sábado, 3 de agosto de 2024

CONTO: NOITE DE TERROR - (FRAGMENTO) - TATIANA BELINKY - COM GABARITO

 Conto: Noite de terror – Fragmento

           Tatiana Belinky

        [...]

        Papai e mamãe tiveram de sair por algumas horas, à noite, e nos deixaram sozinhos no quarto, eu, como de costume, tomando conta dos meus irmãos. O que parecia fácil, especialmente porque, quando eles saíram, os dois meninos já estavam dormindo, o maior numa das camas junto comigo, e o menor no berço, tudo na santa paz. Só que, uma hora depois que eles saíram, o caçulinha acordou chorando. Fui ver o que havia – e era que o pequerrucho, decerto por causa da excitação daquele dia movimentado, fez xixi no berço, e não fez pouco: o berço ficou encharcado e eu tive que tirá-lo de lá. Troquei-lhe a fralda e coloquei-o junto conosco, na nossa cama. Ficou meio apertado, mas enfim, tudo bem, ele adormeceu logo.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnwdaeY9QkgKhqlCqNnHpW6PPC2XBiWyhjbq-dXwEyBaSdAp_3AsKH2tgpR0pW0HdY3ZjYtfQMNX5NVscJtsbHreH_URAHaPQBGVWlNKDDlnnhdVOeA2ol9iQXdQ-8evVDLAtOZIaX7Q_jLnl6iAL38-Tp3fBEKTSn2ec6gJh2-EqBuXpJ8brjERnUf-0/s1600/IRMAOS.jpg


        Mas a paz não durou muito, e logo logo ele fez xixi de novo, molhando o lençol debaixo de nós três. Que fazer? Peguei o maninho no colo, chamei o maior, e fomos os três para a cama grande, de papai e mamãe. "Quando eles chegarem, vão dar um jeito em tudo", pensei. E cansada, adormeci também, junto com os dois – só para ser novamente acordada, “nadando" no lençol novamente encharcado pelo inesgotável caçulinha...

        Não havia outra cama para a gente ir, mas também não dava pra ficar naquela molhadeira, e tivemos de descer, ficar no chão mesmo. Mas aí aconteceu mais um terrível imprevisto: nem bem pisamos no assoalho. Era uma barata, mas uma barata "tropical", enorme, de um tamanho nunca visto! As baratinhas europeias que eu conhecia eram pigmeus perto daquela, insetos meio nojentinhos, porém miúdos, pouco maiores que as unhas das minhas mãos. Mas aquela ali era do tamanho de uma ratazana, ou assim me pareceu, e acho que não ficaria mais apavorada se visse uma tarântula ou uma cobra na minha frente.

        De um pulo, com o pequeno no colo e o maior atrás, voltei para a cama encharcada... Era muita desgraça junta! E sentada sobre o lençol "xixizado", com os meus irmãozinhos dos lados, entreguei os pontos e comecei a chorar, assustando os dois, que também abriram o bué.

        E foi assim que nossos pais nos encontraram um pouco depois: os três sentados sobre o lençol empapado de xixi, chorando em desafinado uníssono. E o pior foi que papai e mamãe, em vez de ficarem horrorizados, penalizados e solidários, desataram a rir “às bandeiras despregadas", para a minha grande raiva e humilhação. “Os adultos às vezes não entendem nada", pensei comigo, magoada. Mas logo esqueci o "doloroso" episódio – ou não? Por que será que o contei agora?

Tatiana Belinky. Onde já se viu? São Paulo: Ática, 2005. p. 56-57.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 90-91.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Pigmeu: indivíduo de baixa estatura.

·        Tarântula: espécie de aranha.

·        Abrir o bué: abrir o berreiro, chorar bem alto.

·        Às bandeiras despregadas: sem parar.

·        Episódio: acontecimento.

02 – Por que os pais tiveram que sair e deixar os filhos sozinhos?

      Os pais tiveram que sair por algumas horas à noite e deixaram os filhos sozinhos no quarto.

03 – O que aconteceu quando o caçula acordou pela primeira vez?

      O caçula acordou chorando porque tinha feito xixi no berço, molhando tudo. A narradora trocou a fralda dele e o colocou na cama junto com ela e o irmão maior.

04 – Qual foi a solução encontrada pela narradora após o segundo incidente de xixi?

