domingo, 27 de junho de 2021

ENTREVISTA: "O JOVEM É ESPECIALMENTE SUSCETÍVEL AOS APELOS DO CONSUMISMO" - THAIS PAIVA - COM GABARITO

 Entrevista: O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo

                    Especialista fala sobre as relações entre juventude e consumo desenfreado

Thais Paiva

24 de janeiro de 2017

        Prazer, sucesso, felicidade, alívio. Todas essas sensações costumam surgir como consequência da realização de um objetivo ou meta. No entanto, são também esses sentimentos que costumam respaldar o ato de comprar compulsivamente e, portanto, explorados pelo consumismo, modo de vida orientado para uma crescente propensão ao consumo de bens e serviços, em geral, supérfluos.

        Autora do livro O prazer das compras – o consumismo no mundo contemporâneo (Ed. Moderna), Maria Helena Pires Martins fala sobre a importância de debater esse tema com os jovens em fase escolar, se valendo de diferentes elementos do cotidiano deles, tais como o acesso a smartphones, moda e funk ostentação.

        Na entrevista abaixo, a especialista falou sobre a diferença entre necessidades reais e supérfluas, os reflexos do consumo desenfreado e a relevância de formar cidadãos que sejam consumidores responsáveis.

        Carta Educação: Em que contexto histórico a sociedade começou a ganhar ares consumistas?

        Maria Helena Martins: O consumo sempre existiu: consumimos alimentos, oxigênio, água, etc. Isso é essencial para a manutenção da vida. O consumismo é um fenômeno econômico e social que apareceu com maior ênfase após os anos 1960. É definido como sendo uma ideologia que encoraja a compra de produtos e serviços em quantidade sempre maior. Para manter esse nível de consumo, a indústria instituiu o que chamamos de “obsolescência programada”, ou seja, a introdução planejada de aperfeiçoamentos nos produtos para que sejam substituídos pelos modelos mais novos. Com isso, o consumidor descarta o produto que já tem, e que ainda funciona para os fins para os quais foi criado, e deseja o produto mais aperfeiçoado. O ciclo do desejo e a vontade de comprar são mantidos ativos dessa forma.

        CE: Como a juventude se relaciona com esse contexto? Quais são os principais fatores que levam o jovem a querer comprar cada vez mais?

        MHM: O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo. As mídias, tanto as mais antigas, como revistas, jornais, televisão, quanto as novas, difundidas pela internet, incluindo as mídias sociais, mostram propagandas de todos os tipos de produtos. Além disso, os blogs apresentam modos de vida considerados “desejáveis” pelos seus desenvolvedores, que ganham para mostrar certos produtos. O aval desses formadores de opinião tornou-se extremamente importante para os jovens que querem projetar uma determinada imagem. Por isso, tanto a moda adotada pelo grupo ao qual deseja pertencer, quanto o grupo em si, são importantes na formação desses valores consumistas.

        CE: Também podemos dizer que, hoje, os pais – mais ausentes – tentam recompensar essa falta de tempo compartilhado com itens de consumo?

        MHM: Sim, a família deveria ser o primeiro lugar de aprendizado do consumo consciente. É evidente que crianças e mesmo os adolescentes mais jovens não têm o autocontrole suficiente para frustrar seus desejos de consumo. Caberia aos adultos responsáveis da família discutir o que são as necessidades de sobrevivência e o que é supérfluo; propor o reaproveitamento de vários itens e a reciclagem de outros; apontar as consequências do consumismo para a sobrevivência humana no planeta; conversar sobre outros modos de se ter satisfação que não seja o consumo desenfreado. Mas os pais teriam, também, de ser educados dentro dessa perspectiva.

        CE: Muitas manifestações culturais como o funk fazem ode à ostentação. Isso é reflexo de uma sociedade que valoriza a posse?

