quinta-feira, 9 de julho de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): TRISTE, LOUCA OU MÁ - JULIANA STRASSACAPA - COM GABARITO

Música(Atividades): Triste, Louca ou Má

                                                               Juliana Strassacapa

Triste, louca ou má

Será qualificada ela

Quem recusar

Seguir receita tal.

 

A receita cultural

Do marido, da família

Cuida, cuida da rotina.

 

Só mesmo rejeita

Bem conhecida receita

Quem, não sem dores

Aceita que tudo deve mudar.

 

Que um homem não te define

Sua casa não te define

Sua carne não te define

Você é seu próprio lar.

 

Um homem não te define

Sua casa não te define

Sua carne não te define

Você é seu próprio lar.

 

Ela desatinou

Desatou nós

Vai viver só.

 

Ela desatinou

Desatou nós

Vai viver só.

 

Eu não me vejo na palavra

Fêmea: Alvo de caça

Conformada vítima.

 

Prefiro queimar o mapa

Traçar de novo a estrada

Ver cores nas cinzas

E a vida reinventar.

 

E um homem não me define

Minha casa não me define

Minha carne não me define

Eu sou meu próprio lar.

 

E um homem não me define

Minha casa não me define

Minha carne não me define

Eu sou meu próprio lar.

 

Ela desatinou

Desatou nós

Vai viver só.

 

Ela desatinou

Desatou nós

Vai viver só.

 

Ela desatinou (e um homem não me define)

Desatou nós (minha casa não me define)

Vai viver só (minha carne não me define)

Eu sou meu próprio lar.

 

Ela desatinou (e um homem não me define)

Desatou nós (minha casa não me define)

Vai viver (minha carne não me define)

Eu sou meu próprio lar.

          Composição: Sebástian Piracés - Ugarte / Rafael Gomes / Mateo Piracés - Ugarte / Andrei Martinez Kozyreff / Juliana Strassacapa.

Entendendo a canção:

01 – A alternativa que melhor interpreta esta canção, da banda “Francisco, El Hombre”, é:

a)   “Triste”, “louca” e “má” são qualificações sempre atribuídas a mulheres que não se inserem em famílias tradicionais e rompem com preceitos sociais atuais.

b)   A “receita cultural”, por ser “do marido, da família”, está no âmbito do familiar, portanto não se refere à sociedade. Dessa forma, rompe com essa receita é algo indolor, como afirmar os versos “Quem não sem dores / Aceita que tudo deve mudar”.

c)   Nos versos 13 e 14, os termos “casa” e “carne” são metáforas que representam os papéis sociais atribuídas às mulheres.

d)   A construção “ela desatinou” é paradoxal em relação à canção, já que o eu lírico critica a mulher que rompe com essa “receita” por perder o juízo.

e)   A expressão “Desatou nós” é polissêmica, assim como a expressão “queimar o mapa”, e ambas podem ser lidas, inclusive, de modo denotativo na canção.

02 – Que crítica há na canção?

      A canção critica o fato de que, às mulheres, são atribuídos certos papéis sociais, e a problematização da ideia de normatização de certos comportamentos sociais.

03 – Considera-se a letra dessa canção, na qualidade de poesia moderna com que tipo de texto?

      Um texto que narra o processo de emancipação e a busca por direitos iguais das mulheres.

04 – Como é a mulher citada na canção?

      Ela não quer ter filhos, deseja viver sozinha, não pretende ter uma vida que se resume basicamente em limpar a casa, cuidar dos filhos e servir seu marido, que acredita ter um empoderamento sobre ela.

05 – Por que a mulher da canção é vista como triste, louca e má?

      Por ela rejeitar a figura masculina.

06 – A expressão “A receita cultural”, que as mulheres não devem seguir, citada na canção, é imposta por quem?

      É imposta por uma ideologia na sociedade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário