Poesia: RECORDA
AINDA – GÊNERO LITERÁRIO – DRAMÁTICO
MÁRIO QUINTANA
Recordo
ainda... E nada mais me importa
Aqueles
dias de uma luz tão mansa
Que me
deixavam, sempre de lembrança,
Algum
brinquedo novo à minha porta....
Mas veio
um vento de desesperança
Soprando
cinzas pela noite morta!
E eu
pendurei na galharia torta
Todos os
meus brinquedos de criança...
Estrada
afora após segui... Mas ai,
Embora
idade e senso que aparente,
Não vos
iluda o velho que aqui vai:
Eu quero meus
brinquedos novamente!
Sou um
pobre menino... acreditai...
Que
envelheceu, um dia, de repente! ...
QUINTANA, Mário. Poesias. Porto Alegre:
Globo, 1962, p. 7-8.
01 –
Analisando-se comparativamente o texto I e o texto II, podemos afirmar:
a) Ambos os textos fazem uso do mesmo
nível de fala e há neles o predomínio da linguagem artística, literária.
b) Ambos os textos tratam do mesmo
assunto, mas nenhum deles faz referência ao enfoque do retorno temporal.
c) Os textos I e II utilizam-se,
rigorosamente, das mesmas formas de linguagem no ato da comunicação.
d) Enquanto o texto I faz a
abordagem do tema subjetivamente, o texto II pontifica o tratamento objetivo.
02 –
Sobre a comunicação do texto I, podemos afirmar:
a) A atitude do eu lírico é de
pessimismo melancólico.
b) A utilização do termo interjetivo
no primeiro terceto é mero adorno formal.
c) O primeiro terceto traduz a ideia
de dor pela infância perdida.
d) O querer os brinquedos novamente
funciona como senso irônico.
03 – Na
mensagem do texto, percebemos um clima de desengano que toma conta do eu-lírico
em função do seu distanciamento da infância. A propósito, que palavras apontam
esse desengano no poema? Assinale-as:
a) Mansa / torta / morta /
brinquedos.
b) Noite / mansa / morta / luz.
c) Criança / brinquedo / luz /
lembrança.
d) Desesperança / cinzas / noite /
morta.
04 – O
par de versos do texto I que comprova a ideia contida em um velho
com alma de menino, ajustado plenamente à mensagem
do poema, é:
a) “Recordo ainda... E nada
mais me importa
Aqueles dias de uma luz tão mansa...”
b) “Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!”
c) “Embora idade e senso eu aparente,
Eu quero meus brinquedos novamente!”
d) “E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...”
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