Conto: Não é por inveja
Ivanir Calado Vicente é meu melhor amigo.
Mas nem isso vai me impedir de cortar
sua garganta assim que entrar naquele salão. [...] Observo da esquina do
corredor, enquanto ele gira a chave e abre a porta, depois de olhar para os
dois lados; parece que tem medo de estar sendo seguido. Parece que sente...
culpa.
[...]
Assim que encontrei Vicente, na
terceira série do primeiro grau, me tornei uma espécie de herói para ele. Era a
primeira semana de aula, e eu ainda não conhecia ninguém naquela escola. Mesmo
assim resolvi interferir quando os três garotos mais velhos o encurralaram no
muro, arrancaram sua merenda das mãos e começaram a gritar ameaças. Eu também
só tinha oito anos, como ele, mas meu tamanho fazia aparentar muito mais.
Acabei resolvendo a questão num instante, e a partir daquele dia Vicente e eu
passamos a ser vistos sempre juntos.
A princípio o seu brilho pessoal não me
incomodava. Certo, ele era o mais inteligente da sala, o mais simpático, o mais
engraçado, o mais talentoso; mas também era o menor, o que mais sofria na mão
dos truculentos, e era eu quem o salvava das enrascadas.
E Vicente não se cansava de dizer que
eu era o sujeito mais incrível que ele conhecia.
Mesmo assim, aos poucos a postura de
herói já não me bastava. Eu queria receber os olhares de admiração dos
professores, queria provocar gargalhadas com frases aparentemente vindas do
nada, queria... queria ser como Vicente.
Comecei a estudar feito um louco. Aos
doze anos deixava de ir ao cinema para me preparar para as provas, passava
domingos inteiros trancado no quarto, lendo enciclopédias [...].
Claro que em pouco tempo eu também me
destacava na sala: passei a ser o segundo melhor aluno. É claro que o primeiro
era o Vicente.
E o que mais me irritava era quando,
depois das provas de segunda-feira, ele ficava o recreio inteiro contando os
filmes que tinha visto, a tarde de domingo que havia passado brincando na rua.
Não era justo. Vicente nem ao menos
estudava!
Aos dezesseis anos nos apaixonamos pela
mesma garota [...]
Quando resolvemos conversar a respeito,
ele foi compreensivo [...] Dá pra suportar uma coisa dessas? Ele dizia, com
aquela voz tranquila e sem um pingo de condescendência:
-- Vai lá, você tem mais jeito com as
garotas, é maior, mais boa-pinta. De qualquer modo, ela nem deve saber que eu
existo. Você é que é o galã.
Era verdade. Naquela época eu já havia
namorado um bocado de meninas [...] Vicente, com seu jeito magrelo e miúdo,
conseguia fazer com que elas rissem de verdade, mas nunca era levado a sério.
Como é que eu ia saber que Eliana
preferia um cara divertido a um cara experiente? [...] Tentei todas as
abordagens. Usei meu repertório de cultura enciclopédica quando percebi que ela
não se abalava com músculos, citei poetas e músicos [...]
Vicente tentou ajudar. Evitava falar
com ela, lançava olhares de desculpa para o meu lado quando Eliana só se
interessava pelas coisas que ele dizia, centenas de vezes tentou me convencer
de que ela se interessava por mim. Bobagem. Depois de um mês de tentativas abri
o jogo:
-- Não adiante. Ela tá a fim de você.
Não precisa fingir nem tentar defender a minha campanha.
Durante quase um ano suportei ver os
dois abraçados pelos cantos da escola, e foi com alívio que recebi a notícia de
que ela iria fazer vestibular numa faculdade em São Paulo, para onde sua
família estava se mudando.
Eu passei em segundo lugar para o curso
de física.
Vicente foi o primeiro.
Claro.
Já não existiam os caras mais velhos que
perturbavam Vicente. [...] Mesmo assim ele continuava me chamando de herói.
Isso começou a me dar nos nervos. Nunca
tocamos no assunto, claro, mas pouco a pouco fui percebendo que o ar de
admiração da infância havia se transformado numa espécie de ironia dissimulada.
