Reportagem: Não é o que você vê
BELEZA É MAIS DO QUE APARÊNCIA. PERSONALIDADE E ATITUDE TAMBÉM NOS FAZEM PARECER MAIS BONITOS
Rogério Schlegel
Da boca para fora, Vinicius de Moraes
não titubeava: "Beleza é fundamental". Ele próprio, no entanto, tinha
barriguinha aparente, fumava até amarelar os dentes e conseguia ser ao mesmo
tempo meio careca e descabelado. Nem por isso o poetinha sofreu com falta de
pretendentes. Vinicius é um bom exemplo de como são duvidosos os juízos sobre a
beleza. Melhor pensar direito antes de adotá-los como verdade absoluta. Ou
antes de sair perseguindo as formas de uma garota de Ipanema.
É verdade que nunca a imagem foi tão
privilegiada, mas isso não quer dizer que sejamos reféns dos padrões dominantes
de beleza. Primeiro, é preciso entender como esses padrões são criados. Sim,
criados. Os lábios e, ah, as curvas da Gisele Bündchen podem parecer
universais, mas nossa admiração por sua figura magricela é um traço cultural.
Em segundo lugar, beleza não é só aparência física. Pesquisas mostram que
atitudes bacanas e traços positivos de personalidade, como bom humor, fazem com
que as pessoas sejam percebidas como mais bonitas. Quem está ao seu redor passa
a misturar as qualidades, borrando as fronteiras entre os atributos estéticos e
os de personalidade. E isso não é conversa de autoajuda para os feiosos. Essa
confusão de sentidos, que faz o risonho parecer bonito, tem nome científico:
chama-se perda da objetividade.
O melhor de tudo é que essa beleza
expandida, que inclui o número de bons-dias que você dá e outros quesitos, pode
ser cultivada. E não estamos falando de cumprir pena na academia de ginástica.
A ideia é: ressalte o melhor que você tem por dentro e fique melhor por fora.
"Você não precisa ser lindo para ser bonito", afirma o cantor Wando,
uma autoridade em matéria de beleza interior. Malhar a autoestima, anabolizar a
confiança e esculpir a autenticidade são tratamentos de beleza. Como costuma
dizer a publicidade de cosméticos, "todos vão notar". Não há um jeito
certo de ser bonito, nem um jeito errado. Cada um encontra sua beleza.
Padrão
universal
Falando assim, parece simples ser
bonito. E é. Basta procurar os parâmetros do que é belo no lugar certo, ou
seja, em você. Se deixar que os outros decidam isso, vai morrer esperando,
porque a discussão sobre o que é beleza começou há séculos e não vai acabar
nunca. Começa com os filósofos gregos, para quem a beleza estava ligada à
virtude moral, o que, bem grosso modo, quer dizer o seguinte: se você é bonita,
tem um narizinho arrebitado e aqueles olhos de que eu gosto tanto,
provavelmente é também honesta, fiel e mais uma porção de boas coisas. A beleza
estava no objeto. Só no século 18 foram perceber o óbvio: a beleza está nos
olhos de quem vê. De fato, é fácil constatar isso: as madonas que pareciam
lindas aos olhos dos pintores renascentistas são rechonchudas demais para os
padrões anoréxicos da moda atual. Para quem não aguenta ver uma sueca ou um
norueguês sem suspirar, saiba que os navegadores europeus assustavam muita
gente. Para nativos da América, África e Ásia que nunca tinham visto europeus,
eles pareciam fantasmas, com suas peles e cabelos claros.
Mas quem matou a charada foi o filósofo
alemão Hegel, que disse, no século 19, que o prazer com o belo é um deleite
narcísico. Em outras palavras: admiramos aquilo que é o reflexo de nós mesmos.
"Em cada época, o que destoa do padrão vigente é considerado incômodo,
estranho, feio", diz Charles Feitosa, doutor em filosofia que pesquisa a
estética do feio e autor do livro Explicando a Filosofia com Arte.
"Aprender a relativizar o conceito de beleza é aprender a lidar com o
outro, com o diferente", diz.