        MHM: Não podemos nos esquecer das origens do funk carioca: as favelas do Rio de Janeiro. O funk ostentação, criado em São Paulo por volta de 2008, enfatiza, em suas letras, o consumismo, a conquista de bens materiais e a ambição de sair das favelas e conquistar seus objetivos de riqueza. Para essa parcela da população, em geral invisível, a única maneira de ser é por meio dos bens materiais. As ideias difundidas pelo funk ostentação foram abraçadas pela “nova classe média”, que ascendeu economicamente a partir de 2005 e mudou significativamente seu padrão de consumo.

        CE: Em contrapartida, temos uma série de serviços que já apostam em um consumo colaborativo, desde aluguel de roupas até serviços de caronas. Estamos começando a repensar nossa relação com o consumo e o desperdício?

        MHM: Sim, estamos começando a pensar nossa relação com o consumo e desperdício, por isso a educação é tão importante: antes de satisfazer todas as nossas vontades, precisamos pensar nas consequências de nossas ações para o futuro do planeta e para as gerações futuras. Hoje, já temos o uso compartilhado de bicicletas. Não tardará a chegar o uso compartilhado de carros, principalmente os elétricos. Precisamos de políticas públicas que enfatizem a necessidade do consumo consciente, do reuso, da transformação de objetos em matéria-prima para outros objetos, do descarte apropriado de pilhas, baterias, aparelhos eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, tintas, pneus, óleo, além de políticas que incentivassem o uso de energia solar e eólica não só em indústrias, mas também nas residências, com um desconto do IPTU, por exemplo.

        CE: Como o professor pode trabalhar o tema do consumismo em sala de aula? Como educar para termos consumidores responsáveis?

        MHM: O trabalho da escola é extremamente importante para a conscientização dos alunos e de suas famílias. Devemos lembrar que as questões éticas envolvem sempre a ação. Por isso, é necessário que toda a escola esteja envolvida no programa de consumo consciente: a economia da água com torneiras que fecham automaticamente; o reuso de água de chuva para a limpeza da escola; o uso de luz de presença que acendem e apagam a partir do movimento; o uso e reuso adequado de papel, de livros e de cadernos; a conservação das salas de aula; o descarte adequado do lixo orgânico e do lixo reciclável; sistema de devolução de uniformes que não servem mais e podem ser reaproveitados por outros alunos menores. Cada escola e professor precisa agir dentro da realidade de sua comunidade e sala de aula. A discussão com os alunos pode levantar muitas maneiras de reaproveitamento de materiais que sejam significativos para eles.

        A mudança de hábitos exige a prática cotidiana das ações para que elas se transformem em novos hábitos mais adequados à sociedade contemporânea. Só o conhecimento teórico do que deve ser feito não é eficiente para que a ação se torne realidade. No caso do consumo, principalmente, em que precisamos dizer não para a satisfação de algumas de nossas vontades, temos de estar inspirados por princípios mais altos, como a nossa responsabilidade pelas gerações futuras. Temos de nos perguntar continuamente de que realmente precisamos para ter uma vida boa e digna, e lembrar que nenhum objeto exterior a nós vai nos trazer felicidade e um sentido de autorrealização.

PAIVA, Thais. “O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo”. Carta Educação, São Paulo, 24 jan. 2017. Disponível em: https://bit.ly/2koNMQc. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 237-240.

Fonte da imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.sbie.com.br%2Fblog%2Fentenda-ligacao-entre-as-emocoes-e-o-consumismo-exagerado-dos-jovens%2F&psig=AOvVaw0KZv23eAKn83zoi08ce71W&ust=1624927464227000&source=images&cd=vfe&ved=0CAoQjRxqFwoTCMDqueeMufECFQAAAAAdAAAAABAD


Entendendo a entrevista:

01 – Releia o título e o subtítulo:

        “O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo”

        Especialista fala sobre as relações entre juventude e consumo desenfreado

a)   Por que o título da entrevista aparece entre aspas? Como foi elaborado?