Quando ele falava “herói”, havia sempre uma sombra de riso nos olhos. Acho que
eu deveria ter aberto o jogo. Deveria ter dito que não queria mais esse tipo de
tratamento; afinal de contas nós éramos adultos. [...]
O tempo da faculdade ia terminando, e
nós pretendíamos fazer o doutorado juntos. Havia algumas ideias revolucionárias
que Vicente “intuíra” durante o curso, e nós decidimos aprofundá-las no
mestrado e no doutorado. (Claro que você, ouvinte inexistente, percebeu que eu
falei de intuição. Vicente continuava não estudando praticamente nada. Deixava
trabalhos para a última hora; resolvia no metrô, no dia da entrega, exercícios
que eu tinha passado meses ralando para decifrar. Não estava direito).
Ele continuou dizendo que precisava de
mim. E era verdade. Eu tinha paciência para gastar noites inteiras diante do
computador, refazendo cálculos, programando equações e gráficos, trazendo para
o plano concreto as impressões fugares que ele rabiscava distraído na toalha do
bar [...].
Mas era um trabalho importante. Sem
mim, ele jamais obteria respeito, jamais passaria de um sonhador desligado do
mundo. E por isso nunca senti inveja.
É verdade. Nem no ano passado, quando
esqueci totalmente do meu aniversário, depois de três dias e duas noites
trancado na sala dos computadores. Ao sair, mais uma vez trazendo a confirmação
das fantasias de Vicente, ele me esperava no bar, com uma torta de frutas e rum
sobre a mesa manchada – como sempre.
Vicente é meu amigo, meu melhor amigo.
O canivete está gelado no bolso da
calça. Minha mão também. Vicente entra no salão.
Tenho de ser rápido, daqui a pouco
virão todos os outros, se eu não agir logo ele destruirá minha vida. Contará ao
mundo, receberá as glórias sozinho. Preciso aproveitar este momento a sós [...]
Admito que as primeiras ideias foram
dele. [...] Sei que ele estabeleceu o ponto de partida e determinou as soluções
mais importantes. Mas Vicente não poderia ter feito isso comigo. Não poderia
reunir as principais figuras da universidade e informar sozinho, sem nem mesmo
me avisar, que estavam resolvidos todos os problemas da viagem acima da
velocidade da luz. [...]
Por isso o canivete pulsa em meu bolso.
Por isso eu sei que preciso agir. Não é por inveja.
Ele entra no salão. ...] A porta começa
a se fechar atrás dele.
Há duas semanas percebi que ele tramava
alguma coisa, mas demorei a descobrir o que era. Tenho passado muito tempo no
computador, envolvido com os últimos cálculos de empuxo hiper-gravitacional; é
difícil colocar a mente em qualquer outra coisa. [...] Senti um arrepio ao
percebê-lo cochichando no ouvido do sub-reitor [...]
Instantaneamente meu cérebro começou a
trabalhar em multitarefa. Ao mesmo tempo em que acompanhava as fileiras de
números na tela e comandava os dedos sobre o teclado, prestava atenção ao que
se passava atrás de mim. Tenho certeza de que o sub-reitor respondeu com um
risinho abafado, muito baixo. [...]
Durante a semana passada a coisa se
intensificou. A parte teórica do projeto estava completa, faltavam apenas
alguns detalhes técnicos e de pouca importância, e nós já conversávamos
sentindo a tranquilidade da tarefa cumprida. Mas Vicente agia de modo cada vez
mais estranho. Num intervalo de dois dias percebi que ele cochichava com mais
cinco figuras importantes da instituição. O motivo para tanto segredo começava
a criar forma na minha cabeça, mas eu me recusava a admitir. Vicente era meu
amigo, meu melhor amigo. Não agiria assim.
Resolvi fazer um teste e força-lo a um
posicionamento. Anteontem, depois de dar forma final às últimas equações,
fiquei de costas para o computador e o encarei. Acho que consegui meu melhor
sorriso, mas por dentro tremia inteiro.
