sábado, 15 de setembro de 2018

POEMA: ECOLÓGICO - ANTONIO DE SIQUEIRA E SILVA - COM QUESTÕES GABARITADAS

POEMA: ECOLÓGICO

Onde o canto e encanto das cascatas?
Vejo o desencanto de um líquido parecido com água
Que deságua sua mágoa no túmulo da erosão.

O passarinho cantou, cantou, respirou o ar grosso
E tonteou, piou, rodopiou
E alçou desnorteado voo para qualquer lugar.


A criança comeu a fruta envenenada desvitaminada
E não aconteceu nada porque estava adaptada
A bromato e DDT.
Iludiu a fome, não se envenenou nem se nutriu
E o velho sonhou saudoso com a alface fresquinha
Pingando orvalho puro no arrebol de outras manhãs.

O trator de esteira arrancou o fruto pela raiz
E a infeliz floresta parou a festa
E ouviu a sinistra orquestra do lamento do vento
Trazendo areia e plantando a paisagem cinzenta do deserto.

A máquina plagiou a árvore e fez frutos, frutos, frutos sem fim
E os vegetais sentiram-se bruscamente inúteis
Pois as engrenagens multiplicaram as comidas
Que iam alimentar máquinas ainda vivas por uns tempos.

O robô se misturou com o homem e roncou que estava com fome
E que também tem direitos, também tem direitos...
Pois trabalha direito
Serviço bem feito
Na produção, perfeito.
E repetia: quem mais trabalha, mais come, quem mais trabalha, mais come.
E seu irmão – o computador –
Programa o drama do consumidor comunicador.

O petróleo vale tanto quanto o sangue se não mais.
A fumaça soberana ainda deixa cair uns restos de oxigênio.
E, na transparência do plástico, configura-se um futuro sem brio sombrio.

A palavra NATUREZA pode voltar a ser sagrada
Quando já não houver mais Nasa
O robô voltar a ser brinquedo.

Sempre resta a ESPERANÇA
De o homem redescobrir este velho segredo:
Que a NATUREZA é ele e ele é a NATUREZA.

                                                             Antônio de Siqueira e Silva
Entendendo o poema:
01 – A partir da definição a seguir, identifique as aliterações na primeira, segunda e quarta estrofes.
      Aliteração é uma sequência de sons (fonemas) para efeito expressivo.

02 – Explique as frases e expressões, de acordo com o sentido geral do texto (o contexto):
a)   O trator arrancou o fruto pela raiz:
Desmatou.

b)   A máquina plagiou a árvore e fez frutos.
Alimentos industrializados, sintéticos.

c)   O que significa a repetição: frutos, frutos, frutos sem fim?
A produção industrial em massa, quantidade.

d)   Que relacionamento podemos fazer, hoje em dia, entre petróleo e sangue?
Resposta pessoal do aluno.

e)   A Natureza é ele e ele é a NATUREZA.
Harmonia, identificação, ele não sobrevive sem ela.

f)    Por que as letras maiúsculas em NATUREZA E ESPERANÇA?
Realce, valorização, a natureza tem importância maiúscula, capital. A nossa esperança está na recuperação e preservação da natureza.

03 – Escreva no diminutivo:
       O robô: o robozinho.                    Manhã: manhãzinha.

a)   O que você notou na escrita das palavras quanto ao acento?
Resposta pessoal do aluno.

b)   Que sufixo você usou para formar os diminutivos?
Resposta pessoal do aluno.

c)   As palavras acentuadas perdem o acento quando recebem o sufixo –zinho.
Resposta pessoal do aluno.

04 – Mediante o sufixo –zinho forme os diminutivos:
·        Pó: pozinho.
·        Chá: chazinho.
·        Só: sozinho.
·        Boné: bonezinho.
·        Nó: nozinho.
·        Paletó: paletozinho.
·        Café: cafezinho.

05 – Observe o modelo e escreva as palavras no plural:
      Acentuam-se as paroxítonas terminadas em L ou Eis.
- Inútil: inúteis.                            – Inábil: inábeis.
- Ágil: ágeis.                               – útil: úteis.
- Amável: amáveis.                    – réptil: répteis.
- Têxtil: têxteis.                          – Visível: visíveis.
- Fusível: fusíveis.                     – Volúvel: volúveis.
- Hábil: hábeis.                          – Vulnerável: vulneráveis.