      Após o caçula fazer xixi de novo e molhar o lençol, a narradora pegou o caçula no colo, chamou o irmão maior e foram para a cama dos pais.

05 – O que aconteceu quando os irmãos desceram para o chão?

      Quando os irmãos desceram para o chão, encontraram uma barata enorme, o que os assustou muito e os fez voltar para a cama molhada.

06 – Como os pais encontraram as crianças ao retornarem para casa?

      Os pais encontraram as crianças sentadas sobre o lençol molhado de xixi, chorando.

07 – Qual foi a reação dos pais ao verem a situação das crianças?

      Em vez de ficarem horrorizados, penalizados ou solidários, os pais começaram a rir muito da situação, para grande raiva e humilhação da narradora.

08 – Como a narradora se sentiu após a reação dos pais e o que ela concluiu?

      A narradora ficou magoada e pensou que os adultos às vezes não entendem nada. Ela reflete sobre o episódio, questionando por que se lembrou de contar essa história.

 

CONTO: A CASA MAL-ASSOMBRADA - LORENA MARIN - COM GABARITO

 Conto: A casa mal-assombrada

        O senhor e a senhora Berg procuraram uma casa durante muito tempo. A que possuíam já havia ficado pequena, agora que tinham três filhos.

        O senhor Berg estava lendo um jornal, quando viu um anúncio que lhe chamou a atenção:

        “PRECIOSA MANSÃO DO SÉCULO XIX, MOBILIADA. SEIS DORMITÓRIOS. TRÊS BANHEIROS MODERNOS. COZINHA. MORDOMO. GARAGEM E PISCINA. PREÇO EXCELENTE”

        Pegou o telefone e ligou para o número indicado. Instantes depois, uma voz um tanto assustadora atendeu. Mesmo assim, combinou com a pessoa em questão que iria visitar a casa na tarde do dia seguinte.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiK3EGW28kzrrWuZnzBsJbCVzSbnpc39jb2kMLeynPP7EKGh3zPb9e3DOCQirHDdLbx1NJqB1ITLTMQxFvtRQudRYO6b301-aCOk5lMslS97ae7WKOsTFJBqq1zGnloWBICB5Fb5S4sOySLirbLWagyN7ztpiTzWZ9DzZXEEyXcprn3ThBSF5whdpHAW0/s320/CASA.jpg

        No sábado às 18h em ponto, a família Berg, assombrada, esperava que alguém abrisse o portão da casa. A residência era tão imponente com suas torres e tinha aspecto tão arrasador que as três crianças se abraçaram às pernas de sua mãe. Um mordomo trajado de terno preto abriu a porta, que emitiu um rangido de dar arrepios. Era um homem muito alto, magro e de pele amarelada, quase dor de cera.

        Sua voz ressoou como um eco dentro de um buraco fundo:

        -- Queiram entrar, por favor.

        No interior da casa, a família percebeu que os móveis eram muitos antigos e exalavam um cheiro muito forte de mofo.

        -- A decoração está um pouco fora de moda – observou o senhor Berg.

        No entanto, preferiu não fazer mais comentários quando o mordomo lhe lançou um olhar de poucos amigos.

        Mas, por incrível que pareça, o preço do aluguel era muito baixo, e o casal decidiu aluga-la. Na semana seguinte, já haviam se mudado.

        O quarto das três crianças ficava ao lado do sótão e, para eles, aquilo parecia uma grande aventura. Os pais ficavam em um quarto amplo, mobiliado com uma cama de dossel. Tudo no dormitório era vermelho: as cortinas, os lençóis da cama, as rosas dos papéis de parede, a colcha e o tapete.

        Na hora do jantar, o mordomo lhes serviu a comida em uma imponente sala de jantar toda preta. Foi difícil para a senhora Berg comer num ambiente tão lúgubre, mas seu marido esfregava as mãos, pensando no bom negócio que havia feito.

        Quando foi dormir, a mãe trancou a porta de seu quarto com chave assim como a de seus filhos. Não gostava nada, nada, da aparência fúnebre do mordomo.

        No meio da noite, começaram a ouvir vozes ao longe, que soavam como choros e risos histéricos.

        Pela manhã, os três irmãos decidiram bisbilhotar no sótão. Era uma maravilha, com muitos tesouros escondidos em velhos baús empoeirados. Os meninos se vestiram com chapéus e roupas velhas. Enquanto se divertiam, provando altas botas de mosqueteiro, uma velha cadeira de balanço que estava em um canto começou a balançar sozinha.