-- Pronto, Vicente. Acho que está na
hora de fazer uma reunião com o conselho universitário. A gente já pode
informar oficialmente os resultados e marcar a primeira publicação.
Parecia que ele tinha levado um tiro.
[...]
-- Acho que a gente deveria esperar
mais um pouco.
-- Esperar o quê? – Minha voz saiu um
pouco irritada, mas eu também me controlei. Se o que eu pensava era verdade,
aquela não seria uma guerra insignificante. Eu não poderia perder o controle
sem motivo. Ele reagia rápido, mas eu o conheço há muito tempo [...]
-- Vamos fazer mais uma revisão geral.
Em duas semanas a gente analisa tudo, e depois podemos marcar a reunião.
Não fazia sentido. Nós já tínhamos
revisado tudo um milhão de vezes, era bobagem adiar.
E os cochichos continuavam. Naquele
mesmo dia ele foi almoçar mais cedo. Quando cheguei ao restaurante, Vicente
estava sentado com o próprio reitor! Não era o estilo dele. E quando os dois me
viram, ficaram sem jeito [...]
Não podia haver mais dúvidas. Ele
estava planejando puxar o meu tapete. Iria fazer a declaração sozinho.
Claro que seria impossível me deixar
totalmente fora dos créditos. Todo mundo sabia que nós trabalhamos juntos no
projeto, mas fazer a primeira declaração sozinho iria, sem dúvida, colocá-lo
como o principal responsável pelas descobertas.
Comecei a fazer minhas investigações.
No final da tarde de anteontem e durante todo o dia de ontem sondei as pessoas
mais variadas. Todas pareciam fazer parte do jogo, fingiam não saber do que eu
estava falando, mas duas ou três disseram um pouco mais do que deviam. Fui à
secretaria e não tive dificuldade para descobrir que Vicente havia reservado o
salão para hoje às duas e meia da tarde.
Ele já entrou. São duas horas. Daqui a
quinze minutos os outros começarão a chegar. Ando rapidamente até a porta e ao
mesmo tempo puxo o canivete. A lâmina se abre com facilidade – exatamente como
treinei a noite inteira.
A decisão foi difícil. Primeiro
precisei ter certeza de que não estava movido pela inveja. Boa parte da noite
foi gasta com raciocínios tortuosos, mas ao mesmo tempo em que afiava a lâmina
eu ganhava a certeza: era pela indignação, pela injustiça. Vicente não podia
ter feito isso comigo, depois de tudo que passamos juntos. Ele diz que eu ainda
sou seu herói, mas ninguém faz uma coisa dessas com o herói da infância. Estou
agindo de consciência limpa. Vou matá-lo porque ele traiu não somente o
espírito comunitário da ciência, mas porque traiu uma amizade de vinte anos.
Tenho certeza: não é por inveja.
Empurro a porta. Esquisito, o salão
está escuro. Talvez ele vá testar o equipamento de projeção. A luz fraca vinda
do corredor espalha uma leve penumbra.
Suficiente para que eu perceba Vicente.
Ele está de pé, no centro do salão.
Ouço um barulho fraco, algo se
arrastando, ou um chiado.
Não posso perder tempo, logo os outros
vão chegar. O canivete parece pegar fogo em minha mão.
[...]
Agarro-o por trás, com o braço
esquerdo. O canivete está na mão direita.
As luzes se acendem de súbito, brancas,
ofuscantes. [...] Um barulho confuso explode em meus ouvidos. Será que ouvi
direito?
Serão aplausos?
Minha mão interrompe o movimento a
milímetros do pescoço dele. O pensamento é rápido, o punho se abre e deixa o
canivete escorregar para dentro da manga do paletó, parando perto do cotovelo.
O gesto se completa. Estou abraçando Vicente por trás, um abraço de amigo de
infância, de herói.
Todo o corpo científico da
universidade, as secretárias, o reitor e o sub-reitor abrem sorrisos enormes
debaixo da faixa estendida e enfeitada com balões de todas as cores. As
palavras invadem meus olhos e explodem como uma supernova: feliz aniversário,
Rodrigo. Parabéns pelo grande feito!