06 – Transcreva do texto inicial desta lição todas as palavras proparoxítonas:
      Ecológico, líquido, túmulo, máquina, plástico.

07 – Escreva no singular, observando a acentuação:
·        Nós voamos: eu voo.
·        Nós doamos: eu doo.
·        Nós amaldiçoamos: eu amaldiçoo.
·        Nós abotoamos: eu abotoo.
·        Nós perdoamos: eu perdoo.
·        Nós magoamos: eu magoo.
·        Nós coamos: eu coo.
·        Nós soamos: eu soo.
·        Nós enjoamos: eu enjoo.

08 – Transcreva do texto palavras em que o S tenha o som de Z:
      Desencanto, deságua, erosão, paisagem, saudoso, deserto.





FÁBULA PARA SÉRIES INICIAIS: O GALO E A PEDRA PRECIOSA - ESOPO - COM GABARITO


FÁBULA: O GALO E A PEDRA PRECIOSA
                   ESOPO


   Um galo, que procurava no terreiro, alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
   --- Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, a que todas as joias do Mundo!

        Moral da história: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
                                                                     www.sitededicas.com.br

01 – O tema dessa fábula  é:

          A relação entre valor e necessidade.

    02 –  Qual o  nome do título da fábula?
         O GALO E A PEDRA PRECIOSA

    03– De onde foi retirada esta fábula?
        www.sitededicas.com.br

   04  – Quem é o personagem principal?
         O galo.

  05 – O que o galo encontrou no terreiro?
        Uma pedra preciosa.

   06– O galo não ficou contente em encontrar o pedra preciosa, preferia ter achado o quê?
        Preferia ter encontrado um simples grão de milho.

    07 – Cite a Moral da História.
      A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.


NOTÍCIA: SEM OLHOS NOS OLHOS, NAMORO POR INTERNET FICA SÓ NA FANTASIA - JAIRO BOUER - COM QUESTÕES GABARITADAS


TEXTO:Sem olhos nos olhos, namoro por internet fica só na fantasia
   
JAIRO BOUER, COLUNISTA DA FOLHA

        "Sou uma garota de 18 anos e estou gostando de um cara que conheci em uma sala de bate-papo. Namoramos virtualmente e terminamos há quatro meses. Gosto muito dele, mesmo sem saber como ele é. Tenho certeza do que sinto. Já fiquei com outro carinha, mas não deu certo porque ele tinha ciúmes do meu ex-namorado do chat. O que faço?"
        Você acredita mesmo em um namoro que acabou sem nunca ter começado? Não dá para a gente dizer que teve um namorado sem nunca ter conhecido essa pessoa, não acha? Esse é o exemplo de uma situação que se tornou mais comum com a chegada da internet e das salas de bate-papo em nossas vidas.
        Você entrou em uma sala de bate-papo, "teclou" com um cara e deve ter continuado a "falar" com ele por e-mails, chats e, talvez, até pelo telefone. Só que você nunca conseguiu encontrar-se com ele. A comunicação e a relação entre vocês sempre foi virtual.
        Pode ser que você tenha até trocado fotos e imagens com ele, mas nunca rolou aquela história de olhos nos olhos, tão importante para você poder sentir se há mesmo uma atração e um sentimento especial entre vocês. Vamos combinar que isso é uma das coisas que não têm como acontecer pelo computador.
        Nada contra a internet! Hoje, milhares ou até milhões de pessoas se encontram pela primeira vez pelo computador, quebram o limite do virtual e acabam tendo um contato real. As salas de bate-papo se tornaram uma espécie de ponto de encontro, como praça de cidade do interior ou área de lazer de shopping center.
        É lógico que esses encontros virtuais exigem um cuidado especial porque, afinal de contas, você não sabe quem está do outro lado da tela. Pode ser uma pessoa muito legal que também procura alguém bacana, mas pode ser também alguém que está perdido na vida e usa a internet apenas para passar seu tempo.
        A maior parte dos encontros virtuais não dá em nada (nem sempre o real é a tradução daquilo que a gente tinha imaginado), muitos acabam em sexo (tem gente que entra nas salas de bate-papo apenas para isso), mas também há encontros que podem transformar-se em relações muito legais. Muitos casais que estão por aí, andando de mãos dadas pelas ruas, conheceram-se na rede.
        O seu "quase-namoro" não vingou! Vocês ficaram se falando e "teclando" por algum tempo, mas não conseguiram transpor a barreira do virtual. Ficou mais para a fantasia do que para a realidade. Acontece! Pode apostar que vocês não foram o primeiro casal a passar por isso nem serão o último!
        O importante é superar essa história e não deixar que ela atrapalhe sua vida afetiva. É a hora de pesar se é possível conhecer de verdade esse cara do chat ou se é melhor esquecer essa história e partir para outra. Você até conheceu um outro garoto e a história não foi para a frente por causa desse "ex-namorado" que ainda está na sua cabeça! Pode apostar que aqui, no lado real, tem um monte de gente legal procurando um namoro. É só estar aberta para isso.
                                      Folha de São Paulo. Folhateen, 15 jul. 2002. 
Entendendo o texto:
01 – Observe os provérbios abaixo:
“Quem ama o feio bonito lhe parece.”
“Longe dos olhos, perto do coração.”
“O que os olhos não veem o coração não sente.”
“Amor com amor se paga.”
Quais desses provérbios podem ser aplicados ao texto?
      Todos, menos o segundo provérbio.

