Poema: Aninha
e Suas Pedras
Cora Coralina
Cora Coralina
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
CORALINA, C. Vinténs de
cobre: meias confissões de Aninha. São Paulo: Global, 2001.
01 – O eixo temático presente no poema relaciona-se:
a)
Ao trabalho do poeta que deve ser norteado
pelo registro metalinguístico.
b)
Ao caráter metafórico que é constituído de
elementos pitorescos.
c)
Ao verso prosaico que renova o modo
tradicional de composição.
d)
Á educação pela arte que transmite valores
estéticos restritos.
e)
Á arte poética que incentiva a
função de pensar e reformular a vida factual.
02 – Depreende-se, da
leitura do poema, que:
a)
O trabalho doméstico é inferior à criação
literária.
b)
A criação literária é algo individualista e
não pode se estender a outros.
c)
A criação literária, nascida da
simplicidade e de dificuldade, é uma forma de perpetuação.
d)
A criação literária é causa necessária da
perpetuação da simplicidade e de dificuldade.
03 – O título do poema,
somado a informações biográficas da autora, mostra que o eu lírico:
a)
Sente-se melancólico diante das dificuldades
descritas.
b)
Revela sua própria experiência e a
estende aos outros.
c)
Demonstra decepção ao perceber sua vida
mesquinha.
d)
Observa a vida ao seu redor do modo
indiferente.
04 – Aninha, segundo o
texto, pode e deve fazer praticamente tudo, MENOS:
a)
Dar, literalmente, de beber às
pessoas que gostam dela.
b)
Buscar outros desafios, abandonando os erros
do passado.
c)
Ter a vida constantemente renovada.
d)
Mudar sua maneira de viver, uma vez que esta
é mesquinha.
e)
Tomar parte da poesia e assim manter-se nas
outras pessoas.
05 – O poema “Aninha e suas
pedras”, pelas características do gênero a que pertence, tem duas fortes
orientações: ser universal e ser atemporal. Esses dois aspectos específicos
deste poema residem no fato de que o poema:
a)
Demarca uma pessoa específica da via da
autora, a quem se dirige um conselho real e delimitado em um tempo pretérito.
b)
Consiste em uma repreensão entre membros de
determinada família, partindo de um adulto a um ente mais jovem, exortando este
último a refazer a vida.
c)
Tem a ver com um conselho polido a alguém
mais jovem, por meio de linguagem predominantemente denotativa.
d)
Refere-se a uma mensagem simbólica a um
leitor geral, que, a qualquer momento, pode tomar para si as injunções postas
nos versos.
e)
Dirige-se denotativamente a certa
pessoa, informando a acerca da chance que ela tem de refazer a sua vida e
orientando-a a não impedir que outras pessoas façam uso da leitura.
06 – É coerente depreender
do poema várias interpretações, EXCETO:
a)
Entende-se que o que há na oração
“Ajuntando novas pedras”, pode-se levar à destruição do ser a quem o texto se
dirige.
b)
Para que Aninha se reconstrua, ela precisa
refazer sua vida, recriar, reinventar.
c)
Transforma a vida em um poema fará Aninha
eterna para outras pessoas.
d)
Há muitas pessoas e coisas na vida de Aninha
e ela não pode impedir que as pessoas leiam poesias.
e)
A vida de Aninha deixa de ser mesquinha se
ela viver a poesia.
07 – A autora na letra do
poema nos chama a atenção para quê?
Para as infinitas
possibilidades de reinício e de reinvenção das pessoas.
08 – A palavra “pedra” no poema
é apenas sugestão imagéticas, por quê?
Porque ela evoca
ideias associativas, de ordem abstrata e sensorial para cada leitor.
09 – As pedras guardam a
memória das coisas que passam e que se passaram com a poeta. A figura da pedra
toma, assim, o quê?
Uma áurea de
eternidade, pois enquanto nós passamos por eles, elas nos sobrevivem.
10 – No Verso:
“Remova
pedras e planta roseiras e faz doces.” Metaforicamente o que poeta queria
dizer?
A pedra enquanto
figuração da vida dura que ela teve; utiliza a imagem de carregar pedras, um
fardo pesado e dureza.
11 – Você gostou da poesia?
Por quê?
Resposta pessoal
do aluno.
12 – O que mais lhe chamou a
atenção no poema?
Resposta pessoal
do aluno.
Obrigada 😃
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