Beleza
pura
Mas houve quem procurasse um padrão
estético absoluto, que fosse considerado bonito entre ocidentais de hoje e da
Idade Média, entre ianomâmis e habitantes da Polinésia, entre nigerianos e
japoneses. Nesse ramo do conhecimento, a estética, a matemática e a biologia
são frequentemente chamadas para ajudar na discussão.
Os antigos gregos e os renascentistas
acreditavam que o belo poderia ser definido por equilíbrios geométricos.
Bastava combinar de forma harmoniosa partes de tamanho apropriado. Eles
trabalhavam até com uma receita de beleza baseada no equilíbrio espacial,
chamada de proporção áurea. Por essa regra, bonito era ter nariz e orelhas com
comprimento igual, e foi assim que as pessoas foram retratadas pelos artistas
da Renascença. Hoje, essas antigas teses parecem simplistas, mas na verdade elas
só foram substituídas por outras, que seguem em vigor, agora dando lucros aos
cirurgiões plásticos, em vez de artistas. Tudo isso faz parte do esforço da
humanidade para colocar ordem na grande confusão que é a realidade. Quem dera
pudéssemos entender a beleza usando fórmulas matemáticas.
A biologia parece ter mais fôlego na
explicação dos ideais de beleza. Tudo começa com Charles Darwin, pai da teoria
da evolução, que no século 19 percebeu que os animais selecionavam parceiros
sexuais pela aparência. Entre os cervos, por exemplo, machos com chifres
simétricos são os preferidos. A aparência aí está relacionada à capacidade de
gerar filhotes sadios e com maiores chances de sucesso na luta pela vida. Para
muitos especialistas, também entre os humanos a beleza seria interpretada como
sinal de bons genes. Um exemplo? Mulheres com cintura estreita são bonitas
tanto para os índios peruanos do século 16 como para as francesinhas do século
21. O psicólogo Aílton Amélio, do Centro de Estudos da Timidez e do Amor, da
Universidade de São Paulo, diz que a relação ideal entre cintura e quadril é
0,67 a 0,80 – ou seja, o ideal de beleza universal prevê cintura que tenha no
máximo 80% da medida do quadril. É uma questão estética, que tem por trás uma
explicação biológica: cinturas mais grossas geralmente indicam disfunções
hormonais e menos chances de gerar filhos. As banhistas de Renoir, consideradas
modelo de beleza ao tempo em que foram pintadas, estão no intervalo entre 0,67
e 0,80, segundo Amélio. Quer outra pista da universalidade? Quando ocidentais
são mostradas a homens polinésios, eles consideram os corpos delas feios, mas
as menos feias são justamente as que têm cintura fina.
No caso dos homens, é universalmente
valorizado o espécime que tem ombros mais largos que o quadril e maxilar forte,
quadrado. Também há estudos mostrando que rostos que consideramos bonitos em
ambos os sexos chamam mais a atenção de bebês – mais um indício de atributos
universais de beleza, pois as crianças muito pequenas nem experimentaram as
influências da cultura. Em geral, sinais que indicam juventude, fertilidade e
afirmação do sexo são considerados belos pelos grupos mais variados.
A
ditadura da beleza
Entre os fatores que influenciam a
percepção de beleza, é a cultura que parece ter papel predominante na tirania
contemporânea da aparência. Há um consenso de que é exagerada a importância que
se dá aos traços físicos das pessoas, sobretudo no Ocidente. "Estamos
esquecendo os valores éticos e outros aspectos do ser humano", diz o
filósofo Charles Feitosa. "Fala-se do aspecto físico como se estivesse em
julgamento a qualidade da pessoa."
Algumas mudanças na economia e na
sociedade ajudam a entender como chegamos até aqui. Vivemos na era
pós-industrial, quer dizer, não é mais a indústria o centro da economia. Hoje,
quem avança é o setor de serviços – o comércio, os bancos, o turismo, o lazer.