02 – Com a chegada da Internet e das salas de bate-papo (chat), surgiram novas formas de escrita de várias palavras. Muitas pessoas, por não concordarem ou desconhecerem seus significados, condenam esta prática. Como você avalia esta evolução linguística?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – A respeito da pergunta anterior, que palavras do texto exemplificam esta situação?
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Você conhece outras palavras próprias do vocabulário das salas de bate-papo? Quais?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – A linguagem jornalística apresenta aspectos específicos como, por exemplo, a manchete, que é o título mais importante da “primeira página” do jornal e de seus cadernos. Lead é um resumo prévio da notícia (o que, quem, quando, como, onde e por que). Reconheça os elementos acima no texto. 
      Lead: “Sou uma garota... faço?”
      Manchete: “Seu olhos... fantasia.”

06 – Reescreva os trechos a seguir, substituindo a expressão popular “a gente” pelo pronome nós, fazendo as devidas concordâncias do verbo.
“Nem sempre o real é a tradução daquilo que a gente tinha imaginado.”
      Nem sempre o real é a tradução daquilo que nós tínhamos imaginado.

“Não dá para a gente dizer que teve um namorado sem nunca ter conhecido essa pessoa.”
      Não dá para nós dizermos que tivemos um namorado sem nunca termos conhecido essa pessoa.    

07-Observe o emprego de e a nestas frases.
a)   Namoramos virtualmente e terminamos quatro meses.
b)   Daqui a dois dias vou encontrar meu namorado.
Qual das duas frases expressa tempo passado? Qual indica tempo futuro? Em qual se empregou o verbo haver? Em qual se usou a preposição a para indicar tempo futuro?
a)   Tempo passado. Verbo haver.
b)   Tempo futuro. Preposição a.

08 – Reescreva as frases, completando com ou a:
a)   O rapaz está alguns dias desempregado.
b)   muito tempo não tiro férias.
c)   Partiremos daqui a uma semana.
d)   De hoje a três dias eles voltam.