Vicente se vira e me devolve o abraço.
-- Tinha certeza de que você esqueceria
outra vez. [...]
[...] Desço o braço direito pelas
costas de Vicente e enfio a mão no bolso, tentando impedir que o canivete caia
no chão. Com a prática adquirida ontem à noite, fecho a lâmina e deixou-o se
acomodar entre as dobras de tecido. Levanto novamente a mão, agora para cobrir
o rosto. Estou chorando, pode uma coisa dessas? [...] Enquanto os outros me
abraçam, Vicente prepara o projetor. Em seguida me chama ao pódio, me segura
pelos ombros e começa a fazer a declaração que mudará os destinos da
humanidade.
-- Rodrigo é meu herói. Ele é a pessoa
mais importante na descoberta que passaremos a detalhar em seguida.
O canivete pesa uma tonelada em meu
bolso.
Ângela Carneiro et
alii. A inveja. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.
Fonte: Língua
Portuguesa. Viva Português. 9° ano. Editora Ática. Elizabeth Campos. Paula
Marques Cardoso. Silvia Letícia de Andrade. 2ª edição. 2011. P. 54-60.
Entendendo o conto:
01 – Como já vimos, o enredo
de um conto compõe-se dos seguintes momentos:
·
Apresentação (situação inicial).
·
Complicação ou conflito.
·
Clímax (situação de transformação).
·
Desfecho (situação final).
Apresente em poucas linhas o
enredo do conto lido.
Rodrigo, o
narrador-personagem, pretende matar Vicente, seu melhor amigo, pois acredita
que ele apresentará sozinho um trabalho científico importantíssimo desenvolvido
pelos dois. Segundos antes de cometer o crime, Rodrigo é surpreendido por uma
festa de aniversário e pelo reconhecimento de toda a universidade à descoberta
realizada pela dupla. O responsável por tudo aquilo é o amigo do qual ele tanto
desconfiara.
02 – Geralmente o conflito
surge das diferenças entre as personagens envolvidas no drama. Para chegar ao
conflito, portanto, é necessário buscar como foram apresentadas essas
diferenças. Para isso será importante reconstituir a amizade entre Rodrigo e
Vicente.
a)
Em que situação eles se conheceram?
Na escola; Vicente estava sendo encurralado no muro por três garotos
mais velhos, e Rodrigo protegeu-o.
b)
A partir desse momento, como Vicente se
refere ao amigo Rodrigo, como o vê?
Com admiração; enxerga Rodrigo como um herói, como uma pessoa
incrível: “o sujeito mais incrível que ele conhecia”.
c)
E Rodrigo, como se comporta à medida que
conhece melhor Vicente?
Rodrigo busca fazer tudo o que o amigo faz e deseja ter destaque
pelas mesmas razões que o amigo tem: “[...] queria ser como Vicente”.
03 – Compare os trechos
transcritos do texto nas duas etapas a seguir:
1ª etapa:
·
A princípio o seu brilho pessoal não me
incomodava.
·
Eu [...] queria ser como Vicente.
·
Não era justo. Vicente nem ao menos estudava!
·
Durante quase um ano suportei ver os dois
abraçados pelos cantos da escola [...]
·
Vicente foi o primeiro. Claro.
·
Vicente continuava não estudando praticamente
nada. Deixava trabalhos para a última hora; resolvia no metrô, no dia da
entrega, exercícios que eu tinha passado meses ralando para decifrar. Não
estava direito.
2ª etapa:
·
[...] Vicente não poderia ter feito isso
comigo. [...] Por isso o canivete pulsa em meu bolso. Por isso eu sei que
preciso agir. Não é por inveja.
·
Mas era um trabalho importante. Sem mim, ele
jamais obteria respeito, jamais passaria de um sonhador desligado do mundo. E por isso nunca senti inveja.
·
A decisão foi difícil. Primeiro precisei ter
certeza de que não estava movido pela
inveja.
