quarta-feira, 6 de abril de 2022

CRÔNICA: PEÇA INFANTIL - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

 Crônica: Peça infantil

              Luís Fernando Veríssimo

          A professora começa a se arrepender de ter concordado (“Você é a única que tem temperamento para isso”) em dirigir a peça quando uma das fadinhas anuncia que precisa fazer xixi. É como um sinal. Todas as fadinhas decidem que precisam, urgentemente, fazer xixi.

      — Está bem, mas só as fadinhas — diz a professora.

      — E uma de cada vez! Mas as fadinhas vão em bando para o banheiro.

     — Uma de cada vez! Uma de cada vez! E você, aonde é que pensa que vai?

     — Ao banheiro.

     — Não vai não.

     — Mas tia.

     — Em primeiro lugar, o banheiro já está cheio. Em segundo lugar, você não é fadinha, é caçador. Volte para o seu lugar. Um pirata chega atrasado e com a notícia de que sua mãe não conseguiu terminar a capa. Serve a toalha?

      — Não. Você vai ser o único de capa branca. É melhor tirar o tapa-olho e ficar de anão. Vai ser um pouco engraçado, oito anões, mas tudo bem. Por que você está chorando?

      — Eu não quero ser anão.

      — Então fica de lavrador.

      — Posso ficar com o tapa-olho?

      — Pode. Um lavrador de tapa-olho. Tudo bem.

      — Tia, onde é que eu fico?

      É uma margarida.

      — Você fica ali.

      A professora se dá conta de que as margaridas estão desorganizadas.

      — Atenção, margaridas! Todas ali. Você não. Você é coelhinho.

       -  Mas o meu nome é Margarida.

     — Não interessa! Desculpe, a tia não quis gritar com você. Atenção, coelhinhos. Todos comigo. Margaridas ali, coelhinhos aqui. Lavradores daquele lado, árvores atrás. Árvore, tira o dedo do nariz. Onde é que estão as fadinhas? Que xixi mais demorado.

      — Eu vou chamar.

      — Fique onde está, lavrador. Uma das margaridas vai chamá-las.

      — Já vou.

      — Você não, Margarida! Você é coelhinho. Uma das margaridas. Você. Vá chamar as fadinhas. Piratas, fiquem quietos.

      — Tia, o que é que eu sou? Eu esqueci o que eu sou.

         — Você é o sol. Fica ali que depois a tia... Piratas, por favor! As fadinhas começaram a voltar. Com problemas. Muitas se enredaram nos seus véus e não conseguem arrumá-los. Ajudam-se mutuamente, mas no seu nervosismo só pioraram a confusão.

        — Borboletas, ajudem aqui — pede a professora. Mas as borboletas não ouvem. As borboletas estão etéreas. As borboletas fazem poses, fazem esvoaçar seus próprios véus, não ligam para o mundo. A professora, com a ajuda de um coelhinho amigo, de uma árvore e de um camponês, desembaraça os véus das fadinhas.

       — Piratas, parem. O próximo que der um pontapé vai ser anão. Desastre: quebrou uma ponta da lua.

       — Como é que você conseguiu fazer isso? — perguntou a professora sorrindo, sentindo que o seu sorriso deve parecer demente.

       — Foi ela! A acusada é uma camponesa [...] que gosta de distribuir tapas entre os seus inferiores.

       — Não tem remédio. Tira isso da cabeça e fica com os anões.

       — E a minha frase? A professora tinha esquecido. A Lua tem uma fala.

       — Quem diz a frase da Lua é, deixa eu ver... O relógio.

       — Quem?

       — O relógio. Cadê o relógio?

       — Ele não veio.

       — O quê?

       — Está com caxumba.

      — Ai, meu Deus. Sol, você vai ter que falar pela Lua. Sol, está me ouvindo?

       — Eu?

       — Você, sim senhor. Você sabe a fala da Lua?

       — Me deu uma dor de barriga.

       — Essa não é frase da Lua.

       — Me deu mesmo, tia. Tenho que ir embora.

       — Está bem, está bem. Quem diz a frase da Lua é você.

       — Mas eu sou caçador.

       — Eu sei que você é caçador! Mas diz a frase da Lua! E não quero discussão!

       — Mas eu não sei a frase da Lua.

       — Piratas, parem!

       — Piratas, parem. Certo.

       — Eu não estava falando com você. Piratas, de uma vez por todas... A camponesa [...] resolve tomar a justiça nas mãos e dá um croque num pirata. A classe é unida e avança contra a camponesa, que recua, derrubando uma árvore. As borboletas esvoaçam. Os coelhinhos estão em polvorosa. A professora grita: — Parem! Parem! A cortina vai abrir. Todos a seus lugares. Vai começar!

       — Mas, tia, e a frase da Lua?

       — “Boa noite, Sol”.

       — Boa noite.

       — Eu não estou falando com você!

       — Eu não sou mais o Sol?

       — É. Mas eu estava dizendo a frase da Lua. “Boa noite, Sol.”

       — Boa noite, Sol. Boa noite, Sol. Não vou esquecer. Boa noite, Sol...

      — Atenção, todo mundo! Piratas e anões nos bastidores. Quem fizer um barulho antes de entrar em cena, eu ... Coelhinhos nos seus lugares. Árvores, para trás. Fadinhas, aqui. Borboletas, esperem a deixa. Margaridas, no chão.

        Todos se preparam.

        — Você não, Margarida! Você é coelhinho!

        Abre o pano.

VERISSIMO, Luís Fernando. Peça infantil. In: Para Gostar de Ler Júnior. São Paulo: Ática, 2005. (Adaptado.)

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano p.68 a 71.

Entendendo o texto

01.  Releia a crônica e aponte:

a)   os personagens.

São as crianças e a professora.

b)   o espaço.

Apresenta a escola como espaço.

c)   o tempo.

O tempo é cronológico, pois os fatos acontecem em sequência.

d)   à situação inicial.

É a preparação para apresentação de uma peça na escola.

e)   o conflito.

O conflito é vivido pela professora, que se arrepende em ter concordado em dirigir a peça, já que é difícil controlar a organização das crianças.

f)     o clímax.

O clímax se mistura ao desfecho no momento em que as cortinas se abrem. Não é possível saber o resultado da apresentação da peça.

g)   o desfecho.

Não é possível saber o desfecho.

02.  O que promove o humor do texto Peça infantil?

   As várias situações provocadas pelas crianças (típicas da idade em que estão) e o fato de a professora perder o controle da turma e se desesperar minutos antes de a peça começar.

03.  Esse texto é composto por

 a) linguagem verbal.

 b) linguagem não verbal.

 c) linguagem verbal e não verbal.

   


segunda-feira, 4 de abril de 2022

TEXTO/DISSERTAÇÃO EM PROSA: PRECISA-SE DE CIDADÃOS - COM QUESTÕES GABARITADAS

 TEXTO/DISSERTAÇÃO EM PROSA: PRECISA-SE DE CIDADÃOS

         Cientistas políticos notaram que a consolidação das instituições democráticas acaba diminuindo a frequência de plebiscitos ou outras formas de participação política popular extraeleitoral. O fato foi tomado, incorretamente, por muitos, como a superação gradual da participação política, que nos levaria ao surgimento de tecnocracias; a realidade, porém, é outra: não há diminuição da relevância da participação política, ocorre que a solidificação democrática refina essa participação, aumentando o poder e a importância do voto, claramente indicando a indispensabilidade das eleições.

          Em uma realidade globalizada, neoliberal, vemos emergir o capital como dirigente da organização social, seja através da política “tradicional” com os “lobbies” promovidos por grandes corporações, ou pela influência midiática dos anunciantes. A incapacidade dos governos atuais de balancear os interesses do bem comum, equilibrando as liberdades capitalistas com as necessidades das camadas sociais mais baixas cria uma população cética perante as instituições políticas em geral.

           A “despolitização” (Brecht chamaria de “analfabetização”) da sociedade aumenta o vácuo entre as ações estatais e a vontade do povo, deixando o homem médio à mercê do corporativismo: afastado da política, ele perde sua única possibilidade de defender seus interesses e direitos, bem como sua última chance de alterar (ou ao menos discutir) a ordem vigente e, consequentemente, sua realidade diária.

            Entendendo-se a política como busca do bem comum, como a defesa dos pequenos contra os maiores, da supremacia do justo sobre o injusto, como desejo do equilíbrio entre interesses e direitos diversos, rejeitando estender um laissez-faire a todas as questões sociais e a barbárie a que seríamos levados, vislumbra-se a participação política não apenas como um direito cada vez mais importante, mas também como uma necessidade imprescindível, um dever.

Faraco, Carlos Emílio Língua portuguesa:linguagem e interação / Faraco, Moura, Maruxo Jr. -- 3. ed. -- São Paulo : Ática, 2016.p.287/288.