TEXTO:CONECTANDO-SE COM O PLANETA - ROSA MARIA PAOLETTI S.SILVA


Texto: Conectando-se com o planeta

  Na sociedade globalizada, os países aos poucos vão se interligando, enfraquecendo as fronteiras, o que torna difícil distinguir os limites entre o nacional e o internacional.
        Ser um país moderno, hoje, é ser capitalista e estar inserido no mercado mundial. Não se adaptar a essa nova dinâmica significa ficar à margem do processo de desenvolvimento.
        No processo de globalização, o mundo se tornou um grande mercado, onde ocorre a comercialização de produtos e os investimentos na indústria e no financeiro, como o das bolsas de valores.
        Por meio da internet, os investidores podem se conectar instantaneamente com qualquer parte do planeta, tomando conhecimento de tudo o que acontece no mercado mundial. Se a economia estiver enfraquecida em determinado país, o investidor rapidamente transfere seu capital para outro onde haja maior estabilidade e maior retorno. Assim, o capital pode “voar” de um local para outro com grande velocidade – é a chamada volatilidade de capitais.
      As empresas multinacionais procuram se instalar onde haja isenção de tributos por parte do governo ou onde possam dispor de mão-de-obra barata, e depois vendem seus produtos para o mundo todo.
      As mercadorias se desnacionalizam. Um automóvel pode ter as diferentes partes que o compõem fabricadas por países diversos. E a globalização se manifesta como uma grande rede, que entrelaça velozmente capital, tecnologia e produção, desconhecendo fronteiras.
        Com o extraordinário desenvolvimento das telecomunicações, as notícias, as informações e a troca de conhecimentos chegam rapidamente a qualquer parte do mundo, promovendo a difusão de culturas, usos e costumes, interferindo nos modos de vestir, de pensar e agir das pessoas. Exemplos atuais são a Coca-Cola e a rede McDonald’s, que leva fast food até o Japão e os antigos países comunistas.
        Essa globalização cultural e econômica faz surgir uma sociedade planetária, transnacional, comandada pelos países ricos e pelas poderosas empresas multinacionais. E os países que não conseguem entrar nesse ritmo frenético do mercado global estarão em desvantagem na competição.
        No caso do Brasil, há um esforço para marcar presença nesse cenário. Mas, para que o Brasil prossiga o desenvolvimento, é necessário que sua participação no mercado global não se dê de forma submissa e subordinada, e sim com autonomia que é própria de um país cheio de perspectivas e reais potencialidades.
                                     Rosa Maria Paoletti de Siqueira e Silva
                                        (Socióloga, pedagoga e escritora).
Entendendo o texto:
01 – A palavra Internet é composta e vem do latim (inter: “entre”) e do inglês (net.). Pesquise num dicionário de inglês o sentido da palavra net.
        Net: rede, malha.
        Agora dê o significado da palavra relacionada à comunicação:
        Internet: rede de comunicação entre pessoas, empresas, países.

02 – Também as palavras fast e food vêm do inglês. O que significam?
        Fast: rápido, ligeiro.
        Food: comida, alimento.
        Portanto, fast food significa: comida rápida, refeição rápida.

03 – Reúna o seu grupo e faça um levantamento das palavras mais difíceis do texto, escrevendo ao lado de cada uma seu(s) significado(s).
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Existem, no nosso dia-a-dia, várias palavras de origem inglesa que usamos quando nos comunicamos. Escreva abaixo algumas que você conheça:
      Resposta pessoal do aluno.

05 – De acordo com o texto, o que torna difícil, hoje em dia, distinguir o nacional do internacional?
      Na sociedade globalizada, os países vão se interligando e diluindo as fronteiras. As multinacionais, a Internet e os meios de comunicação estão fazendo surgir uma sociedade planetária.

06 – Por que a autora usou aspas em “voar”?
      Para chamar a atenção sobre o uso incomum da palavra, isto é, um sentido especial no texto.

07 – De acordo com o texto, qual é o papel da mídia e das telecomunicações no processo de globalização?
      A mídia desconhece fronteiras: notícias e informações chegam a qualquer parte do mundo, alterando usos, costumes, difundindo culturas, interferindo na movimentação das bolsas de valores etc.

08 – Explique, do seu modo, o que você entendeu por globalização.
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Você acha que a globalização enfraquece o sentimento patriótico? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – Como você vê o papel das empresas multinacionais na vida dos países em que se instalam?
      Resposta pessoal do aluno.

