sábado, 29 de agosto de 2020

TEXTO: GAROTO FOI ENCONTRADO NO LIXO - LÚCIA NAGIB - COM GABARITO

 Texto: Garoto foi encontrado no lixo

           Lúcia Nagib

   Jackie Coogan era um garotinho de 5 anos em 1921, nos Estados Unidos. Cabelo liso escorrido, gracioso e um prodígio (maravilha) para dançar e representar.

        Charles Chaplin olhou para Jackie, lembrou-se de sua própria infância pobre, como ator de teatro na Inglaterra, e decidiu: “Vou fazer um filme com esse menino”.

        Foi assim que surgiu “O Garoto”, filme que está em todas as locadoras de vídeo e que faz a gente morrer de rir e, às vezes, chorar.

        Charles Chaplin, o maior diretor e ator cômico de todos os tempos, conhecido no Brasil como Carlitos, era moço naquela época.

          Vagabundo

        Ele já divertia muita gente com filmes curtos, fazendo o papel de um vagabundo maltrapilho que não perdia o jeito de gente fina, sempre de cartola, casaca e bengala. “O Garoto” fez ainda mais sucesso. Foi o primeiro filme longo de Carlitos, que desta vez resolveu temperar as piadas com lágrimas.

        A história em si não tem nada de engraçado: Carlitos encontra um bebê, abandonado junto a uma lata de lixo. Embora pobre de dar dó, Carlitos se vira muito bem para cuidar do bebê.

        Usa um bule como mamadeira e recorta seu lençol para fazer fraldinhas! Cinco anos mais tarde, ele e seu guri, batizado de John, formam a melhor dupla de malandros da vizinhança.

          Malandros

        John se especializa em quebrar vidraças e sair correndo, para Carlitos chegar logo em seguida, como se não soubesse de nada, oferecer seu serviço de vidraceiro e ganhar um dinheirinho.

        Tudo muito engraçado, até que as autoridades aparecem para levar o menino para um orfanato. John apronta um berreiro e Carlitos fica desesperado atrás do filho adotivo. Depois de mil peripécias, os dois encontram a mãe verdadeira do menino e tudo acaba bem.

        Foi assim, trabalhando com Jackie, que dizem ser o melhor ator infantil de todos os tempos, que Chaplin virou sucesso no mundo inteiro. Depois, não parou de fazer filmes importantes, como “A Corrida do Ouro”, “Tempos Modernos”, “Luzes da Cidade”, “O Grande Ditador”.

          Música feita na hora

        Quando a gente assiste a Carlitos se diverte tanto que até esquece que é cinema mudo. Sim, porque até o final dos anos 20 os filmes não tinham som. Os diálogos eram escritos em letreiros colocados entre as imagens, e a música era tocada por uma orquestra ou um piano no cinema, durante a projeção. As músicas eram muitas vezes improvisadas na hora. Mas Chaplin, perfeccionista, também compunha a música de seus filmes. “O Garoto”, como assistimos hoje em vídeo, é acompanhado da música original, composta por seu diretor.

          Efeitos especiais eram diferentes

        A técnica no tempo de Charles Chaplin não permitia as trucagens que há hoje nos filmes americanos. Isso não quer dizer que os cineastas não gostassem de efeitos especiais. Em “O Garoto”, Carlitos adormece e sonha com o paraíso. Ele e o garoto, como seus vizinhos e até um cachorro, aparecem de asas, voando!

          Filmes exibidos em barraquinhas

        Na origem, os filmes eram um passatempo de parque de diversões, uma espécie de mágica exibida em barraquinhas. O francês Mélies, um dos primeiros cineastas, mostrava corpos cortados, cujas cabeças falavam e andavam. Ele fez um foguete se enterrar no olho da Lua!

          16 fotografias por segundo

        Hoje, quando a gente vê filmes mudos, tem a impressão de que os movimentos estão mais rápidos. A razão é que um filme é feito de fotos, uma seguida da outra, projetadas em velocidade para dar a impressão de movimento. No cinema mudo, projetavam-se cerca de 16 fotografias, ou quadros, por segundo. Hoje os projetores de filme sonoro passam 24 quadros por segundo.

                 Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 8ª Série – Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p. 221/2-224.

Entendendo o texto:

01 – Quem foram Jackie Coogan e Charles Chaplin? O que houve de comum entre os dois?

      Os quatro primeiros parágrafos do texto.

02 – O que houve com John (o nome dado ao menino)? O que fazia ele? E por quê? Onde foi parar o caso? Como se resolve o caso?

      John se especializou em quebrar vidraças e sair correndo. Parágrafos 8 e 9.

03 – Como é o cinema de Chaplin? A fala fazia falta em seus filmes?

      Filmes divertidos, mudos, porém não se sentia falta da fala. Os diálogos eram escritos e os letreiros colocados entre as cenas.

04 – Como tudo se arranjou para que naquela época houvesse música durante as sessões? Fale.

      As músicas, muitas vezes improvisadas, eram tocadas por uma orquestra ou piano, durante as projeções.

05 – Fale sobre os efeitos especiais da época. Eram diferentes dos de agora?

      Sim, pois a técnica não permitia as trucagens de hoje.

06 – O que eram os filmes exibidos em barraquinhas?

      Eram os filmes exibidos nos parques de diversões.

07 – Qual a diferença da montagem dos filmes mudos de hoje com o cinema mudo daquela época?

      No cinema mudo, projetavam-se cerca de 16 fotografias, ou quadros, por segundo. Hoje os projetores de filme sonoro passam 24 quadros por segundo.

08 – O que são folhetins? Pesquise.

      Resposta pessoal do aluno.

 

                                                        

 

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