        -- Quem está aí? – Perguntou o irmão mais velho com voz trêmula.

        Ninguém respondeu. De repente, a porta de um velho guarda-roupa bateu com força. As três crianças ficaram paralisadas de susto. Queriam sair daquele lugar, mas o medo não as deixava mover-se. Uma sombra escura deslizava pela parede.

        -- Socorro! – gritaram os três irmãos em coro.

        Os pais ouviram os gritos dos filhos e subiram as escadas de quatro em quatro degraus.

        Tentaram abrir a porta do sótão, mas ela estava trancada por dentro.

        Os meninos também tentaram abri-la, mas não conseguiram. As mãos dos pobres garotos sangraram de tanto bater na porta tentando sair.

        Nessa hora, a mãe sentiu que alguém atrás dela a olhava fixamente. Quando se virou, deu um grito horripilante.

        Um monstro de mais de dois metros, com o rosto tão branco como a neve e caninos grandes afiados aproximava-se devagar.

        A mulher retirou um crucifixo da corrente ao pescoço e, com as mãos trêmulas, mostrou-a ao vampiro. Este deu um grito surdo e recuou.

        Nesse instante, o senhor Berg conseguiu entrar e resgatar seus filhos. Toda a família desceu as escadas como se a morte os perseguisse. Saíram da mansão e não pararam de correr até chegar a uma cidade vizinha. Nunca mais voltaram para pegar suas coisas.

        Um dia, o senhor Berg estava tomando café e lendo o jornal quando viu um anúncio que o chamou sua atenção. Seus cabelos arrepiaram e ele quase engasgou quando leu:

        “PRECIOSA MANSÃO DO SÉCULO XIX, MOBILIADA. SEIS DORMITÓRIOS. TRÊS BANHEIROS MODERNOS. COZINHA. MORDOMO. GARAGEM E PISCINA. PREÇO EXCELENTE”.

Lorena Marín. A casa mal-assombrada. In Lorena Marín. Os melhores contos fantásticos. Tradução de Fernanda Sucupira, Michelle Neris da Silva e Márcia Lígia Guidin. São Paulo: Girassol, 2016. p. 67-81.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 46-49.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Dossel: cobertura feita de tecido bordado e rodado de franjas usadas em tronos, leitos e altares.

·        Lúgubre: fúnebre, sombrio.

·        Fúnebre: que se refere à morte; macabro, funério, tétrico, lúgubre.

02 – Por que o senhor e a senhora Berg estavam procurando uma nova casa?

      Eles estavam procurando uma nova casa porque a que possuíam havia ficado pequena, agora que tinham três filhos.

03 – O que chamou a atenção do senhor Berg no anúncio do jornal?

      O senhor Berg ficou interessado pelo anúncio de uma preciosa mansão do século XIX, mobiliada, com seis dormitórios, três banheiros modernos, cozinha, mordomo, garagem e piscina, com um preço excelente.

04 – Como foi a primeira impressão da família Berg ao chegar na mansão?

      A primeira impressão da família Berg foi de assombro, pois a residência era imponente, com torres e um aspecto arrasador que assustou as crianças.

05 – Como era a aparência do mordomo que os recebeu na casa?

      O mordomo era um homem muito alto, magro, de pele amarelada, quase cor de cera, e sua voz ressoava como um eco dentro de um buraco fundo.

06 – Qual foi a observação do senhor Berg sobre a decoração da casa?

      O senhor Berg observou que a decoração estava um pouco fora de moda.

07 – Por que o casal Berg decidiu alugar a mansão, apesar das primeiras impressões?

      O casal Berg decidiu alugar a mansão porque o preço do aluguel era muito baixo.

08 – O que os irmãos encontraram no sótão durante sua exploração?

      Os irmãos encontraram muitos tesouros escondidos em velhos baús empoeirados e se divertiram provando chapéus e roupas velhas. No entanto, ficaram assustados quando uma cadeira de balanço começou a se mover sozinha e uma sombra escura deslizou pela parede.

09 – Como os pais reagiram ao ouvir os gritos dos filhos?

        Os pais subiram as escadas de quatro em quatro degraus para socorrer os filhos, mas encontraram a porta do sótão trancada por dentro.