ARTIGO DE OPINIÃO: VELOCIDADE DA INFORMAÇÃO DESAFIA EDUCAÇÃO MODERNA - MARCELO GLEISER - COM QUESTÕES GABARITADAS


ARTIGO DE OPINIÃO: Velocidade da informação desafia educação moderna
                                 
               MARCELO GLEISER 

        Nós vivemos em um mundo cada vez mais globalizado, numa era onde as pessoas são atacadas por todos os lados com uma quantidade enorme de informação. As barreiras entre os povos e as culturas são constantemente perfuradas (mas quase nunca vencidas) pela força da mídia e do consumismo desenfreado. Hoje em dia, nada mais comum do que vermos um beduíno em seu camelo, com sua calça Levis e óculos Giorgio Armani, entoando uma canção de Elton John. Na testa do camelo, em árabe, vemos a escrita "Lady Di, nós te amamos".
        OK, talvez eu esteja exagerando um pouco. Mas, sem dúvida, é indiscutível a importância que o controle dos meios de informação têm na sociedade moderna. E o mais impressionante é a velocidade com que essa informação é disseminada. Bilhões de pessoas em todo o mundo assistiram à final da Copa (infelizmente), e várias centenas de milhões participam rotineiramente de guerras ou da humilhação de presidentes, sentados confortavelmente em suas salas de estar.
        Parece mentira que foi apenas em 1886 que as primeiras ondas de rádio foram geradas no laboratório pelo grande físico alemão Heinrich Hertz, ou que a primeira transmissão telegráfica através do oceano Atlântico foi enviada em 1901 pelo italiano Guglielmo Marconi. Atualmente, a disseminação de informação conta com toda uma rede de satélites, que, juntamente com incontáveis antenas de transmissão, cobrem praticamente toda a superfície do planeta.
        Essa globalização da informação implica necessariamente a detenção do poder pelas pessoas com acesso, ou, mais ainda, pelas pessoas que criam e disseminam essa informação. Lembro-me do recente filme americano "Mera Coincidência" ("Wag the Dog"), em que um "tycoon" de Hollywood é chamado para desviar a atenção do público americano dos escândalos sexuais do presidente durante a campanha eleitoral (bastante profético, aliás, esse filme...). A solução dos produtores foi simples: inventar uma guerra em um país remoto para sensibilizar a opinião pública.
Informação é poder. E, sem educação, não é possível ter acesso à informação. Mas, simples acesso à informação não é tudo. É necessário que saibamos refletir ativamente sobre a informação recebida, e não só recebê-la passivamente. Caso contrário, podemos nos tornar alvo de uma "realidade fabricada", como aquela apresentada comicamente no filme.
        Daí o papel do educador, não só de transmitir informação, mas também de convidar sua audiência à reflexão, ensinando tanto os métodos necessários para tal como também a arte de duvidar. Educação é um processo de colaboração ativa entre o educador e sua audiência. Na minha opinião, o educador mais bem-sucedido é aquele que desperta em sua audiência o desejo de querer sempre aprender mais e a capacidade de criticar racionalmente aquilo que se está aprendendo. Sob esse prisma, a educação moderna pode não só se beneficiar do fácil acesso à informação, como também "filtrar" a desinformação.
        A globalização da informação provoca uma fragilidade em sua própria audiência. Nós nos tornamos alvo em uma galeria de tiro e só podemos nos safar se soubermos pensar por nós mesmos. Uma sociedade educada é a que poderá tomar decisões que afetam seu futuro de modo coerente. Eis aqui alguns exemplos, ligados à educação científica. Devemos ou não interceder nas pesquisas da engenharia genética, que, com o desenvolvimento de processos de clonagem ou de cirurgia genética em fetos, levanta sérias questões éticas para a sociedade? Devemos ou não apoiar o desenvolvimento de tecnologias nucleares no espaço? Devemos ou não interceder junto ao governo para um maior controle da emissão de gases industriais, de modo a evitar graves mudanças climáticas no futuro? E os asteroides? Vão cair ou não em nossas cabeças?

Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Dança do Universo"
Entendendo o texto:

01 – O texto de Marcelo Gleiser é um texto argumentativo que se constrói como toda argumentação por meio de um raciocínio lógico – silogismo.
a)Pode-se dizer que a premissa maior diz respeito ao fato de que se as pessoas não refletirem sobre a avalanche de informações a que tem acesso podem se tornar alvos de uma “realidade fabricada”? Justifique.
      A premissa maior se identifica com ‘A Globalização gera pessoas fabricadas’. O primeiro parágrafo inteiro do texto justifica esta premissa (além de outros trechos, inclusive mais explícitos, como “É necessário que saibamos refletir ativamente sobre a informação recebida, e não só recebê-la passivamente. Caso contrário, podemos nos tornar alvo de uma "realidade fabricada"”), usando a estratégia argumentativa de exemplificação para mostrar como somos alvos da globalização, reproduzindo aspectos culturais de países dominantes, sem questionar, sem nem sequer ‘adaptá-los’ à nossa cultura.

b) O que significa “realidade fabricada” para o articulista? Justifique sua opinião, apresentando argumentos que a sustente.
      Realidade fabricada representa a absorção de uma cultura que não é a nossa e, consequentemente, padronização de pessoas, de opiniões e pensamentos. Começamos usando uma roupa que não pertence à nossa cultura (calça Levis e óculos Giorgio Armani) e acabamos agregando os valores dessa outra cultura (Lady Di, nós te amamos), sem sequer questionar, sem sequer pensar se isso reflete realmente nossa opinião, quem somos. Com isso, tornamo-nos robôs, hábitos e mentes fabricadas, padronizadas por uma cultura superficial e alienante.