Aparece entre aspas porque é parte da fala da entrevista. Ele foi elaborado usando o recurso de citação, embora não haja referência direta a entrevista, como o verbo de elocução e seu nome.

b)   O que o subtítulo antecipa em relação à entrevista?

Antecipa o tema abordado na entrevista com a especialista.

02 – Releia o primeiro parágrafo da entrevista e responda:

a)   Quais situações da sua vida promovem “prazer, sucesso, felicidade e alívio”?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Você já sentiu essas sensações ao comprar algo? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

03 – No segundo parágrafo é feita a apresentação e a contextualização da entrevistada. Responda:

a)   Quem é a entrevistada?

A pesquisadora Maria Helena Pires Martins.

b)   Por que ela foi convidada pela Carta Educação para tratar de consumismo?

Porque é autora do livro O prazer das compras – o consumismo no mundo contemporâneo (Ed. Moderna).

c)   Do que seu livro trata?

Trata da importância do debate sobre consumismo com os jovens em fase escolar com base nos diferentes elementos do cotidiano deles, como o acesso a smartphones, moda e funk ostentação.

d)   De quais temas e assuntos a entrevistada abordou?

Na entrevista, a especialista falou sobre a diferença entre necessidades reais e supérfluas, os reflexos do consumo desenfreado e a relevância de formar cidadãos que sejam consumidores responsáveis.

04 – Durante a entrevista, a autora conceituou alguns termos. Responda:

a)   Qual é a diferença entre consumo e consumismo, segundo a autora?

O consumo sempre existiu em decorrência da necessidade de subsistir, sendo parte essencial para a manutenção da vida. O consumismo é um fenômeno econômico e social, uma ideologia que encoraja a compra de produtos e serviços em quantidade sempre maior do que a necessidade.

b)   Como surgiu a ideologia do consumismo? Qual mecanismo foi criado pela indústria que desencadeou esse fenômeno social?

Surgiu em meados de 1960, quando as empresas, para aumentar a produção e seus lucros, criou o mecanismo de “obsolescência programada”, introdução planejada de aperfeiçoamentos nos produtos para que sejam substituídos pelos modelos mais novos.

c)   Qual foi a consequência desse mecanismo das empresas vigente ainda no século XXI?

O consumidor descarta o produto que já tem por outro mais aperfeiçoado; dessa forma, alimenta o ciclo de vontade e desejo daquilo que, realmente, não tem necessidade.

d)   Você já tinha percebido esse mecanismo em relação aos eletroeletrônicos pessoais e de sua casa? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

05 – O principal aspecto tratado na entrevista é a relação dos jovens com o consumismo. Responda:

a)   Segundo a autora, o que leva os jovens ao consumismo?

Os jovens são muitos suscetíveis aos apelos de consumo das mídias, tanto as mais tradicionais, quanto as difundidas pela internet que mostram propagandas de todos os tipos de produto.

b)   Como é a influência dos blogueiros/vloggers em relação ao consumo dos jovens, segundo a entrevista? Explique.

Os blogs/vlogs apresentam modos de vida considerados “desejáveis” e têm patrocínio para anunciar certos produtos. A consequência disso é que o aval desses influenciadores digitais tem se tornado essencial para os jovens projetarem uma determinada imagem e adotarem a moda desse grupo do qual se identificam.

c)   Você costuma seguir esses influenciadores digitais? Eles influenciam ou já influenciaram suas escolhas de consumo? Comente.

Resposta pessoal do aluno.

06 – De acordo com a autora, qual deve ser o papel da família na educação para o consumo?

      Segundo a autora, os adultos responsáveis da família precisariam também educar-se para o consumo consciente.

07 – Que relação a autora faz entre a ascensão do “funk ostentação” e os padrões de consumo atuais? Você concorda ou discorda dela? Explique.