10 – O que aconteceu quando a mãe dos meninos sentiu que alguém a observava?

      Quando a mãe dos meninos se virou, deu um grito horripilante ao ver um monstro de mais de dois metros, com o rosto branco como a neve e caninos grandes e afiados se aproximando.

11 – Como a família Berg conseguiu escapar da mansão mal-assombrada?

      A mulher usou um crucifixo para afastar o vampiro, enquanto o senhor Berg conseguiu resgatar os filhos. Toda a família desceu as escadas correndo e fugiu da mansão até chegar a uma cidade vizinha. Nunca mais voltaram para pegar suas coisas.

 

POEMA: UMA ASSOMBRAÇÃO DA SEGUNDA DIVISÃO(FRAG.) - JONAS WORCMAN DE MATOS E JOSÉ SANTOS - COM GABARITO

 Poema: Uma assombração da segunda divisão

[...]

De linho são seus lençóis,

de seda, seus cachecóis.

[...]
só querem luxo e riqueza
essas tais assombrações.
Esse não é o meu caso,
pois não tenho tradição.
Dizem que sou fantasma
da segunda divisão.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq5ets52mfBMYwoMbMtsoaTfB12x6US8dSuZlr_YecLabnRGcEpFAcppDYEf7pxlKhVstwleWYQgVyo2hCf1zOOi_A7vrR3kescyEN_STlYNoZ6QP2V-IDGEagtKBzKXEdn3YTKbpHfObVbw8M-IhKTnXXzP4NqM-8a30P1LFt0Y07K2K8OmUjO2dl5pE/s320/ASSOMBRA.png


Jonas Worcman de Matos e José Santos. Uma assombração da segunda divisão. In: Jona
Worcman de Matos e José Santos. A casa do Franquis tem. São Paulo: FTD, 2008. p. 24.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 60.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema principal do poema "Uma assombração da segunda divisão"?

      O tema principal do poema é a diferença entre as assombrações de primeira e segunda divisão, destacando a questão do luxo e da riqueza comparada à simplicidade e falta de tradição da segunda divisão.

02 – O que representam os lençóis de linho e os cachecóis de seda no poema?

      Os lençóis de linho e os cachecóis de seda representam o luxo e a riqueza das assombrações de primeira divisão, contrastando com a simplicidade e a ausência de tais luxos para as assombrações de segunda divisão.

03 – Como o eu lírico se diferencia das outras assombrações?

      O eu lírico se diferencia das outras assombrações por não possuir luxo, riqueza ou tradição. Ele se identifica como uma "assombração da segunda divisão", destacando sua simplicidade e falta de status.

04 – Qual é a atitude do eu lírico em relação à sua condição de "fantasma da segunda divisão"?

      O eu lírico parece aceitar sua condição de "fantasma da segunda divisão" com uma certa resignação e até orgulho, contrastando sua simplicidade com a ostentação das assombrações de primeira divisão.

05 – Qual mensagem o poema transmite sobre a ostentação e a simplicidade?

      O poema transmite a mensagem de que a ostentação e a riqueza não são necessárias para definir a identidade de uma assombração. Ele valoriza a simplicidade e sugere que não ter luxo ou tradição não diminui o valor de uma assombração, apenas a coloca em uma "divisão" diferente.

 

PIADA: A MENINA E O FANTASMA - COM GABARITO

 Piada: A menina e o fantasma

A menina diz ao pai:
-- Papai, estou com medo de fantasmas.
O pai pergunta intrigado:
-- Isso não existe. Quem disse essa besteira?
A menina responde:
-- O jardineiro.
O pai sai puxando a filha assustado e diz:
-- Corre, minha filha!
A menina, não entendendo mais nada, pergunta:
-- Por quê?
E o pai já correndo apavorado responde:
-- Não temos jardineiro!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd29fI-kysh4fnR7fYdYHqZcgFxkmExhZCqjnehnxKrHZDsYE8y68lOMWhngH34fgnZ_GvsN8ZUgbPe0sNNh-UC2W5KRY9g4HGNJWAnqnr8YzELfnS_BK7V2ucuvKLLQDL1OMP5S6LygbtCGDCpny61cbOMIIXm2vTlfsL6xIrZ18Bs0eP4ubyQd7j0uU/s1600/JARDINEIRO.jpg


A menina e o fantasma. Disponível em: https://brisaseducativas.wordpress.com/2017/09/21/piadas-2/. Acesso em: 31 out. 2019.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 72.

