quinta-feira, 26 de março de 2020

TEXTO: NÃO SE FAZEM PAIS E MÃES COMO ANTIGAMENTE - NILZA ROCHA FÉRES - COM GABARITO


Texto: Não se fazem pais e mães como antigamente
                  Nilza Rocha Féres

                
          A presença e a importância da família são uma verdade indiscutível, enquanto a sua forma varia ao sabor dos tempos, representando os atores – pai, mãe e filhos – papéis os mais diversificados, que nem sempre se assemelham aos da família patriarcal da tradição clássica. Nesta, o pai, marido da mãe, cabeça do casal, é o único responsável pela sobrevivência financeira e pelo destino de todos.
          Transformações sociais, econômicas e políticas modificaram este quadro, desenhando um outro perfil da família, onde o divórcio e as separações vieram modificar e escrever um outro roteiro, distribuindo novos papéis e diferentes formas de representação. Neste novo cenário, encontramos mulheres trabalhando e sustentando a família, enquanto o homem desempenha tarefas domésticas e se reveza na criação e educação dos filhos. A sociedade e mesmo a indústria já se organizaram e produzem serviços para atender a pais e mães solteiros e a filhos que não moram com o pai e a mãe sob o mesmo teto.
           Quando se veem pais ou mães solteiros cuidando sozinhos dos filhos, sem auxílio de avós, tias ou outros parentes, é o caso de indagar se este estilo já foi incorporado pela sociedade.
            Pesquisas norte-americanas mostram o grande crescimento do número de homens criando filhos e desempenhando tarefas domésticas, que normalmente eram consideradas femininas, indicando, também, o surgimento de novas organizações e grupos para atender às suas demandas, bem como a criação de página na Internet para ajuda-los no desempenho de suas tarefas. Informações como conseguir babás, creches e como lidar com os problemas domésticos e conciliar criação de filhos e desempenho profissional em suas carreiras já se tornaram assunto de homem.
            Por conseguinte, podemos dizer que é agora que os resultados dos movimentos feministas estão aparecendo, embora não se saiba com certeza se eram os previstos, pois tais efeitos têm assustado algumas mulheres, mesmo aquelas a favor do feminismo, diante deste novo homem que está disposto a trocar de lugar com elas em casa desempenhando tarefas domésticas e cuidando dos filhos, enquanto elas vão à luta em suas profissões ou em empregos. Três décadas após a revolução feminista é que tanto o homem quanto a mulher começam a se dar o direito de lidar com mais tranquilidade com esses efeitos. Papéis e comportamentos que foram considerados exceção no passado, na atualidade se tornam a regra, quando o casamento e direitos igualitários passam a ter uma função educadora nos relacionamentos, de acordo com as pesquisas americanas e mesmo relatos de experiência no Brasil. Assim, tanto o homem quanto a mulher podem ser o cabeça do casal, bem como desempenhar tarefas independentemente de seu sexo.
                  Nilza Rocha Féres, in Estado de Minas, 25 ago.1996.
Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.24/25.
Entendendo o texto

1)   Você concorda com o título do texto? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.

2)   A participação dos pais na criação e formação dos filhos é fundamental? O que você acha?
Resposta pessoal.

3)   Como você vê este novo “perfil” familiar de que nos fala a autora?
Resposta pessoal.

4)   De que forma você desempenha o seu papel de filho(a)? Explique o seu relacionamento com a sua família.
Resposta pessoal.

5)   O que você acha da relação da sociedade em relação a pais e mães solteiros?
Resposta pessoal. Sugestão: Ainda não há uma boa aceitação dessa ideia nos meios sociais, mas a tendência é de que as pessoas superem os preconceitos em relação ao fato, devido aos inúmeros casos existentes.

6)   Os filhos hoje vão morar sozinhos cada vez mais cedo? O que você pensa sobre isso? Por quê?
Resposta pessoal.

7)   A inversão dos papéis entre o homem e a mulher, no casamento, é uma experiência positiva ou negativa? Dê a sua opinião.
Resposta pessoal.


terça-feira, 24 de março de 2020

POEMA: O SEMPRE AMOR - ADÉLIA PRADO - COM GABARITO

Poema:  O Sempre Amor
                  Adelia Prado

Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é a coisa que mais quero.
Por causa dele falo palavras como lanças.
Amor é uma coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é a coisa que mais quero.
Por causa dele podemos entalhar-me,
sou de pedra - sabão.
Alegre ou triste,
amor é coisa que mais quero.

Adelia Prado, Poesia reunida. São Paulo, Siciliano, 1991.
Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.18.
Agora responda:

1)   Por que o amor é tão contraditório, segundo a autora: “é a coisa mais alegre/ é a coisa mais triste”?
Quem ama tem de estar preparado também para sofrer, porque há uma eterna expectativa, insatisfação e desconfiança a perseguir os que amam, trazendo-lhes ora felicidade, ora angústia.

2)   Apesar de sua contradição, ela deseja amar. Por quê?
Como a maioria dos seres humanos, ela só se completa amando. O amor é a razão de sua existência, pois é ele que lhe dá inspiração, para escrever ou dizer coisas belas e profundas.

3)   Como você imagina que são as “palavras como lanças”?
São palavras com uma grande carga emotiva, que nos atingem intensamente, pela riqueza de significados.

4)   Explique a repetição dos versos no poema. Que efeito ela confere ao sentido do texto?
Reafirma o desejo imenso de amar, e a certeza de que o amor é realmente paradoxal.

5)   Em que versos a autora se propõe ser uma imagem de amor? Com que objetivo?
“Por causa dele podem entalhar-me, sou de pedra-sabão”. Com o objetivo de eternizar o amor, através dela.

TEXTO: OS FILHOS DA BOLHA - ÂNGELA KLINKE - COM GABARITO

TEXTO: Os filhos da bolha

Superprotegidos, jovens dos condomínios fechados mostram despreparo para o mundo real

     Quando os primeiros condomínios fechados surgiram, na década de 70, muitos pais de classe média de São Paulo e do Rio de Janeiro viram nesses empreendimentos uma ótima chance de proporcionar a seus filhos uma infância e juventude livres da poluição e da violência. Nada mais legítimo. Em São Paulo, o fenômeno concretizou-se na forma de bairros afastados, cheios de casas bacanas, que oferecem todos os tipos de serviço e tentam reproduzir o estilo de vida dos pacatos subúrbios americanos que se veem nos filmes. No Rio, os condomínios fechados assumiram a forma de conjuntos de edifícios de alto padrão, localizados na Barra da Tijuca e circundados também por uma rede de lojas e escolas exclusivas para seus moradores. Nessas verdadeiras bolhas sócio-econômicas, crianças e jovens crescem despreocupados. Como nem tudo é perfeito, eles também acabam isolados da realidade complexa das grandes metrópoles brasileiras. Não é apenas o apartheid  social que revela seus efeitos – afinal ele é produto da diferenciação de classes, e não da localização geográfica. Esse é um problema de toda a sociedade brasileira. Os jovens “filhos da bolha” tendem a mostrar também despreparo para as tarefas mais simples da vida na cidade. E aí há motivos para os pais ficarem preocupados e pensarem se não está na hora de aproximar suas crianças do mundo real.
       A maioria dos jovens do topo da pirâmide social que vivem em bairros não isolados também mal conhece o mapa da sua cidade – em geral, saem pouco do percurso escola – clube – shopping center. Mas não se pode dizer que entrariam em pânico ao enfrentar situações corriqueiras, como pegar um ônibus ou metrô. Num caso imprevisto, dificilmente passariam horas perdidos se fossem deixados no centro ou em qualquer outro lugar distante de casa. Para os adolescentes de condomínios, os desafios são maiores. Muitos deles confessam que ficariam perto do desespero na hipótese de ser obrigados a se virar sozinhos.
                                                    Ângela Klinke, in revista Veja, 21 jun. 1995.
Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.14/15
Entendendo o texto
1)   Qual a intenção dos pais, ao criar seus filhos em condomínios fechados? Por quê?
Tentam proteger seus filhos dos perigos e da violência urbana. O índice de violência vem aumentando nos grandes centros, o que assusta muito as famílias.

