RESENHA: Nosso reino por um espetáculo – Clowns de Shakespeare
“Um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!” Você com certeza já deve ter ouvido a frase que Ricardo III, ao final do texto de William Shakespeare, grita desesperadamente quando o personagem tenta, pela última vez, escapar das consequências mortais de seus atos. Trata-se de uma daquelas frases canônicas do autor inglês, que se junta ao hall de outras famosas como “Ser ou não ser, eis a questão” ou ainda “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”, ambas de Hamlet.
Nos dias 17 e 18 de setembro [...], a
frase poderá novamente ser ouvida por uma das companhias teatrais brasileiras
mais consolidadas da atualidade. Trata-se do grupo Clowns de Shakespeare,
sediado em Natal (RN) e criado em 1993 com o objetivo de investigar a
comicidade na obra do dramaturgo inglês.[...]
Ora, se encenar Shakespeare
atualmente já é um grande desafio, seja pela distância histórica de mais de
quatro séculos, seja pela extensa lista de referências à obra do autor que se
multiplica com o passar dos anos, montá-lo pela via cômica torna ainda mais
complicada a aventura. [...]
Fonte: Livro: Se liga na língua, 9º Ano, Editora Moderna,
1ª ed.2018, p.200
Entendendo o filme
a)
Segundo a notícia, por que não é fácil
encenar uma obra de Shakespeare?
Porque as obras referem- -se a um tempo histórico distante e
receberam muitas referências ao longo do tempo, o que pressupõe a necessidade
de um estudo amplo.
b)
Que aspecto torna mais significativa a
encenação dessas obras pelo grupo teatral Clowns de Shakespeare?
A opção por uma encenação
cômica, que presume uma adaptação da obra original.
c)
O produtor da notícia menciona “frases
canônicas”. Suponha que o leitor não conheça o sentido de canônicas: como ele
poderia deduzi-lo?
Resposta pessoal. Sugestão: O
texto associa “frases canônicas” a “outras [frases] famosas”, o que permite a
dedução do sentido.
d)
Como o título da notícia elogia o grupo
teatral de que falará?
O título
“Nosso reino por um espetáculo” apresenta intertextualidade com uma frase de
Shakespeare: “Um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!”. Assim como na
frase original, indica-se a disposição de ofertar tudo aquilo de que se dispõe
para a obtenção de algo que passa a ser considerado mais importante; no caso, o
espetáculo.
e)
O trecho “seja pela extensa lista de
referências à obra do autor que se multiplica com o passar dos anos” pode ser
entendido de maneiras diferentes em razão de um uso inadequado do pronome
relativo. Quais são os vários sentidos a que se pode chegar?
Pode-se entender que é a “lista de
referências” ou “as referências” ou a “obra” ou o “autor” que se
multiplicam.
f)
Reescreva o trecho de modo a atribuir-lhe o
único sentido válido nesse contexto.
Sugestão:
Seja pela extensa lista de referências à obra do autor que se multiplicam com o
passar dos anos.
g)
Existe
outro trecho cujo sentido é falho. Identifique-o e exponha o problema e o
sentido que se pretendeu construir.
O trecho é “a frase poderá novamente ser ouvida por uma das
companhias teatrais brasileiras [...]”. Entende-se que a companhia escutará a
frase, quando, de fato, pretende-se dizer que a companhia falará a frase, que
será ouvida pelo público.
Muito Obrigadooooo
ResponderExcluirMuito obg
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