      Segundo a autora, o funk ostentação enfatiza, em suas letras, o consumismo, a conquista de bens materiais e a ambição em conquistar seus objetivos de riqueza. Esses valores culturais disseminados nas músicas têm como consequência a ideia de que a pessoa só se torna “alguém” se consumir determinados produtos e marcas. A segunda resposta pessoal do aluno.

08 – No que consiste o consumo colaborativo? Você já tinha ouvido falar nessa forma de consumo? O que achou dessa ideia?

      O consumo colaborativo consiste em compartilhar carros, bicicletas, espaços de trabalho e aparelhos eletrônicos. A segunda resposta pessoal do aluno.

09 – Reproduza a tabela abaixo e preencha-a com as propostas apresentadas pela autora em relação ao consumo consciente nas escolas:

·        Água: Troca de torneiras por aquelas que fecham automaticamente; reuso de água de chuva para a limpeza da escola.

·        Energia elétrica: Instalar luz de presença, que acende e apaga a partir do movimento.

·        Papel: Uso e reuso adequado de papel, livros e cadernos.

·        Descarte de lixo orgânico: Descarte adequado do lixo orgânico, separado do reciclável.

·        Descarte de lixo reciclável: Separação do lixo reciclável e encaminhamento da coleta seletiva.

·        Uniformes: Sistema de devolução de uniformes que não servem mais e podem ser reaproveitados por outros alunos menores.

 

NOTÍCIA: PUBLICIDADE INFANTIL DEVE SER FEITA COM RESPONSABILIDADE EM VEZ DE PROIBIDA, DIZEM ESPECIALISTAS - DIANA LOTT - COM GABARITO

 Notícia: Publicidade infantil deve ser feita com responsabilidade em vez de proibida, dizem especialistas

             Especialistas debateram educação para o consumo na última edição do Arena do Marketing

Diana Lott

18 maio 2018 às 2h00

São Paulo

        A educação para o consumo deve ser o foco da discussão sobre a publicidade voltada para o público infantil, segundo as especialistas que participaram da última edição do Arena do Marketing, programa mensal promovido pela Folha em parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e que teve mediação da jornalista Laura Mattos.

        A proibição desse tipo de publicidade não é a saída mais adequada, de acordo com as convidadas.

        Para Luciana Corrêa, coordenadora da área de pesquisa sobre Famílias e Tecnologia do ESPM Media Lab, a publicidade, seja ela direcionada ao público infantil ou não, já faz parte do cotidiano da criança.

        “Não existi mais fronteira entre o que é publicidade e o que é conteúdo. A sociedade como um todo já entende isso e estudos mostram que os consumidores não se incomodam com essa presença”, afirma.

        É necessário que os pais ajam como moderadores, diz Luciana, cuja pesquisa é voltada para as plataformas digitais. “Em relação ao YouTube, a regra deve vir, em primeiro lugar, de casa.”

        Vanessa Vilar, presidente do comitê jurídico da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e diretora jurídica da Unilever, afirma que os anunciantes devem agir com responsabilidade em relação a esse público, mas sem retirar dos pais o papel de decidir sobre o que seus filhos consomem.

        Ela também acredita que os patrocinadores das peças publicitárias devem contribuir na educação dos jovens consumidores. “A educação para o consumo é o que pode formar cidadãos mais responsáveis e informados que poderão fazer melhores escolhas”, afirma.

        LOTT, Diana. Publicidade infantil deve ser feita com responsabilidade em vez de proibida, dizem especialistas. Folha de São Paulo, São Paulo, 18 maio 2018. Disponível em: https://bit.ly/2kbAQ1W. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 225-6.

Entendendo a notícia:

01 – Releia o título e o subtítulo da notícia e responda:

a)   Que fato é apresentado?

O Arena do Marketing, programa mensal promovido pela Folha em parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), promoveu debate sobre a proibição de publicidade infantil com especialistas e mediação da jornalista Laura Mattos.

b)   No título, é apresentada a opinião de especialistas no assunto. Qual é a posição sobre a proibição da publicidade infantil?