c) Se a premissa menor está relacionada ao fato de a globalização da informação impedir as pessoas de refletir ativamente sobre a informação recebida, qual seria a conclusão para fechar o raciocínio silogístico na construção do texto? Explique.
      Tendo como premissa maior o fato de que a globalização fabrica comportamentos e, como premissa menor, o de que a globalização impede que as pessoas reflitam sobre essa fabricação, a conclusão é a mesma que encerra o texto (começa a se desenrolar no 5º parágrafo e fica explícita nos 2 últimos parágrafos do texto), de que somente a educação crítica e reflexiva poderá alterar esta realidade; somente quando as pessoas forem incentivadas a julgar e a pesar os falsos valores que lhes são impostos, elas viverão a sua realidade e não a que lhes é esmagadoramente imposta.

02 – Identifique no segundo parágrafo do texto o termo linguístico que revela que o articulista negocia com o leitor.
      O termo linguístico que representa uma negociação do autor com o leitor é “OK, talvez eu esteja exagerando um pouco.”, em que ele cria uma interlocução, como se estivesse conversando com o leitor.

03 – Identifique, no texto, argumentos usados pelo articulista que são baseados em exemplos.
      O primeiro parágrafo é praticamente todo exemplificativo, há ainda outras passagens, por exemplo esta: “Lembro-me do recente filme americano "Mera Coincidência" ("Wag the Dog"), em que um "tycoon" de Hollywood é chamado para desviar a atenção do público americano dos escândalos sexuais do presidente durante a campanha eleitoral”.

04 – A contra argumentação pode ser feita por meio de verbos e expressões que atenua uma informação excessivamente forte, usando verbos e expressões que modalizam o discurso. Essa é uma forma de se proteger dos possíveis contra-argumentos.
Identifique no quinto parágrafo um exemplo para a afirmação acima.
      Quando o autor diz “Informação é poder. E, sem educação, não é possível ter acesso à informação.” Ele faz uma concessão, expõe em seu texto, vozes contrárias à sua argumentação, que poderiam alegar, por exemplo, que a globalização propicia um enorme acesso à informação, que é algo tão crucial na era em que vivemos. Porém, ele já rebate essas possíveis opiniões contrárias, seguindo no texto “Mas, simples acesso à informação não é tudo. É necessário que saibamos refletir ativamente sobre a informação recebida, e não só recebê-la passivamente.” em que os termos sublinhados em negrito modalizam sua contra argumentação.


sexta-feira, 14 de setembro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): BURGUESINHA - SEU JORGE - COM QUESTÕES GABARITADAS

ATIVIDADES COM A Música: Burguesinha

                                       Seu Jorge
Vai no cabeleireiro
No esteticista
Malha o dia inteiro
Pinta de artista

Saca dinheiro
Vai de motorista
Com seu carro esporte
Vai zoar na pista

Final de semana
Na casa de praia
Só gastando grana
Na maior gandaia

Vai pra balada
Dança bate estaca
Com a sua tribo
Até de madrugada

Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Só no filé

Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Tem o que quer

Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Do croissant

Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Suquinho de maçã

Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha.

     Composição: Gabriel Moura / Pretinho da Serrinha / Seu Jorge
Entendendo a canção:
01 – De que trata esta canção?
      Ela retrata como é a vida padrão para as mulheres da classe média-alta da nossa sociedade.

02 – Existe na letra de música algum exemplo de estrangeirismo? Qual? Por que você acha que ele aparece no texto? Qual a sua aparente função? 
      Sim. Croissant. É um pãozinho de massa folhada que custa caro. Mostra que ela tem hábitos de quem tem excelente condições financeiras.

03 – Explique a importância da presença de tantos diminutivos e repetições neste texto: 
      A presença dos sufixos que indicam diminutivo expressam carinho, afetividade.