  COMPREENSÃO DO TEXTO

 01.               Você já tirou seu título eleitoral? Já exerceu o direito de voto alguma vez?

Resposta pessoal.

 02.               Você concorda com as ideias do enunciador do texto de que o voto é indispensável para garantir a participação política? Por quê?

Resposta pessoal.

 03.               Além do voto, quais outras maneiras de participação social e política você vislumbra existirem na sociedade brasileira?

Resposta pessoal.

 04.Alguns termos do texto referem-se a conceitos específicos de ciência política. Valendo-se de seus conhecimentos, da leitura do texto e da observação atenta dos diferentes contextos de utilização das palavras indicadas abaixo, tente formular para cada uma delas uma definição que funcione no contexto em que foram empregadas. Caso não consiga formular essa explicação para algum termo, deixe-o de lado por enquanto.

 a)   Plebiscito

 Consulta feita diretamente ao povo, por meio de uma pergunta que exige como resposta sim ou não.

b)   Extraeleitoral

Que está além ou fora do processo eleitoral.

c)   Tecnocracia

Sistema de organização baseado nos técnicos.

d)   Neoliberal

Referente ao neoliberalismo, doutrina que prevê liberdade de mercado e intervenção mínima do Estado nas relações econômicas e de produção.

e)   Lobbies

Forma de pressão de grupos organiza[1]dos da sociedade sobre agentes da esfera pública.

f)     Despolitização

Eliminação do caráter político.

g)   Corporativismo

Defesa dos próprios interesses profissionais.

h)   Laissez-faire

Não intervenção absoluta.

sábado, 2 de abril de 2022

POEMA: LISBOA - AVENTURAS - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

Poema: Lisboaaventuras  

          José Paulo Paes


Tomei um expresso                      Cheguei de foguete

Subi num bonde                            Desci de um elétrico

Pedi cafezinho                               Serviram-me uma bica

Quis comprar meias                      Só vendiam peúgas

Fui dar à descarga                        Disparei um autoclisma

Gritei "ó cara!"                               Responderam-me “ó pá!”

                                                      Positivamente

As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá

Os melhores poemas de José Paulo Paes. 5. ed. São Paulo: Global, 2003. p. 166.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 54-5.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Expresso: trem que vai do ponto de origem ao seu destino sem fazer paradas ou parando muito pouco.

·        Gorjear: ação de cantar ou chilrear própria de aves canoras.

02 – O poema contrapõe algumas palavras e expressões utilizadas no Brasil e as formas correspondentes a elas em Portugal. Relacione as formas brasileiras e as formas lusitanas correspondentes.

      Expresso (trem) – foguete; Bonde – elétrico; Cafezinho – bica; Meias – peúgas; Descarga – autoclisma; “ó cara” – “ó pá”.

03 – O título do poema faz pensar em aventuras que alguém tenha vivido. Levante hipóteses: Em que consistiram essas aventuras? Onde elas ocorreram?

      Essas Aventuras aconteceram em Lisboa, Portugal. O tipo de aventura a que ele se refere pode estar relacionada às diferenças culturais e linguísticas entre ele e o povo de Lisboa.

04 – Na segunda coluna do poema, há uma palavra que introduz uma conclusão.

a)   Qual é essa palavra?

Positivamente.

b)   Que ideia essa palavra expressa: modo, afirmação, negação ou dúvida?

Ela dá a ideia de afirmação.

05 – No último verso, o poema de José Paulo Paes estabelece uma relação intertextual com o poema “Canção do exílio”, escrito em 1843 pelo poeta brasileiro Gonçalves Dias, quando ele se encontrava em Portugal, cursando a Universidade. Leia alguns versos desse poema: “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá. / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá”. Levando em conta a intertextualidade existente entre os dois textos:

a)   Explique o título do poema de José Paulo Paes.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O título pode sugerir as aventuras e descobertas do poeta na língua lusitana.

b)   Interprete os dois últimos versos desse poema.

A citação dos versos de Gonçalves Dias reforça a ideia de que há muitas diferenças entre Portugal e Brasil, inclusive no uso da língua portuguesa.