Não se deve proibir a publicidade infantil.

c)   O que a escolha desse título revela sobre a posição assumida pelo jornal que publicou a notícia sobre o tema? Explique.

Revela que o jornal tem a mesma opinião da especialista.

02 – Essa notícia faz um relato sobre o debate que ocorreu em um programa on-line, denominado Arena Marketing. Responda:

a)   Quais pessoas participaram do debate? Quais entidades elas representam?

Vanessa Vilar, da ABA e Luciana Corrêa, do ESPM Media Lab.

b)   Quais são as opiniões das duas “debatedoras” sobre o tema?

Ambas são contrárias à proibição de publicidade infantil.

c)   Em sua opinião, pode ser considerado um debate de ideias se ambas defendiam a mesma tese? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

d)   Como deveria ser um debate para o leitor formar sua opinião sobre esse tema? Explique.

Deveria ter pessoas que são contrárias e favoráveis à publicidade infantil.

03 – Releia os depoimentos de Luciana Corrêa e responda:

a)   Por que não adianta proibir a publicidade, segundo ela?

Porque a publicidade já faz parte do cotidiano da criança.

b)   Que papel deve ser assumido pelas famílias?

Os pais devem ser moderadores do acesso à publicidade pelas crianças.

c)   Luciana Corrêa foi ouvida na reportagem da Prática de leitura 2. Esse ponto de vista da especialista ficou evidenciado na reportagem? Por que foi feito esse recorte?

Não, o que ficou evidenciado é a opinião sobre publicidade camuflada. Porque o enfoque foi o abuso em relação a essa prática de camuflar a publicidade.

04 – Agora, releia os depoimentos de Vanessa Villar e responda:

a)   Qual é o papel dos anunciantes em relação à publicidade infantil, de acordo com Vanessa?

Os anunciantes devem agir com responsabilidade em relação a esse público, especialmente nos conteúdos que apresentam, mas são os pais que devem decidir sobre o consumo.

b)   Como as peças publicitárias podem contribuir para a formação dos jovens consumidores, segundo ela?

Podem ser educativas, para contribuir na formação das crianças para o consumo consciente.

05 – Em sua opinião, a “educação para o consumo” é uma ideia oposta à proibição da publicidade infantil? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Na notícia, as informações são apresentadas pela ordem decrescente de importância, ou seja, da mais importante para a menos importante. Releia a notícia, observando a ordem de informações e opiniões apresentadas:

a)   Qual frase inicia a notícia? Que informação apresentada sobre a publicidade infantil?

“A educação para o consumo deve ser o foco da discussão sobre a publicidade voltada para o público infantil”. Ela já apresenta um enfoque único, sem apresentar os pontos de vista contrários.

b)   No segundo parágrafo, que outra informação é apresentada?

“A proibição desse tipo de publicidade não é a saída mais adequada”.

07 – Releia a notícia, observando os verbos:

a)   Que tempos e modos verbais são utilizados?

Presente do indicativo, em alguns momentos, e modo imperativo em quase todo o texto.

b)   Que modo verbal é predominante nos depoimentos dos especialistas?

O modo imperativo.

c)   Qual efeito de sentido foi produzido com a predominância desse modo verbal? Explique.

Sentido de persuasão, conferindo à notícia o mesmo papel de anúncio publicitário e descaracterizando-a.

08 – Releia os trechos:

        “A proibição desse tipo de publicidade não é a saída mais adequada, de acordo com as convidadas.”

        “A educação para o consumo é o que pode formar cidadãos mais responsáveis e informados que poderão fazer melhores escolhas”, afirma.

a)   Quais palavras e expressões têm conotação negativa? A que se referem?

Proibição e não é a saída; referem-se à publicidade infantil.

b)   Quais palavras e expressões têm conotação positiva? A que se referem?