Entendendo a piada:

01 – Qual é o tema principal da piada "A menina e o fantasma"?

      O tema principal da piada é o medo de fantasmas e a surpresa final, que gera humor ao revelar que a família não tem jardineiro, implicando que o "fantasma" poderia ser real.

02 – O que a menina diz ao pai no início da piada?

      A menina diz ao pai que está com medo de fantasmas.

03 – Qual é a reação inicial do pai quando a menina diz que tem medo de fantasmas?

      O pai reage intrigado e diz que fantasmas não existem, perguntando quem disse essa besteira.

04 – O que o pai faz quando descobre que foi o jardineiro quem falou sobre os fantasmas?

      O pai sai puxando a filha, assustado, e diz para ela correr.

05 – Qual é a reviravolta no final da piada?

      A reviravolta ocorre quando o pai, ao ser questionado pela filha sobre o motivo de correr, revela apavorado que eles não têm jardineiro, insinuando que a figura que mencionou fantasmas poderia ser o próprio fantasma.

 

 

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

POEMA: MINHA CAMA - SÉRGIO CAPPARELLI - COM GABARITO

 Poema: Minha cama

             Sérgio Capparelli

Um hipopótamo na banheira

molha sempre a casa inteira.

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOOR-1LlIrD6BrEvQ8eq-JoO-iqVa4HoVJ_s9W3sjJnAqB4rt_n9ovwCAp14Ix97MTfGwUQsloNvz_2edT0XNWPVtsICelSC1alLnIGoknMgOMgPd8tmiaAWr2mubf67IepkfEmf4POXYFXSSNuAVWCs3XI8BoB1HYkCtKeK_mkketvPSm3be-vwnyM98/s320/HIPO.jpg
 

A água cai e se espalha

molha o chão e a toalha.

 

E o hipopótamo: nem ligo

estou lavando o umbigo.

 

E lava e nunca sossega,

esfrega, esfrega, esfrega

 

a orelha, o peito, o nariz

as costas das mãos, e diz:

 

Agora vou dormir na lama

pois é lá a minha cama!

Sérgio Capparelli. Minha cama. In: Sérgio Capparelli. Tigres no quintal. São Paulo: Global, 2008. p. 53.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 113.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o animal principal do poema "Minha cama" e onde ele está?

      O animal principal do poema é um hipopótamo, e ele está na banheira.

02 – O que acontece quando o hipopótamo está na banheira?

      Quando o hipopótamo está na banheira, ele molha a casa inteira, espalhando água pelo chão e pela toalha.

03 – Como o hipopótamo reage ao fato de molhar a casa inteira?

      O hipopótamo não se importa com o fato de molhar a casa inteira. Ele diz "nem ligo" porque está ocupado lavando o umbigo.

04 – Quais partes do corpo o hipopótamo esfrega enquanto está na banheira?

      O hipopótamo esfrega a orelha, o peito, o nariz e as costas das mãos.

05 – Onde o hipopótamo decide dormir no final do poema e por quê?

      No final do poema, o hipopótamo decide dormir na lama porque é lá que fica a sua cama.

 

 

POEMA: CEREAIS E GRÃOS - FRAGMENTO - CÉSAR OBEID - COM GABARITO

 Poema: Cereais e Grãos – Fragmento

              César Obeid

Minhas rimas saborosas

Vão falar dos cereais

Milho, aveia e a quinoa

Também trigo e outros mais

Se são bons os refinados

Bem melhor os integrais.

[...]

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-Yv9Vaddr7iTNW6p98a1IlpsbnPYvgCH48YlX6iuP8SqWsuyprq-xWvZSz4_3rJ5CSWL_jjG-jjs4etgb9aaac2SEwc_9p6yv_KcRxhouUOYuX1Dqe_AqcGTaN6VgrNAMXNfD170ThM5hCD8lkxtvgbO6igCZxwGXXTmxq7ah_g5AInF6aen_z1A3MOc/s1600/ARROZ.jpg

O arroz com o feijão

É mistura genial

O feijão é um lindo grão

O arroz é um cereal

Combinando esses dois

Todo prato é especial.

 

Hoje como o grão-de-bico

Amanhã como a ervilha

Mas não posso me esquecer

a delícia da lentilha

Variando esses grãos

Minha vida sempre brilha.

