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PÃO NOSSO – EMMANUEL / Chico Xavier –
Oração--108 -
Perseverai em oração, velando nela com ação de graças. – Paulo. (Colossenses, 4:2.)
Muitos crentes estimariam movimentar a prece, qual
se mobiliza uma vassoura ou um martelo.
Exigem resultados imediatos, por
desconhecerem qualquer esforço preparatório. Outros perseveram na oração,
mantendo-se, todavia, angustiados e espantadiços. Desgastam-se e consomem
valiosas energias nas aflições injustificáveis. Enxergam somente a maldade e a treva
e nunca se dignam examinar o tenro broto da semente divina ou a possibilidade
próxima ou remota do bem. Encarceram-se no lado mau e perdem, por vezes, uma
existência inteira, sem qualquer propósito de se transferirem para o lado bom.
Que probabilidade de êxito se reservará ao
necessitado que formula uma solicitação em gritaria, com evidentes sintomas de
desequilíbrio? O concessionário sensato, de início, adiará a solução,
aguardando, prudente, que a serenidade volte ao pedinte.
A palavra de Paulo é clara, nesse sentido.
É indispensável persistir na oração, velando nesse
trabalho com ação de graças. E forçoso é reconhecer que louvar não é apenas
pronunciar votos brilhantes. É também alegrar-se em pleno combate pela vitória
do bem, agradecendo ao Senhor os motivos de sacrifício e sofrimento, buscando
as vantagens que a adversidade e o trabalho nos trouxeram ao espírito.
Peçamos a Jesus o dom da paz e da alegria, mas não
nos esqueçamos de glorificar-lhe os sublimes desígnios, toda vez que a sua
vontade misericordiosa e justa entra em choque com os nossos propósitos
inferiores. E estejamos convencidos de que oração intempestiva, constituída de
pensamentos desesperados e descabidas exigências, destina-se ao chão renovador
qual acontece à flor improdutiva que o vento leva.
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