Mais responsáveis e informados, melhores escolhas; referem-se à educação para o consumo em contraposição à proibição.

 

NOTÍCIA: OAB LANÇA CAMPANHA "POR UMA INFÂNCIA LIVRE DA PUBLICIDADE COMERCIAL" -

 Notícia: OAB lança campanha “Por uma Infância Livre da Publicidade Comercial”

                 A iniciativa procura promover sensibilização sobre as consequências do consumismo infantil.

Publicado em 18/10/2017

        O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil lançou nesta terça-feira (17) o “Manifesto OAB por uma Infância Livre da Publicidade Comercial”, na sede do Conselho Federal, em Brasília. O objetivo da campanha é sensibilizar a sociedade sobre os efeitos negativos da publicidade direcionada às crianças e colocar o tema em pauta na OAB e em outras instituições jurídicas.


 

        Na abertura do lançamento, a presidente da Comissão Nacional de Defesa do Consumidor, Marié Miranda, lembrou que devemos refletir se queremos uma sociedade pautada no ter ou no ser e se as crianças conseguem realmente pensar de forma crítica os estímulos a que estão sujeitas. Ressaltou ainda, que a iniciativa tem o respaldo da Constituição Federal, do Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Resolução 163 do Conanda, além de recentes decisões judiciais que colocam a criança, e não a questão econômica, como prioridade absoluta. Para o presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, a campanha é um passo importante, “estamos dando um passo fundamental e extraordinário para cuidarmos da infância das nossas crianças, de modo absolutamente responsável e que possa conscientizar toda a sociedade brasileira”, disse.

        A campanha, aprovada por unanimidade pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) em junho, e realizada pela Comissão Especial de Defesa do Consumidor, foi idealizada pelo presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Consumidores da OAB/RO, Gabriel Tomasete. Contou com o apoio da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Comissão Especial da Criança e do Adolescente, Comissão Especial de Direito da Família e Sucessões e Comissão Especial do Idoso.

OAB lança campanha “Por uma Infância Livre da Publicidade Comercial”. Criança e Consumo, 18 out. 2017. Disponível em: https://bit.ly/2RZQ60J. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 222-4.

Entendendo a notícia:

01 – Leia o título da notícia e responda, qual assunto será abordado no texto?

      O texto versará sobre a influência que a publicidade comercial exerce sobre a criança e seus efeitos negativos.

02 – Foram reproduzidos acima dois dos seis cartazes que compões a campanha. Observe esses cartazes e explique como as imagens se relacionam com o texto que acompanham.

      O primeiro cartaz traz a imagem de um rosto com uma expressão de espanto, alerta, com uma recomendação ou apelo ao não consumismo. O segundo cartaz traz também um rosto, mas com uma expressão oposta à do primeiro cartaz: o personagem está sorrindo, alegre, com os olhos vivos como se estivessem abertos a novas descobertas e experiências.

03 – Como você entende a expressão sociedade pautada no ter ou no ser?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – O título da notícia constitui-se de período simples ou período composto? Por quê?

      Período simples, porque se compõe de apenas uma oração que se estrutura em torno de um único verbo: lançar (lança).

05 – Releia este trecho:

        O objetivo da campanha é sensibilizar a sociedade sobre os efeitos negativos da publicidade direcionada às crianças e colocar o tema em pauta na OAB e em outras instituições jurídicas.”

a)   De quantas orações o período que forma esse trecho se compõe?

De duas orações.

b)   Copie essas orações, separando-as.

1ª oração: O objetivo da campanha é sensibilizar a sociedade sobre os efeitos negativos da publicidade direcionada às crianças...

2ª oração: e colocar o tema em pauta na OAB e em outras instituições jurídicas.

c)   É um período composto por coordenação ou subordinação? Explique.

É um período por coordenação, cujas orações expressam um sentido completo em si mesmas. Ainda que estejam colocadas em ordem, uma não depende sintaticamente da outra.