[...]

César Obeid. Cereais e grãos. In: César Obeid. Rimas Saborosas. São Paulo: Moderna, 2009.p.29.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 128.

Entendendo o poema:

01 – Quais cereais são mencionados no poema?

      No poema, são mencionados os cereais milho, aveia, quinoa e trigo.

02 – Qual é a diferença entre cereais refinados e integrais mencionada no poema?

      O poema sugere que, embora os cereais refinados sejam bons, os cereais integrais são bem melhores.

03 – Qual é a combinação alimentar descrita como "genial" no poema?

      A combinação descrita como "genial" no poema é arroz com feijão.

04 – Como o poema descreve o feijão e o arroz?

      O poema descreve o feijão como um "lindo grão" e o arroz como um "cereal".

05 – O que o poeta diz sobre a combinação de arroz e feijão?

      O poeta diz que combinando esses dois (arroz e feijão), todo prato é especial.

06 – Quais outros grãos são mencionados no poema além dos cereais?

      Além dos cereais, o poema menciona grão-de-bico, ervilha e lentilha.

07 – Como o poeta sugere que devemos variar nossa dieta?

      O poeta sugere que devemos variar nossa dieta consumindo diferentes grãos, como grão-de-bico, ervilha e lentilha, o que faz com que sua vida "sempre brilhe".

 

 

POEMA: FIQUEI DE CASTIGO - CELSO SISTO - COM GABARITO

 Poema: Fiquei de castigo

             Celso Sisto

Não sei por que estou aqui,

trancado nesse quarto!

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_tj7OTlppCx2srwbk_b9nWMwmgTZDJlHAwnQiqq3uGaJbUPaOyVtrnxNSg3Nei9xd6eUB6l4pVL82rcywhTwed_UN_Kkct-btBNkWbtT_QRxSDtp2QJspgBTIGCgICSrvIwDMBJ9aHCk38aCXiNyRrwbKdzNu46CUZ-5W48M72e5OG85H-b36rgDT_W8/s320/GELADEIRA.png

Eu só deixei a geladeira aberta,

a cama sem coberta,

uma tarefa incompleta,

uma mentirinha encoberta,

e não achei a palavra certa

para inventar uma história esperta!

Celso Sisto. Fiquei de castigo. In: Celso Sisto. Emburrado. São Paulo: Paulus, 2005. Não paginado.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 115.

Entendendo o poema:

01 – Por que o narrador está trancado no quarto?

      O narrador está trancado no quarto porque deixou a geladeira aberta, a cama sem coberta, uma tarefa incompleta, contou uma mentirinha e não conseguiu inventar uma história esperta.

02 – Qual é o sentimento do narrador em relação ao castigo?

      O sentimento do narrador é de confusão e talvez um pouco de injustiça, pois ele começa o poema dizendo "Não sei por que estou aqui," sugerindo que ele não entende bem a razão do castigo.

03 – Que tipo de história o narrador tentou inventar?

      O narrador tentou inventar uma história esperta, mas não conseguiu encontrar a palavra certa para isso.

04 – Como o narrador descreve as suas ações que levaram ao castigo?

      O narrador descreve as suas ações de forma aparentemente trivial e casual, como se não fossem grandes coisas.

 

POEMA: RECEITA DE ESPANTAR A TRISTEZA - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

Poema: Receita de espantar a tristeza

             Roseana Murray

faça uma careta
e mande a tristeza
pra longe pro outro lado
do mar ou da lua

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja3c6A7AG19OI7Z-CL46rl1s4hb1Odhc7QYdqZYRiJqG0lpgqukp6sX2js7N9HsTFstQEc3YZfFgkfazeF2eoFXh94rFSWv5yDgcj3XS8KQLKZU3wMpiA_H946YMcNXBxdPVNaTgAsLI60BrrAcB6KYkuRAkUO0xNU5rYygbPPZCTQ7LA_XGt7RrwRwro/s320/TRISTEZA.jpg


vá para o meio da rua
e plante bananeira
faça alguma besteira

depois estique os braços
apanhe a primeira estrela
e procure o melhor amigo
para um longo e apertado abraço.

Roseana Murray. Receita de espantar a tristeza. In: Roseana Murray.  Receitas de olhar. São Paulo: FTD, 1999. p. 42.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 121.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a primeira ação sugerida no poema para espantar a tristeza?

