ARTIGO DE OPINIÃO: DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Wilson Ferreira
O País possui 73% da geração elétrica na hidroeletricidade, contribuindo para
que 83% de sua matriz elétrica seja renovável.
Mudanças nunca foram tão importantes como no momento atual. Chegamos aos
limites naturais do planeta e precisamos cuidar, urgentemente, dos impactos
gerados por nossa atividades.
E se há algo que aprendemos, como empresa
centenária, é que as mudanças são inerentes ao nosso dia a dia. E é a nossa
capacidade de nos antecipar e adaptar a elas que garante a nossa perenidade.
Nesse sentido, crescer já não é suficiente. Precisamos desenvolver, crescendo
de maneira responsável, para incluir bilhões de pessoas que ainda não têm acesso
a itens essenciais como água, alimentos e energia, garantindo os seus direitos
fundamentais e as suas liberdades individuais.
Para lidar com esses enormes desafios e, ao mesmo tempo, aproveitar as
oportunidades trazidas pela Nova Economia, precisamos compreender a
complexidade das questões que vivenciamos. Complexidade pode trazer incerteza à
tomada de decisão, requerendo que empresas, governo e sociedade dialoguem na
busca de soluções equilibradas. Nesse sentido, somos todos corresponsáveis, atuando
coordenadamente para o benefício da sociedade um todo.
No ambiente em que operamos, o setor elétrico brasileiro, em um primeiro olhar,
parece que estamos em uma zona de conforto. O país possui 73% da geração
elétrica na hidroeletricidade, contribuindo para que 83% de sua matriz elétrica
seja renovável. Entretanto, suprir uma demanda crescente por eletricidade – que
deverá aumentar 43% até 2020 -, impulsionada pelo dinamismo da economia e por
uma população que ascendeu do nível de pobreza e está ávida
por bens essenciais de consumo, nos coloca grandes desafios.
Para atender a essa realidade, a estratégia do governo brasileiro prevê
continuidade da predominância da hidroeletricidade, uma fonte limpa, renovável
e segura para a qual temos know-how tecnológico e uma cadeia
produtiva bem estruturada. Ao desafio de garantir segurança energética, soma-se
o fato de que 63% do potencial hidrelétrico brasileiro está na Amazônia,
um bioma megadiverso, de valor inestimável para a humanidade.
Nesse sentido, devemos garantir que os novos empreendimentos sejam viáveis do
ponto de vista econômico, social e ambiental, sendo verdadeiras alavancas de
desenvolvimento e dinamização das economias locais. Para tanto, necessitamos
aprimorar o sistema de planejamento energético, concessão e licenciamento,
incorporando avaliações sistêmicas de custo-benefício, superando,
na origem, as potencias externalidades negativas.
Entendemos que, como empresa de energia, temos um papel central na busca pelo
desenvolvimento sustentável. Compartilhamos a visão de que, para responder a
desafios complexos, múltiplas medidas são necessárias. Não há solução mágica.
Nesse sentido, o mundo necessita aumentar a eficiência energética de seus
processos produtivos e investir em um mix energético no qual as fontes limpas e
renováveis como hidráulica, eólica, biomassa e solar serão predominantes. Nós
já fazemos isso e sabemos que é viável.
Não temos todas as respostas, mas acreditamos que, dialogando e elevando o
nível de conhecimento e consciência, podemos construir o mundo que desejamos e
precisamos.
Wilson
Ferreira Jr. É presidente da CPFL Energia.
Entendendo o texto:
01 – Você já tinha ouvido falar em
desenvolvimento sustentável? O título do texto corresponde ao que você tinha
imaginado?
Resposta pessoal.
02 – Quem escreveu o texto? Onde ele foi
publicado?
Wilson Ferreira Jr., presidente da CPFL
Energia, escreveu o texto para ser publicado no jornal Cruzeiro do Sul, da
cidade de Sorocaba (SP).
03 – Releia o texto e copie as palavras
que você não conhece. Depois, consulte-as no dicionário e escreva no caderno o
que cada uma significa.
Resposta pessoal.
04 – Quais são os pontos de vista do autor
sobre desenvolvimento sustentável?
Ele diz que devemos garantir que os novos
empreendimentos sejam viáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental,
sendo verdadeiras alavancas de desenvolvimento e dinamização das economias
locais. Para tanto, necessitamos aprimorar o sistema de planejamento
energético, concessão e licenciamento.
05 – Releia este trecho do texto: “E se há
algo que aprendemos, como empresa centenária, é que as mudanças são inerentes
ao nosso dia a dia”. Como o autor do texto se coloca ao escrevê-lo? Essa forma
de se posicionar influenciou sua opinião sobre a sustentabilidade? Converse
sobre isso com os colegas e com o professor.
O autor afirma que agora, mais do
que nunca, as mudanças são necessárias para a saúde do planeta. Espera-se que
os alunos reconheçam que, como ele é presidente de uma empresa de distribuição
de energia, ele influência a opinião do leitor. Este é um bom momento para
explorar as condições de produção desse texto e mostrar aos alunos que o fato
de o autor ser o presidente de uma empresa influi nas ideias veiculadas no
texto, traz sentidos a argumentos que precisam ser desvelados aos alunos. Peça
que releiam o texto da seção “Para refletir” e discutam sobre as intenções do
autor ao construir argumentos para defender seus pontos de vista.
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