06 – Releia o trecho a seguir:

        “Ressaltou ainda, que a iniciativa tem o respaldo da Constituição Federal, do Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Resolução 163 do Conanda, além de recentes decisões judiciais que colocam a criança, e não a questão econômica, como prioridade absoluta.”

a)   Delimite as orações do período que compõe esse trecho e sublinhe em cada oração o verbo em torno do qual se estrutura.

1ª oração: Ressaltou ainda. 2ª oração: que a iniciativa tem o respaldo da Constituição Federal, do Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Resolução 163 do Conanda, além de recentes decisões judiciais. 3ª oração: que colocam a criança, e não a questão econômica, como prioridade absoluta.

b)   Trata-se de período composto por coordenação, subordinação ou composto por coordenação e subordinação?

Trata-se de período composto por subordinação.

07 – Releia mais este trecho:

        “A campanha, aprovada por unanimidade pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) em junho, e realizada pela Comissão Especial de Defesa do Consumidor, foi idealizada pelo presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Consumidores da OAB/RO, Gabriel Tomasete.”

a)   De quantas orações se constitui o período acima?

De uma oração.

b)   Classifique-o.

Período simples.

c)   Como você chegou a essa conclusão?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

sábado, 26 de junho de 2021

CULINÁRIA EM AÇÃO - RECEITA - PÃO DE MEL - COM GABARITO

 Culinária em ação

Receita – Pão de Mel


Ingredientes

3 xícaras (chá) de farinha de trigo

1 xícara (chá) de açúcar

1/2 xícara (chá) de chocolate em pó

1 colher (sobremesa) de bicarbonato

1 colher (café) de cravo em pó

1 colher (café) de canela em pó

1 e 1/2 xícaras (chá) de leite morno

1/2 xícara (chá) de mel

1 barra de chocolate ao leite

 

Modo de preparo

1. Coloque em uma vasilha todos os ingredientes secos peneirados.

2. Acrescente o mel e o leite morno.

3. Misture tudo com uma colher; não use a batedeira.

4. Unte as forminhas próprias para pão de mel ou use uma forma de bolo.

5. Leve ao forno preaquecido (200° C), por aproximadamente 20 minutos.

6. Retire do forno, deixe esfriar e desenforme.

7. Corte ao meio e recheie com beijinho, brigadeiro mole ou doce de leite.

8. Derreta o chocolate ao leite por 1 minuto, no micro-ondas ou em banho-maria.

9. Banhe os pães de mel, coloque-os para secar em papel alumínio ou papel manteiga.

 

Entendendo o texto

 1- Qual é a finalidade do gênero textual receita culinária? Em que situações é utilizado?

A receita culinária é um texto instrucional, que orienta sobre como produzir um alimento, considerando tanto os ingredientes quanto o modo de preparo.

 2- Observe que o texto é organizado em duas partes articuladas. Levante hipóteses: por que isso ocorre?

A primeira parte do texto apresenta a lista de ingredientes utilizados na receita. A segunda parte orienta sobre o preparo do alimento, por meio de um passo a passo de como fazer.

 

3- Analise os verbos no quadro abaixo:

coloque – acrescente – misture – unte – leve – retire –

 corte –  derreta – banhe

 

 a)   Vimos, anteriormente, que os processos verbais situam-se em três modos - indicativo, subjuntivo e imperativo -, e produzem diferentes efeitos de sentido. No enunciado em análise, como se manifestam os verbos? Que efeitos de sentido eles produzem?

 Os verbos manifestam-se no modo imperativo, comum na organização de gêneros textuais prescritivos e instrucionais. O modo imperativo orienta, ordena determinados procedimentos que devem ser seguidos, para que se chegue ao resultado esperado.

Esse modo verbal manifesta-se também em receitas de medicamentos, horóscopo, textos de autoajuda e outros.