Num mundo com menos operários de macacão e mais mocinhas atrás dos balcões, a
aparência conta muito mais. Também o salto tecnológico nas comunicações cria um
ambiente em que a imagem é tudo. Basta olhar os telefones celulares à sua
volta, a cada dia com mais truques para transmitir imagens. Antes você
descrevia a pessoa amada para um amigo, agora vai mostrar a foto dela no celular.
É bem diferente, concorda? Também vivemos uma individualização crescente, com
as pessoas cada vez mais isoladas e com menos trocas humanas. Passamos a ser
julgados menos pelo que somos e mais pelo que, à distância, parecemos ser.
O resultado disso é que o padrão
dominante de beleza, inventado por uma meia dúzia e divulgado por outra meia
dúzia, contaminou todos os ambientes. Você liga a televisão e lá estão as
bonitonas e os saradões no papel de vencedores. Você é bombardeado por peças
publicitárias que associam comunhão familiar e beleza, dinheiro no bolso e
beleza, ser amado e beleza, felicidade e beleza. O pior é quando isso sai da TV
e alcança sua vida. Pesquisa publicada em 1994 pela revista americana American
Economic Review mostrou que pessoas consideradas bonitas ganham salários em
média 10% mais altos do que as feias. Você se pergunta então se belos traços
físicos significam tratamento melhor no dia-a-dia e fica sabendo do teste da
moeda feito por psicólogos norte-americanos. Ao encontrarem 10 centavos
intencionalmente deixados numa cabine telefônica, 87% dos ocupantes devolveram
a moeda quando apareceu uma mulher bonita perguntando por ela. Só 60% fizeram o
mesmo por uma mulher tida como feia.
Mas chega de falar do problema. Já dissemos
que há padrões aparentemente universais de beleza, que outros são criados pela
cultura e que há hoje uma ditadura da imagem, que influencia, de fato, a vida
de todos. Tudo isso nos empurra para que nos encaixemos nos padrões de beleza.
Mas não estamos sem alternativas. Há várias.
Encontre
sua beleza
Comece por não se deixar levar só pela
aparência. Explicando melhor: contrariando a primeira impressão, os atributos
unicamente estéticos não são o principal quesito usado pelas pessoas para avaliar
as outras. Pesquisa em 37 países sobre o que homens e mulheres consideravam
mais importante na hora de escolher o parceiro amoroso deu que, para os homens,
a boa aparência é o décimo quesito, atrás de estabilidade emocional,
inteligência e sociabilidade, por exemplo. Entre as mulheres, ficou em 13º,
ultrapassada por elegância, ambição e boa perspectiva financeira.
Mesmo em carreiras em que o visual
conta muito, a beleza está longe de ser o único critério de avaliação. "A
maioria dos modelos e artistas sofre demais para se adequar a um padrão
estabelecido", diz o modelo Paulo Zulu. "Mas o visual pode ser o
cartão de entrada e também o cartão de saída. O que fica é o caráter."
Para os repórteres e apresentadores de televisão, por exemplo, simpatia,
naturalidade e, sobretudo, credibilidade são atributos até mais importantes do
que um rosto bonito. "Há casos de gente que desponta usando apenas a
aparência, mas esses acabam sendo sucessos passageiros", afirma Luciana
Lancellotti, repórter da Rede Record – uma profissão que requer boa
apresentação. "Não adianta nada ser maravilhoso e não criar uma relação de
proximidade com o espectador." O cantor Wando diz que há espaço de sobra
para artistas como ele. "Não sou lindo. Sou um tipo latino, que se bobear fica
meio gordinho. Meu forte é a comunicação, e é isso que faz a beleza da gente
ficar grande."