·
Vou matá-lo porque ele traiu não somente o
espírito comunitário da ciência, mas porque traiu uma amizade de vinte anos.
Tenho certeza: não é por inveja.
a)
Com base nos trechos da primeira etapa,
responda: Que visão Rodrigo (o narrador-personagem) demonstra ter de si mesmo?
Rodrigo julga precisar se esforçar muito mais que Vicente para
conseguir alcançar os mesmos objetivos. Pensa ser sempre desfavorecido em
relação ao amigo.
b)
Preste atenção aos trechos destacados na
segunda. Essas afirmações de Rodrigo podem ser consideradas contraditórias se
relacionadas aos trechos da primeira coluna? Explique sua resposta.
Sim. Rodrigo queria ser como Vicente, queria fazer coisas tão boas
quanto ele e gozar do mesmo prestígio, da mesma admiração. Ele afirma não
sentir inveja, mas suas reações contradizem suas palavras.
c)
Conclua: Esse quadro (etapa) representa o
embate entre duas personagens ou o conflito entre uma personagem e seus sentimentos
contraditórios? Justifique sua resposta.
Embora o conto apresente duas personagens, fica claro que o conflito
é gerado por uma personagem apenas (Rodrigo) e seus sentimentos contraditórios.
04 – Relacione as
informações levantadas até agora e apresente o conflito do conto.
O conflito do
conto encontra-se no sentimento de inveja, que gerou uma grande desconfiança de
um amigo em relação ao outro.
05 – Releia o início do
conto:
“Vicente é meu melhor amigo.
Mas nem isso vai me impedir de cortar
sua garganta assim que entrar naquele salão.”
Para justificar o desejo de matar o
melhor amigo, o narrador fez um levantamento dos indícios de traição no
comportamento de Vicente. Releia o texto do início até momentos antes de Rodrigo
ser surpreendido coma festa. Em seu caderno, reproduza um quadro mostrando: Comportamentos que Vicente costumava ter
com o amigo e Indícios da traição de
Vicente levantados por Rodrigo.
Resposta pessoal do aluno.
06 – Segundo o especialista
em produção de textos Othon Garcia, fatos não se discutem, mas opiniões sim.
Ele diz, porém, que os fatos em si nem sempre bastam para que a prova seja
válida. Para validar uma prova, é necessário que a apuração dos fatos seja
rigorosa, relevante e digna de crédito. Rodrigo não tinha razão para desconfiar
de Vicente. Explique essa afirmação com base nas informações do Comportamentos que Vicente costumava ter
com o amigo. Da questão 05.
Durante todo o
tempo, Vicente apenas deu provas de amizade a Rodrigo, não tomou uma atitude
sequer que sugerisse necessidade de levar vantagem sobre o amigo.
07 – Analise os Indícios da traição de Vicente levantados
por Rodrigo, (questão 05). As observações feitas pelo narrador-personagem
são suficientes para a conclusão a que ele chegou? Por quê?
Não. Rodrigo
partiu de suposições, não teve coragem de esclarecê-las e estava prestes a
praticar um grave delito.
08 – Os fatos, devidamente observados, podem levar à certeza
absoluta; já os indícios nos
permitem somente inferências e, além disso, eles podem ser contaminados pelos
desejos, pelos sentimentos.
a)
Na sua opinião, ao levantar indícios de
traição, quais sentimentos, quais medos ocupavam a mente de Rodrigo?
Resposta pessoal do aluno.
b)
E qual fato Rodrigo deixou de considerar?
A amizade sincera e cheia de gratidão que Vicente sempre demonstrara
sentir por ele.
09 – Você já sabe que toda
narrativa contém um tema, um assunto e uma mensagem.
·
O tema do conto lido é a inveja.
·
O assunto é a relação de grande amizade entre
dois rapazes ameaçada pelo sentimento de inveja e de desconfiança de um deles.
Identifique a mensagem.
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: o sentimento de inveja é tão pernicioso que distorce a
visão da realidade e pode devastar uma relação.
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