras e gerenciáveis, possibilitando a mobilização eficaz de esforços. Através de ações bem delineadas, a ONG consegue direcionar seus recursos e esforços de maneira eficiente para alcançar seus objetivos e gerar impacto positivo, garantindo um retorno que justifique suas atividades e missão.

02. Como as estratégias bem elaboradas contribuem para o sucesso de uma ONG?

Estratégias bem elaboradas são fundamentais para mobilizar esforços e reunir ações precisas, maximizando o retorno das atividades da ONG. Elas proporcionam um plano claro que orienta as ações diárias, garantindo que todos os envolvidos saibam o que precisa ser feito e como. Isso resulta em uma execução mais eficaz dos projetos e iniciativas, permitindo que a ONG atinja seus objetivos de forma mais eficiente e efetiva.

03. O que significa gestão estratégica de pessoas e como ela se alinha aos objetivos organizacionais?

          A gestão estratégica de pessoas envolve alinhar os interesses dos colaboradores com os da organização, desenvolvendo e retendo talentos, compreendendo suas necessidades profissionais e implementando medidas para cumprir metas organizacionais. Este alinhamento é crucial para garantir que todos na organização trabalhem em harmonia em direção a objetivos comuns, promovendo um ambiente de trabalho positivo e produtivo que impulsiona o crescimento da empresa.

04. Por que o ambiente corporativo precisa se adaptar constantemente na gestão de pessoas?

O ambiente corporativo está em constante mudança devido às transformações no estilo de vida da sociedade. Essas mudanças afetam as expectativas e necessidades dos colaboradores, exigindo que a gestão de pessoas se adapte para manter-se relevante e eficaz. Adaptar-se a essas mudanças é crucial para atrair e reter talentos, manter a motivação e satisfação dos colaboradores, e garantir que a organização possa continuar crescendo e inovando.

05. Como a Gestão Estratégica de Pessoas incorpora a transformação do mercado de trabalho?

A Gestão Estratégica de Pessoas incorpora a transformação do mercado de trabalho ao adotar um pensamento sistêmico, onde cada colaborador é visto como parte essencial da estratégia de crescimento da empresa. Esta abordagem reconhece as mudanças no mercado e ajusta suas práticas de gestão para refletir essas novas realidades, garantindo que os colaboradores se sintam valorizados e engajados, e que a organização esteja preparada para enfrentar os desafios do futuro.

06. Qual é a importância da identificação dos colaboradores com os valores da empresa?

A identificação dos colaboradores com os valores da empresa é crucial para criar um ambiente de trabalho harmonioso e motivador. Quando os colaboradores compartilham valores semelhantes aos da organização, eles estão mais propensos a se sentir conectados e comprometidos com seus objetivos. Isso resulta em maior satisfação no trabalho, melhor desempenho, e menor rotatividade, contribuindo para a estabilidade e crescimento sustentável da empresa.

07. De que maneira a gestão estratégica de pessoas pode aumentar a satisfação no trabalho e o crescimento da empresa?

          A gestão estratégica de pessoas aumenta a satisfação no trabalho ao buscar profissionais cujas características e valores sejam compatíveis com os da empresa. Esta compatibilidade promove uma maior conexão entre a equipe e a organização, resultando em um ambiente de trabalho positivo onde os colaboradores se sentem valorizados e motivados. Consequentemente, a empresa se beneficia de maior produtividade, inovação e crescimento, à medida que os colaboradores dão o melhor de si.

08. Como a gestão estratégica de pessoas viabiliza o desenvolvimento de habilidades dos colaboradores?

         A gestão estratégica de pessoas foca no desenvolvimento e retenção de talentos, criando oportunidades para que os colaboradores desenvolvam suas habilidades dentro da organização. Isso é feito através de programas de treinamento, desenvolvimento profissional, e práticas que incentivam o aprendizado contínuo. Ao investir no crescimento de seus colaboradores, a empresa não apenas melhora suas capacidades internas, mas também aumenta a lealdade e satisfação dos funcionários, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento mútuo.

 

HQ - TEXTO-DISCURSIVO - "SACOU?!" - COM GABARITO

 

HISTÓRIA EM QUADRINHOS - TEXTO-DISCURSIVO - "SACOU"


Entendendo o texto

01. Marque (V) para os efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

a. (V) Percebe-se o discurso patronal que exige que o trabalhador produza sempre mais e mais rápido;

b. (F) Percebe-se o discurso de elogio aos patrões que cobram muito de seus funcionários;

c. (V) Percebe-se o discurso de que o salário do trabalhador não é pago pelo patrão, mas sim pelo trabalho do próprio trabalhador;

d. (V) Percebe-se o discurso de que o trabalhador é explorado, pois este gera uma riqueza de 240 reais por dia para empresa, mas seu salário é só de 20 reais por dia;

e. (F) Percebe-se o discurso de que o patrão paga bem o trabalhador;

f. (V) Percebe-se o discurso de que a mercadoria vendida pelo patrão na realidade foi toda produzida pelo trabalho do trabalhador;

g. (V) Percebe-se o discurso de que as máquinas adquiridas pelo patrão também foram conquistadas vendendo-se as mercadorias produzidas pelo trabalhador;

h. (F) Percebe-se o discurso de que os patrões sempre falam a verdade para seus funcionários;

i. (V) Percebe-se o discurso de que os patrões mentem e enganam seus funcionários, pois evitam contar que os exploram;

j. (F) Percebe-se o discurso de que patrões e trabalhadores possuem os mesmos ganhos;

k. (V) Percebe-se o discurso de que os patrões ganham dinheiro não pagando todo o trabalho realizado pelo trabalhador (Ex: trabalhador produz 240 reais de mercadoria e recebe só 20 reais em troca);

l. (F) Percebe-se o discurso de valorização da exploração feita pelo patrão;

m. (V) Percebe-se o discurso de crítica à exploração feita pelo patrão;