A
beleza expandida
Wando toca num ponto fundamental: as
atitudes e o astral são capazes de deixar você mais bonito. Tire proveito dessa
miopia benigna que faz com que suas qualidades todas sejam percebidas pelos
outros como beleza. É científico. Experiências demonstram que a avaliação da
aparência varia com o contato interpessoal. A mesma pessoa dá notas diferentes
para as características físicas de alguém antes e depois de conhecê-lo. Uma
presença agradável afeta positivamente essa avaliação, "embelezando"
uma pessoa antes avaliada apenas por foto. Está aí um convite para você
explorar seu potencial. Abuse de seu bom humor, dê asas a sua simpatia, seja positivo
e coloque seu lado bom lá para cima. Nada mais bonito do que alguém que está de
bem com a vida, pouco importando a relação entre o tamanho de sua cintura e o
de seu quadril. "De que vale uma bela aparência, se a pessoa não está bem
com ela mesma?", diz a atriz Luciana Vendramini (aqui à direita, na foto
da esquerda). Mais ainda: como é possível ter uma boa aparência sem estar de
bem com a gente mesmo?
É preciso lembrar que todos temos
defeitos, incompletudes, pontos fracos, mesmo o Brad Pitt. "Se você
conhece seus limites e seus pontos fortes e é capaz de aceitá-los todos, será
visto como alguém mais bem resolvido e mais bonito", avalia o psicanalista
Cláudio Bastidas, autor do livro Outra Beleza, sobre psicanálise, literatura e
estética. "O inverso também é verdadeiro: quem não se aceita transmite
desconforto", diz ele.
Entre todas as qualidades lembradas
pelos especialistas, a autoestima e a autoconfiança costumam ser as armas mais
poderosas na busca por essa beleza ampliada. Simples. Ambas têm um impacto
direto na sua maneira de encarar o mundo e na forma como as pessoas percebem
você. Quem resiste a quem olha no olho, fala de maneira enfática, mostra
firmeza sem ser rude e exibe serenidade sem ser apagado? A questão é que não
basta interpretar, é preciso ser seguro de fato. Esses sinais de autoconfiança
aparecem nos pequenos detalhes, como na forma de gesticular ou no timbre da
voz. Não dá para fingir – nem seria o caso. Gostar de si mesmo e confiar na
própria capacidade podem ter efeitos mágicos em sua receita de beleza. Tanto
assim que há quem acredite que vem daí parte do poder de quem tem
características físicas privilegiadas. "Se uma pessoa se sente bonita, ela
desenvolve uma autoconfiança maior e isso reforça sua atitude no trabalho",
afirma Maria Irene Betiol, professora de psicologia da Escola de Administração
de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. "Em geral, uma
pessoa que se acha bonita é mais segura de saída e por causa disso deixa fluir
com mais facilidade sua competência." Haveria assim uma espécie de
"efeito Tostines": a pessoa é segura porque é bonita ou parece mais
bonita por ser segura?
Na sedução, boas doses de confiança e
dedicação costumam levar mais longe do que um rostinho bonito. "O sujeito
que poderia ser considerado fisicamente feio tem armas que o bonito nunca vai
desenvolver", avalia o jornalista e escritor Xico Sá, autor do livro A
Divina Comédia da Fama. Ele exemplifica: o segundo tipo é mais paciente e
aplicado, mais caprichoso no sexo e não costuma escorregar no egocentrismo,
como faz o homem bonito. "O Rodrigo Santoro vai para ganhar por nocaute.
Já o cara feio tem de ganhar por pontos e precisa ter mais consistência",
diz Xico, que se auto define como um "suposto feio". Para o escritor,
não há dúvida de que as mulheres mais atraentes não são necessariamente as mais
belas fisicamente. "Entre uma modelo sem um pingo de safadeza e outra
mulher mais gordinha e insinuante, fico com a segunda sem vacilar." O
fundamental na avaliação dele é não entregar os pontos à ditadura do físico.
"Não critico quem faz plástica ou põe silicone, mas é mais saudável você
descobrir onde está sua beleza particular", diz Xico.
Perceber quem você é passa a ser
fundamental na busca dessa beleza expandida. É preciso descobrir sua
identidade. Nesse quesito, o caso do ator Raul Cortez é lembrado pelo
psiquiatra Cláudio Bastidas. Embora não se aproximasse do protótipo de beleza
masculina, Cortez assumiu seu tipo físico e fez papéis de galã quando era mais
jovem. Além disso, a pluralidade da sociedade, com sua riqueza de visões e
grupos diferentes, é um bom estímulo para que cada um procure sua turma. Cada
tribo tem sua leitura do que é bonito e de que atitudes são valorizadas. Os
sociólogos têm musas diferentes dos skatistas, cuja estética é bem diversa da
dos surfistas. Saiba ser diferente e procure os diferentes iguais a você.