TIRA: ORELHA - LUK & TANTRA - SANGUE BOM - COM GABARITO

Tira: Orelha

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_eFeBhmHOJ5IQ6erL-EqwgMsDpyC5hy3ciRWfRMT2Rfj093VshO8-g-OWJ3C2EAy9c936DP73nxuZK9oACQ_iK0xt_oFQr7T7MvJCQu-xLptWfiD57wJlzXXry98T-o4yvXAOW7lizafxpqQxORVarFsDuhIyPzwJmabi47I3wwOjdsNxossWIcQ4/s388/ORELHA.jpg 

Luk & Tantra – Sangue bom, cit. p. 18.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 51-2.

Entendendo a tira:

01 – Orelha está parado na esquina e alguém fala com ele. Observe o 2° quadrinho.

a)   O que significa, no contexto, a expressão “Orelha, diz aí”?

É o mesmo que dizer “Orelha, explique para mim”.

b)   E a expressão “maluco”, com a qual Orelha se refere ao seu interlocutor?

“Maluco” é uma gíria que pode significar “colega”, “amigo”.

c)   Na fala do interlocutor de Orelha existem desvios com relação à variedade padrão. Troque ideias com um colega e identifique-os.

Orelha, diga uma coisa: a que horas você sempre chega à esquina?

02 – No 2° quadrinho, Orelha usa uma expressão que é muito comum entre os jovens e não está de acordo com a variedade padrão.

a)   Qual é essa expressão?

Maior cedo.

b)   Como você escreveria essa fala, de acordo com a variedade padrão?

Eu chego muito cedo.

03 – A personagem usa a expressão “sei lá” por três vezes. O que isso significa em relação à capacidade de expressão da personagem?

      Significa que ela tem pouco vocabulário e que sua expressão linguística é limitada.

04 – O humor da tira está no último quadrinho.

a)   O que a personagem quer dizer quando afirma que fica no “agito”?

Quer dizer que fica em estado de agitação, inquieta, movimenta-se muito.

b)   Observe o comportamento da personagem. Por que a afirmação dela faz a tira ficar engraçada?

Porque há contradição entre o que ela diz e o que ela faz, já que Orelha está estático e desanimado na esquina.

05 – Considerando-se o perfil dos interlocutores e o lugar em que ocorre a interação verbal (“esquina maldita”), a variedade linguística empregada pelos interlocutores é adequada à situação? Justifique sua resposta.

      Sim; apesar de a tira não mostrar quem é o interlocutor de Orelha, é possível supor que se trata de um amigo ou conhecido dele, que também frequenta a “esquina maldita” e fala gírias.


TIRINHA: JULIETA E CAROLINA - ZIRALDO - COM GABARITO

Tirinha: Julieta e Carolina   

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpWoaEetdpyU2_YewT2RurZ1Hd877j9JRaK6KBCts3sn-7PNSWsEsbi8KO4prfyB9BFlRU3Px151qEM20pnvKajU8Bb2vYIsbxhXHMYj8ZpnMVT50z9Q3lkFrNjgz_F9JtgktHxmckJ31b0BshXuTz2UJxJUPGOp8nnsXgLqcujKzHUhQCMHDnD4fj/s420/ZIRALDO.jpg 

Ziraldo. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 70.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 26-7.

Entendendo a tirinha:

01 – Julieta e Carolina estão conversando. Julieta propõe à amiga que inventem uma língua só delas. Por que ela quer inventar uma língua?

      Para que os meninos não entendam o que elas conversam.

02 – Observe o último quadrinho.

a)   Pela fala do menino (Juninho), você diria que a ideia de Julieta é original? Por quê?

Não, pois os meninos já tinham inventado uma língua diferente com a mesma finalidade.

b)   O que você acha que Juninho disse ao Maluquinho?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que ele tenha escutado a conversa; portanto, é provável que ele tenha dito ao Maluquinho o que ouviu.

c)   Na sua opinião, as meninas compreenderam o que Juninho disse? Por quê?

Provavelmente não, pois desconheciam o sentido daquelas palavras.

03 – As meninas inventaram uma língua, e os meninos, outra. O que você acha que acontecerá se todo mundo inventasse uma nova língua?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ninguém entenderia, pois, para que haja interação social pela linguagem, é necessário que as pessoas falem a mesma língua.

04 – Utilizando o vocabulário de Julieta, tente criar uma frase com sentido lógico e leia-a para os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

 


HISTÓRIA EM QUADRINHOS: OZZY ESCOLA - COM GABARITO

 Quadrinhos: Ozzy escola

Fonte da imagem -  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhsZ5d7vYMJ9DwAnZB2JaX1Tmi1IxvvLaHxrN8kguYa-gTQwK4-jDnP2JxMxs78ALo0nW1xuJ2Qu_QiqKQoHjv5QKJaOZAvxxv1RzhAYVSfxADV5HIUNFh4kjK_WcuthzTDhlQg91asGSg1PobVfSF0oSYrroV8adZsIMBAirI2NLshf6LDeiROWhK/s290/ANGELI.jpg
                      Angeli. Ozzy 1 – Caramba! Mas que garoto rabugento! São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 7.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 08-10.

Entendendo os quadrinhos:

01 – Ozzy, personagem de Angeli, é um menino que odeia tomar banho e se arrumar. Nas situações mostradas nos quadrinhos, ele aparece conversando com alguém. Observe as falas do diálogo.

a)   Quem você acha que é o interlocutor de Ozzy, ou seja, com quem ele está falando?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Provavelmente é a mãe ou outra mulher responsável por ele, como uma avó ou uma tia.

b)   Como você chegou a essas conclusão?

As falas apresentam um tom imperativo e a palavra relaxada foi empregada no feminino.

02 – Ao conversarmos com uma pessoa, podemos empregar algumas palavras para trata-la de modo adequado: você, senhor(a), tu, etc. No 1° quadrinho, Ozzy é tratado por senhor.

a)   Geralmente essa palavra é utilizada quando falamos com um menino?

Não.

b)   Na situação da tira, por que Ozzy foi tratado assim?

Porque a pessoa que fala com Ozzy está zangada com ele.

03 – Releia o 4° quadrinho. “Depois vão pensar que eu sou a relaxada! / Já estou indo!”.

        “Depois vão pensar que eu sou a relaxada!”

         Depois vão pensar que eu sou relaxada!

        Que diferença de sentido há entre os dois enunciados, em consequência do emprego da palavra a antes de relaxada?

      Com o emprego da palavra a, o interlocutor dá a entender que as pessoas vão pensar que, dos dois (o menino e a mãe), ela é que é relaxada, e não ele.

04 – A linguagem serve para muitas coisas: interagir, comunicar, divertir, etc. Por meio da linguagem, podemos até influenciar o comportamento das pessoas.

a)   Com que finalidade o interlocutor de Ozzy utilizou a linguagem?

Com a finalidade de fazer com que o menino penteasse o cabelo e, assim, ficasse mais apresentável.

b)   Ele atingiu seu objetivo? Por quê?

Não, pois o cabelo do menino, todo melado de geleia, ficou pior do que antes.

05 – Nos quadrinhos vemos a sombra de Ozzy e de seu interlocutor. Observe os gestos do interlocutor e a expressão facial de Ozzy durante a conversa.

a)   O que os gestos do interlocutor expressam?

Primeiramente, com o dedo em riste, expressam ameaça; no 3° quadrinho, a mão na cintura mostra que ele está bravo; no penúltimo quadrinho, expressam desapontamento.

b)   O que a expressão facial de Ozzy sugere?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Expressa desapontamento e desejo de “negociar”.

c)   Por que você acha que o autor dos quadrinhos, em vez de representar o interlocutor de Ozzy, preferiu representar sua sombra?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Talvez para estimular a imaginação do leitor.

d)   Conclua: Quando interagimos com outras pessoas por meio da linguagem, somente as palavras são capazes de expressar o que queremos?

Não, pois nós nos expressam com todo o corpo: com os gestos, com a face, com os olhos, etc.

06 – Quando a unidade básica da linguagem é a palavra, dizemos que se trata de linguagem verbal; quando não é a palavra, dizemos que se trata de linguagem não verbal; e, quando combina as duas, linguagem mista. Na tira de Angeli, foi utilizada linguagem verbal, linguagem não verbal ou linguagem mista? Justifique sua resposta.

      Foi utilizada a linguagem mista, pois há palavras (linguagem verbal) e desenhos (linguagem não verbal).

QUADRO/TELA: MENINA DE OLHO ROXO - NORMAN ROCKWELL - COM GABARITO

 Quadro: Menina de olho roxo

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf8K1OEU3z0CSDxP2384x481Ljwdjda-GNKyYlIBRC9HStZVk8jKuVyh9jR9Z9yjqLD9Xx7iKWZm_wLieKifsDAMkHgNpa6kz0xd85Ps1_eXy6MnjALIzfTsYKFUctxm9H3sCYy2aNQM4u3MNsETVrq6h3NLq9TvwGHREp41NUcWE4BVnSrUEuILEo/s226/ROXO.jpg

Norman Rockwell. Quadro Menina de olho roxo. 1953.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 99-101.