      A primeira ação sugerida no poema é fazer uma careta.

02 – Para onde o poema sugere mandar a tristeza?

      O poema sugere mandar a tristeza para longe, para o outro lado do mar ou da lua.

03 – Que atividade o poema recomenda fazer na rua?

      O poema recomenda ir para o meio da rua e plantar bananeira.

04 – O que o poema sugere fazer após plantar bananeira?

      Após plantar bananeira, o poema sugere esticar os braços e apanhar a primeira estrela.

05 – Qual é a última recomendação do poema para espantar a tristeza?

      A última recomendação do poema é procurar o melhor amigo para um longo e apertado abraço.

 

 

 

POEMA: LAGOA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Lagoa

             Carlos Drummond de Andrade

Eu não vi o mar.
Não sei se o mar é bonito,
não sei se ele é bravo.
O mar não me importa.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_E2fckpt-lAnYdHqp2GqTp_M3RzW8bLbc8FChlY0mZJijo-yHkggvu5NvcW-U5r-yEvFKLEr4gMUNv867mrF24a-4MRStwhpXvvUEr3IdvbSUk8xW97SYqmLeFft_mugFlZNSAPQtXuvN7Gl25uGek4BGeY30JnW4W8zbutmmEj5ZXEfkJI9HGDcJDp4/s320/MAR.png


Eu vi a lagoa.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande
e calma também.

Na chuva de cores
da tarde que explode
a lagoa brilha
a lagoa se pinta
de todas as cores.
Eu não vi o mar.
Eu vi a lagoa. . .

Lagoa. In: Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade, Companhia das Letras, São Paulo. Carlos Drummond de Andrade @ Graña Drummond www.carlosdrummond.com.br.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 132.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema principal do poema "Lagoa" de Carlos Drummond de Andrade?

      O tema principal do poema é a contemplação e a valorização da lagoa, destacando a sua beleza e a paz que ela transmite, em contraste com o mar, que é desconhecido e indiferente ao eu lírico.

02 – Por que o eu lírico diz que o mar "não me importa"?

      O eu lírico afirma que o mar "não me importa" porque ele nunca o viu e, portanto, não tem nenhum sentimento ou apego por ele. Em vez disso, ele valoriza a lagoa, que ele conhece e aprecia.

03 – Como a lagoa é descrita no poema?

      A lagoa é descrita como grande e calma, especialmente bela durante o entardecer, quando brilha e se pinta de todas as cores na "chuva de cores" da tarde.

04 – Qual é a importância da imagem da "chuva de cores" no poema?

      A "chuva de cores" simboliza o pôr-do-sol refletido na lagoa, criando uma imagem visual deslumbrante que destaca a beleza natural e a tranquilidade da lagoa. Essa imagem é central para transmitir a admiração do eu lírico pela lagoa.

05 – Como o poema "Lagoa" reflete a relação do eu lírico com a natureza?

      O poema reflete uma relação de intimidade e apreço do eu lírico com a natureza, particularmente com a lagoa. Ele encontra beleza e paz na simplicidade da lagoa, preferindo-a ao mar desconhecido e talvez tumultuado.

06 – Qual é o contraste estabelecido entre o mar e a lagoa no poema?

      O contraste é que, enquanto o mar é desconhecido e irrelevante para o eu lírico, a lagoa é familiar, apreciada e cheia de beleza. A lagoa é calma e colorida, proporcionando um sentido de paz e fascinação, ao contrário da indiferença sentida pelo mar.

07 – O que a repetição da frase "Eu não vi o mar" sugere sobre os sentimentos do eu lírico?

      A repetição da frase "Eu não vi o mar" reforça a ideia de que o mar não tem importância para o eu lírico. Sugere que a experiência e a conexão emocional com a lagoa são suficientes para ele, tornando desnecessário o conhecimento do mar.

 

 

segunda-feira, 29 de julho de 2024

EDITORIAL: ATENÇÃO AO PEDESTRE - (FRAGMENTO) - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

Editorial: Atenção ao pedestre – Fragmento

                 Pesquisa mostra pico de movimento às 12hs e, SP, com 52% de deslocamentos a pé

        A cena tornou-se comum em locais de São Paulo com concentração de arranha-céus comerciais [...]: por volta do meio-dia, milhares de pessoas descem à rua para almoçar. Muitos vão ao banco, à escola dos filhos ou tratar de outros compromissos e problemas do cotidiano. [...]