Na busca de sua autêntica beleza, você
pode até concluir que vale a pena tentar se aproximar do padrão estético
dominante. Isso de fato tornará você mais feliz? A maior parte dos
especialistas não vê nada de errado em caprichar no visual, desde que essa aposta
não se transforme em algo doentio. "A preocupação com a aparência física é
saudável, é uma afirmação da vida. O que não podemos é exagerar, supervalorizar
o corpo e esquecer todo o resto", afirma o filósofo Charles Feitosa. É
fundamental perceber que há valores mais nobres em jogo, especialmente a sua
felicidade. E, nesse ponto, Vinicius de Moraes é incontestável: “É melhor ser
alegre que ser triste.”
Revista Vida Simples,
ago. 2004.
Fonte: Língua
Portuguesa. Viva Português. 9° ano. Editora Ática. Elizabeth Campos. Paula
Marques Cardoso. Silvia Letícia de Andrade. 2ª edição. 2011. P. 170-6.
Entendendo a reportagem:
01 – Uma característica
importante do gênero reportagem é a objetividade.
a)
Que palavras do título e do olho indicam a
preocupação do redator da reportagem de se aproximar do leitor e se incluir no
problema abordado?
Você e nos.
b)
Releia os dois primeiros parágrafos e
identifique em que pessoa foi escrito o texto.
O texto foi escrito na primeira pessoa do plural.
c)
Ao falar diretamente com o leitor e
incluir-se nos problemas levantados pelo texto, o redator torna a reportagem
mais envolvente? Justifique sua resposta.
Sim, pois o assunto é tratado como se fosse uma preocupação de
todos, inclusive do jornalista.
d)
Na sua opinião, o tema abordado permite dispensar
a objetividade que geralmente caracteriza uma reportagem?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, como o tema é subjetivo e
envolve os valores das pessoas, o jornalista pode organizar o texto expondo
suas opiniões e procurando convencer os leitores da relevância delas.
02 – Copie no caderno as
frases a seguir.
·
Escreva 1
ao lado da frase que contenha a ideia principal do parágrafo, importante para o
desenvolvimento da reportagem.
·
Escreva 2
ao lado das frases que contenham ideias secundárias, ilustrativas da ideia
principal.
Primeiro parágrafo.
a) “Da
boca para fora, Vinícius de Moraes não titubeava: ‘Beleza é fundamental’.” 2.
b) “Nem
por isso o poetinha sofreu com falta de pretendentes.” 2.
c) “Vinícius
é um bom exemplo de como são duvidosos os juízos sobre a beleza.” 1.
d) “Melhor
pensar direito [...] antes de sair perseguindo as formas de uma garota de
Ipanema.” 2.
Segundo parágrafo.
a)
Estamos em uma era em que a imagem é bastante
privilegiada. 2.
b)
Gisele Bundchen apresenta características de
um padrão de beleza que pode parecer universal. 2.
c)
É importante entender como os padrões de
beleza são criados e perceber que a beleza não se compõe apenas da aparência
física. 1.
d)
O texto não deve ser considerado uma conversa
de autoajuda para feiosos. 2.
Terceiro parágrafo.
a)
O cantor Wando é uma autoridade em matéria de
beleza interior. 2.
b)
As pessoas não devem cumprir pena na academia
para ficarem mais bonitas. 2.
c)
A beleza que vai além da aparência física
pode ser cultivada. 1.
d)
Todos vão notar a “malhação” na autoestima. 2.
03 – As informações
principais dos três parágrafos iniciais são retomadas ao longo da reportagem.
Relacione no caderno as ideias principais de cada um desses parágrafos aos
entretítulos da reportagem:
a)
“A ditadura da beleza”.
É importante entender como os padrões de beleza são criados e
perceber que a beleza não se compõe apenas da aparência física.
b)
“A beleza expandida”.
A beleza que vai além da aparência física pode ser cultivada.
c)
“Padrão universal”.
Vinícius é um exemplo de como são duvidosos os juízos sobre a
beleza.
04 – Releia a parte da
reportagem intitulada “Padrão universal”, depois copie no caderno a opção
correta:
a)
Que recursos são usados para convencer o
leitor da validade das ideias defendidas?
·
Referências históricas.
·
Conclusões do jornalismo com base nos dados
apresentados.
·
Citação de filósofos.
·
Depoimentos de especialistas.
·
Todas as anteriores.
b)
Com base nessa parte do texto, concluímos
que:
·
Não há um padrão universal de beleza.
·
Uma pessoa honesta, fiel e boa é também
bonita.
·
As pessoas só gostam do que se parece com
elas.
·
É necessário entender o outro para entender a
beleza.
05 – Segundo a parte
intitulada “A ditadura da beleza”,
alguns fatores levaram as sociedades ocidentais à grande valorização da imagem.
Copie no caderno os trechos do texto que explicam como os fatores abaixo
contribuem para a valorização da aparência.
a)
Avanço do setor de serviços.
“Num mundo com menos operários de macacão e mais mocinhas atrás dos
balcões, a aparência conta muito mais.”
b)
Salto tecnológico nas comunicações.
“Antes você descrevia a pessoa amada para um amigo, agora vai
mostrar a foto dela no celular.”
c)
Individualização crescente.
“Passamos a ser julgados menos pelo que somos e mais pelo que, a
distância, parecemos ser.”
06 – Segundo o texto, de que
maneira o padrão dominante de beleza contaminou todos os ambientes?
Na televisão e
nas campanhas publicitárias, as bonitonas e os saradões são sempre vencedores –
tudo o que é bom está associado à beleza.
07 – A observação das
novelas e dos comerciais de televisão confirma a resposta dada à questão
anterior?
Resposta pessoal
do aluno.
08 – Releia o trecho abaixo
e explique a que diferença o jornalista se refere: “Basta olhar os telefones
celulares à sua volta, a cada dia com mais truques para transmitir imagens.
Antes você descrevia a pessoa amada para um amigo, agora vai mostrar a foto
dela no celular. É bem diferente,
concorda?”
Ao descrever a
pessoa amada, há a mediação do sentimento. Já a foto é substituída
imediatamente à avaliação de um terceiro, que pode estar influenciado pelo
padrão vigente de beleza.
09 – Na parte “Encontre sua
beleza”, que recursos são usados para convencer o leitor de que ele pode não se
deixar levar só pela aparência?
Citação de
resultado de pesquisa sobre a escolha do parceiro e depoimentos de
profissionais cujo trabalho depende muito da imagem (repórter de televisão e
modelo). Os depoimentos destacam o caráter, a simpatia, a naturalidade e a
credibilidade.
10 – O texto foi iniciado
com uma famosa frase de Vinícius de Moraes – “Beleza é fundamental” – e foi concluído com um verso de uma de suas
músicas: “É melhor ser alegre que ser
triste.” Copie as duas alternativas corretas. A associação desses dois
trechos sugere que:
a)
A beleza é uma forma de conquistar a
felicidade.
b)
Não ser belo pode provocar tristeza.
c)
Preocupar-se em ser feliz é mais
importante que se preocupar com a beleza.
d)
A busca desenfreada pela beleza
pode produzir mais infelicidade que alegria.
11 – Você constatou que nem
sempre houve coincidências entre as escolhas das pessoas pelas imagens e pelas
características de personalidade. Na reportagem lida, o autor cita pesquisas
que explicam esse fato. Anote no caderno o trecho do texto que faz referência a
essas pesquisas.
“Pesquisas mostram que atitudes bacanas e
traços positivos de personalidade, como bom humor, fazem com que as pessoas
sejam percebidas como mais bonitas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário