quinta-feira, 8 de outubro de 2020

REPORTAGEM: "DIÁLOGOS NA USP" DISCUTE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES - ANDRÉ NETTO - COM GABARITO

 Reportagem: Diálogos na USP” discute as mudanças climáticas e possíveis soluções

                      As mudanças climáticas estão acontecendo agora e não precisamos esperar o futuro para ver os efeitos. Especialistas garantem que a solução passaria por medidas de Estado

Por André Netto

    A Organização das Nações Unidas vem alertando que a meta do Acordo de Paris, assinado em 2015, de limitar o aumento da temperatura média global “abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais”, corre o sério risco de não ser alcançada. Isso porque as principais economias, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, estão aquém de suas promessas. O planeta está agora quase um grau mais quente do que estava antes do processo de industrialização, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Os 20 anos mais quentes da história foram registrados nos últimos 22 anos, sendo que os anos de 2015 a 2018 ocupam os quatro primeiros lugares do ranking, diz a OMM. O ano passado, por exemplo, bateu todos os recordes. Se essa tendência continuar, as temperaturas poderão subir de 3 a 5 graus até 2100.

        Mas, afinal, o quão quente o planeta ficou e o que podemos fazer em relação a isso?

        Para falar sobre mudanças climáticas e as possíveis soluções, o Diálogos na USP recebeu os professores Emerson Galvani, do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, presidente da Associação Brasileira de Climatologia entre 2008 e 2010, e Marcelo Marini Pereira de Souza, titular da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e presidente da Associação Brasileira de Avaliação de Impacto.

        Marcelo Marini alerta para o fato de que as mudanças climáticas já estão ocorrendo, não é algo que ocorrerá no futuro. “Não é um clique para daqui a pouco, esse clique já aconteceu”, comenta. Segundo o professor, os problemas não têm apenas viés econômico, mas também um grande impacto ambiental, sendo que “o grande problema ambiental hoje é a perda de biodiversidade”, causada principalmente pela ação humana e por essas mudanças no clima. “O ser humano insiste em contribuir com esse processo e não atender às questões globais, atendendo apenas aos interesses econômicos”, afirma.

        Emerson Galvani destaca que não há mais dúvidas de que o planeta está esquentando: “Hoje já é consenso que a temperatura está aumentando, tanto em áreas urbanizadas quanto não urbanizadas”. De acordo com o professor, a causa seria “uma força natural, associada aos ciclos geológicos, e uma força humana”. Ele cita como exemplo de força humana os veículos que utilizamos no dia a dia e que liberam gases estufa.

                              Governo do Estado de São Paulo. Aprender sempre. 9° ano do ensino fundamental. Língua Portuguesa.

Entendendo a reportagem:

01 – Do que o texto fala?

      Fala do aumento da temperatura no planeta e as implicações desse fato.

02 – Releia este trecho:

        “A Organização das Nações Unidas vem alertando que a meta do Acordo de Paris, assinado em 2015, de limitar o aumento da temperatura média global “abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais”, corre o sério risco de não ser alcançada.” Como essa afirmação é sustentada no texto?

      Essa afirmação se sustenta pela citação de fatos e dados, comprovado cientificamente. Caso não o fosse, ela não teria a possibilidade de ganhar a credibilidade do leitor.

03 – Que causas são atribuídas a esse fato?

      As causas de ordem natural e aquelas advindas das ações humanas.

04 – Observando as causas antrópicas, provocadas pelo homem, pense em três intervenções que você, individualmente, poderia fazer para ajudar a diminuir a velocidade dessas mudanças climáticas. Escreva um parágrafo expondo suas ideias.

      Resposta pessoal do aluno.

     

 

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