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia58JHMp-zJZye5wISS-oZ2UDTp9nKSFYpv3lErhegvbBdzgwXMznITPR1Jd5eqaF-DPDJ3DRNgqnGLucQnY88JPqKgCtJOCHFs0W6fi6NxPKzsV3IIDbbcIgGAbKp3zV8gUk8hCLMyG_PpzDNgc4wmcEbw-PtrZimpZhuEyDincaKC-bHujB_hUIUp5w/s320/PICO.jpg

        Nada menos que 5,2 milhões de pessoas iniciam viagens entre as 12hs e as 13hs. Se isso não chega a causar os maiores congestionamentos do dia, é porque as movimentações são de curta duração e em grande número feitas a pé.

        O troféu dos engarrafamentos ainda permanece com o horário das 7hs. Como muitas das viagens em curso nesse momento começaram bem antes, os cidadãos em trânsito geram cifras ainda mais espantosos – 6,9 milhões de pessoas transitando ao mesmo tempo.

        De toda maneira, o novo pico das 12hs merece entrar no foco do poder público. Uma das razões é a predominância de pedestres. Se ao longo do dia os deslocamentos a pé perfazem32% do total, na hora do almoço eles somam 52%.

        Não raro essa grande concentração de gente a andar extravasa a superfície da calçada, que se torna pequena para acomodar a todos. As pessoas passam a descer para o leito carroçável da via, com o que se expõem a risco maior de atropelamento e contribuem para conturbar o trânsito de veículos.

        Parece evidente que, onde houver gargalos, o poder público deve considerar a ampliação dos passeios e a melhoria dos pisos. Medidas para acalmar ou restringir o tráfego de automóveis também podem impor-se como soluções locais.

        Outra providência possível seria aumentar o tempo de travessia nas faixas com semáforos para pedestres. Quem anda a pé pela cidade já teve a experiência de precisar correr para completar o percurso até o lado oposto, tão exíguos são os intervalos reservados para os bípedes atravessarem a pista. [...].

ATENÇÃO ao pedestre. Folha de S. Paulo, 6 jul. 2019. Dispensável em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/atencao-ao-pedestre.shtml. Acesso em: 13 jul. 2019.

Entendendo o editorial:

01 – Qual é o principal pico de movimento de pedestres em São Paulo mencionado no editorial?

      O principal pico de movimento de pedestres em São Paulo ocorre ao meio-dia, entre as 12hs e as 13hs, quando milhares de pessoas saem às ruas para almoçar e resolver outros compromissos.

02 – Quantas pessoas iniciam viagens entre as 12hs e as 13hs em São Paulo?

      Entre as 12hs e as 13hs, 5,2 milhões de pessoas iniciam viagens em São Paulo.

03 – Qual horário é mencionado como o de maior congestionamento em São Paulo?

      O horário das 7hs é mencionado como o de maior congestionamento em São Paulo.

04 – Quantas pessoas estão em trânsito ao mesmo tempo durante o horário das 7hs em São Paulo?

      Durante o horário das 7hs, 6,9 milhões de pessoas estão em trânsito ao mesmo tempo em São Paulo.

05 – Qual a porcentagem de deslocamentos a pé ao longo do dia em São Paulo e qual a porcentagem durante o horário do almoço?

      Ao longo do dia, 32% dos deslocamentos em São Paulo são feitos a pé, enquanto durante o horário do almoço essa porcentagem sobe para 52%.

06 – Quais medidas o editorial sugere para melhorar a segurança dos pedestres durante o pico das 12hs?

      O editorial sugere que o poder público deve considerar a ampliação dos passeios, a melhoria dos pisos, medidas para acalmar ou restringir o tráfego de automóveis e aumentar o tempo de travessia nas faixas com semáforos para pedestres.

07 – Por que a concentração de pedestres nas ruas durante o horário do almoço é um problema, segundo o editorial?

      A concentração de pedestres durante o horário do almoço é um problema porque a superfície da calçada se torna insuficiente para acomodar todos, fazendo com que muitos pedestres desçam para o leito carroçável da via. Isso os expõe a maior risco de atropelamento e contribui para conturbar o trânsito de veículos.