Entendendo o quadro:

01 – Observe a menina sentada.

a)   Como está seu olho esquerdo?

Roxo, machucado.

b)   E seus cabelos?

Despenteados.

c)   E a fita de uma das tranças?

Desarrumada, desfeita.

d)   E a blusa?

Desarrumada.

e)   E o joelho esquerdo?

Machucado.

f)    Como estão os sapatos?

Desamarrados.

g)   Conclua: Por que, na sua opinião, a menina está nessas condições?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A menina brigou, pois seu olho esquerdo está roxo.

h)   Na sua opinião, por que a menina está sorrindo?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque está se lembrando do que fez ou de como se saiu na briga.

02 – Observe a sala em que a menina está e as pessoas que estão na outra sala. Levante hipóteses:

a)   Em que tipo de lugar você acha que a menina está? Justifique sua resposta.

Está numa escola, pois alguns trabalhos escolares estão afixados na parede. Além disso, deve estar na sala de espera da diretoria.

b)   Quem é o homem sentado à mesa? Por quê?

É o diretor, pois está sentado diante de uma mesa de trabalho e, na porta da sala, aparece a palavra principal, ou seja, “diretor” em português.

c)   E a mulher em pé? Como você chegou a essa conclusão?

Deve ser a secretária dele, pois há um arquivo aberto na sala de espera. Provavelmente, ela pegou a ficha da aluna e a levou ao diretor para que ele a lesse, antes de chamar a menina.

d)   Conclua: O que a menina foi fazer nesse lugar?

Provavelmente, ela foi chamada ou levada à diretoria para ser repreendida por causa da briga.

03 – Observe a roupa das personagens.

a)   A menina está usando um uniforme escolar. Descreva-o.

A saia é xadrez, a blusa e as meias são brancas e estão desarrumadas, os sapatos são marrons, de couro.

b)   Compre esse uniforme com o utilizado pelas meninas atualmente. Eles são semelhantes ou diferentes? Porquê?

Resposta pessoal do aluno.

c)   A roupa usada pelos funcionários é semelhante à que os funcionários de uma escola utilizam hoje? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Nos dias de hoje a roupa do diretor e secretária são mais informal.

04 – Levante hipóteses: O que você acha que vai acontecer com a menina?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que ela seja repreendida e punida.

 

SIGNO: CAVALO - HORÓSCOPO CHINÊS - LOCUÇÃO ADJETIVA E MUITOS ADJETIVOS - COM GABARITO

Signo: Cavalo

Horóscopo chinês

Cavalo O signo da elegância. São pessoas nascidas em: 1906, 1918, 1930, 1942,1954, 1966,1978, 1990, 2002 e 2014.

Qualidades: amáveis, eloquentes, hábeis, espertos, atléticos, divertidos, charmosos, independentes, francos, trabalhadores, sentimentais, alegres e sensuais.

Defeitos: egoístas, fracos, coléricos, impiedosos, rebeldes, vulgares, impacientes e insensíveis.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 103-4.

Entendendo o signo:

01 – Você já ouviu falar do horóscopo chinês? Ele é diferente do horóscopo da cultura ocidental?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Há, no texto, o emprego de locução adjetiva e muitos adjetivos.

a)   Identifique uma locução adjetiva e indique o substantivo que ela acompanha.

Da elegância. Acompanha o substantivo signo.

b)   Identifique os adjetivos e indique o(s) substantivo(s) que eles acompanham.

Amáveis, eloquentes, hábeis, espertos, atléticos, divertidos, charmosos, independentes, francos, trabalhadores, sentimentais, alegres, sensuais, egoístas, fracos, coléricos, impiedosos, rebeldes, vulgares, impacientes e insensíveis. Substantivo é pessoas.

c)   Nem todos os adjetivos estão em concordância com o substantivo. Levante hipóteses: Por que, na sua opinião, isso acontece?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque entre as pessoas há homens e mulheres. Logo, o texto faz uma concordância mental, ideológica.

03 – Considerando a finalidade de um texto de horóscopo, explique por que há no texto tantas palavras com uma função adjetiva.

      A finalidade do texto é caracterizar as pessoas do signo considerado. Como é o adjetivo a classe de palavras que tem o papel de caracterizar os seres, são então usadas muitas palavras que são adjetivos.