02. No enunciado “Cuidado! Eles podem ouvir”, nota-se:

a. (V) o receio do patrão de que os trabalhadores fiquem sabendo que são explorados/enganados;

b. (F) a preocupação do patrão em não perturbar o trabalho de seus funcionários;

c. (F) a preocupação do patrão com a manutenção de um ambiente de silêncio na fábrica;

d. (V) leitor da charge;

03. O verbo “SACOU?” é um questionamento dirigido ao:

a- autor da charge;

b- personagem patrão;

c- personagem trabalhador;

d- leitor da charge.

 

04. No diálogo “- Aonde vai buscar o dinheiro para lhe pagar? – Vendo a mercadoria! –E quem faz a mercadoria? – ELE!”, percebe-se:

           a- que o patrão se esforça muito para pagar o salário do trabalhador;

           b- que o patrão sacrifica-se vendendo suas mercadorias para pagar o salário do trabalhador;

           c. que na verdade é o esforço do trabalhador que gera as mercadorias que pagam o seu próprio salário.

05. No diálogo “-Quanto lhe paga? – 20 reais por dia... (...) - E quanta mercadoria faz ele por dia? – Num total de 240 reais”, revela-se:

          a- que o trabalhador gera muito pouca riqueza para a empresa;

          b- que o trabalhador recebe um salário bastante justo (20 reais por dia) diante da pequena quantidade de mercadoria que produz (240 reais por dia);

          c. que o trabalhador gera muito mais riqueza para empresa (240 reais por dia) do que o salário que recebe em troca (20 reais por dia).

06. No enunciado “Então não é você que lhe paga, mas é ele que lhe paga 220 reais por dia para que lhe diga que trabalhe mais depressa”, percebe-se:

a. um elogio à esperteza do patrão em relação à sua brilhante capacidade de gerenciar o trabalho do trabalhador;

b. uma crítica ao poder de mando dos patrões, desmascarando a mentira contada por eles, quando os mesmos dizem que pagam o salário do trabalhador, sendo que, na verdade, é o trabalhador que produz dinheiro para enriquecer os patrões;

c. uma valorização do bom comportamento do trabalhador, que aceita receber ordens injustas dos patrões sem reclamar.

07. No diálogo “- Mas sou eu o proprietário das máquinas! – E como conseguiu essas máquinas? – Vendi a mercadoria e comprei as máquinas! – E quem fez as mercadorias? – Cuidado eles podem ouvir!”, o personagem patrão revela que:

a- as máquinas foram adquiridas com dinheiro próprio;

b- as máquinas são frutos do esforço do trabalho do patrão;

c.  as máquinas foram adquiridas através da apropriação do fruto do trabalho dos trabalhadores.

08. De acordo com a matemática apontada na charge, quanto seria, em dinheiro, a parcela de trabalho que o patrão não pagou ao trabalhador?

a. equivalente a 20 reais;

b. equivalente a 220 reais;

c.  equivalente a 240 reais;

d.  o patrão pagou todo o trabalho realizado pelo trabalhador;

09. O fato de o personagem patrão estar vestido de preto e ser a maior figura da charge, em relação aos demais personagens, revela:

a. que é o que tem menos poder na empresa;

b. que é o mais elegante na empresa;

c. que é o que tem mais poder na empresa;

d. que é o que mais trabalha na empresa.

 

10. Produza um texto-discurso, explicando o que você SACOU a partir da leitura dessa charge que discute a problemática da exploração de Mais-Valia nas empresas!  

            A charge analisada expõe de forma crítica a exploração do trabalhador no sistema capitalista, destacando o conceito de mais-valia. A mais-valia é a diferença entre o valor produzido pelo trabalhador e o salário que ele recebe. Na charge, fica claro que o trabalhador gera 240 reais de valor por dia, mas recebe apenas 20 reais, enquanto o patrão se apropria do restante, 220 reais. Essa diferença não é paga ao trabalhador e constitui a base do lucro do patrão.

           Além disso, a charge evidencia que o patrão mente ao afirmar que é ele quem paga o salário, quando na verdade é o trabalho do trabalhador que gera o valor necessário para seu próprio pagamento e para o lucro do patrão. As máquinas e demais bens adquiridos pelo patrão são frutos do trabalho não remunerado dos trabalhadores.

           Portanto, a mensagem central da charge é uma crítica à exploração do trabalhador, destacando a injustiça e a desigualdade inerentes ao sistema capitalista, onde o trabalhador, apesar de ser o produtor da riqueza, recebe apenas uma fração mínima do valor que gera.