04 – O que é burguesinha? De onde vem essa palavra?
      Burguesinha vem de burguesia que era uma classe social (os burgueses) que surgiu no final da Idade Média e que se dedicava, sobretudo, ao comércio e que, por lidar com dinheiro, acabou ficando rica.
      A palavra burguês nem sempre é vista como positiva. No dicionário Aurélio, por exemplo, podemos encontrar uma entrada com uma conotação depreciativa: “Indivíduo sem elevação ou largueza de ideias, apegado a valores materiais, a hábitos e tradições convencionais.”

05 – Como é essa mulher que está sendo descrita na música?
      Parece uma mulher que tem muito trabalho e muitos compromissos.

06 – Que crítica o poeta faz as mulheres de nossa sociedade?
      Que é cada vez mais materialista e consumista, o que resulta na alienação das pessoas, formando suas tribos sociais, esquecendo do resto do mundo e às vezes da própria identidade.

07 – Por que o eu lírico repete no refrão a palavra burguesinha?
      Porque ela soa como a repetição de uma condição, a burguesinha sempre será burguesinha, geração a geração terá seus caprichos satisfeitos.

08 – Por que o autor da canção refere-se a personagem como burguesinha?
      A Burguesinha é uma mulher, provavelmente adolescente (vai pra balada com sua tribo), que não trabalha (malha o dia inteiro) e que vive uma vida desregrada, de futilidades (vai no cabeleireiro, no esteticista [...] vida de artista, saca dinheiro).
      É o tipo de pessoa vazia de sonhos e que vive pra gastar o dinheiro que tem.

09 – Para que o eu lírico utiliza o duplo da canção?
      Para descrever o estilo de vida superficial de uma mulher ao mesmo tempo em que exalta o perfil social da personagem.

10 – Que paralelos podemos traçar entre a personagem da música e os burgueses medievais?
      O acesso aos bens materiais e a uma vida confortável. Assim como os burgueses medievais a personagem da canção “tem o que quer”.

11 – O que a canção nos conta sobre a Burguesinha?
      Conta como é o cotidiano de uma mulher que só precisa de se preocupar com a própria aparência, com festas e em aproveitar a vida das maneiras mais diversas.



FILME(ATIVIDADES): A ÚLTIMA MÚSICA - JULIE ANNE ROBISON - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(atividades): A ÚLTIMA MÚSICA

Data de lançamento 11 de junho de 2010 (1h 43min)
Direção: Julie Anne Robinson
Gêneros DramaRomance
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES

        "Ronnie" Miller (Miley Cyrus) tem 17 anos, é filha de pais divorciados e seu pai (Greg Kinnear) mora longe de Nova York, numa cidade praiana. Após três anos de separação, ela ainda sente raiva por tudo o que aconteceu até o dia em que sua mãe (Kelly Preston) decide enviá-la para passar o verão com ele. Uma vez lá, depois de conhecer novas pessoas e paixões, ela encontra alguém que, além de bom músico e professor, é, acima de tudo, um verdadeiro pai.

Entendendo o filme:

01 – Na sua opinião, porque o pai de Ronnie não tinha um bom relacionamento no início do filme? Conte um pouco sobre esse relacionamento.
      Resposta pessoal do aluno.

02 – O que você pensa sobre a atitude do pai em assumir o incêndio da igreja? Ele agiu corretamente? Por que ele fez isso?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Qual o primeiro nome de Ronnie?
      Verônica.

04 – Quantos irmãos Ronnie tem?
a)   1.
b)   2.
c)   3.
d)   4.
e)   0.

05 – Qual é a cor da mecha de Ronnie, conforme o livro?
a)   Rosa.
b)   Vermelha.
c)   Loura.
d)   Azul.
e)   Roxa.

06 – Quantos irmãos Will tem/teve?
      Tem dois.

07 – Qual o nome do melhor amigo de Will?
      Scott.

08 – O que o pai de Ronnie fazia?
a)   Jogava futebol-de-botão e fazia móveis.
b)   Fazia vitrais e tocava piano.
c)   Fazia vitrais e tocava violão.
d)   Era desempregado e tocava flauta.

09 – Qual o pior inimigo de Will e namorado de Blaze?
      Marcus.

10 – Quantos anos Ronnie tinha?
      Tinha 17 anos.

11 – Complete: Ronnie protegia ovos de tartaruga dos guaxinins.

12 – Quem fez a Ronnie no filme “A Última Música”?
a)   Taylor Swift.
b)   Demetria Lovato.
c)   Selena Gomez.
d)   Britney Spears.
e)   Miley Cyrus.