2)   Que consequências essa atitude traz para a vida dos adolescentes?
Eles ficam isolados de outros jovens e do mundo real, que existem fora do restrito espaço em que vivem.

3)   Explique o sentido da expressão “bolhas sócio-econômicas”.
Representam os espaços fechados que surgem em função do nível social e econômico das pessoas, que precisam se proteger da violência em virtude de seu padrão de vida mais elevado.

4)   Que diferenças de comportamento existem entre os jovens de classe alta, de acordo com o texto?
Os que vivem em condomínios isolados, os “filhos da bolha”, não sabem como agir fora de seu mundo, e os jovens também ricos, moradores de bairros mais centrais, mas presos à rotina, não conhecem a cidade apesar de terem mais traquejo que os outros.

5)   Em sua opinião, que outras opções teriam os pais, para dar maior segurança a seus filhos?
Resposta pessoal. Sugestão: Morar em cidades menores, com menos violência, para deixá-los viver mais livremente ou educa-los para se defender do mundo real.

QUADRO: O VAGÃO DE TERCEIRA CLASSE - ANÁLISE - COM GABARITO


Quadro: O vagão de terceira classe
         
       Honoré Daumier

    Honoré Daumier foi um dos grandes pintores franceses do Romantismo. Como percebemos, nesse quadro, Daumier preocupou-se em retratar os aspectos negativos da realidade social. Sua arte teve como objetivo a sociedade: ele denunciou os piores dramas sociais, como militante artístico e político. Focalizou o povo, ou melhor, a pobreza da classe operária, na sua época, lutando contra os governos liberal-burgueses, pela liberdade da França. Segundo os críticos, a obra de Daumier representa a raiz romântica da futura arte expressionista.
Honoré Daumier, O vagão de terceira classe (1862).
                                  Fonte: Livro – Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ª edição,1998. p. 132-4.
Entendendo o quadro:

01 – Como o artista conseguiu conferir beleza a uma cena tão real?
      Mostrando a atitude digna e resignada de pessoas pobres e humildes, na luta pela sobrevivência.

02 – Dos personagens mostrados no quadro, qual lhe desperta maior sensibilidade? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – A seu ver, qual foi a intenção do autor, ao criar essa obra?
      Denunciar a realidade, revelando a diferença entre as classes sociais.

04 – Que detalhes o artista buscou salientar nesse vagão de terceira classe?
      A promiscuidade, com a aglomeração de homens, mulheres e crianças, num espaço reduzido, abafado e escuro, bem como a falta de conforto, tristeza e cansaço dos ocupantes do vagão.

05 – Esse quadro romântico data de 1862. A situação aí representada ainda se verifica na época atual? Por quê?
      Infelizmente a pobreza continua a predominar no mundo, devido a maus governos e à injusta distribuição de renda.

06 – Você acha importante a utilização da arte como crítica social, ou ela deve expressar somente o belo? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Como você vê a diferença entre as classes sociais? Ela existe em função de que valores?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – O quadro de Honoré Daumier mostra que a fome já espreita a humanidade há um bom tempo. Você acha que estaremos todos um dia num vagão de primeira classe? Esclareça sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.



QUADRO ARTÍSTICO - ANÁLISE E APRECIAÇÃO - COM GABARITO


QUADRO ARTÍSTICO - LEITURA  E  APRECIAÇÃO

                         
                                                                                                         François Boucher, Pastoral
François Boucher (1703-1770), extraordinário pintor e decorador francês, foi diretor da Academia de Belas Artes de Paris, sendo nomeado, em 1765, primeiro pintor do rei Luís XV. Adotou o estilo rococó, caracterizado pelo excesso de detalhes decorativos e por uma requintada elegância.

Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.5/6.

         O amor é um dos sentimentos humanos mais complexos, que nos leva a sensações e atitudes inexplicáveis. Daí a magia que ele exerce sobre os artistas. Observe o quadro acima e responda:
1)   Qual é a expressão do rapaz diante da amada?
Ele parece absorvido pela figura da mulher, que envolve seus pensamentos; só tem olhos para ela.

2)   Que detalhes no quadro revelam o comportamento romântico do jovem?
Além do olhar apaixonado, ele está com um pequeno pássaro na mão e parece oferece-lo à amada, humildemente, como se fosse um presente, ou apenas para agradá-la.

3)   Explique a atitude da jovem – sua postura no quadro.
Ela sente-se atraída pela atenção do rapaz que a envolve com carinho, por isso põe-se à vontade, a observá-lo com doçura, em seu gesto de amor.

4)   Observe o local e o casal de namorados e descreva-os.
Trata-se de um ambiente aberto, um cenário campestre, totalmente ermo; há uma elevação, em meio à natureza simples e rústica, onde se veem algumas árvores grandes, frondosas e poucos arbustos.
Os namorados estão sentados no chão, nesse lugar isolado e tranquilo; usam roupas coloridas, alegres, mas sem luxo; parecem jovens camponeses. A moça tem os pés descalços e uma coroa de flores nas mãos. Completando a cena primaveril, há uma cesta de flores, no chão, próxima aos dois.

5)   Na sua opinião, o autor reproduziu a cena “Pastoral” de forma expressiva? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.                                              

segunda-feira, 23 de março de 2020

POEMA: FOTOGRAFIA - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM GABARITO

POEMA: Fotografia

             Carlos Queiroz Telles

Um homem, uma mulher,
uma criança.

Com alguns cabelos a mais
este homem é meu pai.

Com algumas rugas a menos
esta mulher é minha mãe.


A criança, muito pequena
em seu xale e sua touca,
não parece que sou eu.

Mas os sorrisos atestam
serenos laços de amor.

O tempo trata as pessoas
com medidas diferentes.

Pelo espelho do retrato
fui eu quem mais mudou.

Pai e mãe estão iguais
Quase iguais...quase.

Carlos Queiroz Telles, Sementes de sol. São Paulo, Moderna, 1992.
Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.87/88.
ENTENDENDO O POEMA

1)   Levante hipóteses: que idade o eu lírico tem?
Podemos afirmar que o eu lírico do poema é provavelmente um jovem ou um adulto que observa a fotografia de quando era criança com certa nostalgia.

2)   Qual o tema principal do poema?
O tema principal do poema se refere a saudade que o eu lírico tem de quando era próximo aos pais e como essa relação entre ele e os pais se modificou com o envelhecimento dele.

3)   Que relação existe entre o tema principal e o título “Fotografia”?
A narrativa central é o eu lírico analisando uma fotografia antiga sua com seus pais.

4)   O eu lírico é masculino ou feminino?
O eu lírico pode ser feminino pelo simples fato das terminações das palavras serem feminino, porém, para determinar se o eu lírico é feminino ou masculino não está claramente expresso no poema fotografia. Há outra hipótese que o eu lírico seja o próprio poeta, neste caso seria masculino


CONTO: O GIGANTE (FRAGMENTO) - CARLOS HEITOR CONY - COM GABARITO

Conto: O gigante (Fragmento)
            Carlos Heitor Cony 

        Se dava vexame nos números, até certo ponto alegrava o pai com as redações. Havia um quadro na parede da sala que o acompanhava desde os tempos de moleque em São Cristóvão, desde os tempos do tal Absalão: um menino levando um feixe de lenha para uma casa à beira de um rio, a fumaça saindo de uma chaminé, um quadro campestre de autor francês.
        A pedido dele, fiz umas cinco ou seis composições sobre aquilo, variando o nome do menino e do lugar, ora o menino era órfão explorado pela madrasta cruel, ora o menino estava perdido na floresta e encontrava uma casa na qual pediria abrigo, eu me virava como podia.
        Ele corrigia aqui e ali, riscava frases, colocava enormes interrogações nos trechos em que ficara faltando alguma coisa, mas sempre deixava escrito a lápis azul um “muito bem”, um “bravo”.
        Deu-me certa vez um tema livre: “Escreva sobre o que quiser. Cuidado com as concordâncias. Não se esqueça de que os advérbios atraem os pronomes”.
        Passei a tarde em cima de um caderno de folhas muito brancas. A tinta que ele me destinara era vermelha, marca Sardinha, como sempre. A pena era nova.
        Eu não tinha um tema, olhava o papel branco, nunca esqueci essa página em branco, sabia que seria gostoso escrever alguma coisa nela. Não sabia o quê. Pensei em repetir a dose e recontar a história do menino com o feixe de lenha, a casinha à beira do rio, a chaminé deitando fumaça. Era um tema íntimo, recorrente, no qual me sentia à vontade.
        De repente, tive vontade de escrever sobre um gigante que vinha todas as noites e me trazia bombons e balas. Um gigante que fazia coisas terríveis que me amedrontavam mas que eu gostava dele porque, no final de tudo, ele sempre tirava de um alforje de couro um brinquedo, e me mandava brincar. Um gigante que morava longe, onde moram o vento e as coisas do mundo, que apesar de morar tão longe nunca deixava de chegar, em horas estranhas, mas sempre chegando, porque sabia que eu precisava dele.
        O pai corrigiu fartamente, riscou com traços vermelhos uma concordância abominável, substituiu um “medonho” por “terrível” e achou razoável a composição. Disse que eu precisava ler o Zé de Alencar, depois o Machado, mais tarde o Eça.
        Pensou um pouco, desconfiou que nem Machado nem Eça seriam apropriados a um seminarista, falou em Vieira, em Bernardes, tinha uma edição de A nova floresta, falou, falou, falou – e não compreendeu.
        Quase memória, quase romance. São Paulo, Cia. das Letras, 1996.
Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1999, p. 234-6.
Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Vexame: atitude desagradável, papelão.

·        Campestre: do campo.

·        Íntimo: próprio da pessoa, interior.

·        Recorrente: que acontece muitas vezes.

·        Alforje: espécie de bolsa de couro.

·        Fartamente: com fartura, abundantemente.

·        Abominável: detestável.

02 – Quem são as personagens do texto?
      São: pai e filho.

03 – Qual o foco narrativo utilizado no texto Procure um trecho que justifique sua resposta.
      O texto é narrado em primeira pessoa. “A pedido dele, fiz umas cinco ou seis composições sobre aquilo...”; “Passei a tarde em cima de um caderno de folhas muito brancas”.

04 – Ao escrever várias vezes sobre a mesma gravura, o menino revela algumas qualidades. Quais são elas?
      Ele era criativo e esforçado.

05 – Por que o menino demorou a escrever sobre o tema livre?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Como era a história que o menino escreveu?
      Era a história de um gigante que vinha todas as noites e que trazia ao menino bombons e balas.

07 – Quem era na verdade o gigante?
      Era o pai do menino.

08 – O que faz o pai diante do texto do filho?
      O pai corrigiu fartamente a linguagem e achou razoável a composição, embora não tenha entendido o texto.

09 – O que o pai não compreendeu?
      O pai não compreendeu que o gigante era ele próprio e que o filho precisava dele.